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Tron: Uma Odisséia Eletrônica

Muito antes de nós sonharmos  que um dia poderia existir Matrix  que mostrava de forma incrível as aventuras de Neo pelo mundo virtual. Havia Tron: Uma Odisséia Eletrônica o filme é um expoente, porque marcou o uso de termos técnicos de informática na telona.

Algo bem á frente do seu tempo para a época, mas pra quem assiste com a visão dos filmes de tecnologia atual nota-se que Tron é  lento demais. A ação demora muito a acontecer, porém tornou-se cult por merecimento.

Suas imagens “digitais” que na verdade algumas delas não foram feitas no computador impressionam bastante. O filme é datado como década de 80 não tem como não prestar atenção a este fato, porque é uma parte inerente da trama.

Kevin Flynn (Jeff Bridges) é um programador e inventor de videogames muito proeminente que trabalhava na empresa Encom e foi despedido por Ed Dillinger (David Warner) que tomou seu lugar roubando suas ideias e ocupando o cargo que deveria ser seu (vice-presidente).

Flynn estava tentando hackear os arquivos da Encom querendo encontrar provas que incriminassem Dillinger. Através de um programa pirata chamado CLU, mas seu programa foi capturado pelo Master Control.

O Master Control é um programa que adapta todas as informações de qualquer outro software para sua memória tornando-se mais veloz e inteligente. O Master Control foi um programa criado por Dillinger para proteger a Encom, mas o programa transformou-se em uma inteligência artificial perigosa (com a intenção de invadir os servidores do Pentágono e controlar o mundo). E Dillinger acuado teve que ajudar MC nesta empreitada, pois caso contrário perderia seu cargo.

Kevin tinha dois amigos que ainda estavam trabalhando na Encom Alan Bradley (Bruce Boxleitner),  um programador que estava finalizando um software chamado Tron que iria analisar e controlar todos os processos do Master Control.

E a Dr. Loira Baines (Cindy Morgan) estava terminando um projeto que era uma máquina laser que transportava objetos do mundo material para o virtual.

Só que Dillinger havia cortado o acesso de todos os funcionários aos servidores da empresa. Fato que deixou Alan e Loira muito chateados indo procurar Flynn ajudando-o a invadir a empresa.

A loja do Flynn’s me lembrou a animação Detona Ralph, pois o Consertando Félix Jr. é um jogo que surgiu justamente na mesma época em que Tron acontece.

Quando Flynn estava hackeando os servidores da Encom foi detectado pelo Master Control que o capturou para a realidade virtual.

É neste momento que a aventura digital começa, pois há um mundo totalmente novo e diferente que vislumbramos. Repleto de luzes e formatos com tanques poligonais e motos que deixavam rastros de luz e principalmente uma arena aonde os programas tinham que lutar pela sua vida tipo gladiadores numa arena.

A parte interessante é que todos os personagens possuem um avatar no mundo virtual de Kevin é Clu um desbravador que sempre acredita no usuário. Enquanto Yori é de Lora também interpretada pela atriz Cindy Morgan. Já Alan é Tron que age como um nobre guerreiro típico da cavalaria medieval.

O Master Control tem a voz de Ed Dillinger que também interpreta o vilão Sark que domina como um ditador a “Grade”, o mundo virtual aonde a trama se desenrola. A missão de Clu, Tron, Lora e companhia é derrubar o tirano do poder.

Aqueles trajes florescentes unido ao estilo de luta antigo chamou minha atenção ainda mais quando um lutador tinha que lançar os discos para derrotar seu oponente (ser deletado é igual a morrer).

O que pude perceber é que mesmo num filme antigo com efeitos datados a aventura foi inovadora, mas Tron demorou a ser reconhecido justamente por causa de outro estrondoso sucesso E.T., O Extraterrestre que acabou ofuscando sua história.

Tron também equipara-se a Star Wars por terem históricos equivalentes, pois são filmes que abriram um precedente quando foram feitos.  Cada um mostrando seu ponto de vista e seguindo caminhos bem diferentes, porque Tron é uma viagem pelo mundo digital enquanto Star Wars uma saga espacial.

Pra quem quiser assistir Tron original vale apenas como conhecimento do mito.  Porque como já havia escrito antes é um filme lento, mas serve para entender melhor o que acontece na sequência.

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Tron: O Legado

Esta história de remake pra mim parece ser uma falta de perspectiva dos roteiristas em criar algo inteiramente novo, mas como dizia o velho guerreiro: “nada se cria tudo se copia”. Se na aventura original os “efeitos visuais” foram inovadores desta vez tornaram-se inesquecíveis graças ao uso do CGI.

A história começa nos conectando ao filme anterior com Kevin Flynn (Jeff Bridges)  na década de 80 narrando para seu filho Sam suas aventuras na Grade (que ele transformou num jogo de grande sucesso chamado obviamente de Tron).

Logo é mostrado na tela vários televisores antigos noticiando o sumiço de Kevin. Um fato que  provocou uma grande mudança na direção da Encom. E também na vida de Sam que foi morar com seus avós algo que me lembrou Peter Parker (que teve que morar com seus tios).

Então devido a este  acontecimento temos um salto de 25 anos na história. E Sam Flynn (Garrett Hedlund) tornou-se um especialista em tecnologia (um hacker – termo que não existia na época do longa original). Um bad boy que usa sua inteligência para sabotar a Encom empresa que seu pai ajudou a consolidar no mercado.

Logo por influencia de seu tutor Alan Bradley (Bruce Boxleitner) que havia recebido uma mensagem em seu pager (não sei porque guardou algo tão jurássico).

Na verdade a mensagem fora enviada por Clu, pois como Kevin havia se escondido há muito tempo. O vilão fez um ardil para encontrar alguém do mundo real e traze-lo pra Grade a fim de que seu criador saia da toca.

Então Sam caindo nesta armadilha decide ir até a loja Flynn’s  que está toda empoeirada e quando entra toca no jukebox um grande sucesso da década de 80 do Jorney é Separate Ways (worlds apart) que se não me engano está relacionada ao sumiço de seu pai.

Confesso que fiquei nostálgico, pois me fez viajar a uma parte da minha vida que estava começando a conhecer e gostar de música. Voltando, Sam se encontra  diante de algo realmente extraordinário quando acidentalmente é transportado pro mesmo mundo cibernético que seu pai visitava anos atrás.

Perdido na Grade Sam se vê tendo que aprender a lutar por sua vida e também procurar seu pai a fim de algumas respostas (como seu aparente abandono).

Clu que fora um herói na versão original agora é o vilão da vez. Vemos que a tecnologia em CGI  visualmente melhorou em vários aspectos (já que o vilão é feito de forma digital) com o rosto que Jeff Bridges tinha há 20 e poucos anos atrás (é algo estranho mais depois nos acostumamos com essa peculiaridade).

Desta vez Clu deseja exterminar os ISOS que são basicamente organismos vivos dentro do sistema (só que ele os enxerga como um vírus). De forma incrível Clu levou sua diretriz básica de “perfeição” a níveis que chegam a loucura extrema (vendo a imperfeição que há em nós seres humanos).

Seu alvo é o disco de Kevin que durante anos estava vivendo recolhido como um guru Zen. Após saber que dentro dele há uma forma dos programas da Grade se materializarem no mundo real deseja consegui-lo de qualquer maneira (para invadir e conquistar o mundo de seu criador).

Clu conseguiu formatar as memórias de Tron transformando-o no guerreiro implacável conhecido como Rinzler que detona todos os programas que enfrenta na arena.

Além dos efeitos especiais terem ficado amplamente maiores temos a presença da personagem Quorra (a bela Olivia Wilde), ela também é um ISO que Flynn salvou de ser executada pelos guerreiros de Clu. Quorra ajuda Sam a compreender a Matrix (quer dizer a Grade) e a voltar para o mundo real já que o portal não irá demorar para se fechar (e só pode ser aberto de fora pra dentro).

Bom, pra mim foi estranho ver que  Castor (Michael Sheen), dono da boate Fim da Linha, era uma mistura de Chapeleiro Louco com Willy Wonka (a versão de Johnny Deep). Ele queria aparecer mais que os outros atores do filme ficando aparentemente risível.

Fora isso chamou minha atenção a excelente trilha sonora composta pelo duo francês Daft Punk (fato que há até participação especial).

O Legado transformou a odisseia original num nível nunca antes visto, mas infelizmente devido ao final inconsistente não haverá nenhuma continuação (deu a entender desta forma pra mim).

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