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Batman: Através dos Tempos

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Analisando Batman

Pra comentar algo sobre o Cruzado Embuçado deve-se também falar sobre o Superman, pois ambos são órfãos e estão ligados de uma maneira única, porque não dá para vê-los apenas como meros amigos mais sim como irmãos.

Kal-El veio pra Terra graças a inteligência de Jor-El que o salvou colocando-o num foguete. O kriptoniano foi acolhido por um bondoso casal os Kent que lhe ensinaram como ser um homem de moral, bons costumes e de valores bem definidos.

Quanto a Bruce também viveu a tragédia de perder seus pais, mas ainda conviveu com eles por  oito anos dando-lhe tempo suficiente para ter memórias de sua vida em família. Clark sabe que veio de Krypton, porém não presenciou a morte de Jor-El Lara. No entanto Bruce viu Thomas e Martha serem friamente assassinados em sua frente.

Infelizmente está é uma das experiências mais terríveis e traumáticas na qual um ser humano pode passar. Vivemos num mundo absurdamente violento, porém imagine a dimensão desta tragédia na mente de uma criança?

Enquanto Clark soube conviver com a perda pertencendo a uma família, Bruce, por outro lado,  se mantém isolado.  Usando isso de maneira sombria como

aditivo para sua eterna vingança contra o mal.

Para Clark é relativamente fácil ser um herói, pois seu corpo funciona como uma bateria sob os raios de nosso Sol, por isso suas capacidades estão além do que qualquer ser humano comum possa fazer.

Porém BW teve que trabalhar psicologicamente tornando-se um brilhante cientista e preparou seu corpo ao auge da perfeição física para ser capaz de executar incríveis feitos atléticos.

Mais uma vez Clark e Bruce estão ligados, pois o Superman é tudo aquilo para onde talvez o homem poderá evoluir em alguns séculos e Batman é atualmente aonde um homem poderá chegar se realmente se propor a fazê-lo.

A diferença básica entre Superman e Batman consiste no fato que  Kal-El  adquiriu seus poderes quase que naturalmente enquanto Bruce fez uma escolha pessoal  e trilhou esta jornada para tornar-se quem é.

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A Psique do Morcego

Todo mundo se engana ao dizer que o Homem-Morcego não têm superpoder, ele consegue de forma primorosa influenciar a mente das pessoas. Sendo o vingador sombrio dos anos 30, o aventureiro cada vez mais alegre dos anos 40 e 50,  o ícone escrachado dos anos 60, ou  o Cavaleiro das Trevas mostrado por Christopher Nolan recentemente.

Notamos que nas HQs inocentes ou não todos temem a figura imponente do Morcego. Afirmo que seus superpoderes residem no fato dos roteiristas e artistas que durante décadas fizeram do Batman um sucesso mundial.

O Morcegão é um dos maiores mitos da cultura pop e isto é inegável. Seus milhares de fãs se encontram nas mais variadas faixas etárias, pois meu filho têm apenas 4 anos e adora o Homem Morcego tanto quanto eu gosto.

Justamente Batman têm uma grande capacidade de ser reinventado e continuar agradando seja em qualquer mídia que nos apresentem.

Bruce sofreu uma perda trágica aos 8 anos de idade e qualquer criança tem um mundo de sonhos nesta época sublime da vida. Mas de forma brutal isto foi arrancado de sua vida, infelizmente, ouso até dizer de sua alma.

O estopim pro surgimento do herói lúgubre está na firme decisão de vingança ao devotar o resto de sua vida na luta contra o crime. Do momento do juramento em diante BW nunca mais seria “normal”, como todo playboy ousa se comportar, de maneira frívola e vazia estes aspectos nunca foram características dele, pois adotou apenas como serventia numa atuação para seus propósitos como Batman.

Quem é Bruce Wayne realmente, o herói sombrio e assustador ou o playboy milionário e filantropo das Indústrias Wayne?

Quem veste a máscara Bruce a de Batman ou Batman a de Bruce Wayne?

Sim, pode até parecer estranho mais pra mim BW deixou de existir no exato instante do juramento de vingança pela morte de seus pais, daquele momento em diante ele já havia deixado de ser criança.

A raiva por um mundo cruel que o havia retirado do convívio de seus entes mais queridos, transformaram-no num ser implacável, determinado, decidido e intransigente. A fortuna da família Wayne apenas o beneficiou para chegar em seu futuro  intento.

E anos depois mais estruturado e preparado fisicamente quando aquele morcego entrou pela janela havia chegado a hora propícia para a personalidade de Batman vir á tona.

O menino assustado e confuso ainda existia, mas usa uma máscara de morcego um animal que deixava Bruce com medo para aterrorizar e assim poder atacar os meliantes. Bruce devotou o resto de sua vida inteira estudando numa forma de combater o crime.

A máscara na verdade é Bruce Wayne, pois Batman é quem existe de verdade. BW é um milionário que pode viajar o mundo todo, ter a mulher que desejar ao seu lado, pois a maioria delas se derretem por seu charme, mas que  prefere vestir-se de morcego ao cair da noite e salvar cidadãos inocentes.

Será que Bruce Wayne é um homem que carrega no âmago do seu ser um trauma que não deseja  se livrar dele? Em todo crime que soluciona Batman tenta á sua maneira salvar as pessoas para que haja um mundo aonde não aconteça a tragédia na qual viveu.  Seu mérito é tentar arduamente impedir que isto aconteça novamente com outras famílias.

Antigamente eu achava que Bruce não queria superar a perda dos pais, pois sua raiva era tão grande que via Joe Chill no rosto de todo criminoso em seu caminho e descontava neles a dor que reprimia em seu interior.

Mais depois comecei a pensar  que não poderia ser apenas isso. É claro que inicialmente sua perda motivou a cruzada, mas não definiria sua personalidade.

Meu respeito por Batman está na decisão de fazer algo maior com sua tragédia e isto pra mim define sua personalidade. Em Batman: O Cavaleiro das Trevas Jim Gordon define o Morcego para CapitãYndell como “algo grande demais para julgar”.

Batman é grande demais porque impressiona a qualquer um com este seu modo que é até taxado grosseiramente de obsessivo. Aonde quer levar seus intentos as últimas consequências, pois ele não desiste facilmente. Batman é perseverante e consegue o que quer, mesmo que por meios não tão legais e isto é fascinante.

E o que seria de nós fãs num mundo sem Batman?

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Musas de Tinta

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Xena: A Princesa Guerreira

Musas de Tinta abre um novo precedente em comentar uma heroína vinda de uma série televisiva. Como havia comentado sobre “algumas versões” de Hércules agora é a vez da única personagem que pode rivalizar com ele (tanto que fez um sucesso enorme na época).

Logo na introdução já mostrava que era totalmente radical demonstrando um mundo violento que ansiava por alguém de coragem que lutasse pelos inocentes.

Dizem as lendas que Lucy Lawless ganhou o papel título porque Vanessa Angel ( da versão televisiva de Mulher Nota Mil) ficou doente.

Ela já havia participado algumas vezes antes da série do filho de Zeus caracterizada como Lyla esposa de Deric, o centauro (se não me falha a memória havia um certo preconceito entre humanos e centauros). Em Hércules e as Amazonas fez Lysia uma poderosa guerreira (não foi á toa que mereceu ganhar o estrelato).

A série tem como locação a Nova Zelândia durando entre 1995 a 2001. Na história temos as aventuras de Xena uma ex-assassina que a fim de compensar seus pecados sombrios. Tenta se redimir ajudando os inocentes e lutando contra toda injustiça e malfeitores que encontra em sua jornada.

Pra mim era impossível ver Xena (Lucy Lawless) e não pensar na Mulher-Maravilha, pois se conseguiam fazer algo tão semelhante assim.  Ambas são guerreiras e heroínas de mitologia com personalidade forte e marcante. Então porque é tão difícil termos alguma adaptação decente sobre Diana (ou seja na telona ou na TV)?

Os produtores de Hollywood como sempre deixam a desejar e nós fãs ficamos com a insatisfação de não podermos apreciar nossos personagens.

Surgindo como spin-off de Hércules (Kevin Sorbo) foi uma série muito melhor do que a do fortão, pois Xena lutava de uma maneira mais violenta e espetacular. Eram lutas aonde demonstravam sua agressividade era o que eu mais apreciava.

Aí está uma grande diferença entre as duas séries o comportamento totalmente dispare entre os seus personagens principais, pois enquanto Hércules geralmente era um tipo de apaziguador (usando a força somente em último caso). Em contrapartida Xena brigava e lutava mostrando ser também uma ótima estrategista (e isto chamava minha atenção).

Será que “talvez” houve intencionalmente uma inversão de papéis mostrando uma mulher com personalidade forte enquanto o homem era mais suave?

É claro que a beleza de Lucy Lawless ao lado de Renee O’Connor (Gabrielle) ajudavam pra gente assistir as aventuras e isto eu não posso negar.

Lucy Lawless participou de Arquivo X (só não me lembro de qual episódio específico), mas ela era um tipo de supersoldado se não me engano.

Enquanto na série do filho de Zeus havia Salmoneus (Robert Trebor) um mercador que sempre tenta tirar proveito de qualquer situação.

Na Princesa temos Joxer (Ted Raimi) que era o contraponto dentro da série. Tinha toda postura de grande guerreiro, mas era um covarde de marca maior (totalmente atrapalhado dificultando a vida das heroínas). E até ajudando em outras ocasiões (só que sua participação é sempre engraçada mostrando ser a parte frágil da personalidade feminina na equipe).

Lembrando que o ator Ted Raimi aparece na franquia do Homem-Aranha de Sam Raimi. Interpretando Hoffman um pobre trabalhador pisoteado por J. J. Jameson (J. K. Simons).

Como o título diz Xena era uma guerreira demonstrando suas habilidades de combate sempre que necessário. Além de utilizar artes marciais valia-se também do “Toque de Xena” ao pressionar no pescoço pontos vitais para retirar confissões de seus inimigos (alguém se lembra que o Sr. Spock faz algo muito parecido?). E sua arma incrível chakram, um disco de metal afiado que usava para enfrentar ou se defender.

Apesar de já ter tido um affair com Hércules podemos notar que Xena tinha também uma relação amorosa com Gabrielle (fato que a tornou ícone do público GLS).

As cenas são  bastante sutis, mas definem bem uma relação repleta de carinho, afeição e companheirismo. Quando Xena esteve presa no Oriente quem lhe demonstrou um novo caminho a seguir foi Lao Ma ensinando-a a ter valores que antes nunca haviam passado por sua cabeça.

Apesar de ter conhecido o amor com sua mestra (na época sua mente ainda estava ocupada com outros pensamentos) foi apenas com Gabrielle que tal sentimento veio realmente se fortalecer.

Gabrielle surgiu inicialmente como uma escriba pensando em narrar os feitos de Xena. Nesse período era um tanto desajeitada, mas com o tempo sua personalidade foi se aprimorando até tornar-se uma guerreira (sua primeira arma é um cajado).

Xena era uma mulher sexualmente livre indo pra cama com quem lhe conviesse (um aspecto até libertador na forma de mostrar a imagem feminina na TV).

Deitando-se até com seu inimigo o deus Ares vivido pelo saudoso ator Kevin Tod Smith (que infelizmente faleceu de forma trágica). Há suposições que Ares “talvez” seja seu pai então é explicada sua incrível força física sendo ela possivelmente uma semi-deusa.

Por que provavelmente ele deve ter se disfarçado para possuir  a mãe de Xena. Mais vale lembrar que na mitologia Zeus já havia se disfarçado várias vezes para deitar-se com mulheres sejam elas mortais ou deusas.

Então aqui também temos uma “suposição” que demonstra uma relação de incesto (um verdadeiro tabu em nossa sociedade), porém algo comum  nos relatos mitológicos e até na sociedade antiga grega.

Fora isso Ares sempre queria destruir Hércules por causa da atenção dada por Zeus, pois eles eram meio-irmão ( lembrando simplesmente a relação Thor e Loki).

A heroína era uma fiel seguidora do deus da guerra  que durante este tempo agia friamente em prol da ganância e destruição, mas depois ficamos sabendo que Ares estava apaixonado por ela. Querendo a princípio subjuga-la para provar seu poder divino já que Xena demonstrava ser uma mulher incomparável e assim ficaram vários episódios nesta disputa. Até que conseguiu provar a sinceridade de seus sentimentos.

A pior arqui-inimiga da heroína  era Callisto (Hudson Leick) que vivia consumida por um eterno desejo de vingança. No período em que a heroína ainda era uma mercenária seu exército destruiu a vila onde Callisto morava quando criança (perdendo toda sua família).

Callixto prova ser tão boa em combate quanto Xena treinando arduamente com a única intenção de derrota-la. Suas atitudes são de uma psicopata, pois recrutou um exército para “matar” usando o nome de seu desafeto.  Callisto é a demonstração de como seria Xena se Hércules não a tivesse ajudado a mudar seu modo de vida.

As lutas entre as duas são brutais e apesar de sua equivalência em poder de luta pendem “quase” como vitórias de Callisto (deixando Xena exausta e a beira da morte).

Um episódio que gosto é o Crepúsculo dos Deuses no qual Xena precisa salvar sua filha Eva de ser morta pelo habitantes do Olimpo. Há uma intenção de mostrar o cristianismo pelos ensinamentos de Eli. Eva tornou-se uma guerreira cruel chamada Lívia e para salva-la da ira dos deuses Xena ganha o poder de mata-los  (foram cenas impressionantes e memoráveis).

Isto também veio consolidar o que havia sido feito em Hércules aonde temos vários elementos de mitologias antigas de períodos históricos diversos como pessoas ou mitos agindo ao mesmo tempo dentro da série.

Tal intenção foi uma boa sacada em alguns momentos e ruim em outros, pois acabaram perdendo o rumo das coisas. Apesar de não se ater apenas a mitologia grega tivemos, nórdica, chinesa e até cristianismo (a salvação pelo perdão e o amor). Há até reencarnação acontecendo com Xena e Gabrielle que acordam no futuro (situado nos anos 90 é claro) quando descobrem que há fãs de Xena e Gabrielle e que as histórias não aconteceram daquela maneira.

Se por um lado foi algo interessante acabou por jogar fora boa parte do divertimento que havia na série. Eu preferia que se mantivessem nos tempos antigos. Só pra constar os fãs de Xena se intitulam de xenites (não sei explicar por qual motivo).

Confira na galeria abaixo algumas imagens de Xena: A Princesa do Poder

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