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Falando Sobre

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Os Piores Filmes de HQ – Segunda Parte

Seria bom se pudéssemos esquecer todas as adaptações ruins que já assistimos, mas é justamente devido aos erros cometidos nelas que podemos nos alegrar com que vemos nas atuais.

Mesmo que não consigam agradar a gregos e troianos concluo que hoje em dia seja pelo menos no aspecto visual e “alguns” no roteiro que estamos podendo curtir a melhor  abordagem feita com nossos heróis.

O recente Superman: O Homem de Aço é uma prova disto, pois conseguiu mostrar a mitologia do herói num mundo crível e foi o melhor trabalho feito para ressuscitar o Azulão (bom, chega de enrolação e vamos lá).

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O Monstro do Pântano – 1982         

Este é um herói com uma história trágica bem ao estilo da Casa de Ideias. O Monstro do Pântano teve seu auge com a entrada de Alan Moore para escrever seus roteiros trazendo boas histórias com muitas mensagens filosóficas que marcaram e redefiniram a mitologia do personagem.

O filme foi dirigido por ninguém menos que Wes Craven, o grande mestre do terror. E foi uma porcaria terrível que tornou-se cult anos depois. Mas se prestarmos atenção todo filme que Craven dirige é ruim de dar dó. Somente as adaptações de seus livros dirigidos por outros diretores valem a pena conferir.

Alice Cable é uma pesquisadora que vai aos Pântanos da Louisiana para ajudar o cientista Alec Holland (Ray Wise) na fórmula biorrestauradora e descobrem que funciona. Só que neste meio tempo o vilão Dr. Anton Arcane junto a seus capangas invadem o laboratório para roubar a fórmula.

Fugindo com a fórmula Alec a vê explodir em suas mãos e desesperado corre para o Pântano.  Neste longa temos a adaptação clássica e fiel dos gibis aonde Alec Holland  foi transformado num monstro composto por material vegetal depois que uma explosão em seu laboratório derrubou alguns produtos químicos nele.

Voltando, a tramoia foi planejada por Damien Ridge, um colega de trabalho que queria mata-lo para ficar com sua esposa. Só que Alec  volta pra se vingar e proteger sua amada.

O roteiro segue na risca o que acontece nas HQs, mas os efeitos especiais são ruins de dar dor de barriga. E pra piorar o Monstro do Pântano parece uma versão de borracha imitando o seriado do Hulk, horrível!

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O Justiceiro – 1989

Dolph Lundgren é um ator de filmes de ação que conseguiu voltar ao auge trabalhando em Os Mercenários que teve a façanha de trazer para as telonas os antigos atores dos anos 80 dos filmes brucutu que tanto adoramos, principalmente, Chuck Norris, o eterno Braddock.

Lundgren estrelou em Os Mestres do Universo que trouxe o poderoso herói He-Man, o defensor de Etérnia para as telonas. Tivemos uma visão totalmente hilária do Esqueleto que não chegou a assustar ninguém, pois parecia demais com a versão animada. Lembro que na época a vilã Maligna esta sim estava interessante e me assustou muito mais que o vilão principal.

Infelizmente Dolph ainda protagonizou O Justiceiro que por si só é um filme que divide opiniões. Além da origem clássica sendo representada na morte da família por outro lado também é motivo de reclamação a ausência da caveira estilizada na roupa do anti-herói.

Sua falta de sucesso veio perante a dois motivos: um foi  definitivamente a repercussão do Batman, de Tim Burton (divisor de águas no modo como se adaptava filmes). E o segundo a excelente fase que o personagem tinha neste período nos gibis (desenhado por Frank Miller).

Na história Frank Castle era mais conhecido como, The Punisher, um vigilante procurado pela polícia, pois já havia matado muitos malfeitores. Quem estava no seu rastro era o detetive Jake Berkowitz (interpretado pelo sumido Louis Gossett Jr.) que vivia num misto de admiração e repulsa pelo que Castle estava fazendo.

O anti-herói se escondia nos esgotos numa guerra solitária contra o crime organizado. Algo totalmente diferente de sua versão nos gibis que usava um furgão equipado de armamentos com o auxilio do Microchip, um hacker que lhe fornecia tudo que precisava.

Voltando, a premissa básica estava toda lá, mas a adaptação contava com um baixo orçamento e Dolph Lundgren nunca teve boa fama como ator. Deixando isso de lado o filme tem várias cenas de ação ao estilo que tínhamos na época.

E se você estiver a fim de deixar seus neurônios descansarem e querendo se divertir um pouco. O filme vale a pena ser visto apenas para poder falar mal depois.

 Elektra-2005

Elektra – 2005

A excelente interpretação de Jennifer Garner no filme do Demolidor rendeu-lhe um longa somente para ela brilhar, mas infelizmente vemos uma péssima adaptação mamão com açúcar.

A atriz já vinha fazendo sucesso por sua brilhante atuação na série de espionagem Aliás – Codinome Perigo, em que interpretava a agente Sydney Bristow.

Na adaptação Elektra não entende porque voltou da morte ficando obcecada por seu renascimento. Após ser treinada na arte do ninjutsu sente-se tomada pela fúria na morte de seus pais.

Então ela foi incumbida da missão de assassinar Mark e Abby Miller que são respectivamente pai e filha (que estavam fugindo do Tentáculo). Porém houve uma mudança repentina durante a tentativa de assassinato e Elektra é forçada a tomar uma importante decisão (que pode salvar ou destruir sua alma).

Elektra descobre que estava agindo pro Tentáculo e resolve proteger a família.

Bom, o filme é horrível e da pior espécie não tendo nada do clima violento característico das HQs. A trama parte pro sobrenatural e a heroína resolve ficar “meiga e simpática” de repente, blarg!

A única coisa de diferente é a participação de Terence Stamp, o eterno General Zod (dos anos 80). Fazendo o papel de Stick, o velhinho que ensina ao Matt a desenvolver seus poderes nos quadrinhos e neste longa é o sensei de Elektra.

Mesmo com a presença de Jennifer Garner no filme recomendo a não ve-lo de maneira alguma, pois é pura perda de tempo (chega a ser muito pior do que Demolidor).

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Aço – 1997

O jogador de basquete Shaquile O’ neal protagoniza esta produção spin-off da franquia do Superman (em nenhum momento o kriptoniano é citado no longa).

Nos gibis John Henry Irons foi salvo pelo Super-Homem quando trabalhava em um prédio que estava em obras. E após sua morte nos anos 90 decidiu adotar uma armadura para combater o crime na ausência do protetor de Metrópolis.

Na verdade naquela época e se não me engano no gibi o Retorno do Super-Homem surgiram quatro heróis que usavam o símbolo do kriptoniano.

Três deles afirmaram pra Lois que eram o Azulão reencarnado: Superboy (um clone), o Superciborgue (um astronauta que virou vilão) e o Super de visor (que era o artefato kriptoniano que assumiu forma humana).

Lembro que Aço nunca afirmou ser o herói que retornou, pois sua intenção era só homenagear o homem que salvou sua vida.

No filme Irons desenvolveu pro governo americano um sofisticado armamento que podia neutralizar o inimigo sem mata-lo. Só que um acidente no momento em que a arma foi testada deixa paralítica sua colega Susan Sparks (Annabeth Gish). Ela ficou tipo a Oráculo pro universo do Morcegão.

Irons deixou de trabalhar pro governo após o fatídico acontecimento. Só que não foi culpa sua, pois Nathaniel Burke (Judd Nelson) sabotou o experimento.

Algum tempo depois Irons presencia um assalto a banco cuja a gangue utiliza seu armamento modificado. E devido a isso une-se a Sparks para criar seu traje de armadura e martelo para combater o crime.

Bom, naquela época (anos 90) Shaquille estava fazendo um sucesso tremendo e aparecia como cantor de rap e ator como podemos notar em: Blue Chips com Nick Nolte, Kaazam (no qual interpreta um gênio) e este filme.

Na verdade o jogador tem um carisma incontestável, porém as adaptações de quadrinhos ainda não tinham amadurecido o bastante (e o resultado que vemos na tela é muito decepcionante).

Sinceramente pode esquecer esta adaptação, pois se quiser assistir algo decente do Aço procure no desenho Superman: A Série Animada na qual  a origem do herói ficou bem melhor.

Por último devo lembrar que a atriz Annabeth Gish trabalhou em Arquivo X como a agente especial Monica Reyes (entrando na oitava temporada e ficando até o final).

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A Liga Extraordinária – 2003

Antes da adaptação cinematográfica os personagens mais famosos da literatura universal e principalmente do século XIX foram reunidos nos quadrinhos com roteiro de Alan Moore e arte de Kevin O’neill.

Sob a ótica de Moore os personagens são agentes secretos que tentam manter a paz na Inglaterra vitoriana (e nós temos o prazer de ler suas aventuras). É claro que foi um sucesso absoluto de vendas, pois aonde Alan Moore põe a cabeça pra pensar torna-se um marco na história da nona arte.

Bom, no filme estamos em 1899 e soldados alemães atacam o Banco Nacional da  Inglaterra roubando os mapas de Veneza feitos por Leonardo Da Vinci. Então pouco tempo depois soldados ingleses sequestram os melhores cientistas da Alemanha.

A situação se complica, pois os governantes de ambos os países negam que fizeram os ataques (e a tensão entre eles pode gerar a Primeira Guerra Mundial).

Para impedir que isso aconteça M. (Richard Roxburg), o diretor de uma agência secreta criada pelo governo decide reconvocar a Liga Extraordinária.  Uma equipe que reúne indivíduos com habilidades especiais que é formada em tempos de necessidade para salvar o mundo.

Então temos o caçador Allan Quatermain (Sean Connery), a vampira Mina Parker (Peta Wilson), o homem invisível Rodney Skinner (Tony Curan), o cientista com personalidade dupla Dr. Jekyll/Mr. Hide (Jason Flemyng), o imortal Dorian Gray (Stuart Townsend), Capitão Nemo (Naseeruddin Shah) e agente americano Tom Sawyer (Shane West).

O vilão da vez é O Fantasma, um gênio do crime que deseja conquistar o mundo (algo bem clichê), pois ele vendeu armas avançadas para ambos os lados simplesmente para fomentar a guerra e ficar rico no processo (mesmo que milhões de pessoas morram por causa disso). Então a missão da Liga Extraordinária é detê-lo.

Infelizmente  Sean Conery ficou parecendo um James Bond da terceira idade e pra piorar Mr. Hide  tornou-se também uma versão do Hulk quando transformado e o vilão Fantasma é ridículo, pois não consegue ser convincente.

Algo que me inquietou bastante foi o imortal Dorian Grey, pois se não fizessem nada com seu retrato seu rosto mantinha-se intacto.

O visual do filme é extraordinário (piadinha besta) lembrando o quadrinho, mas o roteiro ficou ao estilo Sessão da Tarde fraquíssimo. Na época disseram que a intromissão de Sean Connery no trabalho do diretor fez o filme naufragar (talvez fosse isso que tenha acontecido).

Dá pra assistir apenas uma vez para sabermos tudo o que não deve ser feito quando se trabalha numa adaptação com tantos personagens envolvidos na trama. Bom, logo estarei trazendo a terceira parte (comentem sobre o que vocês acharam).

Relembre aqui a primeira parte.

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HQ

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Super-Homem: Morcego de Aço

É mais uma história da linha Túnel do Tempo (no original, Elseworlds), dos anos 90.

Nesta aventura o foguete de Kal-El foi encontrado por Thomas, Martha Wayne (e também Alfred que dirigia a limousine).

“Bruce Wayne” presencia a morte dos pais após a ida ao cinema, mas a cena brutal faz com que mate Joel Chill com intensas rajadas ópticas.

Bruce cresce com esta lembrança reprimida até que sua casa é invadida por bandidos (ele vivia recluso na mansão) e após confrontá-los suas lembranças daquela fatídica noite retornam.

Então na caverna Alfred conta-lhe toda a verdade sobre seu passado e Kal-El decide assumir o manto do Homem-Morcego ao vê-los voando na caverna.

Em Morcego de Aço temos uma daquela raras ocasiões de podermos entender as motivações do que levou Bruce Wayne a se tornar Batman sendo contadas por outra pessoa, pois a aventura é narrada por Lois que está linda (uma de suas melhores versões).

Lex Luthor tenta dominar Gotham City e aqui assume o papel de Coringa (é ridículo ver o bolo fofo usando um helicóptero nas costas mais deixa pra lá).

O roteiro de J. M. DeMatteis é bastante simples, porque não vemos nada de extraordinário nele.

Só que a arte de Eduardo Barreto é que chama bastante atenção por ser detalhada, variando contraste entre luz e sombras na medida certa (e também as expressões dos personagens conseguem demonstrar seus sentimentos).

É uma HQ que mescla a mítica de ambos os heróis apenas misturando-os, porém podemos notar que também revela mais uma vez que Superman significa esperança.

Não há nada de sensacional nela, mas é uma boa leitura para quem curte tanto o Homem-Morcego quanto ao kriptoniano.

HQ: Super-Homem: Morcego de Aço

Editora: Abril Jovem/DC Comics

Ano: 1994

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Superman: Através dos Tempos


Super-Homem: A Série Animada – 1996

Após reinventar com sucesso a mitologia do Batman e transformá-lo em algo inesquecível a equipe criativa de Bruce Timm. Teve a imensa tarefa de atualizar o maior de todos os super-heróis.

A cena de abertura vinha montada com vários episódios costurados e a música incidental é maravilhosa destacando aquele clima de heroísmo e dando uma curiosidade pro que viria a seguir.

Superman: A Série Animada conseguiu misturar o estilo clássico que ficou consagrado pela excelente versão de Max Fleischer (pra mim uma das melhores já feitas com o Azulão de todos os tempos). E recriar algo novo, pois podemos dizer que as aventuras não se situam nos anos 40.

Outra diferença entre as aventuras do Homem-Morcego e as que vemos no kriptoniano é a mudança do tom das cores. Enquanto a primeira evocava o lado sombrio, detetivesco e dando um tom de realidade característico do Morcegão.

Por outro lado há mais brilho tanto em Metropólis, nos cenários, composição dos personagens e no aspecto geral da série bastante colorida.

Para nos conectar com a tragédia de Krypton o primeiro episódio nos mostra as últimas horas de vida no planeta. Temos a descoberta de Jor-El, a renúncia do Conselho em acreditar na sua descoberta, a traição de Brainiac e o principal a decisão de salvar o pequeno Kal-El.

É claro que a destruição do planeta já havíamos visto antes no filme de 1978, mas a forma como foi mostrada com mais ênfase na relação familiar. E pra piorar Jor-El e Lara tendo que tomar aquela grande decisão, é muito triste.

A viagem de Kal-El pra Terra e a descoberta de seus poderes como algo que não queria é simplesmente muito complicado, porque ele ansiava ter uma vida normal. Mesmo de forma rápida temos uma apresentação dos personagens da vida simples em Smallville (como Lana Lang e Peter Ross).

Jonathan e Martha formam aquele casal consciente da educação e formação moral de importância crucial na vida de Clark Kent (sendo sempre seu porto seguro para desabafar e conversar). Isto mostra que mesmo tão poderoso ainda há um homem por detrás daquele ser tão imponente.

Ver o Super-Homem voando sempre foi o que mais gostei nesta versão, porque é como se fosse algo suave mais simples e ao mesmo tempo poderoso.

A personalidade tanto de Clark quanto de Super-Homem foi o que fizeram de melhor nesta série. Clark não possui aquele trejeito abobalhado que se tornou comum há algum tempo atrás, pois é um repórter obstinado que corre atrás da matéria que deseja.

Enquanto o Super-Homem não se tornou aquele escoteiro bobão tipo bom moço mudando para alguém de atitude forte e com um toque misterioso (na maioria das vezes saindo sem falar nada).

A vida de Clark Kent em Metrópolis teve um maior destaque  tanto como repórter investigativo ou  possível interesse amoroso pra Lois Lane que mesmo ainda interessada no Homem do Amanhã não ficava atrás dele o tempo todo.

Conseguiram também mostrar mais do Perry White como um editor exigente que bota sua equipe atrás das matérias e Jimmy Olsen largou aquela infame gravata borboleta para ter uma aparência mais condizente com um jovem.

O principal arqui-inimigo é Lex Luthor evocando a versão feita por John Byrne, mas surgem outros como o supercomputador Brainiac (que também veio de Krypton).

Na verdade o vilão veio do planeta Colu, porém simplificaram e deram objetividade para o ódio que havia entre Jor-El e o robô transferindo para Kal.

Aqui temos uma variedade de vilões ao longo dos episódios como Metallo, um dos poucos que conseguem fazer frente pro herói com aquele coração de kriptonita. E o Parasita também é outro que dá muita dor de cabeça roubando energia do Azulão.

Ainda tivemos Darkseid infernizando o Super sempre que podia, Livewire que surgiu na série e depois foi incluída na continuidade (se não me engano com Volcana também foi assim), o Homem dos Brinquedos, um lunático muito estranho e Lobo que encheu a paciência num episódio duplo.

Pra não dizer que somente o Super era o único herói nesta versão tivemos participações do Sr. Destino, Lanterna Verde (Kyle Rayner), Aquaman, Batman até rolou um lance com Lois Lane que descobriu a identidade do Morcegão.

Com o Flash teve aquela história de saber quem é o homem mais rápido do mundo algo que já acontece há décadas nos gbis. E também participações tanto do Aço quanto da Supergirl.

Se não me engano uma versão futurista deste Azulão participou de alguns episódios de Batman do Futuro (a série terminou em 2000 num total de 65 episódios).

Super-Homem: A Série Animada foi a melhor adaptação do herói feita até aquele momento que abriu caminho para a chegada da impressionante Liga da Justiça.

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