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Hotel Transilvânia

Sinceramente essa animação me lembrou muito  A Festa do Monstro Maluco, um inesquecível stop motion (“talvez” não deve ser uma simples coincidência).

Mavis é uma jovem vampira que ao completar 118 anos deseja conhecer o mundo exterior, pois ela viveu toda sua pós-vida presa num castelo desde que nasceu em 1898.

O Conde Drácula é um pai superprotetor que nunca deixou sua filha visitar o mundo ao seu redor. Por medo que os humanos a matassem assim como aconteceu com sua amada esposa há séculos atrás.

Então após este fatídico acontecimento o Conde criou o Hotel Transilvânia, um refúgio para todos os monstros clássicos que conhecemos tipo: Frankstein, Lobisomem, Múmia, Esqueleto, Bruxas e vários outros (é uma clara homenagem aos filmes de monstros da década de 50).

A confusão começa quando Jonathan, um cara totalmente sem noção acaba encontrando o Hotel por um acaso. E então o Conde tenta a qualquer custo escondê-lo dos outros monstros, porque seria um caos se soubessem que há um humano no santo refúgio deles.

A única solução que Drácula consegue encontrar é disfarçar Jonathan numa versão adolescente do Frankstein (tornando-o no organizador da festa de aniversário de sua filha).

Os produtores tiveram a excelente ideia de pegar carona na esteira do sucesso da saga Crepúsculo. Aonde temos uma humana que se apaixona por um vampiro e aqui acontece o contrário, pois é Mavis, uma vampira que se apaixona por Jonathan.

É justamente na tentativa equivocada de tentar afastar Jonathan de sua filha e também não deixar que os outros hóspedes descubram que o rapaz é um ser humano (que nasce uma improvável amizade entre o Conde Drácula e Jonathan).

A animação é muito divertida, porém achei estranho demais as iguarias que comem tipo: escorpiões, baratas, escaravelhos, minhocas entre outras bizarrices (é tudo muito nojento).

As piadas do Homem Invisível são muito engraçadas e a ninhada do Lobisomem é uma das coisas mais doidas que já vi, porque todos os meninos temem a única menina da turma.

A cena que mais gostei foi das mesas voadoras aonde o Conde e Jonathan se divertem pra valer.

Outro fato interessante é Quasímodo, vulgo Corcunda de Notre Dame, é o cozinheiro do Hotel sendo totalmente doido (seu assistente pessoal é um rato) e os Gárgulas são seus garçons.

Pra mim foi surreal o Festival de Monstros no qual o Conde  e seus amigos se revelaram pra todos como monstros de verdade. Os seres humanos aceitaram tudo numa boa (foi ruim de engolir essa parte) relevei porque a animação é boa demais.

A música de encerramento nos deixa com um gosto intenso de quero mais e animação pós crédito lembrou o clássico Laboratório de Dexter.

Podemos resumir as atitudes do Conde Drácula que todo pai e mãe tenta proteger seu filho dos problemas do mundo, mas o tempo passa e as crianças crescem.

Eu sei que é algo muito difícil mais devemos ensinar nossos filhos para que futuramente saibam tomar suas decisões é algo que nós como pais temos a obrigação de fazer (e façam seu caminho para aprender e conhecer a si mesmos nessa jornada).

Se você está a fim de diversão assista Hotel Transilvânia eu garanto que não irá se arrepender.

 

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uma-história-de-amor-e-fúria

Uma História de Amor e Fúria

É o mais surpreendente relato sobre a história do Brasil (sem esconder nada). Mostrando de forma clara que quem está no poder massacra a população sem dó e nem piedade.

Esqueça todas as mentiras lidas nos livros oficiais, pois o sangue de muita gente humilde foi derramado no chão do “gigante pela própria natureza”.

Basta notar que as atrocidades ainda continuam acontecendo, seja em Eldorado dos Carajás ou na Candelária. Somos nós o cidadão comum que sempre perdemos (ou um ente querido ou a própria vida).

No enredo temos o guerreiro tupinambá que tem a sina de sempre lutar  e acabar morrendo, mas  toda vez que morre assume a forma de um pássaro. Ele é um imortal que atravessa os séculos na busca incessante do grande amor de sua vida Janaína (e cada reencontro se dá num contexto histórico diferente).

Os índios tupinambás viviam no litoral brasileiro, haviam diversas tribos que possuíam uma língua em comum, o tupi. Os tupinambás eram canibais e acreditavam que ao consumir a carne do adversário ganhavam suas habilidades.

Eles participaram da Confederação dos Tamoios, entre 1556 a 1567, lutando contra os colonizadores portugueses.  A tribo está entre as várias nações indígenas que foram dizimadas ao entrar em contato com os portugueses.

Bom, deixando o belo relato de amor de lado. O que realmente chamou minha atenção foi o pano de fundo histórico, pois estamos tão acostumados a ver somente animação infantil sendo lançada por aqui. E de repente surgiu esta animação que narra da forma mais fiel que já pude ver a verdadeira história do Brasil.

A trama nos ambienta em alguns períodos distintos. Desde a época da colonização do país, em 1500; passando durante a escravidão, em 1800; ou durante a ditadura militar nos anos 60 e mostrando até a ascenção do crime organizado nas favelas (no início dos anos 80). E  partindo pra um futuro apocalíptico distante, em 2096. No Rio de Janeiro aonde haverá guerra pela água (que “talvez” até possa tornar-se realidade).

O roteiro é muito consistente, a animação é rápida, repleta de referências que conhecemos. E os personagens tem um toque de realidade que eu jamais havia visto antes numa produção nacional.

Estamos tão acostumados a prestigiar as produções americanas e nipônicas que desta vez surgiu algo que me deixou perplexo.

A dublagem de Selton Mello, Camila Pitanga e Rodrigo Santoro está sensacional. Os atores já fizeram diversos filmes nacionais e são engajados em divulgar a “cultura” brasileira.

Depois de assistir Uma História de Amor e Fúria não consegui pensar em outra coisa a não ser em seu enredo que destaca as minorias que sempre foram esquecidas (e massacradas através dos anos).

Aqui você verá o mais completo relato do que realmente aconteceu ao nosso povo e isto nunca estará nos livros que lemos.

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planes

Aviões

O universo de Carros se expandiu, então o que vemos na tela não é mais nenhuma novidade.

Infelizmente já vimos tal situação com Relâmpago McQueen, pois estão repetindo apenas mais do mesmo (uma corrida feita por um personagem simpático que almeja mais do que é).

E pra dizer a verdade esta história de avião que precisa superar o medo já foi feita antes.

Basta assistir ao clássico Alô Amigos feito em 1943, aonde alguns artistas da Disney percorrem a América do Sul mostrando trajes e características de alguns países.

Na animação temos 4 segmentos muito bem trabalhados no primeiro o Pato Donald visita o Lago Titicaca, que fica na fronteira do Peru com  Bolívia, em sua aventura conhece os nativos e tem problemas com uma lhama.

No segundo é a vez de Pedro um simpático aviãozinho que parte do Chile em sua primeira viagem enfrentando o assustador Monte Aconcágua (e ainda passando por uma terrível tempestade para pegar uma correspondência área).

Com Pedro era de onde eu havia visto esta história de avião tendo que superar o medo pra chegar aonde deseja.

No terceiro Pateta está em Buenos Aires usando trajes típicos dos pampas argentinos numa aventura muito engraçada.

E no terceiro, temos novamente o Pato Donald, que viaja pra cá, isto é, no Rio de Janeiro conhecendo alguns pontos turísticos da capital (como Copacabana). É aonde temos duas coisas muito importante a primeira aparição do Zé Carioca ensinando o pato a sambar com belas e lindas imagens de fundo.

E a segunda delas tudo embalado ao som de Aquarela do Brasil e Tico-Tico no Fubá (duas canções famosas e clássicas do repertório nacional).

Eu ia comentar só sobre Pedro, mas Alô Amigos é sensacional e vale a pena ser visto pelos detalhes sobre os lugares que a equipe técnica da Disney visitou.

Voltando, Dusty é um avião pulverizador que trabalha numa plantação de milho na pequena cidade de Propwash Juction que fica praticando manobras acrobáticas em seu tempo livre (sonhando em se tornar um piloto de corrida).

A única coisa realmente inusitada é que Dusty tem muito medo de altura. É algo super estranho um avião ter medo de voar por grandes altitudes (mais deixa pra lá!).

Até que auxiliado por Skkiper Riley consegue entrar no famoso Rally Asas pelo Mundo que vai de Nova Iorque até a Islândia (mostrando cenas de voo são sensacionais).

Infelizmente o roteiro peca por não apresentar nada de novo já que fala de conquistar um sonho e persistir para lutar por aquilo em que se acredita.

Os personagens secundários são todos simpáticos justamente pra ajudar a criançada a se divertir (e também a vender camisas, brinquedos e outras quinquilharias).

O avião Carolina tem a dublagem da cantora Ivete Sangalo, mas a presença do seu sotaque baiano ficou chato demais (destoando do que víamos na tela).

Se quiser assistir algo diferente não veja Aviões, pois as coincidências com Carros são enormes demais (e para apreciar melhor aventura temos que deixar isto de lado).

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lone-ranger

 O Cavaleiro Solitário

A história começa na cidade de San Francisco, em 1933 (ano em que começou a famosa série radiofônica). Tudo de uma maneira bem inusitada com um garotinho visitando o circo vestido como Lone Ranger e entrando numa exposição do Velho Oeste no circo.

Então um índio empalhado que de forma surpreendente volta á vida. O velho que por algum motivo misterioso, que não sei explicar qual, é Tonto (Johnny Deep) que conta história do kemosabe pro perplexo menino.

Então a trama recua um pouco mais no tempo e nos leva direto ao Texas em 1869. Na época das diligências e quando os Estados Unidos estavam em expansão ligando o país através das linhas de trens.

É uma típica aventura no Oeste Selvagem, pois temos perseguições de trem, bandidos cruéis, índios enfurecidos e uma amizade insólita sendo consolidada.

Mais vista sob uma ótica diferente, porque ao invés de ser um filme sério temos vários momentos engraçados que pra mim estragaram a intenção de mostrar o herói para um novo público. Duvido que os fãs mais antigos do personagem também não ficaram indignados com este remake.

A premissa original foi feita já que o vilão Butch Cavendish (William Fitchner) comanda uma emboscada matando Dan (irmão de John e todos os rangers que estavam no grupo). Aliás o vilão feito pelo ator ficou bem interpretado chegando a me deixar com raiva dele.

A dupla dinâmica formada entre Johnny Deep e Armie Hammer ficou muito engraçada.

Só que aconteceu o fato que eu temia, porque Tonto, apareceu mais que o ator principal, que serviu de escada para Deep brilhar (Tonto é o cérebro da dupla numa atuação que lembra demais o Capitão Sparrow).

Só pra constar a história do pássaro negro em sua cabeça e sua relação de amizade com ele é impressionante e intrigante, pois ficou numa linha tênue entre loucura e sagacidade (mais uma vez uma alusão a Jack Sparrow).

O filme poderia ter sido muito melhor se não tivessem feito o mesmo erro que fizeram com o Besouro Verde, de 2011. Transformando Lone Ranger num completo idiota (algo totalmente parecido também com a pior versão do herói feita em 1981).

E isto acabou estragando boa parte da diversão do longa (pra mim) ridicularizando a lenda como nós mais velhos curtimos. Lone Ranger é um personagem antigo que não diz nada pra essa nova geração, então pra que fazer um remake?

Fora isso a ganância e a corrupção misturados ao contexto histórico que o progresso dos Estados Unidos foi ás custas de muito sangue indígena derramado ficou perfeito.

Pros nostálgicos de plantão que tiveram a sorte de assistir a antiga série televisiva sendo reprisada nos anos 80. A música tema surge na hora certa sendo uma justa homenagem ao herói, numa das cenas mais absurdas e incríveis que já vi na minha vida, digna pros fãs de Piratas do Caribe.

O Cavaleiro Solitário é um bom filme, mas botaram num liquidificador ação e comédia de uma forma que ficou tediosa. Funcionou somente, porque tem uma ajuda bastante significativa de Jerry Bruckheimer.

E se tivessem levado de forma série e coerente e não uma versão do Velho Oeste de Piratas do Caribe poderia ter sido bem melhor do que esta porcaria que assisti.

Infelizmente remake é apenas uma desculpa para não fazerem uma história original copiando uma formula antiga que já fez muito sucesso.

É apenas caça níquel são poucos que consigo ter realmente paciência  pra parar e assistir (ainda quero ver uma adaptação digna do Cavaleiro Solitário, pois essa não valeu).

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a real american hero

Comandos em Ação (G. I. Joe)

Dizem as lendas que em 1964 a empresa Hasbro  lançou o conceito de action figures para meninos, pois na época boneco era somente coisa de menina. Foi a partir deste momento surgiu o termo action figure, Sam Weston inspirado na série  de TV O Tenente, criou o G.I. Joe .

Um action figure militar  de aproximadamente 30 centímetros que possuía 21 articulações e a possibilidade de trocar de roupa. O sucesso foi tão grande que em menos de três anos havia mais de 75 personagens.

Nos anos 1970, G.I. Joe e seus aliados se diversificaram em aventureiros, lutadores de Kung Fu e também super-heróis (deixando de ser produzido em 1978).

Então em 1982 numa pareceria entre a Marvel e a Hasbro voltaram a produzir os bonecos, desta vez, com 10 centímetros de altura e menos pontos articuláveis. Aonde cada personagem tinha uma história própria que possibilitou o surgimento dos Comandos em Ação fato que foi um sucesso tremendo.

Lembro que  eu era doido pra ter algum, mas meu pai não comprava de forma nenhuma (deveria ser caro). Eu ficava babando pela coleção de bonecos G.I. Joe que meu amigo Cliver tinha naquela época (lembro até de um overcraft grande muito maneiro).

O Falcon também fez muito sucesso aqui no Brasil  tem muito marmanjo que dedica um bom tempo a sua coleção (sortudos). Dizem as lendas que o Falcon era na verdade o G.I. Joe, mas aqui no Brasil modificaram o nome, talvez para que nós brasileiros assimilássemos melhor o personagem.

Voltando, Comandos em Ação virou uma febre, porque além dos brinquedos havia também gibis, games, quebra cabeça e principalmente uma saudosa animação lançada em 1983.

Comandos em Ação (no original G.I. Joe: A Real American Hero) na liderança do grupo estava o intrépido Duke que combatia os vilões com os melhores guerrilheiros de várias partes do mundo.

Minha alegria já começava na abertura com uma narração dos Joe no combate contra o terrorismo perpetrada pela a organização  Cobra e sua luta incansável para assegurar a liberdade de toda humanidade.

O desenho era repleto de ação com tiros, explosões e lutas mostrando realmente ter sido feito com base no estilo militar com aviões, tanques e armas. Tinha tantos personagens que tiveram que mostra-los dispersos ao longo dos episódios.

Devo confessar que eu tinha uma verdadeira queda pela Scarlett e pra mim ficou a impressão que Destro era mais assustador que o próprio Comandante Cobra.

Vimos Comandos em Ação no programa infantil Xou da Xuxa que devido ao seu enorme sucesso ganhou um horário próprio durante o domingo na grade da Rede Globo.

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Em 2009 tivemos G.I. Joe: A Origem do Cobra, dirigido por Stephen Sommers. Na história James McCullen (Christopher Eccleston) é o maior comerciante de armas do planeta. Seu histórico familiar contado no inicio da trama  já mostra isso (é uma herança de família fomentar a destruição).

Sua mais nova arma é o nanomites, robôs microscópicos que podem destruir qualquer coisa que encontrem em seus caminho, e capazes de serem desligados a qualquer momento.

Para entregar quatro ogivas com o material temos uma força tarefa do exército americano cm Duke (Channing Tatum) e Ripcord (o engraçadinho do Marlon Wayans), no entanto o comboio é atacado por uma força desconhecida comandada pela linda Baronesa (Sienna Miller).

O general Hawk (Dennis Quaid) é o comandante do G.I. Joe uma equipe militar de elite com integrantes do mundo inteiro e as ogivas eram pra serem entregues a ele.

Devido aos acontecimentos Duke e Ripcord alistam-se na equipe pra tentarem reaver o que havia sido roubado (para vingar seus amigos mortos).

Não queira ver um roteiro criativo, pois o filme não empolga em nada. A Origem do Cobra se preocupa muito em retroceder na vida de “todos” os personagens para mostrar sua motivação e conflitos pessoais.

Isso acaba virando boa parte do filme tornando-o chato pelo excesso deste recurso. Há várias cenas de ação com tiros,  explosões e perseguição. Os efeitos especiais soaram falsos num misto de cenas reais com várias outras em CGI.  Aliás isto me incomodou muito, pois tinha CGI em quase todas as cenas (foi horrível).

Salvando apenas a luta de Storm Shadow (Lee Byung-hum) contra Snake Eyes (Ray Park),  ficou interessante o momento em que Duke e Ripcord usam aquele exo-esqueleto em Paris num estilo parecido com o do Homem de Ferro e a destruição da Torre Eiffel que ficou impactante.

Os equipamentos militares surgem apenas como alegorias a serem vendidas como brinquedos já que a Hasbro estava envolvida no longa.  Fazendo tipo uma poluição visual por mostrar tantas aeronaves, tanques, armas e outras geringonças.

Stephen Sommers ainda coloca seu queridinho Brendan Fraser  numa rápida participação especial. E também temos o eterno vilão da franquia da Múmia Arnold Vosloo surgindo como Zartan, um mestre dos disfarces que assusta mais que o vilão principal (acho que já disse isso antes).

Mesmo com cenas repletas de adrenalina A Origem do Cobra ficou na pretensão de parecer uma mistura de desenho animado com game (estragando nosso entretenimento).

Ainda bem que podemos nos encantar apreciando a beleza de Scarlett (Rachel Nichols) que tem uma arma interessante e a sensual vilã Baronesa (que infelizmente deixaram de fora na continuação).

G.I. Joe 2 - Retaliação

G.I. Joe: Retaliação

Desta vez a história gira em torno das pretensões militares dos Estados Unidos que acabam desobedecendo um acordo internacional (e continuam a desenvolver ogivas nucleares).

Na verdade a organização Cobra assumiu o controle do país, pois Zartan, o Mestre dos Disfarces estava no lugar do Presidente dos Estados Unidos dando início a um plano de proporções catastróficas. O esquadrão G.I. Joe seguindo as ordens do “presidente” foram atacados numa emboscada e são praticamente todos exterminados em combate.

Os poucos remanescentes precisam sobreviver num país aonde são acusados de traição e ainda tentar encontrar o mandante daquela tramoia. Eles procuram a única pessoa em quem podem confiar, Joe Colton (Bruce Willis), o primeiro homem que teve a honra de ser chamado de G.I. Joe.

Esqueça tudo que foi visto no filme anterior, porque Retaliação mesmo não parecendo veio na intenção de recomeçar tudo. O roteiro ficou mais consistente com a narrativa focando e se concentrando somente nos Estados Unidos e não naquele estilo James Bond que rodava o mundo inteiro em 2009 (dava até pra ficar perdido por mostrar tantos lugares).

Zartan disfarçado de presidente (Jonathan Pryce) manda Storm Shadow e Firefly (Ray Stevenson) libertarem o Comandante Cobra de sua prisão.  Colocando em prática um plano que subjugará todo mundo.

O Comandante Cobra ficou bastante apagado, pois tanto Zartan quanto Firefly roubam suas cenas com interpretações absurdamente sinistras e marcantes. Alguém mais notou que o Comandante ficou parecido demais com Darth Vader tanto na forma de ser quanto na voz.

Os efeitos especiais ficaram bem melhores, pois não temos o uso extremo de CGI, possibilitando as cenas ficarem mais realistas.  O único momento que dá pra realmente perceber sua utilização é  na parte em que Jinx e Storm Shadow invadem o templo para resgatar Snake Eyes  dá até um frio na barriga.

Só que mudaram a rivalidade mortal que havia entre Snake Eyes e Storm Shadom que ficou trabalhada numa explicação mais plausível. Ficou estranha essa mudança, eu preferia que ficasse como estava estabelecido antes e não que virassem um tipo de “amiguinhos” de repente.

A presença de Bruce Willis e The Rock (como Roadblock) transformou o filme num misto de ação, humor e muita pancadaria sendo o que eles  fazem  de melhor. O Roadblock além de ser  cozinheiro luta bem pra caramba mostrando que o ator estava á vontade no personagem. Ficou bem mais convincente no papel principal que o Duke de Channing Tatum no filme anterior.

Temos a inclusão de duas personagens clássicas uma é Lady J. (Jaye), interpretada pela estonteante Adrianne Palicki, a Mulher Maravilha da série que não vingou. Seu histórico paterno mal resolvido funcionou bem com as infames piadas de Bruce Willis.

E também Jinx (Elodie Yung), uma ninja pertencente ao clã Arishikage (o mesmo de Snake Eyes) suas  cenas de luta são impactantes.

G. I. Joe: Retaliação deixou uma impressão que não precisa ter efeitos especiais mirabolantes para termos um bom entretenimento. Todos os personagens tiveram uma caracterização definida, temos frases de efeito pra quebrar o clima no momento oportuno e principalmente cenas de ação convicentes que botam pra quebrar.

O diretor John M. Chu não estava acostumado com filmes assim, pois comandou o clipe do adolescente queridinho das meninas e alguns longas inexpressivos. Mais conseguiu mostrar algo que já estamos até cansados de ver no gênero como herói contra vilão, porém sua eficiência na ação dosando efeitos e personagens instigantes só me fazem pensar em quando iremos assistir o terceiro?

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Os-Croods

Os Croods

Grug (Nicolas Cage) mantém sua família escondida na caverna após todos os seus vizinhos terem sumido (aparentemente comidos por algum animal ou sofreram algum tipo de tragédia). Isto o tornou um pai super protetor impondo a regra do confinamento para todos sobreviverem.

A intenção é boa, pois todo pai deseja proteger sua família, mas seu medo de enfrentar qualquer situação nova com medo que seja perigoso provoca conflitos com sua filha mais velha.

Eep (Emma Stone), é uma adolescente muito curiosa e que gosta realmente de uma boa aventura e as aventuras da família Crood são contadas pelo seu ponto de vista ( o interessante é que tanto ela quanto seu pai são muito fortes).

Eep desobedece ao pai indo explorar o mundo fora da caverna. É aquele inevitável conflito de gerações entre pais e filhos. Porque é geralmente nesta fase da adolescência que nós estamos querendo dar nossos próprios passos (e nossos pais ainda nos “enxergam” como crianças).

A situação piora quando a caverna é destruída e a família precisa encontrar um novo lar pra morar. E  então surge Guy (Ryan Reinolds), um adolescente que não é tão forte quanto Grug ou Eep, mas muito inteligente inventando várias “palavras” que conhecemos.

Quando Eep se apaixona pelo rapaz e conhece o fogo a aventura ganha outra dimensão. Há vários momentos engraçados, mais eu gostei do bicho-preguiça Braço que serve de cinto, cozinheiro, conversador e navedor (cativante).

O mundo como os Croods conheciam estava ruindo e não era de forma literal. É que há milhões de anos atrás havia apenas um só continente no mundo todo a Pangéia que foi se dividindo até formar o mundo de hoje (sendo justamente neste período que animação acontece).

Só que nós já vimos algo semelhante na própria Dreamworks, pois na Era do Gelo 4 é o esquilo Scrat quem provoca a separação dos continentes, não entendi, porque repetiram o tema.

Voltando, Os Croods não mostra nada além do tradicional, pois trata do aspecto humano dos personagens. Eles precisam viver num mundo com o qual não sabem lhe dar ( é justamente nesta questão que torna a animação interessante).

O roteiro é previsível, mas o cenário é belíssimo com plantas e animais exóticos que lembram o filme Avatar.

O que vemos é um homem  que se limita por estar confortável na rotina (e gosta de viver desta forma). Quando surge Guy todos precisam encarar o medo e prosseguir para encarar o que está por vir.

Podemos notar como uma analogia aos tempos atuais com a tecnologia moderna  que muda tão rapidamente e nós temos que aprender coisas novas de repente.

As cenas da família na chuva e nadando são simplesmente demais. No momento em que Grug se perde no labirinto e todos se separam é quando cai sua ficha. Notando que precisa mudar (antes eles estavam sempre juntos e ali se descobriram como indivíduos).

Mesmo a animação acontecendo na pré-história somos conectados ao aspecto família que há no enredo.   Tanto Grug com seu jeito durão, Ugga uma mãe zelosa, Sandy que mais parece um animal feroz e  mesmo o idiota do Thunk, até Gran aquela velhinha chata e engraçada (são personagens cativantes).

As cenas são bem feitas e não há nada de mirabolante no enredo que varia pela aventura e comédia, mas é uma ótima animação feita para agradar tanto as crianças quanto aos adultos.

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into the darkness

Star Trek: Além da Escuridão

Eu já havia feito um comentário sobre a antiga série de Jornadas na Estrelas aqui. Foi quando  o filme estreou nos cinemas, mas infelizmente não tive grana pra assistir.

Então tive que esperar chegar na locadora para poder finalmente ter a alegria de me sentar e apreciar esta aventura. Bom, chega de enrolação e vamos ao que interessa.

O diretor J.J.  Abrams (criador das séries Lost e Alias) junto a sua equipe de colaboradores (Alex Kurtzman e Roberto Orci) teve a incrivel tarefa de ressuscitar a maior franquia cinematográfica da telona. Pra piorar sua situação comentou que não era fã da série clássica fato que chamou a atenção dos trekkers (os maiores fãs de Jornada nas Estrelas).

Havia um constante rumor que William Shatner (o inigualável Capitão Kirk) fosse aparecer no filme, mas quem teve a tarefa de passar o bastão foi Leonard Nimoy (nosso eterno Sr. Spock). A história desta vez tinha a difícil tarefa de mostrar como a famosa tripulação se conheceu.

Sendo que a verdadeira intenção era juntar não somente apenas os fãs antigos, mas toda uma nova geração que não conhecia Star Trek. Na trama  Jim Kirk (Chris Pine)  vive revoltado com a perda de seu pai. Tornando-se um bad boy encrenqueiro  até o Almirante Pike (Bruce Greenwood) lhe dar uma chamada convocando para ingressar na Frota Estelar.

Fato que Kirk relutantemente aceita até encontrar em Spock (Zachary Quinto) um similar á sua altura, pois divergem sobre vários assuntos. Enquanto Kirk age pela emoção quase que de forma imediata sempre usando a intuição em contrapartida Spock  utiliza sua mente analítica para avaliar “qualquer” situação encontrada.

O velho Spock estava fugindo de Nero, um capitão romulano que desejava vingança por achar que o embaixador era responsável pela destruição de seu planeta. Então devido a uma anomalia temporal (causada por um buraco negro) ambos voltam para o passado, isto é o século 23 período em que a história acontece.

Temos uma mistura entre o que já estava estabelecido pela clássica série e algo ligeiramente diferente orquestrado pelo diretor. As personalidades dos integrantes da nave ficou bem construída e sua caracterização estava consistente (lembrando bastante  quem  personificam).

O roteiro é coeso, há algumas tiradas engraçadas e principalmente os efeitos especiais são convincentes. Um prato cheio não só para quem gosta de ficção científica, mas pra quem estiver a fim de uma boa diversão (no final há aquela nítida sensação de querer ver mais).

Se a intenção do primeiro longa era demostrar algo inteiramente novo conseguiram com maestria um frescor que havia se apagado há algum tempo na franquia.

Além da Escuridão começa com adrenalina mostrando a tripulação da Enterprise salvando uma civilização que estava dando seus primeiros passos de ser extinta por um vulcão.

As cenas são de arrepiar, mas Kirk viola uma lei básica da Federação (não interferir na evolução de uma sociedade atrasada). Tal ato lhe custa muito caro e por causa desta intromissão Kirk perde seu posto para o Almirante Pike (Bruce Greenwood).

Além da Escuridão e Homem de Aço estão intimamente conectados, pois ambos tem a missão de retomar uma franquia mítica. Acredito que Star Trek conseguiu de maneira singular modernizar o que já conhecíamos.

Agora o Homem de Aço veio tomar o lugar do fracasso que foi o Retorno de Singer. Adaptando o kriptoniano ao reboot que a DC Comics promoveu em 2011 temos a melhor adaptação cinematográfica do Superman de todos os tempos. Sou fã de Chris Reeve, mas não nego que este herói renovado está de acordo com o século XXI (espero que na sequência continuem executando boas histórias).

Voltando, os filmes estão conectados por apresentarem releituras de vilões icônicos em suas mitologias e representativos na memória afetiva dos fãs. Eu só entendi realmente a motivação de Zod (Michael Shannon) após ver a similaridade que há em Khan (Benedict Cumberbatch).

Ambos são militares tão assustadores que não poupam esforços para conseguir seu intento, porém evocam algo básico no aspecto humano (a busca pela sobrevivência). E afinal de contas Khan estava errado em querer uma vingança contra o Almirante Marcus (Peter Weller)?

Pra mim não, pois se tivessem aprisionado minha família com certeza eu também reagiria do mesmo modo. O grande lance do filme é trazer uma temática realista como o terrorismo. Algo que vivemos intensamente nos dias de hoje aliado ao que podemos nos identificar de forma íntima nos sentimentos dos personagens.

Mostrando que Kirk e Khan também estão ligados ao definir que fariam qualquer coisa por sua família (um sentimento comum a maioria das pessoas).

Por mais óbvia que possa parecer há uma intensa manipulação de interesses entre Khan, Kirk e o Almirante Marcus. Confesso que foi esta situação que me deixou mais intrigado pela forma como conduziram a trama.

Não poderia deixar de lembrar da bela Carol Marcus ( Alice Eve), por que sua aparição de lingerie foi um dos assuntos mais comentados na web (uma ótima cena e devo acrescentar que infelizmente foi muito curta).

Deu pra notar que os atores estão a vontade em seus personagens destacando mais uma vez a excelente caracterização tornando aprazível nossa aventura pelo filme.

Além da Escuridão repete a fórmula de seu predecessor com momentos engraçados, efeitos especiais grandiosos que são uma alegoria a parte. Devido a sua riqueza de detalhes como o salto de nave para nave, a explosão em Londres, a fuga no território Klingon, a queda livre dos espaço para Terra da Entreprise. Eu quase morri de expectativa (apesar de saber qual seria o desfecho daquilo). E teve até uma discussão de relação (entre Spock e Uhura) colocando Kirk no meio da bagunça foi engraçado demais.

O trio de protagonistas está mais afiado, porque enquanto Kirk continuou demonstrando ser um grande mulherengo (exatamente como era antigamente).

Spock está conflituoso entre a emoção e o raciocínio ficando impressionante quando libera toda sua raiva reprimida (olha o Hulk aí, gente!).

Já o Dr. McCoy, de Karl Urban continua parecido demais com o do saudoso DeForest Kelley sempre falando de forma irônica (com piadas ácidas e inteligentes).

O melhor disto tudo ficou reservado pro final quando Kirk recita o “discurso do capitão” numa bela homenagem a série antiga (aonde ouvimos sua introdução). E logo em seguida o interior da Enterprise é mostrado como se estivéssemos caminhando dentro dela (foi maravilhoso).

Então na parte em que Kirk entra na ponte sorri igualzinho como William Shatner fazia são momentos significativos da série clássica que fez qualquer fã ter uma alegria infinita ao ver estas referências (assim como eu tive).

Confesso que voltei algumas vezes para rever as cenas aonde até a música tema foi mantida. Além da Escuridão é uma aventura que ficará guardada eternamente na minha memória (estou esperando ansioso para ver o terceiro).

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Iron_Man_3

Homem de Ferro 3

O arco Extremis dos gibis foi a base para a existência do Gladiador Dourado para as telonas. Escrita por Warren Ellis e com arte de Adi Granov revitalizou pro século 21 toda origem de Tony Stark.

Alterando o cenário original que acontecia na Guerra do Vietnã para o Afeganistão TS precisa repensar toda sua vida como herói, magnata e cientista. Numa entrevista um jornalista confronta o magnata quanto ao impacto das armas utilizadas nas mais diversas  guerras.

TS fica melindrado, mas retruca dizendo que o documentário do jornalista também não melhorou a situação das guerras no mundo. Quando o cientista Aldrich Killian inventa o Extremis, um tipo de soro do supersoldado, baseado em nanotecnologia  que confere ao usuário  fator de cura, capacidade de gerar raios energéticos, velocidade, superforça entre outros poderes.

Essa perigosa tecnologia foi utilizada pelo terrorista  Mallen que entra num embate mortal contra o Homem de Ferro que quase morre. TS estava muito ferido, mas foi ajudado por Maya Lopez ajudando a desenvolver uma variação do Extremis. Desta vez o vírus foi modificado para criar um link mental entre as armaduras e TS (permitindo que acessasse qualquer banco de dados). E de uma maneira incrível a armadura sai dos poros de sua pele.

Ou então mesmo estando distante vários quilômetros TS poderia “chamar” sua armadura para que viesse lhe ajudar (e assim encaixando em seu corpo). Este arco foi mal aproveitado no longa, pois a densidade dada ao personagem é bem maior do que o filme sugeriu.

A trama começa num Congresso científico em Berna, Suiça na noite de réveillon de 1999. Com uma música dance chatíssima (que poderia ter sido esquecida) o milionário já havia tomados algumas, mas sobe pra “conversar” com a bióloga Maya Hansen (a bela Rebecca Hall) sobre  o Extremis seu projeto de regeneração que pode futuramente ajudar na recuperação de aleijados.

Só que ao mesmo tempo rejeita falar com Aldrich Killian (Guy Pearce) para financiar seus projetos da I.M.A (Ideias Mecânicas Avançadas) organização bem conhecida por nós leitores de gibis. Há um salto no tempo pra atualidade quando vemos Happy Hogan (Jon Fraveau) como  chefe de segurança nas Indústrias Stark e Pepper Potts (Gwynelt Paltrow) se destacando ainda mais comandando a empresa.

Podemos notar que possivelmente está conectado com Os Guardiões da Galáxia na parte em  que Aldrich Killian  mostra uma imagem tridimensional do seu cérebro para Pepper Potts e aparece por “engano” o espaço sideral.

Desta vez o “vilão” Mandarim (um clássico inimigo das HQs) atormenta o mundo inteiro com ameaças transmitidas pela internet. Não poderia deixar de comentar que Ben Kingsley dá um show de interpretação toda vez que aparece.

Quando Happy Hogan sofre um atentado sendo ferido mortalmente (na reconstituição da cena do crime  há um aparato tecnológico que lembra CSI). Então TS promove pela TV um confronto direto contra o Mandarim declarando guerra.

Os efeitos especiais são impactantes na cena de destruição da  mansão e logo após  o milionário é dado como morto. Foi nesta parte que infelizmente pra mim pareceu uma cópia deslavada de Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge, porque temos Tony Stark também em busca de si mesmo.

Tony está com um trauma após os acontecimentos em Nova York, pois num mundo com soldado patriótico, deuses nórdicos, gigante esverdeado se comparou apenas como “um simples mecânico” então seu grande ego foi esmagado (desculpa pelo trocadilho Hulk).

Eu quero saber porque transformaram TS numa versão mais velha do Homem-Aranha? O que eu detestei mesmo foram as piadinhas que aparecem em boa parte do filme.

Talvez quisessem tirar o peso que o tema “terrorismo” provoca basta lembrar o 11 de setembro e o atentado em Boston.  Só que pra mim conseguiram dar uma derrapada muito grande neste roteiro, pois acabou alternando entre comédia, romance, drama e quase ação.

Se não me engano Tony diz: “que o importante é o homem e não a armadura”

E sinceramente antes do filme estrear fizeram tanto merchandising só que vemos Robert Downey Jr.  que acabou se sobressaindo mais que Tony Stark (e isto foi ruim porque o HF aparece poucas vezes na telona).

Os efeitos especiais são uma alegoria a mais demonstrando a destruição da mansão, um homem cuspir fogo, várias armaduras do Homem de Ferro voando, mas eu não vejo o Tony Stark dos quadrinhos na telona (e pra mim todo resto foi decepcionante).  Foi um sucesso de bilheteria incontestável, porém a mudança na direção e o roteiro fraco não me agradaram em nada.

Só pra constar temos um alívio cômico na cena pós-créditos, pois TS conta a história do filme. Num tipo de sessão de terapia com Bruce Banner (Mark Ruffalo) que na verdade havia até cochilado de tédio.

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Somos-Tao-Jovens

Somos Tão Jovens

A Legião Urbana faz parte do Quarteto Sagrado do Rock Nacional ao lado dos Titãs, Paralamas do Sucesso e Barão Vermelho.

As quatro bandas marcaram a minha vida, pois eu vivia num período que estava descobrindo a mim mesmo.

Haviam várias bandas durante os anos 1980 fazendo sucesso como: Capital Inicial, Metrô, Engenheiros do Hawaii, Kid Abelha, Ira!, Plebe Rude, Uns e Outros sem falar em alguns cantores como Lobão.

A música nacional era muito diversificada naquele período (tanto no rock quanto na MPB).

Sem contar que no cenário internacional também tinha: Michael Jackson, U2, Information Society, Madonna, Cindy Lauper, Prince, Duran Duran, Eurythmics, The Smiths, The Cure entre vários outros (que eu gosto demais).

Cresci na década de 80 e minhas influências são todas desta época saudosa. E além da enorme contribuição musical ainda havia ecos remanescentes das décadas anteriores (60 e 70).

E algumas das melhores músicas destas épocas já são uma parte significante não só da minha vida, mas também da minh’ alma.

Então quando vi Renato tendo um ataque depressivo pela morte de John Lennon (08/12/1980). Pra mim foi algo extremamente marcante também, porque Imagine foi uma das primeiras canções que me despertaram pro mundo (um fato que nunca mais esquecerei).

Renato Russo era líder da Legião Urbana a melhor banda de rock do Brasil pra mim de todos os tempos (até hoje).  A Legião têm como maior característica os três acordes muito comum nas bandas de punk rock (tipo Ramones).

A história do Renato se confunde muito com o renascimento do rock nacional vindo do Distrito Federal. Apesar de ter uma visão única sobre o país e um talento capaz de sintetizar tudo isso com palavras de mais pura poesia.

Renato era uma pessoa muito difícil, tinha um gestual exagerado ao dançar, mas um gênio na música. Assumiu sua homossexualidade, no entanto havia perdido a vontade viver.

Infelizmente deixou-se levar pela AIDS (quando já havia condições de tratamento para prolongar a vida do paciente).

Suas letras são atemporais mostrando coisas inerentes ao ser humano. Mesmo após tantos anos suas canções demonstram a realidade de um Brasil que apesar de tantas conquistas (ainda não mudou totalmente).

O livro Renato Russo – O Trovador Solitário do jornalista Arthur Dapieve mostra de maneira envolvente toda a trajetória do cantor e da banda). No ano passado o músico Renato Rocha estava morando nas ruas, mas ainda bem que o resgataram desta condição.

Em junho deste ano “Negrete” participou de um tributo a Renato Russo em Brasília com vários outros cantores (nos Estádio Mané Garrincha).

Notei que infelizmente não fizeram nenhuma menção ao Renato Rocha (ex-baixista da banda). No ano passado o músico estava morando nas ruas, mas ainda bem que o resgataram desta condição.

Em junho deste ano “Negrete” participou de um tributo a Renato Russo em Brasília com vários outros cantores (nos Estádio Mané Garrincha).

A proposta é introduzir o público na vida do cantor sem se aprofundar muito, pois vemos algumas partes mais importantes do movimento punk rock de Brasília.

A personalidade de Renato era bastante controversa na verdade alguém do tipo ame-o ou deixe. E ao mesmo tempo o diretor Antonio Carlos da Fontoura demonstrou um ser humano ímpar.

Thiago Mendonça ficou bem caracterizado e somos inseridos em suas descobertas pessoais quanto ao assunto sexo, drogas e rock n’ roll. Vemos também sua intenção de ficar famoso e a construção do mito (ídolo de multidões).

A história começa em Brasília na época em que a família Manfredini descobre que Renato tinha epifisiólise (uma doença óssea). E significativamente nas suas letras uma época a qual se refere muito (16 anos).

Temos também a formação do Aborto Elétrico e sua conturbada relação com os irmãos Lemos. E ainda temos as músicas que deram base pro Capital Inicial (Fátima, Veraneio Vascaína entre outras).

Eu gostei de ver a interpretação do ator Edu Morais como Herbert Vianna. Foi muito engraçado ver os trejeitos dele ao falar.

A parte interessante era a conturbada relação com sua amiga Ana (Laila Zad) é um dos momentos mais comoventes da trama. Quando toca a canção “Ainda Cedo” vemos a poesia que  Renato fazia  de uma maneira singular.

E ainda têm uma música disco mostrada na festa “estranha com gente esquisita” era Dance & Shake Your Tamborine do Universal Robot Band.

Infelizmente é tudo muito rápido feito de maneira quase descompromissada (defendendo alguns aspectos para não se comprometer). Tanto o fato de ser homossexual quanto seu engajamento político ou seu espírito revolucionário são mostrados de forma bastante diluída.

É preferível dizer que apenas parece um videoclipe estendido mostrando as músicas (que são hits eternos) pincelados em histórias promovidas para elas tocarem.

Eu vivi aquela época conheço um pouco da história tanto do Renato quanto da Legião Urbana, mas não gostei do filme (apesar de ser bom). Senti que faltou alguma coisa para torna-lo mais relevante talvez uma veracidade maior.

Algo em que vemos sendo trabalhado de maneira bem melhor em 2 Filhos de Francisco que foi baseado na vida de Zezé Di Camargo e Luciano. O filme conta todos os problemas que a família de origem muito humilde tinha que enfrentar.

Não sou chegado a música sertaneja, mas se comparando a celebridades 2 Filhos infelizmente ficou melhor que Somos Tão Jovens.

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Merida-Valente

Valente

Ao ver o início desta animação com suas imagens grandiosas me lembrou o primeiro Highlander que conta a história de Connor MacLeod (Christopher Lambert) um escocês que descobre pertencer a uma raça de guerreiros imortais.

Além da ótima trilha sonora da banda Queen ainda temos outro escocês trabalhando neste filme Sir Sean Connery  (Ramirez) que se tornou o tutor de MacLeod (acho que já deveriam ter pensado num remake deste filme).

Outras coisas me vieram a memória como William Wallace (Mel Gison) já que a Escócia é aonde ocorre a aventura da animação lembrando algumas cenas de Coração Valente (quem sabe talvez levemente inspirado?).

Bom, vamos deixar as recordações de lado. A música de Valente foi algo que me chamou bastante atenção tornando as cenas mais impactantes.

Merida entrou para a galeria de princesas Disney (exatamente como Mulan foi), pois mesmo numa época tão antiga age como uma mulher atual. Ela é inteligente, forte, confiante, determinada e exigente.

Quando normalmente era ser subserviente ao pai e ao marido (vide Coração Valente).

As inversões de papéis de pai e mãe também me soaram como um bom contraste de personalidades. Isto porque sua mãe Elinor age de forma severa, austera para poder educa-la, mas em oposição seu pai é alegre e brincalhão ensinando-a ser uma guerreira.

O confronto entre mãe e filha é aquela velha história de conflitos de gerações (acho que a maioria dos pais passa por isso). Os três pequenos príncipes não falam nada durante a animação toda mais são terríveis e engraçados.

A parte interessante é aquela onde a rainha vira urso (este fato me lembrou de Irmão Urso). Deste momento em diante começa a verdadeira aventura. Mesmo modificada a rainha agia como se fosse uma pessoa normal foi estranho pra caramba.

A situação precisou mudar de uma maneira extraordinária para que mãe e filha pusessem suas diferenças de lado. Valente fala sobre destino, sina e se nossa jornada já está predestinada, mas somos nós que devemos escolher por qual trilha seguir.

Não poderia deixar de comentar sobre duas coisas que vi no bônus. A primeira que me surpreendeu demais foi La Luna. Nesta história vemos um garotinho em alto mar na companhia de seu pai e avô (que discordam muito sobre qualquer coisa).

Quando o trio está no oceano a Lua cheia  surge resplandecendo de uma maneira linda e quando pensamos que a âncora era pra prender o barco acontece algo maravilhoso.

A função deles (que de forma tradicional é passada de pai pra filho) é limpar as estrelas cadentes que caem na Lua. Quando o trio termina de limpar deixam a Lua Crescente com a sensação de trabalho bem feito.

A animação é tão especial que pra mim não cabe medir em palavras, pois seria muito mesquinho tentar fazer tal coisa.

La Luna é uma daquelas animações feitas que irão durar pra sempre e toda vez que for vista dezenas de vezes  encanta não apenas aos olhos mais a alma também.

A outra é um complemento da história principal de Valente que revela a Lenda de Mordru sendo narrada pela Bruxa. Havia uma história antiga de um nobre rei que já estava bastante idoso.

Ele tinha quatro filhos e o mais velho  chamava-se Mordru. Ele era o herdeiro por direito de tudo, mas cada um dos irmãos tinha uma qualidade que completava ao outro.

Infelizmente o rei faleceu, porém como último pedido fez com que  Mordru prometesse  reinar em conjunto com seus irmãos. Mordru assumiu o reino, mas a ganância corrompeu sua alma e não quis dividir a liderança do reino provocando uma guerra.

Durante a batalha encontrou a Bruxa pedindo um feitiço que o tornaria dez vezes mais forte. Só que acabou virando um enorme urso pardo e destruindo o reino no processo. Como penitência passou a vagar pela eternidade.

Eu gostei de assistir Valente pela qualidade e pelo que me fez lembrar, mas La Luna também é excelente e inesquecível.

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