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Lanterna Verde – A Saga Esmeralda

Antes de Lanterna Verde Origem Secreta houveram três edições que ajudaram a definir e também  odiar o modo que víamos o herói.

Amanhecer Esmeralda

Logo após vermos a épica Crise nas Infinitas Terras chacoalhar e assassinar milhões de pessoas no UDC. No final todo o Multiverso da editora foi destruído restando apenas uma Terra (com novas histórias para serem contadas).

Seus personagens foram ganhando novas adaptações recomeçando do zero. Fato que possibilitou inúmeros leitores a acompanharem suas edições (eu sou um deles).  E aqui temos o cativante reinicio de Hal Jordan em Amanhecer Esmeralda de 1990.

Se em Showcase # 22 a famosa HQ original de 1959 (com arte de Gil Kane e roteiro de John Broome) que mostrava a introdução ao conceito do herói sendo bastante rápida. Desta vez no pós-Crise o desenrolar foi muito mais aprazível nos envolvendo realmente nos acontecimentos que o tornaram um dos maiores Lanterna Verdes de todos os tempos.

Destacando que se antes Hal foi mostrado como alguém destemido desta vez seu aspecto humano ao sentir medo foi o mote principal e também a capacidade de conseguir superar o próprio medo foi sua melhor abordagem.

Amanhecer Esmeralda destacou-se ao contar os primeiros passos do herói  utilizando o anel de poder, pois teve que aprender sozinho a usa-lo.

Hal havia atropelado um homem e seu amigo Andy (irmão de Carol Ferris) estava hospitalizado, mas havia um inimigo que estava perseguindo Abin Sur e decidiu ir atrás do novo Lanterna  destruindo a cadeia aonde tentava redimir sua culpa.

Legião é um ciborgue que usa a cor amarela e sua origem é de um ser  plasmático que reuniu mortos de um planeta que explodiu por culpa dos Guardiões (por isso persegue, caça e mata todo LV que encontra).

O herói quase morre esmagado mais de repente o anel expira sua carga de energia salvando-o por um triz.

Legião deixa um rastro de destruição por onde quer que vá procurando o LV, pois conseguia rastrear sua assinatura de energia. O vilão destruiu todos os lugares em que Hal apareceu uniformizado (matando todos que estavam no hospital incluindo seu amigo).

Como Hal ainda estava “verde” (no sentido de novato) não sabia ainda utilizar o anel direito e somente quando recarregou pode aprender que até que podia falar (usando suas informações a seu favor).

Então o herói decidiu partir pra vingança aprendendo tudo que podia sobre a ameaça que enfrentava.

Quando foi convocado para Oa, Hal recebeu um árduo treinamento com Kilowog (que não foi nada fácil) para poder tornar-se o guardião do setor espacial 2814. Na luta final temos a clássica entrada do herói na bateria central fato que se tornou histórico e algo recorrente algum tempo depois  (na animação da Liga John Stewart faz a mesma coisa).

O filme de Martin Campbell até adota um pouco desta HQ principalmente no trauma que Jordan apresenta sobre seu pai (só que ficou tudo muito diluído e foi mal aproveitado). Mais em Amanhecer Esmeralda temos a rara oportunidade de notar que Jordan não é uma pessoa perfeita.

Hal estava completamente no fundo do poço e sem esperanças para conseguir sair até que encontra em Abin Sur (um bote salva vidas pros problemas que vinha passando).

O  seu medo diante do que estava em sua frente era aparente, mas como sua vida ficou totalmente destruída. Decidiu aproveitar a sorte e usar o anel para encarar um novo futuro.

Amanhecer Esmeralda é a melhor história sobre Hal Jordan até aquele momento, pois diante dos problemas que encontrou conseguiu superar dando uma guinada radical em sua vida. E lançando uma nova perspectiva ao que já havia sido proposto sobre o Lanterna Verde.

Eu não sei porque deixaram a arte com Mark D. Bright, pois importância de Hal merecia alguém de renome maior. Seu estilo é simples e não consegue demonstrar toda carga dramática nas cenas que vimos.

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Amanhecer Esmeralda 2

Se na primeira parte a ação se concentrava apenas em mostrar como Jordan adquiriu  o anel e tornou-se um Lanterna Verde (nesta edição as coisas estão ligeiramente diferentes).

Hal deseja pagar seus erros diante a sociedade e se entrega as autoridades sem a ajuda de um advogado. O juiz que mandou trancafiar Jordan deveria existir aqui no Brasil, pois as leis quanto acidentes automobilísticos deveriam ser mais pesadas.

A História conta como foram os tumultuados 90 dias em que o herói esteve “preso”, pois além de encarar um dos ladrões que prendeu na edição anterior (foi reconhecido por causa de uma frase).

Só que teve mais, porque Hal ainda precisou conter uma rebelião no presídio, entrar numa briga para evitar um acordo comercial entre khundios, dominions e a cidadela (raças alienígenas que aparecem na saga Milênio).

Era pra ser um simples acordo diplomático, mas o almofadinha do Sinestro acabou transformando a situação numa briga fenomenal e ainda colocou a culpa em Hal.

E desta vez também temos a trama enfocando no término do treinamento de Hal quando os Guardiões escalaram Sinestro para instrui-lo.

Sinestro era o protetor do setor espacial 1417 e sem os anõezinhos azuis perceberem comandava com extrema firmeza. Era tão obsessivo que tudo deveria estar na mais perfeita ordem, pois sua cólera era radical.

Quando Sinestro convida Jordan a ir em Korugar (seu planeta natal). A situação fica muito pior.

Sua ausência culminou numa rebelião que estava sendo secretamente orquestrada por Katma Tui. A “bagunça” ocorrida no planeta chama atenção dos anões azuis que convocam “os punhos dos Guardiões” (robôs enviados pelos anões a fim de corrigir seus subordinados).

A ação ocorre em dois lugares com Hal se dividindo para “ficar” na prisão na Terra e viajando pelo espaço ao lado de Sinestro. Se em Korugar houve uma rebelião aqui também tivemos outra no presídio. E Guy Gardner fora usado de refém (aliás ele apareceu como assistente social e estava praticamente irreconhecível).

A edição é repleta de reviravoltas como a promoção de Katma Tui ao posto de LV, Guy mostrando o temperamento explosivo que lhe rendeu fama e Sinestro  caindo do pedestal pra virar o grande vilão que conhecemos.

O argumento de Keith Giffen não é maravilhoso (só que prende nossa atenção).  Infelizmente a arte de M. D. Bright é bastante ruim, mas a edição reúne elementos que se tornaram clássicos na história de Jordan.

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Crepúsculo Esmeralda

Essa história acontece logo após o Retorno do Super-Homem quando Coast City foi destruída por Mongul e o Superciborgue. O gibi até que começa bem com arte de Dan Jurgens onde temos o Super-Homem cabeludo em Gotham City, mas Bruce estava ausente e quem protegia a cidade era Azrael (durante a Queda do Morcego).

Bruce estava numa cruzada pessoal a fim de se recuperar dos problemas que Bane havia lhe causado (já que havia quebrado sua coluna). O clone cabeludo de Lex Luthor estava na cidade-motor  querendo pegar kriptonita e também usar a tecnologia alienígena do lugar para usa-la em Metrópolis.

Só que a presença de vários heróis estragou seus planos (nesta época a Super-Moça era apaixonada pelo vilão). A heroína era Matrix uma versão em protoplasma de Lana Lang oriunda da dimensão compacta da qual tornou-se sua única sobrevivente.

Quando todos foram embora Hal ficou consumido pela dor de não poder salvar sua cidade e aquelas pessoas que tanto amava. Tentando entender todo  seu passado recriou seu pai para confronta-lo sobre suas divergências (uma conversa franca e conflituosa).

Se por um lado Hal tentava entender o que acontece trazendo seu pai e sua mãe para dizer algo reconfortante. Por outro ao reconstruir totalmente a cidade sua ruína já estava mais do que evidente (remexendo em suas memórias até o anel se esgotar).

A ira de Hal era tão grande que decidiu voltar pra Oa recarregando seu anel numa projeção holográfica de um anão azul. O que vemos então é odioso, pois Hal enveredou numa cruzada insana em busca de poder para recriar o próprio universo.

Os Guardiões mandaram Lanternas para detê-lo, mas cada um que se opusesse em seu caminho era derrotado matando-os sem dó e nem piedade (e perdendo seus anéis). Um a um todos vão tombando e Hal derrota até Kilowog a cena é simples e rápida (nem parece que o grandão é tão poderoso como dizem).

Então os Guardiões num ato de puro desespero para derrotar o outrora mais poderoso LV da Tropa (lançam mão de sua última jogada).  Libertando Sinestro de sua prisão na Bateria Central e concedendo ao koruganiano um anel para enfrentar Jordan.

Sinistro deixa claro que não venceria Hal diante daquele monte de anéis e incita-o num declarado mano a mano. A luta entre os dois é brutal e acaba com Hal matando Sinestro (a cena é forte e poderia até ser chocante mais a arte ruim não ajuda em nada). A conclusão é que conseguiu novamente entrar na Bateria assumindo o poder de um “deus”.

Eu odeio o que fizeram com Hal, porque foi imperdoável jogarem no lixo toda sua glória de herói. Além de dizimarem toda a Tropa, destruiram seus amigos e transformaram-no num vilão que desejava mudar a catástrofe que ocorreu em Coast City.

E o pior é que não deram nenhuma  importância devida para essa catástrofe, pois só havia Dan Jurgens como artista de peso trabalhando na  edição. O restante eram todos de segundo escalão como Bill Willingham, Fred Haynes e Darryl Banks (quem são estes caras?).

O único saldo relativamente “positivo” desta palhaçada toda foi a ascensão de Kyle Rayner como último Lanterna Verde do universo que ganhou de Ganthet o seu anel (que afinal de contas acho bastante fraco também).

Crepúsculo Esmeralda foi umas das piores edições que já tive a infelicidade de ler na minha vida. Não só pelo que fizeram ao Hal, mas também pelos artistas ridículos que trabalharam na HQ.

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As Eternas Crises da DC – Parte 6

Crise Infinita

Pra comentar sobre esta crise devemos nos lembrar de Contagem Regressiva nela soubemos que Donna Troy e Jason Todd deveriam ter ficado mortos definitivamente. Não é nenhuma novidade que os heróis morrem e voltam do túmulo como se  trocassem de roupa, pois tal acontecimento tornou-se corriqueiro.

Bom, na trama eles são  tratados  como anomalias temporais, pois com a volta do Multiverso também havia vários Monitores (cada um tomando conta de sua Terra). Os Monitores viraram um tipo de Vigia do universo DC. Eles faziam reuniões e decidiram que as anomalias deveriam ser exterminadas.

Havia algo  de errado “novamente” no universo e somente o cientista Eléktron poderia ajudar. O diminuto herói estava sumido após sua esposa ter enlouquecido e assassinado a adorável  Sue Dibny (numa das histórias mais inteligente e dinâmica que já pude ler).

O quarteto formado por Donna, Jason, Kyle Rayner e o Monitor renegado Bob viajam pelo Multiverso procurando o Pequeno Polegar (eu quis dizer Eléktron). O subtítulo era justamente “A Busca por Ray Palmer” das diversas Terras encontradas pelos viajantes me interessou uma em que Zod era o Superman e  Eléktron era uma moça muito inteligente de apenas 18 anos (acho que era isso não me recordo direito).

Eu confesso que até cheguei a comprar algumas edições, mas parei na oitava.  A  história ficou fraca e estavam enrolando demais para poder acompanhar até o final.

A parte interessante foi os Monitores se rebelarem para tentar evitar a crise que viria e como vilões tínhamos a Sociedade do Crime da Terra-3 (que também morrem e voltam no universo).

Então Crise Infinita está conectada a Crise de Identidade, pois a Trindade não confia mais um no outro. E também a Crise nas Infinitas Terras, pois foram mexer naquela colossal tragédia que merecia ter ficado no passado (pra não aporrinhar mais a paciência de ninguém).

A HQ já começa sombria com Bruce, Kal e Diana discutindo nos destroços da base na Lua.  Bruce disse para Kal-El que não inspirava ninguém desde que havia morrido (deixando o Azulão sem graça).

O assunto mais chocante foi a Mulher Maravilha assassinar  Maxwell Lord para salvar o Super de seu controle mental. O Irmão-Olho satélite que Batman construiu para catalogar todos os superseres para ter um plano de ataque contra eles (mostrou a cena para o mundo inteiro).

A conclusão é que tal fato abalou a confiança da população nos heróis e a Liga foi dissolvida.

Uma nova crise se anunciava com a Sociedade Secreta atacando de forma implacável os Combatentes da Liberdade que ao invadirem um galpão são quase todos exterminados.

O primeiro a morrer foi Condor Negro, logo depois Bomba Humana mata o Dr. Polaris, mas morre pelas mãos de Bizarro n° 1 e o Exterminador mata friamente  a Lady  Fantasma (as lutas são brutais).

E a Trindade mesmo a contragosto terá que se reunir para enfrentar os problemas que estariam por vir.

O impactante neste roteiro de Geoff Johns é explorar bem esta nova crise só que existencial da maneira como os heróis enxergam o que acontecia ao seu redor e sua impotência pro mundo.

Pena que a arte de Phil Jimenez não ajudou, pois ficou uma porcaria. O corpo de alguns heróis estava desproporcional o maior exemplo era a Poderosa (ela estava pouco feminina e musculosa ao extremo).

O enredo é sombrio, pois a Trindade não confia mais um no outro e com a Liga  dissolvida os vilões fazem o que bem entenderem. A violência absurda e a falta de esperança é a premissa desta HQ refletindo isto ao longo da narrativa.

A presença do Super-Homem e Lois Lane originais, Lex Luthor da Terra-3 e Superboy Primordial conectando Crise Infinita a clássica Crise nas Infinitas Terras.

O Super-Homem cansado de assistir os heróis deste mundo se destruírem e não seguir seu ideal de honra, coragem e lealdade (ficou frustrado pelo seu sacrifício ter sido em vão).

O Pirata Psíquico explorou os medos da Poderosa fazendo suas “memórias” perdidas voltarem. Na verdade os roteiristas haviam feito uma bagunça com a continuidade da heroína e resolveram limpar tudo na HQ “DC Apresenta n° 1 – SJA: Arquivos Confidenciais”.

Na HQ  Superman, n° 52 Ligação com Crise Infinita temos com arte de Jerry Ordway e Dan Jurgens aqui temos a origem de Kal-L, Lois Lane da Terra-2, Alexander Luthor da Terra-3 e Superboy Primordial.

Infelizmente a Lois original já estava debilitada e morrendo deixando Kal-L desesperado para salva-la (caindo na historinha mentirosa de Lex). Ele tenta recrutar Bruce na caverna mais o Morcego recusa.

Bom, Lex Luthor da Terra-3 apresentou ser o mesmo safado que não presta da nossa Terra e secretamente manipulou o Superboy Primordial num plano para criar uma Terra perfeita.

Superboy Primordial se mordia de inveja de Conner Kent, pois ele havia perdido tudo para salvar o universo. E estava confinado na seca sabe como é hormônios em ebulição (subiu pra cabeça e acabou ficando louco).

Na edição seguinte temos  Superman está é sua Vida (dividida em três partes). Na primeira parte temos Kal-L o Super-Homem original que se casa com a Lois da Terra 2 e enfrenta o nazismo na Segunda Guerra Mundial junto a Sociedade da Justiça.

Na segunda Kal-El durante a reformulação de John Byrne, sua morte na batalha contra Apocalypse e  um momento  que aconteceu em Crise de Identidade (um fato do passado exilando o Doutor Luz na Zona Fantasma).

Quando aprendemos aspectos primordiais das versões do herói. É na terceira parte que conclui com a luta  entre ambos na renascida Terra 2.  Seus socos são tão poderosos que reverberam pelo Multiverso (podemos ver diversas versões da briga entre os dois). Mais quando chega o fim não tem jeito e Lois morre de velhice ao lado do Super-Homem (tocante).

O Luthor da Terra-3 estava disfarçado de LL da nossa Terra manipulando toda a Sociedade Secreta dos Super-Vilões para que sua Terra Perfeita viesse a existir (conseguiu utilizando corpos de heróis e vilões para energizar a carcaça vazia do Anti-Monitor).

Pra piorar o cachorro louco do Superboy Primordial atacou Conner Kent numa das lutas mais bestiais que já vimos envolvendo “todos” os Titãs que já atuaram na equipe. Pra ter uma noção o Primordial é muito mais poderoso do que nosso Superman (baseado na versão da Era de Prata).

A destruição é tão grande que mesmo a Patrulha do Destino e a Sociedade da Justiça que também vieram ajudar não conseguiram deter o insano rapaz (como consequência Primordial assassinou  vários heróis).

Até que Bart, Wally e Joel Ciclone afastam Primordial daqui prendendo-o na força de aceleração (só que não deu certo). Wally parecia que iria morrer como aconteceu com Barry, mas ele e sua família sumiram sendo transportados para outro lugar.

A Mulher-Maravilha original desce  do Olimpo pra chamar atenção de Diana e dar-lhe um propósito. No qual nunca havia tido em sua vida (ser ela mesma).

Eu odiei Crise Infinita pelo fato que Primordial mesmo enfraquecido assassinou Kal-L em Mogo. É quando vemos nosso Super esculachando o guri e tentando dificuldades para derrota-lo (vociferando qual o verdeiro significado de ser um “Superman”).

Outra coisa ruim é ter que ficar lendo diversas revistas para entender o enredo principal. Você fica perdido de tantos desdobramentos de personagens que a história fica até diluída e confusa (poderia ter ficado bem melhor se não fosse olho grande em ser caça-níquel).

As capas de George Pérez estavam ótimas, mas a confusão de artista no miolo da série ficou ruim demais pela inconstância (eu preferia que somente Ivan Reis fosse o artista principal).

O único saldo positivo desta série foi termos um novo Besouro Azul Jaime Reyes (que participou do desenho Batman: Os Bravos e Destemidos).

Ao final desta saga tivemos Um Ano Depois, na qual a Trindade volta as suas atividades heroicas após este tempo. Enquanto a série 52 mostra o que esteve acontecendo nesse período.

Confira a quinta parte aqui.

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HQ

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Lordes da Justiça

Um Mundo Melhor

Neste episódio inicia com a LJA lutando contra Lex Luthor aonde o Morcegão descobriu suas antigas versões no que ficou estabelecido como uma “outra Terra”.

O Ajax deles contata nossos heróis dando uma rápida explicação da Crise nas Infinitas Terras enganando a Liga (da nossa realidade) levando-os para uma emboscada.

Nisso ficamos sabendo que no mundo dos Lordes da Justiça Lex Luthor, então presidente dos Estados Unidos assassinou friamente o Flash. Lembrando que o fato de Lex tornar-se presidente também aconteceu nos gibis durante os anos 2000.

Em retaliação o Superman após ser esculachado matou o vilão careca no Salão Oval e exatamente dois anos depois eles tomaram as rédeas do mundo. Podemos dizer que será um futuro alternativo aonde “talvez” estes acontecimentos possam vir á tona e não uma Terra Paralela como se acreditava antes.

O planeta ficou controlado, pois Kal-El tornou-se um controlador fascista.

Em, Superman: A Série Animada algo muito similar também aconteceu no episódio Admirável Metrópolis Nova quando numa realidade alternativa Lois morreu e Superman num uniforme negro é enganado por Lex Luthor que administra tudo com mãos de ferro.

Quando a Lois Lane de nosso mundo foi transportada para aquela realidade foi que o Homem de Aço acordou pro que estava acontecendo (foi um episódio memorável).

Voltando, no episódio todo o restante da Liga seguiu seu exemplo mudando seus uniformes ficando mais sombrios para demonstrar esta nova fase. A amizade que havia entre Hal e Barry é reeditada nesta versão animada, pois John Stewart sente falta de Wally.

Quando a nossa Liga ficou presa  na “outra realidade” o vilão Apocalypse surge destruindo toda a vida que encontra em seu caminho. Em alguns episódios mais á frente notamos que a explicação para a origem do monstro ficou melhor do que a dos quadrinhos.

Os Lordes da Justiça entram em nosso mundo por um beco (fato que me lembrou o filme Exterminador do Futuro). A luta dos Lordes contra Apocalypse é grandiosa e termina com Superman lobotomizando a criatura.

Não poderia deixar de lembrar que temos aqui uma síntese de tudo que Batman representa, pois Bruce quando luta contra ele mesmo na Batcaverna fala que deseja um mundo aonde uma criança não sofra o trauma que o tornou um herói sombrio (é simplesmente demais).

Dividido em duas partes e ramificações em outros episódios (quando o Questão descobre sobre tudo isso e Superman luta contra o Capitão Átomo) “Um Mundo Melhor” é uma das melhores aventuras das várias que existem na série animada.

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Mais uma coisa bastante interessante é que encontrei algo similar numa edição antiga da minha coleção. Em Super Powers n° 34, temos “A Mão do Destino”, com arte e argumentos de Dan Jurgens.

Neste gibi que se situa justamente após a morte do Homem do Amanhã. A Liga da Justiça estava enfraquecida, pois sofreu um massacre nas mãos do vilão Apocalypse. Encontramos a equipe nesta situação o Besouro Azul (Ted Kord) em coma, a Fogo  temporariamente sem seus poderes, o Gladiador Dourado perdeu seu traje que havia sido totalmente destruído e a Gelo havia saído do grupo.

Na história somos inicialmente apresentados a Safira-Estrela e ao Mago vilões que tentavam deter uma Liga da Justiça fascista que estava começando a controlar o mundo (podemos então notar que Um Mundo Melhor não surgiu por acaso).

Tudo começou com Eléktron que teve um sonho aonde seus amigos da fase Satélite estavam controlando o mundo. O vilão Doutor Destino se aproveitou deste sonho e forçou a se tornar realidade.

É uma história cheia de reviravoltas, porque os papéis foram invertidos enquanto a Liga age de forma severa. Os vilões se unem para tentar deter  a LJA, mas não conseguem triunfar.  Pra se ter uma ideia Ajax  quebrou o braço de Sinestro e executa friamente a Safira Estrela com uma rajada óptica.

O Falcão da Noite (era assim que o Gavião Negro era chamado aqui) é extremamente mais violento que o marciano, pois quebrou o nariz de Sinestro e mandou arrancar seus braços. Este gibi é tão bom que há espaço para as antigas discussões acaloradas que haviam entre o Arqueiro Verde e o Gavião Negro.

Outra coisa interessante foi que descobrimos a identidade do misterioso Bloodwynd (que na verdade era Ajax sendo dominado por aquela jóia em seu peito) isto foi mostrado em outra edição Batman e Liga da Justiça se não me falha a memória.

Também havia uma crise nesta história com aumento do desemprego e caos econômico como aconteceu na realidade, em 2008.

A parte mais interessante foi quando a Liga formada por Máxima, Guy Gardner (de posse de um anel amarelo), Mulher-Maravilha, Condor Negro (que quase morreu nas mãos do Falcão da Noite), Ray, Bloodwynd e Agente Liberdade acabam indo parar neste universo-sonho criado por Eléktron.

Parecia que tudo iria terminar mal, pois o Falcão exterminou friamente o Arqueiro Verde e o vilão Doutor Destino invadiu o QG da Liga tentando numa vingança insana assassinar Eléktron. É  umas das aventuras mais emocionantes que já tive o prazer de ler e guardo-a com carinho em minha coleção.

Lembrando que Super Powers foi uma coleção de action figures da empresa Kenner Toys dos anos 80. Sendo lançada aqui em terra brasilis durante o ano de 1985.

Eu era doido pra ter um bonequinho desta coleção, mas meu pai infelizmente nunca comprou pra mim. É justamente por este período que acontece a melhor e última versão dos Superamigos (Hanna-Barbera) aonde o vilão Darkseid tenta a qualquer custo sequestrar a Mulher-Maravilha, pois queria casar com ela.

São desenhos que ficaram marcados pela fidelidade que havia nos gibis que tempo bom (só nostalgia).

HQ: Super Powers n° 34

Título: Liga da Justiça da América versus Liga da Justiça da América

Argumento e arte: Dan Jurgens

Arte-final: Rick Burchett

Editora: Abril Jovem

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HQ

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Superman n° 9

Em, Segredos & Mentiras, contamos com a arte do grande Dan Jurgens a história não me animou nem um pouco. Victor Barnes um blogueiro sensacionalista “diz” saber qual a identidade secreta do Homem de Aço.

É aquela velha máxima mostrada, pois o maior trunfo do herói é parecer que não se esconde por trás de um alter ego. Mais além da vilã da vez a personagem Angústia nota-se que Lois Lane ficou com a pulga atrás da orelha sobre este assunto.

Ficou um suspense quanto qual era a carga do submarino russo e futuramente descobriremos. Confesso que de todas as edições que venho acompanhando esta foi a história que menos gostei.

Em, Uma Garota no Mundo, a Supergirl temos a arte do mestre George Pérez. E após derrotar as Arrasa-Mundos na edição anterior que pra mim foi uma das melhores dela neste Novos 52.

Encontra uma “amiga” que a salva do exército, no entanto soa muito estranho a Supergirl desfilar com um uniforme igual ao do primo e o exercito sair atirando nela por nada á toa.

Shioban é mais conhecida como Banshee Prateada,  uma inimiga de Kal-El que conheci nos anos 80. Parecia que Shioban assim como Kara estava procurando um lugar no mundo e suponho que nesta versão elas serão amigas. Estou curioso para ler mais sobre isto.

Calvin Ellis

O que mais gostei nesta edição foi  A Maldição do Superman com arte de Gene Há e roteiro de Grant Morrison. Só pra citar logo no título há uma maldição pros atores que envergam o manto do herói que não conseguem decolar na carreira ou morrem de maneira trágica assim como aconteceu com George Reeves e depois Christopher Reeve.

 Se a lenda é verdadeira ou não eu não posso afirmar, mas que todos os atores não fazem  sucesso depois de interpretar o azulão isto já me parece um fato verídico. Simplesmente  tanto Dean Cain  quanto Brandon Routh andam mal das pernas desde que protagonizaram algo referente ao Azulão.

Bom, voltando desta vez temos uma Terra Paralela aonde o Superman é negro, presidente dos EUA e suas feições pra mim lembram o Barack Obama.

O mais interessante nesta versão é que Krypton parece um tipo de África e além de Jor-El e Lara serem negros ainda temos os pais adotivos de Calvin Ellis, vulgo Kalel/Superman também negros. Como sempre Grant Morrison sabe muito bem explorar o universo ficcional da DC inserindo de forma magistral o Multiverso e tudo que possa existir nele.

As mudanças no status quo que conhecemos ficaram ótimas, pois está tudo lá. Desta vez Clark, Lois e Jimmy idealizaram o Superman num tipo de máquina que solidifica pensamentos aonde há citações de Nietzsche e Bernard Shaw. Este herói pode-se dizer que foi o Superman original, de 1938.

Infelizmente venderam a máquina para uma grande corporação e notaram que estavam sendo enganados. Qualquer tipo de alusão á triste realidade que aconteceu a Jerry Siegel e Joe Shuster não é mera coincidência. Há também versões robóticas do Presidente Ellis, uma Mulher Maravilha afro-descedente e LJA formada por quase todos os integrantes negros e uma versão da Zona Fantasma.

E por incrível que pareça um comentário sobre as pessoas no mundo real usarem a camisa do Superman. Nesta curta e primorosa história foram explorados diversos elementos da mitologia do kriptoniano e eu adorei cada pedaço dela. Quero ver como será na próxima edição.

HQ: Superman n° 9

Editora: Panini Comics

Mês/Ano: fevereiro de 2013

Artista da capa: Ivan Reis

 

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