
Contos de Fadas
Branca de Neve
Walt Disney começou seu império de sonhos com Branca de Neve e Os Sete Anões uma clássica animação que conta a história adaptada dos Irmãos Grimm.
Branca de Neve é um desenho encantador mesmo tantos anos depois e demonstra algo que virou a marca registrada da empresa a música em suas animações.
Há alguns anos atrás eu achava esta parte musical irritante ou como dizemos popularmente as cantorias, mas isso faz parte da elegância da animação é uma manobra interessante para nos aproximar dos personagens.
Tanto é que Alladin têm uma música que acho linda A whole new world em que Jasmine canta com o herói e Rei Leão ainda têm Circle of Life outra música maravilhosa que aliás adoro na interpretação de Elton John.
Bom, Branca de Neve canta com uma bela voz que encanta os animais da floresta aonde todos lhe fazem companhia. Sua pureza de coração é algo maravilhoso.
Engraçado foi notar quando Branca estava lavando a louça os animais estavam ajudando-a lambendo os pratos foi demais. Claro que depois ela lavou da forma tradicional, mas eu nem lembrava desta cena.
Isto demonstra também uma imagem estereotipada da mulher da época bonita e prendada nos afazeres domésticos.
Outra coisa legal também foi quando a Madrasta estava transformada em Bruxa todos os animais saíram em disparada para avisar os anões. Os animais inteligentes também viraram tradição ao longo das décadas nas produções da Disney.
E quando a Bruxa sobe o penhasco e cai para o momento fatal. Sabemos que ela morreu, porque uma pedra enorme caiu após sua queda. Sua morte foi revelada numa cena maravilhosa.
Há muitos anos eu não assistia essa animação o que mais me impressionou além da beleza de Branca de Neve foi seu jeito amável de tratar a todos ao seu redor, talvez seja por isso que haja tantas modelos cosplayers vestidas da personagem.
Branca de Neve também é uma animação mais inocente e termina com o famoso final feliz não que isso seja ruim, mas pra mim faz parte da magia daquela época.
Atualmente podemos notar que os Contos de Fadas não são mais como antes.

Shreck
Nos livros infantis um ogro é um monstro mais forte do que um homem comum e de maneira assustadora devora criancinhas para se alimentar, certo?
Não, pois desde Shrek o ogro com bons sentimentos que as coisas mudaram radicalmente, porque ele é o herói dos filmes que levam seu nome. E nas adaptações de contos de fadas atuais no final não há mais “e viveram felizes para sempre…”
Neste desenho o Pinóquio aparece de lingerie e a Princesa Fiona que eu achei uma das mais lindas que já vi na verdade era um ogro-mulher (não sei se escreve desta forma, ok!).
Eu não gosto do Shreck, pois meus personagens preferidos são o Burro Falante e o Gato de Botas que roubaram a cena assim que apareceram na animação.
Mais abriu o precedente de parodiar tanto outros clássicos infantis como alguns filmes famosos e as músicas tornaram ainda mais divertidas nosso passeio por suas aventuras.
O meu preferido é Shrek Terceiro no qual o Rei Harold adoece e o ogro têm que ficar no seu lugar.
Antes do rei falecer Shrek fica sabendo da existência de Arthur Pendragon que será o futuro monarca do reino. Na verdade a intenção de Shrek é retornar para o pântano e não deseja ficar com a coroa.
Então vemos as aventuras de Shrek, Gato de Botas e Burro indo atrás do menino rebelde, mas nobre de coração que sofre na escola aonde está.
O vilão da vez é o Príncipe Encantado que trama uma vingança contra o ogro sentimental. Engraçado foi notar que o Mago Merlin é meio biruta, mas consegue fazer o que precisa.
A animação ainda dá espaço para outras personagens aparecerem as princesas Branca de Neve, Bela Adormecida, Cinderela e Rapunzel que fazem uma bagunça enorme junto a Fiona e a Rainha Mãe. Shrek Terceiro é uma aventura hilariante que vale a pena ver de novo.

Deu a Louca na Chapeuzinho Vermelho
Temos outra subversão em, Deu a Louca na Chapeuzinho Vermelho, porque seu estilo de apresentação dos seus personagens mais caricatos é bem diferente do qual estávamos acostumados a ver como por exemplo em Toy Story.
Ficamos sabendo que o livro de receitas é roubado e a tranquilidade da floresta muda. Os suspeitos são Chapeuzinho Vermelho, o Lobo Mau, o Lenhador e a Vovó, então o inspetor Nick Pirueta decide investigar o caso.
Chapeuzinho trouxe algo inusitado para uma animação os personagens principais contam cada um a sua versão de um acontecimento e vemos por seu ponto de vista. Acho que isto não era novo em filmes, mas numa animação creio que foi.
Além disso a Vovó não era uma velhinha inocente, mas sim agente radical ao estilo Triplo X, o Lobo não era necessariamente mau mais um repórter enxerido que adora se disfarçar e o Lenhador que era péssimo na profissão, pois na verdade era um ator que sonhava com o estrelato.
Eu gostei bastante do esquilo doido Ligeirinho, me diverti com o Bode cantor que simplesmente roubava a cena toda vez que aparecia e o simpático Coelho que na verdade era o vilão da trama. Esta animação me agradou bastante e continuo a vê-la sempre que posso.
Uma continuação tem a obrigação de ser melhor que o original. E na Chapeuzinho 2 vimos que as coisas mudaram de figura há mais aventura e até metalinguagem.
Chapeuzinho Vermelho está treinando com uma organização secreta quando é chamada para ajudar a Agência de Espionagem Feliz Para Sempre a descobrir o paradeiro de João e Maria que desapareceram misteriosamente.
Uma discussão com o Lobo Mau e o sumiço da Vovozinha acabam desnorteando a heroína que têm a missão de salvar João e Maria das mãos da Bruxa Verushka.
Depois notamos que a bruxa é manipulada pelos irmãos e ela foi uma integrante da mesma irmandade da Vovó, porém sempre ficava com o segundo lugar.
Deu a Louca 2, pra mim, foi superior ao primeiro pelas altas cenas de ação e milhares de referências de filmes como: Kunf Fu Panda, Kill Bill, O Silêncio dos Inocentes, Os Suspeitos, Star Wars entre outros que não me recordo agora.
Até no pôster oficial temos outra referência ao filme Os Goonies um grande sucesso para as crianças da minha geração. Então vamos esperar pela terceira sequência.

Deu a Louca na Cinderela
Depois de Chapeuzinho tivemos outra animação com o nome de Deu a Louca, mas este foi com a Cinderela. Nesta história o Mago que controla a balança do bem e do mal dos contos de fada tinha dois assistentes atrapalhados Mambo e Manco.
Quando o Mago resolve tirar férias deixa a balança aos cuidados de seus assistentes e aí começa a confusão.
Enquanto isso somos apresentados a Ella (apelido de Cinderela) que se prepara para ter sua noite com o príncipe. Rick é o assistente do príncipe que está apaixonado por Ella que infelizmente não dá a mínima pro rapaz.
A vilã da vez é sua bela madrasta Frida que se apossa da balança trocando todo final feliz dos contos e realiza um plano maligno de unir os vilões da Terra Encantada.
Tudo poderia dar certo para Frida se não fosse pela intervenção de Ella, com Rick, Mambo e Manco que se unem para voltar as coisas ao normal.
Não gosto deste desenho, pois achei a produção fraca até demais. Quem me chamou mais atenção foi a Frida, porque depois dela não há mais nenhum personagem interessante pra mim.

Encantada
Encantada seria apenas mais um filme se não tivesse algumas características diferentes.
A princípio eu não levava fé neste longa, porém mesclou animação e pessoas de carne osso de maneira primorosa.

A princesa Giselle é retirada de Andalasia do mundo dos contos de fadas vindo parar no “mundo real”.
Sua mente não têm noção do que é a vida de verdade, porque as pessoas por aqui não acreditam em finais felizes.
Desiludida e perdida num lugar estranho, Nova York diga-se de passagem um dos melhores lugares do mundo para se conhecer, ela por um acaso do destino acaba indo parar na casa de Robert (Patrick Dempsey) que vive com sua filha Morgan (Rachel Covey) a qual perdeu a mãe.
Encantada poderia ser chato, mas a presença e interpretação da belíssima atriz Amy Adams é simplesmente tão maravilhosa que sua Giselle parece realmente saída de um conto de fadas.
Neste longa tudo me parece uma nova versão de Branca de Neve. Giselle é convincente e age de forma muito parecida com a heroína clássica, porque é bastante prendada veja o momento em que cortou a cortina para fazer um lindo vestido.
E os animais a obedecem ajudando nas tarefas domésticas e um pássaro leva uma mensagem para Nancy, namorada de Robert. Isso sem falar da parte musical, pois o longa funciona como uma autoparódia de toda a trajetória da Disney.
Como não poderia deixar de faltar o animal inteligente da vez é o esquilo Pip que em Andalasia pode falar e no mundo real é apenas um animal comum.
Quando volta para seu mundo Pip escreve um livro “O Valor do Silêncio”, sem sombras de dúvidas é um dos meus personagens preferidos e desempenha algumas das cenas mais engraçadas do filme.
Narissa é a vilã da vez que por algum acaso também é uma madrasta má que acaba se transformando num enorme dragão.
E o que eu achei impagável foi o príncipe Edward que veio para Nova York como um tradicional herói dos contos de fadas apenas para se ferrar ao longo da trama.
É estranho notar que James Marsden que fez o Cíclope de X-Men não consegue mais emplacar o sucesso de outrora, pois sempre está atuando em comédia. Pra mim está desperdiçando seu tempo e talento em papéis pequenos.
A parte boa é que todos têm um final feliz menos a bruxa má é claro, mas isso é normal num conto de fadas, não é?
A verdade é que os contos de fadas mudaram radicalmente, mas da forma como têm sido caracterizados tornaram muito proveitosa nossa aventura pelo mundo da fantasia.
Nos filmes os contos também foram adaptados veja neste site uma matéria interessante sobre isso.