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Batman: Através dos Tempos

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Batman: O cavaleiro das Trevas 2

A primeira minissérie foi tão revolucionária pro mundo das HQs que chamou até atenção da mídia que não era especializada no assunto (jornal e TV).

Então quinze anos depois quando anunciaram a continuação era como se uma bomba estremecesse tudo novamente e pipocaram os mais variados comentários. Os fãs aguardavam ansiosamente pelo que presumíamos ser outro sucesso arrasador.

Lembro que na época criticaram muito Lynn Varley pelas cores computadorizadas. Eu considero até um trabalho criativo, mas a primeira versão foi tão marcante e influente, tanto pra mim quanto pra milhares de outras pessoas, que comparações é que não iriam faltar.

Na história somente três anos haviam se passado desde que Batman “morreu” (aparentemente tudo estava calmo e em paz).

O governo fez as pessoas acreditarem que o mundo tornou-se um lugar melhor, mas em contrapartida retirou todos os direitos da população. E o Morcegão aguardou o momento de retornar mostrando que ainda há muita sujeira e imperfeições no mundo.

Bruce readquiriu a forma e esteve treinando bastante nesse tempo. Podemos notar que Batman age gostando do que está fazendo e isto é impressionante, pois trata-se de um homem de 63 anos de idade (algo que não é pra qualquer um).

Logo no inicio vemos Jimmy Olsen reclamando na TV do presidente Rickard (um fantoche digital de Lex Luthor). Notamos que a preocupação em criticar a política norte-americana ainda continua sendo a principal linha narrativa da HQ.

O mundo vive sob um estado fascista e totalitário disfarçado, mas o velho Olsen pergunta pelo sumiço dos heróis.

Numa cena um homem luta no mar contra um enorme monstro e ficamos sabendo que trata-se de Ray Palmer, vulgo Eléktron, que estava confinado numa Placa de Petri.

Carol Kelley cresceu deixando o manto de Robin e assumindo a alcunha de Moça-Gato (foi ela quem salvou o diminuto herói que ficou preso por 2 anos).

Então numa instalação de fornecimento elétrica é invadida pela Moça-Gato, Eléktron, e os Batboys, os novos agentes do Morcegóide, pra salvar o Flash (Barry Allen).

O velocista ao notar que estava livre revela que iriam matar Íris, porém Carol diz que ela está bem. Há uma conspiração  governamental que prendeu os heróis usando seus entes queridos como barganha.

O Homem-Borracha é tão magnífico quanto louco quando sai de seu confinamento (trazendo de novo aquela velha discussão sobre quem é melhor Dibny ou O’Brien).

O gibi preocupa-se em mostrar o retorno das lendas da Liga da Justiça, só que em suas versões da terceira idade, pois temos Superman, Lanterna Verde, Homem-Elástico, Questão, Arqueiro Verde, Homem-Borracha, Capitão Marvel, numa versão mais velha que lembra o Tio Dudley e Mulher Maravilha (que não envelheceu nada).

Aqui temos o motivo do Azulão ter virado escoteiro do governo na primeira versão (não foi por livre e espontânea vontade como imaginávamos).

Kal-El está sendo chantageado por seus maiores arqui-inimigos, Lex Luthor e Brainiac, que estão de posse da cidade engarrafada de Kandor, um clássico na mitologia do herói.

São milhões de vidas kriptonianas sendo ameaçadas de morte e é por isso que ele agiu daquela maneira.

Sem sombra de dúvidas o que ficou realmente marcante pra mim nestas edições foram as cenas de sexo protagonizadas por Kal e Diana.  O negócio estava tão eletrizante que provocou terremoto, maremoto e outros problemas climáticos inimagináveis ao redor da Terra.

Outra coisa marcante foi Lara, a nova Supergirl, filha deles que esteve escondida com Diana em Themyscira. Ela tem as características de ambos, pois é tão poderosa quanto Kal e uma personalidade marcante de guerreira de Diana.

Houve dois momentos que realmente cheguei a ficar assustado um foi com Sartúnia aquela menina que podia prever o futuro e a segunda foi com as revelações  de Dick Grayson que trouxe a tona todas aquelas acusações de homossexualidade sempre perseguem os personagens (sinistro).

Em Batman: O Cavaleiro das Trevas 2, a arte de Frank Miller teve um declínio enorme nestas edições ficando mais estilizada, fluida e caricatural (de uma maneira bastante exacerbada). Todo mundo tem o direito de errar na vida até mesmo Frank Miller (não é atoa que choveram reclamações).

Só que o roteiro ataca além da politica que é algo óbvio, fala da exposição feminina na TV (exemplo das  Supergatas). Se não me engano, a notícia nua, foi algo que havia na TV gringa onde repórteres ficavam sem roupa pra dar noticias (pena que essa moda não fez sucesso por aqui). O artista critica até o próprio mercado americano dos quadrinhos.

Encontramos também  referências a vários personagens como Batmirim, E. Neuman (da Mad), pessoas reais como Elvis Presley ou o Papa João Paulo II.

O uniforme que o Super está usando é o da versão de cinema feita pelo Fleischer Studios, em 1941.

O Batmóvel também é uma versão do Studebaker da década de 40 (que tinha rosto e asas de morcego) entre outras peculiaridades.

Se na saga original havia uma violência levada mais pro sentido psicológico. Nesta o contexto é totalmente diferente, pois as lendas morrem de jeito trágico e a violência é brutal.

O embate de Bruce contra Kal na Batcaverna é muito superior do que havíamos visto antes, pois temos a presença do Flash, Arqueiro Verde e Eléktron deixando o Homem do Amanhã em frangalhos (lá no fundo do poço como nunca tínhamos presenciado antes).

O que me empolgou foi a sequencia final quando Lex esmurra com vontade Batman “pensando” que havia triunfado. Bruce demonstra porque é o melhor estrategista da Liga (é fantástico!).

Geralmente as pessoas falam tão mal desta HQ apenas, porque se prendem demais a saga original, mas devemos vê-la como algo á parte. É claro que se ficarmos apenas comparando não poderemos nunca apreciá-la (da maneira como se deve).

Frank Miller consegue fazer algo ímpar com tanta informação mostrada em cada edição ou em cada cena, mas obviamente a intenção da história é um retorno as origens do que é ser um herói. Resgatando esta imagem dos personagens que gostamos (e como sua presença é importante pro mundo).

Batman: O Cavaleiro das Trevas 2

Roteiro & arte: Frank Miller

Cores: Lynn Varley

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HQ

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Superman – Os Novos 52! – n° 0

Na capa  o editor da Distinta Concorrente  no Brasil Bernardo Santana nos inspira a desvendar como foi o início desta nova abordagem dos personagens da editora.

Dizendo que nada é o que parece ser e temos a grata certeza que nossa viagem pelas páginas serão claramente um misto de mistério e aventura no mínimo gratificante.

A história começa com Clark indo numa loja de silk screen pedindo que comecem a colocar em camisas o escudo do Superman.

Eu pensei que era dar mole demais, pois sendo um bom repórter alguém era só buscar na  loja pra saber quem foi que fez o pedido e pronto descobririam sua identidade secreta, mas não é bem isso que vemos acontecer.

E então Clark comparece numa entrevista com George Taylor editor do Estrela Diária (seu primeiro trabalho nas HQs originais, de 1938). Depois ele está no apartamento de Jimmy Olsen que nesta versão é filho de um ricaço (algo que eu nunca havia lido antes).

Eles estão  comentando sobre um jogo aonde Clark descobre referências de alguns filmes desconhecidos. Clark está de mudança para o apartamento que conhecemos nas edições anteriores.

A edição 0 se conecta com tudo que já estava acontecendo nas histórias anteriores do kriptoniano. Quando Clark estava investigando Glen GlenMorgan uma policial foi sequestrada por capangas no alto do prédio, porém Clark chega e  leva um míssil á queima roupa  caindo do prédio desacordado.

É quando um garotinho que dá nome ao título da história “O Menino que Roubou a Capa do Superman” aparece. Aqui temos a arte de Ben Oliver e roteiro de Grant Morrison.

Trata-se das primeiras aventuras do Superman em Metrópolis e como seu surgimento causou impacto na mídia. Com Perry, Lois e Jimmy discutindo o que deveria ser aquele “S” em seu uniforme.

O pai das crianças (sua imagem é calcada no cantor Elvis Presley)  infelizmente bate neles. O mais velho está usando a capa do Superman e ajuda o seu irmão menor a fugir. Quando pai ameaça as crianças no trilho do trem vemos uma das frases clássicas do Homem de Aço “mais forte que uma locomotiva”, pois salva o menino de ser estraçalhado.

Esta história é mostrada por meio de cortes que são interligados para torna-la numa só.

Na segunda “A Origem das Espécies“ (título do livro de Charles Darwin) temos a origem do personagem Adam Blake ou o Superman Esquecido algo que deve ser relevante para histórias futuras.

Eu pessoalmente não gostei do Blake, mas suponho que Erik Drekken tenha alguma importância em relação a esta continuidade que desconheço.

A história seguinte “O Fim do Começo”, conta com arte de Mahmud Asrar e roteiro de Michael Green e Mike Johnson.

Nela também temos a nova origem da  Supergirl mostrando que Zor-El também era um cientista renomado em Krypton (mais fazia experimentos escusos). E que ele não se dava bem com seu irmão mais novo Jor-El.

Zor-El é responsável pela existência das arrasa-mundos que acabaram enfrentando Kara. Esta história comprova a confusão mental de Kara ao encontrar Kal-El aqui na Terra adulto, pois ela havia visto ele bebê em Krypton.

Podemos notar que existe uma diferença entre Jor-El e seu irmão Zor-El. Algo que fica evidente na convivência familiar, porque Allura não aceitou a decisão de Zor-El de salvar Kara da iminente destruição de Krypton.

Só que podemos entender que Zor-El havia modificado o DNA de Kara (suponho que foi para torna-la mais forte) vamos ver o que acontece no futuro.

Em “Todo Fim tem um Começo”, temos uma aventura de Jor-El no centro de Krypton constatando sua descoberta científica de que o planeta irá morrer.

A parte mais intrigante é que já havia kriptonianos sabendo da iminente destruição do planeta e que não queriam que a descoberta de Zor-El tivesse êxito.  E que Lara além de uma cientista também lutava bastante bem é algo totalmente novo na personagem.

Vemos também Kal-El presenciando os últimos momentos da existência de seu planeta (e se não me engano não é a primeira vez que isso acontece).

Não sei se alguém reparou no cientista kriptoniano Kra-Hu, pois suas feições me pareceram ter sido baseadas no ator Morgan Freeman (está parecido demais com ele).

A quinta história “Protetor das Estrelas”, conta com o roteiro de Fabian Nicieza e arte de vários desenhistas (que sinceramente não gostei da maioria). Mostrando o planeta DEM e contando a origem do vilão espacial Hellspont.

Um enredo que envolve sete escolhidos para concretizar uma antiga profecia que ao longo dos séculos transformou-se numa fábula infantil espacial. A única coisa que gostei mesmo foi a participação da Estelar que estava linda demais.

E a citação ao planeta Marte (MA’ALECA’NDRA como  descrito no livro John Carter de Marte). Fora isso fica evidente que haverá uma batalha espacial envolvendo todos os heróis e que não será nada fácil (dado ao nível de poder incomensurável de Hellspont).

Apesar da arte que pra mim não ficou legal, mas demonstrou que algo muito ruim está para acontecer. Porque vemos o Caçador de Marte, Gavião Negro, Estelar  e o Bandoleiro além do próprio Homem de Aço que até se questiona se estará á altura do problema cósmico que irá enfrentar.

Em “Amigos Ausentes”, com arte de Cafu (não confundir com o jogador de futebol) e roteiro de Sholly Fisch. Vemos todos os amigos de Clark prestando uma homenagem após sua morte.

Clark “supostamente” morreu depois de salvar seu editor George Taylor de morrer soterrado numa explosão. Temos depoimentos de como era o caráter e de como Clark Kent realmente se importava com as pessoas.

Tudo sendo dito por Jimmy Olsen, Perry White, Lois Lane e George Taylor (e no final Superman estava ouvindo tudo do lado de fora entristecido). Foi uma das poucas histórias que eu realmente gostei.

Pra terminar em “Encontros Têxteis”, temos novamente a arte de Cafu e roteiro de Sholly Fisch. Voltamos ao início quando dois turistas vão numa loja para comprar uma camiseta do Superman.

O dono da loja conta que o próprio Homem de Aço compra suas camisas lá, mas os clientes saem incrédulos. Ficou no ar que talvez sua história possa ter sido verdadeira, porém há diversas lojas na rua alegando a mesma coisa (é uma história que não tem importância nenhuma).

Esta edição n° 0 ficou bem sugestiva deixando em aberto que virão arcos de história que deverão ser bons.

Eu pretendo acompanhar na medida do possível e creio que Bernardo Santana estava certo ao comentar para esperarmos o inesperado.

HQ: Superman: Os Novos 52! – n° 0

Editora: Panini Comics/ DC Comics

Mês/Ano: Jun/2013

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Superman: Através dos Tempos

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Lois & Clark: As Novas Aventuras do Superman, (Lois & Clark: The New Adventures of Superman) -1993 a 1997

A série foi produzida pela Rede ABC e foi ao ar nos anos 90, tendo um total de 88 episódios distribuídos em 4 temporadas.

Eu não consigo esquecer sua música tema, pois era simplesmente maravilhosa tornando nossa expectativa maior para poder assistir o episódio.

Apesar dos efeitos especiais estarem bem fraquinhos e soarem falsos mesmo pra época (atualmente tenho certeza que isto ficaria em segundo plano).

A verdade é que o grande charme desta versão não é a presença do Azulão diga-se de passagem. Eu me divertia demais em presenciar as constantes discussões entre Clark Kent (Dean Cain) e Lois Lane (Teri Hatcher).

É claro que o herói agia pra salvar o dia, porque isso não poderia faltar. Sinceramente o que me prendia no seriado era Teri Hatcher, pois sua performance mostrando uma Lois feminina, inteligente, nojenta, sensual e ao mesmo tempo cheia de neuras me encantou de imediato.

Lembrando que no quesito sensualidade quem roubava a cena era Tracy Scoggins (Cat Grant), uma devoradora de homens que sempre dava encima do coitado do Clark. Depois a atriz trabalhou na série Babylon 5, interpretando a capitã Elizabeth Lochley.

Voltando, além de Cat outros coadjuvantes do Planeta Diário tiveram suas personalidade bem exploradas como Perry White (Lane Smith) que era muito engraçado com seu bordão: “pelas costeletas do Elvis”.

Sua fixação pelo rei do rock rendia bons momentos ainda mais quando dava conselhos sentimentais relacionados ao Elvis tanto pra Lois quanto pro Clark.

Perry fazia uma boa dupla com Jimmy Olsen que ganhou até relevância quando o ator Michael Landes fora substituído por Justin Whalin. Dizem as lendas que Landes era muito parecido com Dean Cain e a produção o retirou da série.

Era legal ver Jonathan Kent (Eddie Jones) e Martha Kent (K Callan) dando conselhos na vida de Clark, principalmente pelas conversas com ambos pelo telefone (isto demonstrava que realmente se importavam com ele).

Lex Luthor também teve uma boa interpretação do ator John Sea mostrando um vilão que apesar de ter cabelo. Nos conectava ao personagem dos gibis como um executivo metido em falcatruas, mas que na verdade a maior parte da cidade achava que era um grande bem feitor.

Na série Lex ainda contava com seu fiel mordomo Nigel (Tony Jay) que apoiava seu patrão em tudo.

A série ainda mostrou outros vilões importantes como: Metallo, Galhofeiro, Sr.Mxyptlk e a Intergangue. Houve um destaque significativo pro vilão Tempus, um viajante do tempo que nos gibis é um herói (e também a importante invasão da Terra por Nova Krypton).

O mérito desta versão da telinha foi ter sido baseada na reformulação feita por John Byrne pros gibis do Homem de Aço, em 1986. Fora isso outro aspecto mais interessante foi Lois e Clark terem pretendentes formando um novo triângulo amoroso (fora aquele manjado Super, Lois e Clark).

Para Lois tínhamos o agente do governo Dan Scardino e também a linda Drake Mayson (Farrah Forke), uma advogada que demonstrava afeição apenas por Clark (enquanto odiava o Superman).

Infelizmente quando ela estava investigando a Intergangue acabou sendo assassinada numa explosão de carro. Clark tentou salva-la e no último momento Mayson acaba descobrindo que ambos são as mesma pessoa, pois sua camisa estava rasgada mostrando o “S”. E o segredo se foi com a morte dela (triste, porque realmente gostava do Clark).

A presença dos pretendentes nos deixava naquela torcida para que os relacionamentos dessem errado (e então Clark e Lois finalmente ficariam juntos).

A série também é lembrada por ter mostrado ao mesmo tempo o histórico casamento dos personagens na TV e nas HQs. Pra mim foi exatamente  isso que acabou com toda graça que havia no seriado (algo que causou o naufrágio dela).

Lois & Clark não consegue agradar a gregos e troianos, mas seus  episódios recheados de aventura, drama e romance foram marcantes e inesquecíveis pra mim.










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