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Crítica

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Batman Lego: O Filme – Super-Heróis se Unem

Logo na abertura temos uma introdução tanto na música tema quanto ao símbolo do filme de Tim Burton, de 1989. Eu já havia visto a capa deste DVD  na locadora, mas nunca quis pegar pra assistir.

Foi meu pai quem trouxe para meu filho e depois desta introdução. Notei que na direção estava Jon Burton (talvez seja algum parente do outro diretor) então, parei pra poder dar uma espiadinha. Pra dizer a verdade eu pensei que não iria gostar desta animação (ainda bem que me enganei).

A parte realmente boa é que puseram os dubladores da animação da Liga da Justiça sendo que as vozes são velhas conhecidas nossas. Fiquei boquiaberto com a grandiosidade dos cenários que ficaram perfeitos (dando uma veracidade as cenas).

Tenho que afirmar que Batman Lego é voltado pro público infantil introduzindo-os no universo dos heróis, mas nós marmanjos podemos nos deliciar com sua abordagem leve e clássica do bem contra o mal.

A animação é excelente buscando nos mínimos detalhes explorar as sutilezas entre as diferenças de personalidade dos personagens.

Bruce Wayne é um filantropo, Batman age de maneira rápida (sendo um tanto rabugento), enquanto  Robin comporta-se num misto de Burt Ward com Chris O’Donnel (reagindo como um menino mesmo)suas falas são as mais engraçadas.

O Superman aparece precedido de um estrondo no ar junto com sua música tema, de 1978. E tem aquele ar de escoteiro bonzinho que quer ajudar a “todos”, porém Lex Luthor detesta tanto Bruce Wayne quanto ao kriptoniano.

Na história quando Lex tenta se candidatar a presidência precisa retirar Batman e Superman do caminho para conseguir seu intento. Quando o Coringa está preso no Asilo Arkham (que aparece como na versão do game) vemos Clark Kent num boletim televisivo (lembrando que o herói também trabalhou na TV  durante os anos 1970).

E então Lex ajuda o Palhaço do Crime a escapar usando o Desconstrutor (arma que desmonta objetos pretos brilhantes) libertando também alguns vilões. É uma das melhores cenas aonde vemos todos os vilões com carros e motos tentando fugir do Asilo.

Descobri que o dublador do Charada é o mesmo do Patolino em O Show dos Looney Tunes. No momento em que os vilões tentam fugir do Arkham (todos possuem algum veículo), mas são perseguidos pelo Morcegão. A intenção é vender os carros e outras bugingangas que aparecem mais eu gostei de tudo.

Quando Batman pega a kriptonita vemos o Sr. C usando o Desconstrutor e desmontando o Batmóvel (uma versão do filme de Tim Burton) deixando o herói com cara de bobo. Só que o Morcego não sabia que levava consigo uma falsa kriptonita.

Então vemos Lex e Coringa encontrarem a Batcaverna e ao sair dela descobrem que fica sob a Mansão Wayne, mas nem desconfiam que Batman e Bruce Wayne possam ser a mesma pessoa.

E isso pegou mal, pois Lex é um dos vilões mais inteligentes do UDC. Era só juntar 1+1 que daria pra elucidar a identidade secreta do Morcegóide. Talvez o roteirista não quisesse levar pra este ponto mais pra mim foi um furo tremendo.

Uma coisa interessante foi quando mostrava o prédio da Lexcorp após a destruição da Batcaverna. A câmera vai andando pelas dependências da empresa e esbarra no rosto de um funcionário.

E na parte em que os melhores do mundo falam com a recepcionista ela parece Kitty Kowalski (Parker Posey do filme de 2006). Quando Superman e Batman estão no elevador a música ambiente é o tema do Homem de Amanhã no que ele diz que conhece e o Morcego fala: “eu não escuto música”.

Logo outro funcionário sobe perguntando sobre o resultado de um jogo o Superman responde e o Batman diz: “eu não acompanho esporte.”  Então o que Batman faz nos momentos de folga? Será que nunca relaxa?

Outro fato que chamou minha atenção foi a versão da LJA que dá nome ao título Super-Heróis se Unem. O Lanterna Verde (Hal Jordan) segura o anel na mão e o Avião Invisível da Guerreira Amazona é feito de Lego transparente ficou muito maneiro.

Perto da conclusão Lex e Coringa usam um mecha robô, mas são derrotados quando toda a Liga entra em ação. Ajax fica monitorando o satélite (dizendo até algumas piadas) e a versão desta Liga está conectada a nova formação (mostrada nos Novos 52).

Bom, no final temos o vilão Brainiac demonstrando que esta aventura “talvez” possa ter uma sequência. E pra dizer a verdade seria uma ideia sensacional. Aconselho pra quem é fã assistir, pois é uma diversão garantida.

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Batman: Através dos Tempos

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Super Amigos (ABC-TV/Hanna-Barbera, 1973)

“Enquanto isso na Sala de Justiça…”

Super Amigos  a serie estreou em 8 de setembro de 1973 contando com o design do lendário Alex Toth e reunindo Batman, Robin, Super-Homem, Mulher-Maravilha e Aquaman. Os heróis eram auxiliados por dois adolescentes aspirantes a heróis, Marvin e Wendy (sobrinha de Bruce Wayne), além da mascote, Cão Maravilha.

Os três não tinham superpoderes  e o que geralmente acontecia era que os heróis entravam em ação para salva-los de alguma encrenca.

Os heróis de plantão em frente ao monitor gigante da Sala de Justiça recebiam algum comunicado de socorro ao redor do mundo e seguiam para combater o mal.

Além de mudar o nome de Liga da Justiça tornado-se Super Amigos (Super Friends no original) a adaptação sofreu algumas restrições em relação as HQs retirando a maior parte da violência que normalmente se vê, pois o produto era destinado ao público infantil.

Mais pra mim esta primeira versão não era muito interessante, porque a segunda versão ficou bem melhor contando com a entrada dos Super Gêmeos personagens criados diretamente para a série televisiva.

Zan e Jayna são dois irmãos alienígenas com superpoderes, pois enquanto Zan podia se transformar em qualquer coisa ligada á água em contra partida sua irmã Jayna transformava-se em qualquer tipo de animal.

Eles juntavam suas mãos dizendo: “super gêmeos ativar!” Confesso que brinquei várias vezes com minha irmã falando isso (nostalgia pura).

Fora a dupla ainda tínhamos o macaco espacial de estimação Gleek que sempre aprontava, mas em alguns episódios ajudou bastante quando precisava.

Além dos irmãos tivemos outros personagens que foram criados exclusivamente para representar outras comunidades americanas: Vulcão Negro, um afro-americano com poderes elétricos(inspirado no herói dos quadrinhos Raio Negro) ; Samurai, um asiático que comandava tufões e Chefe Apache, um indígena que podia aumentar seu tamanho.

Em Liga da Justiça Sem Limites  houve uma nova versão deste heróis só que mudaram o nome para Ultimen, mas notamos que são baseados nos clássicos Super Amigos. No episódio “Ultimato”, a equipe  os Ultimen foi criada pelo Projeto Cadmus para eles poderem ter poder de fogo contra a Liga da Justiça.

Inicialmente estes novos heróis acabaram chamando a atenção da população vendendo milhares de action figures tornando-os muito populares.

Depois ficamos sabendo que suas memórias são falsas (implantadas) e que os heróis devido a uma falha genética acabaram descobrindo que iriam morrer.

Num outro episódio dezenas de clones  dos Ultimen são enviados para destruir a Torre da Liga comandados pela Poderosa (que foi chamada de Galatea na animação) que dá uma surra enorme na Supergirl, mas acaba sendo derrotada.

Bom, uma coisa que não dava pra mim aceitar na época dos Super Amigos era quando os heróis eram presos e derrotados.

Tipo Superman pode ficar fraco quando está diante á kriptonita  e a Mulher Maravilha também perde seus poderes quando está envolvida com seu próprio Laço Mágico, mas o Batman ficar inutilizado sem seu Cinto de Utilidades pra mim era inadmissível.

Bastava usar a arma mais importante que ele tinha o cérebro, mas as coisas não eram feitas assim na animação. Fato que foi mudado em Liga da Justiça (ainda bem).

Super Amigos durou até 1985 quando chegou ao ar sua última temporada e desta vez inserindo dois novos personagens. Um era o Cyborgue dos Novos Titãs, pois a equipe estava numa ótima fase neste período.

E o outro foi Tempestade (que foi chamado de Relâmpago por aqui) lembro que esta versão era mais parecida com os quadrinhos e um fato curioso era que o vilão Darkseid vivia perseguindo a Mulher-Maravilha para torná-la sua esposa.

A série animada também ficou marcada pelo lançamento das action figures de Super Powers da Kenner Toys, em 1980.  A parte interessante desta coleção era que os bonecos se mexiam quando alguma parte de seu corpo era pressionada.

E também ficou marcada em minha memória por ter uma versão da morte do Super-Homem (fato até então inédito pra mim). Um herói morrer era algo que eu não cogitaria de jeito nenhum que poderia acontecer, mas depois ao longo dos anos fui aprendendo sobre este fatídico acontecimento.

Batman como a maioria dos heróis da animação dos Super Amigos eram trabalhados de uma maneira bem diferente da que estamos acostumados a ver atualmente. Basta apenas comparar com a versão de Bruce Timm pra notarmos que  a diferença de qualidade é enorme.

Mais era o que as crianças assistiam na época,  no entanto podemos notar que muitos adultos ficam nostálgicos quando o assunto é Super Amigos (é o caso deste humilde escritor).

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