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Super-Homem contra Homem-Aranha: O Encontro do Século

Há alguns anos atrás assim que comecei a colecionar gibi eu ia a pé pra Pavuna (subúrbio do Rio). Havia um jornaleiro de revistas usadas em São João de Meriti, na Praça da Matriz.

Na época influenciado pelos livros de faroeste do meu pai colecionei Tex (o ranger do velho oeste personagem do universo Boneliano) e Fantasma (herói que logo abordarei).

E num belo dia encontrei esta edição, fiquei estupefato, pois ainda estava sob a influência daquela tosca série televisiva do Aracnídeo. Este é o primeiro Crossover entre as editoras que já eram rivais naquela época (nos anos 70). Não vá esperar grande coisa do argumento de Gerry Conway, pois é bem simples com aquela velha história básica de herói que estranha herói.

E depois descobrem que foram enganados para então se unirem para combater seus rivais. Vendo por este prisma não te induz a pensar muito, pois é bastante previsível. Não há nada de mirabolante explicando porque os heróis compartilham o mesmo universo (eles simplesmente estão lá e pronto).

É até engraçado notar que num momento estamos em Metrópolis e simplesmente no outro vemos Nova York de forma “normal”. Interessante é a arte de Ross Andru que teve o mérito de trabalhar com ambos os personagens.

Seu trabalho é limpo, detalhado e as expressões faciais demonstram o sentimento dos personagens. Ficou impressionante os planos aéreos aonde vemos a cidade pela ótica dos heróis. Vemos os aspectos principais de cada personagem, pois o Super é um herói bonachão, usa sua força quando não consegue mais reverter na conversa. Nesta época Clark estava na TV Galáxia trabalhando para Morgan Edge.

Já o Homem-Aranha fica sem teia quando mais precisa e J. Jonah continua no seu pé (Mary Jane era só uma “amiga”, pois estavam apenas saindo). E ainda menciona aquele seu bizarro Aranha-Móvel, pois o Dr. Octopus aparece com uma aeronave (Octopus Voador).

Na parte em que vemos o laboratório submarino de Lex, Super-Homem menciona o período em que foram amigos.  A série Smallville ressuscitou este aspecto da trajetória de ambos (se não me engano nos quadrinhos foi nos anos 60). Lex também usa o termo: “velho amigo!” e isto me lembrou que Charles e Magneto se tratam desta maneira.

Eu só não entendi o fato de mostrarem a origem de ambos os heróis, pois foi apenas perda de tempo (algo que nós leitores já estamos cansados de saber). Primeiro somos ambientados com cada personagem e temos seus principais coadjuvantes Morgan Edge, Lois Lane, Jimmy Olsen e até o chato do Steve Lombard (no lado do Super).

Enquanto na parte do Cabeça de Teia temos Mary Jane, J. J. Jameson, Betty Brant e o meu preferido Joe Robertson, pois ele sempre defendeu o Aranha. No presídio de segurança máxima Lex e Octopus cansados de serem derrotados. Resolvem mudar de oponentes para destruir o mundo e acabar com seus inimigos.

Numa conferência Mundial de Jornalismo em Nova York encontramos Peter e Mary Jane e logo temos a chegada de Clark e Miriam Lane. Nesta época Lois era chamada assim por aqui (só não sei explicar por qual motivo).

Então Lex disfarçado de Super-Homem sequestra Lois e MJ. Assim que Peter se troca encontra o Homem de Aço nos céus. Acusando-o de raptar as moças, muito puto exige explicações e a luta começa.

O vilão careca dispara radiação do Sol vermelho no Aranha possibilitando-o a dar um belo soco no Super (devo comentar que o Azulão ficou enfraquecido). O próprio Cabeça de Teia nem acredita no que conseguiu fazer, pois o Super tem a fama de ser “durão”. Enquanto isso os vilões comemoram assistindo de longe (o roteiro é bastante ingênuo mesmo).

A viagem é grande demais, porque se não fosse tal apelo o kriptoniano acabaria com o Aranha bem rápido e fácil. Como isso nunca havia acontecido antes o Super fica cabreiro, mas o Aranha ainda tira onda com a frase: “não dá pra acreditar! Esse cara é uma piada”.

Quando o Azulão revida somente o deslocamento de ar do soco que ele não deu joga o Aranha bem longe (putz!). Ao voltar o Aranha está mais bravo ainda esmurrando de novo seu oponente e nota que não deu em nada. Na verdade o efeito do raio se dispersou e o Aranha decide que é melhor “conversar” com o Super (deu pra notar que a coisa ia ficar feia pro seu lado).

Então decidiram unir forças para combater um inimigo em comum. É engenhosa  a forma como o Super dá carona pro Aranha pra voar sendo puxado por uma corda e esqui (feitas de teia). De todas as viagens vistas na edição a maior foi ver Jameson e Edge reclamando sobre Clark e Peter ambos são bons mais desaparecem de repente.

Nós já sabemos por qual motivo, mas é muito doido ver esta situação. No final conseguem deter os vilões, salvar a Terra de uma iminente destruição e sair sorrindo com sua garotas. É uma daquelas aventuras simples na qual temos o bem contra o mal como era vista nos velhos tempos.

HQ: Super-Homem contra Homem-Aranha:  O Encontro do Século

Arte: Ross Andru

Argumento: Gerry Conway

Arte-Final: Dick Giordano

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Batman: Através dos Tempos

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Dick Giordano

Antes de se tornar um dos homens fortes da DC, Dick Giordano ajudou o Cavaleiro das Trevas a retornar ás sombras.

Dick Giordano nasceu em 20 de julho de 1932, em Nova York. Fã de gibis desde a infância, decidiu aos treze anos, que iria trabalhar com quadrinhos.

Depois de se formar na Manhattan’s School of Industrial Arts, em 1952, trabalhou como aprendiz no estúdio de Jerry Iger durante nove meses. Ele arte-finalizava cenários e fazia a limpeza em Sheena e Wings Comics, da Fiction House.

A partir de 1953, trabalhou como freelancer para a Charlton Comics. Ilustrou quadrinhos policiais na Lev Gleason (1955) bem como algum material na Marvel (1957) e Treasure Chest (1962).

Fez trabalhos para a Dell de 1962 a 1966, entre os quais The Lieutenant, Nukla, Flying Saucers e Hogan’s Heroes, e algum material na Tower em 1966.

Giordano tornou-se o editor administrativo da Charlton em 1965, onde trabalhou em diversos títulos. Ele promoveu super-heróis como o Questão, Capitão Átomo e o Besouro Azul de Steve Ditko.

Em 1967, ingressaria finalmente na DC, levando consigo o roteirista Denny O’Neil e os artistas Jim Aparo e Pat Boyette. Giordano tornou-se editor de Aquaman, The Secret Six, The Creeper, Blackhawk e The Hawk and The Dove.

Sua primeira associação com o desenhista Neal Adams foi também seu primeiro trabalho como artista de Batman, uma história em duas partes que começou em World’s Finest Comics 175 (maio de 1968).

O’Neil, Adams e Giordano foram aqueles que devolveram ao Batman a fama de criatura da noite. Giordano não só arte-finalizava muitas histórias e capas de Adams para Batman, como também continuou a arte-finalizar material extra do personagem por muitos anos.

Ele também ajudou a trazer relevância ás páginas da DC na premiada série Green Lantern/Green Arrow a partir do número 76 (abril de 1970). Giordano deixou a DC no final de novembro de 1969, foi freelancer por um ano, e então se associou a Neal Adams para em 1971, formar a Continuity Associates, um grupo de publicidade comercial.

O artista fez histórias para a Archie e Marvel e trabalhou no encontro Superman vs. The Amazing Spider-Man entre outros projetos. Um dos seus trabalhos favoritos foi desenhar e arte-finalizar a revista Drácula Lives! da Marvel, uma adaptação de Drácula por Roy Thomas.

Deixou oficialmente a Continuity em 1977 e formou sua própria companhia de arte comercial, a Dik-Art Inc. Seguiram-se ilustrações para os brinquedos Mego, arte para discos da Peter Pan (inclusive Batman) além de outros projetos comerciais.

Giordano voltou á DC em outubro de 1980, onde trabalhou nas revistas Wonder Woman, World of Krypton, Human Targeyt, Justice League of America, Rose and Thorn, Vigilante, Atom, Flash, Joker, Kobra, Isis e muitos outros títulos da DC, além de ter feito arte para merchandising e guias de estilo.

Desenvolveu o design do logotipo de Batman no qual as letras da palavra Batman têm o formato de um morcego. Por fim, Dick Giordano tornou-se Vice-Presidente/Diretor Editorial da DC. Porém, acabou deixando o cargo para se dedicar mais á sua própria empresa.

Infelizmente o artista faleceu no dia 27 de março de 2010. Estava com 77 anos  e foi vítima de uma leucemia. Seu nome ficará guardado eternamente entre os milhares de fãs de seu excelente trabalho.

Confira na galeria abaixo algumas imagens que consegui

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Fonte de pesquisa: Batman Magazine

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Batman: Através dos Tempos

Neal Adams

Neal Adams

Após a era do humor chegar ao fim (iniciada por causa do enorme sucesso do seriado de 1966), Adams levou o Cavaleiro das Trevas a um novo patamar de detalhamento artístico e realismo.

Nascido em 6 de junho de 1941, em Nova York, Adams estudou na New York’s School of Industrial Arts e começou sua carreira nos quadrinhos em 1959.

Ingressou na DC em 1967 e colaborou como capista durante quatro anos. Sua arte abrilhantou quase todos os títulos da DC, inclusive Action Comics, Adventure Comics, The Adventures of Bob Hope, Flash, From Beyond the Unknown, G.I.Combat, The Phantom Stranger, The Spectre, Superboy, Superman e Young Romance. Fez também muitas das histórias.

Seu primeiro trabalho importante na DC foi para o Desafiador, a partir de Strange Adventures 206 (novembro de 1967). Entretanto, esta fase de sua carreira é mais lembrada pela reformulação do Batman.

Quando começou a trabalhar no personagem, Neal Adams encontrou Batman ainda sendo retratado com base no seriado de televisão. Logo de cara, sugeriu que o Homem-Morcego deveria ser um personagem diferenciado, uma criatura da noite.

O estilo realista e as composições dinâmicas de Adams redefiniram o personagem  nas revistas Batman, The Brave and The Bold e Detective Comics. Seu primeiro contato com o Detetive da Noite, no entanto, foi em World’s Finest Comics 175 (maio de 1968).

Juntamente com Denny O’Neil, Adams também ilustrou o aclamado título Green Lantern/Green Arrow a partir do número 76 (abril de 1970).

O artista também colaborou com a Marvel (X-Men, Vingadores, Conan, Solomon Kane, Thor, Homem-Coisa, Inumanos), a Warren, a Charlton (o Homem de Seis Milhões de Dólares) e a satírica Nacional Lampoon.

Em 1971, Adams formou a Continuity Associates com Dick Giordano. No início, dedicaram-se basicamente aos quadrinhos, mas em pouco tempo, já estavam embrenhados com storyboards de TV, ilustrações, desenhos de embalagens, pôsteres de cinema e outras artes de propaganda comercial, como capas de discos da Peter Pan/Power Records. A Continuity atualmente também publica quadrinhos.

Confira na galeria abaixo alguns trabalhos deste excelente artista:

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Fonte da pesquisa: Batman Magazine.

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