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Crítica

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 O Cavaleiro Solitário

A história começa na cidade de San Francisco, em 1933 (ano em que começou a famosa série radiofônica). Tudo de uma maneira bem inusitada com um garotinho visitando o circo vestido como Lone Ranger e entrando numa exposição do Velho Oeste no circo.

Então um índio empalhado que de forma surpreendente volta á vida. O velho que por algum motivo misterioso, que não sei explicar qual, é Tonto (Johnny Deep) que conta história do kemosabe pro perplexo menino.

Então a trama recua um pouco mais no tempo e nos leva direto ao Texas em 1869. Na época das diligências e quando os Estados Unidos estavam em expansão ligando o país através das linhas de trens.

É uma típica aventura no Oeste Selvagem, pois temos perseguições de trem, bandidos cruéis, índios enfurecidos e uma amizade insólita sendo consolidada.

Mais vista sob uma ótica diferente, porque ao invés de ser um filme sério temos vários momentos engraçados que pra mim estragaram a intenção de mostrar o herói para um novo público. Duvido que os fãs mais antigos do personagem também não ficaram indignados com este remake.

A premissa original foi feita já que o vilão Butch Cavendish (William Fitchner) comanda uma emboscada matando Dan (irmão de John e todos os rangers que estavam no grupo). Aliás o vilão feito pelo ator ficou bem interpretado chegando a me deixar com raiva dele.

A dupla dinâmica formada entre Johnny Deep e Armie Hammer ficou muito engraçada.

Só que aconteceu o fato que eu temia, porque Tonto, apareceu mais que o ator principal, que serviu de escada para Deep brilhar (Tonto é o cérebro da dupla numa atuação que lembra demais o Capitão Sparrow).

Só pra constar a história do pássaro negro em sua cabeça e sua relação de amizade com ele é impressionante e intrigante, pois ficou numa linha tênue entre loucura e sagacidade (mais uma vez uma alusão a Jack Sparrow).

O filme poderia ter sido muito melhor se não tivessem feito o mesmo erro que fizeram com o Besouro Verde, de 2011. Transformando Lone Ranger num completo idiota (algo totalmente parecido também com a pior versão do herói feita em 1981).

E isto acabou estragando boa parte da diversão do longa (pra mim) ridicularizando a lenda como nós mais velhos curtimos. Lone Ranger é um personagem antigo que não diz nada pra essa nova geração, então pra que fazer um remake?

Fora isso a ganância e a corrupção misturados ao contexto histórico que o progresso dos Estados Unidos foi ás custas de muito sangue indígena derramado ficou perfeito.

Pros nostálgicos de plantão que tiveram a sorte de assistir a antiga série televisiva sendo reprisada nos anos 80. A música tema surge na hora certa sendo uma justa homenagem ao herói, numa das cenas mais absurdas e incríveis que já vi na minha vida, digna pros fãs de Piratas do Caribe.

O Cavaleiro Solitário é um bom filme, mas botaram num liquidificador ação e comédia de uma forma que ficou tediosa. Funcionou somente, porque tem uma ajuda bastante significativa de Jerry Bruckheimer.

E se tivessem levado de forma série e coerente e não uma versão do Velho Oeste de Piratas do Caribe poderia ter sido bem melhor do que esta porcaria que assisti.

Infelizmente remake é apenas uma desculpa para não fazerem uma história original copiando uma formula antiga que já fez muito sucesso.

É apenas caça níquel são poucos que consigo ter realmente paciência  pra parar e assistir (ainda quero ver uma adaptação digna do Cavaleiro Solitário, pois essa não valeu).

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HQ

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Lordes da Justiça

Um Mundo Melhor

Neste episódio inicia com a LJA lutando contra Lex Luthor aonde o Morcegão descobriu suas antigas versões no que ficou estabelecido como uma “outra Terra”.

O Ajax deles contata nossos heróis dando uma rápida explicação da Crise nas Infinitas Terras enganando a Liga (da nossa realidade) levando-os para uma emboscada.

Nisso ficamos sabendo que no mundo dos Lordes da Justiça Lex Luthor, então presidente dos Estados Unidos assassinou friamente o Flash. Lembrando que o fato de Lex tornar-se presidente também aconteceu nos gibis durante os anos 2000.

Em retaliação o Superman após ser esculachado matou o vilão careca no Salão Oval e exatamente dois anos depois eles tomaram as rédeas do mundo. Podemos dizer que será um futuro alternativo aonde “talvez” estes acontecimentos possam vir á tona e não uma Terra Paralela como se acreditava antes.

O planeta ficou controlado, pois Kal-El tornou-se um controlador fascista.

Em, Superman: A Série Animada algo muito similar também aconteceu no episódio Admirável Metrópolis Nova quando numa realidade alternativa Lois morreu e Superman num uniforme negro é enganado por Lex Luthor que administra tudo com mãos de ferro.

Quando a Lois Lane de nosso mundo foi transportada para aquela realidade foi que o Homem de Aço acordou pro que estava acontecendo (foi um episódio memorável).

Voltando, no episódio todo o restante da Liga seguiu seu exemplo mudando seus uniformes ficando mais sombrios para demonstrar esta nova fase. A amizade que havia entre Hal e Barry é reeditada nesta versão animada, pois John Stewart sente falta de Wally.

Quando a nossa Liga ficou presa  na “outra realidade” o vilão Apocalypse surge destruindo toda a vida que encontra em seu caminho. Em alguns episódios mais á frente notamos que a explicação para a origem do monstro ficou melhor do que a dos quadrinhos.

Os Lordes da Justiça entram em nosso mundo por um beco (fato que me lembrou o filme Exterminador do Futuro). A luta dos Lordes contra Apocalypse é grandiosa e termina com Superman lobotomizando a criatura.

Não poderia deixar de lembrar que temos aqui uma síntese de tudo que Batman representa, pois Bruce quando luta contra ele mesmo na Batcaverna fala que deseja um mundo aonde uma criança não sofra o trauma que o tornou um herói sombrio (é simplesmente demais).

Dividido em duas partes e ramificações em outros episódios (quando o Questão descobre sobre tudo isso e Superman luta contra o Capitão Átomo) “Um Mundo Melhor” é uma das melhores aventuras das várias que existem na série animada.

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Mais uma coisa bastante interessante é que encontrei algo similar numa edição antiga da minha coleção. Em Super Powers n° 34, temos “A Mão do Destino”, com arte e argumentos de Dan Jurgens.

Neste gibi que se situa justamente após a morte do Homem do Amanhã. A Liga da Justiça estava enfraquecida, pois sofreu um massacre nas mãos do vilão Apocalypse. Encontramos a equipe nesta situação o Besouro Azul (Ted Kord) em coma, a Fogo  temporariamente sem seus poderes, o Gladiador Dourado perdeu seu traje que havia sido totalmente destruído e a Gelo havia saído do grupo.

Na história somos inicialmente apresentados a Safira-Estrela e ao Mago vilões que tentavam deter uma Liga da Justiça fascista que estava começando a controlar o mundo (podemos então notar que Um Mundo Melhor não surgiu por acaso).

Tudo começou com Eléktron que teve um sonho aonde seus amigos da fase Satélite estavam controlando o mundo. O vilão Doutor Destino se aproveitou deste sonho e forçou a se tornar realidade.

É uma história cheia de reviravoltas, porque os papéis foram invertidos enquanto a Liga age de forma severa. Os vilões se unem para tentar deter  a LJA, mas não conseguem triunfar.  Pra se ter uma ideia Ajax  quebrou o braço de Sinestro e executa friamente a Safira Estrela com uma rajada óptica.

O Falcão da Noite (era assim que o Gavião Negro era chamado aqui) é extremamente mais violento que o marciano, pois quebrou o nariz de Sinestro e mandou arrancar seus braços. Este gibi é tão bom que há espaço para as antigas discussões acaloradas que haviam entre o Arqueiro Verde e o Gavião Negro.

Outra coisa interessante foi que descobrimos a identidade do misterioso Bloodwynd (que na verdade era Ajax sendo dominado por aquela jóia em seu peito) isto foi mostrado em outra edição Batman e Liga da Justiça se não me falha a memória.

Também havia uma crise nesta história com aumento do desemprego e caos econômico como aconteceu na realidade, em 2008.

A parte mais interessante foi quando a Liga formada por Máxima, Guy Gardner (de posse de um anel amarelo), Mulher-Maravilha, Condor Negro (que quase morreu nas mãos do Falcão da Noite), Ray, Bloodwynd e Agente Liberdade acabam indo parar neste universo-sonho criado por Eléktron.

Parecia que tudo iria terminar mal, pois o Falcão exterminou friamente o Arqueiro Verde e o vilão Doutor Destino invadiu o QG da Liga tentando numa vingança insana assassinar Eléktron. É  umas das aventuras mais emocionantes que já tive o prazer de ler e guardo-a com carinho em minha coleção.

Lembrando que Super Powers foi uma coleção de action figures da empresa Kenner Toys dos anos 80. Sendo lançada aqui em terra brasilis durante o ano de 1985.

Eu era doido pra ter um bonequinho desta coleção, mas meu pai infelizmente nunca comprou pra mim. É justamente por este período que acontece a melhor e última versão dos Superamigos (Hanna-Barbera) aonde o vilão Darkseid tenta a qualquer custo sequestrar a Mulher-Maravilha, pois queria casar com ela.

São desenhos que ficaram marcados pela fidelidade que havia nos gibis que tempo bom (só nostalgia).

HQ: Super Powers n° 34

Título: Liga da Justiça da América versus Liga da Justiça da América

Argumento e arte: Dan Jurgens

Arte-final: Rick Burchett

Editora: Abril Jovem

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Batman: Através dos Tempos

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The Batman – Lewis  Wilson e Douglas Croft – 1943

Historicamente essa foi a primeira adaptação do Morcegão feita no estilo live action (e também o primeiro herói da DC a ser mostrado).

O próprio Bob Kane gostou muito do ator Lewis Wilson elogiando por ser parecidíssimo com o Bruce Wayne que havia idealizado.

The Batman (O Morcego, aqui no Brasil), foi um serial produzido pela Columbia Pictures, contendo 15 capítulos.

Na época, Bruce Wayne era interpretado por Lewis Wilson e por sua vez Robin por Douglas Croft. Como curiosidade, Croft foi o ator mais jovem a interpretar o Menino-Prodígio.

Durante as aventuras víamos, Batman um agente americano que procurava derrotar o Dr. Daka (J. Carrol Naish), um agente inimigo japonês. O cientista havia criado uma arma que transformava as pessoas em zumbis e várias vezes tentou derrotar a Dupla Dinâmica.

Infelizmente como o seriado havia sido lançado durante a Segunda Guerra Mundial continha muitos insultos anti-japoneses (ao término da guerra nos relançamentos posteriores foram apagos tais comentários pejorativos).

A parte interessante é que havia a presença de outros personagens da mitologia do herói.

A famosa namorada dos gibis, Linda Paige (Shirley Patterson) e também seu fiel mordomo Alfred (William Austin). Devido a aparência de Austin com aquele famoso bigodinho, Alfred também ficou assim nos quadrinhos.

Além disso a parte legal é que o seriado foi influenciado pelo Cruzado de Capa dos gibis. Sendo a primeira vez que surgiu a misteriosa Batcaverna (que depois migrou pras revistas).

E também o famoso Batmóvel, mas a grande diferença é que devido ao baixo orçamento foi utilizado um Cadillac.

Apesar das terríveis críticas sofridas quanto ao uniforme do Morcegão usado no serial (e também quanto a interpretação amigável do herói feita por Wilson). Popularmente teve um relativo sucesso fazendo surgir sua sequência Batman e Robin, em 1949.

Em 1965, o seriado foi relançado no cinema com o nome de An Evening with Batman and Robin, devido ao sucesso influenciou ao lançamento do cultuadíssimo seriado dos anos 60 (Batman, com Adam West e Burt Ward).

Só pra fechar, os cliffhangers e a narração do locutor mostrados no seriado dos anos 60 foram influenciados pelo serial da década de 40.

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Crítica



X-Men: Primeira Classe

Dirigido por Matthew Vaughn (de Kick Ass), temos X-Men: First Class, sendo ambientado no começo dos anos 1960, durante a “Guerra Fria”, quando Estados Unidos e União Soviética estiveram muito próximos de uma guerra nuclear no episódio que ficou conhecido como a Crise dos Mísseis de Cuba.

Confesso que logo de primeira senti falta dos primeiros alunos das HQs, onde a primeira equipe era formada por: Ciclope (Scott Summers), Garota Marvel (Jean Grey), Fera (Hank McCoy), Homem de Gelo (Robert “Bobby”Drake) e Anjo (Warren Horthington III).

E neste filme vemos Xavier, Mística, Destrutor, Fera, Banshee, e Magneto. Esta formação híbrida ficou interessante, mas complicada pra mim por pegar personagens de épocas diferentes dos quadrinhos e pô-los todos juntos.

Destrutor (Alexander Summers) é irmão do Scott e mais novo (foi líder dos X-Factor, se ainda é não sei), Banshee (Sean Cassidy) participa da segunda formação que salva os X-Men originais da Ilha de Krakoa fora outras coisas que eu nem quis ficar pensando muito para não perder o entretenimento.

Uma leitura que nos dá uma nova luz sobre os X-Men originais é “X-Men Anual 6”- A Formatura, da editora Panini Comics, com 148 páginas reunindo as ediçõs X-Men: First Class Finals 1 a 4 e Uncanny X-Men Class Giant-Size Special 1 sobre a segunda formação.

Bom, fora o pano de fundo histórico e o início do ódio da humanidade pelos mutantes. Há a abordagem da amizade entre Charles Xavier (James McAvoy) e Erik Lensherr, Magneto (Michael Fassbender), este sempre foi um pensamento que me ocorreu várias vezes porque eles divergem tanto?

Me lembro de ler nas HQs que Xavier e Magneto mantém um respeito mútuo e foram amigos, mas as divergências eu não entendia claramente ( fora o fato dos mutantes serem homo superior, é claro! E Magneto defende isso fielmente).

É justamente neste filme que há uma explicação plausível. A formação do Clube do Inferno também não é fiel a das HQs, mas isso ficou irrelevante devido a história ser realmente boa.

Eles não se preocupam em manter uma fidelidade com as HQs e isto pode ser um ponto a favor ou contra dependendo apenas de como a história será contada.

Apesar deu ser meio xiita algumas vezes quanto aos personagens serem abordados tão livremente fiquei fascinado por este filme. Pelo visto desejam criar uma cronologia própria e por enquanto estou gostando.

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