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Os Melhores do Mundo # 9

Quando terminou o sucesso da Liga cômica (em 1997) tivemos um outro recomeço da equipe com o gibi “Os Melhores do Mundo”. Logo os heróis Superman, Batman, Mulher-Maravilha, Lanterna Verde (Kyle Rayner), Aquaman e Flash (Wally West) tornaram-se os sete magníficos.

Desta vez Grant Morrison trazia roteiros que brincavam com a nossa imaginação (aliado ao estilo diferente de Howard Porter).  Tivemos uma história intitulada simplesmente de “Eles!”.

Desta vez  havia um grupo de super-heróis (na verdade eram marcianos brancos disfarçados) chamavam-se de Hyperclan vagaram pelo universo desde que seu planeta natal fora destruído.

O Hyperclan era composto por Protex (líder da equipe), Primaid, Armek, Zenturion, E-Mortal, Zum (velocista), Tronix e Fluxus (metamorfo)

Gradualmente fomo descobrindo suas intenções, pois planejavam dominar a Terra destruindo a Liga.

Primeiro devolveram as esperança para todos ao redor do mundo e depois meticulosamente atacaram a LJA. Destruindo o Satélite (abrindo precedente para que surgisse a Torre de Vigilância na Lua).

A humanidade estava odiando a Liga. E a opinião pública havia sido conquistada pelo Hyperclan, pois víamos as noticias da TV sendo mostradas a todo instante.

Haviam depositado falsas esperanças nas pessoas ao demonstrarem fatos magníficos (como desertos ganhando vida e cidadelas surgindo do nada). E principalmente executando supercriminosos pra todos verem.

Aliás na cena de execução podemos notar alguns personagens conhecidos da Marvel como Bishop (mostrando Wolverine já executado) e o vilão Doutor Destino para ser o próximo a morrer.

O confronto foi inevitável, mas logo de primeira o Hyperclan ganhava terreno. Derrubando e derrotando cada membro da LJA.  A grande virada e sacada do roteirista foi ninguém menos que… Batman.

Os vilões só não contavam com a astúcia do Homem Morcego. Simplesmente por que ele era apenas “um humano sem poderes”. Uma  HQ inteligente e uma das mais interessantes de todas da equipe que consegui ler.

HQ: Os Melhores do Mundo n° 9

Editora: Abril

Ano: 1998

Argumento: Grant Morrison

Arte: Howard Porter

Arte-Final: John Dell

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Superman – Os Novos 52! – n° 0

Na capa  o editor da Distinta Concorrente  no Brasil Bernardo Santana nos inspira a desvendar como foi o início desta nova abordagem dos personagens da editora.

Dizendo que nada é o que parece ser e temos a grata certeza que nossa viagem pelas páginas serão claramente um misto de mistério e aventura no mínimo gratificante.

A história começa com Clark indo numa loja de silk screen pedindo que comecem a colocar em camisas o escudo do Superman.

Eu pensei que era dar mole demais, pois sendo um bom repórter alguém era só buscar na  loja pra saber quem foi que fez o pedido e pronto descobririam sua identidade secreta, mas não é bem isso que vemos acontecer.

E então Clark comparece numa entrevista com George Taylor editor do Estrela Diária (seu primeiro trabalho nas HQs originais, de 1938). Depois ele está no apartamento de Jimmy Olsen que nesta versão é filho de um ricaço (algo que eu nunca havia lido antes).

Eles estão  comentando sobre um jogo aonde Clark descobre referências de alguns filmes desconhecidos. Clark está de mudança para o apartamento que conhecemos nas edições anteriores.

A edição 0 se conecta com tudo que já estava acontecendo nas histórias anteriores do kriptoniano. Quando Clark estava investigando Glen GlenMorgan uma policial foi sequestrada por capangas no alto do prédio, porém Clark chega e  leva um míssil á queima roupa  caindo do prédio desacordado.

É quando um garotinho que dá nome ao título da história “O Menino que Roubou a Capa do Superman” aparece. Aqui temos a arte de Ben Oliver e roteiro de Grant Morrison.

Trata-se das primeiras aventuras do Superman em Metrópolis e como seu surgimento causou impacto na mídia. Com Perry, Lois e Jimmy discutindo o que deveria ser aquele “S” em seu uniforme.

O pai das crianças (sua imagem é calcada no cantor Elvis Presley)  infelizmente bate neles. O mais velho está usando a capa do Superman e ajuda o seu irmão menor a fugir. Quando pai ameaça as crianças no trilho do trem vemos uma das frases clássicas do Homem de Aço “mais forte que uma locomotiva”, pois salva o menino de ser estraçalhado.

Esta história é mostrada por meio de cortes que são interligados para torna-la numa só.

Na segunda “A Origem das Espécies“ (título do livro de Charles Darwin) temos a origem do personagem Adam Blake ou o Superman Esquecido algo que deve ser relevante para histórias futuras.

Eu pessoalmente não gostei do Blake, mas suponho que Erik Drekken tenha alguma importância em relação a esta continuidade que desconheço.

A história seguinte “O Fim do Começo”, conta com arte de Mahmud Asrar e roteiro de Michael Green e Mike Johnson.

Nela também temos a nova origem da  Supergirl mostrando que Zor-El também era um cientista renomado em Krypton (mais fazia experimentos escusos). E que ele não se dava bem com seu irmão mais novo Jor-El.

Zor-El é responsável pela existência das arrasa-mundos que acabaram enfrentando Kara. Esta história comprova a confusão mental de Kara ao encontrar Kal-El aqui na Terra adulto, pois ela havia visto ele bebê em Krypton.

Podemos notar que existe uma diferença entre Jor-El e seu irmão Zor-El. Algo que fica evidente na convivência familiar, porque Allura não aceitou a decisão de Zor-El de salvar Kara da iminente destruição de Krypton.

Só que podemos entender que Zor-El havia modificado o DNA de Kara (suponho que foi para torna-la mais forte) vamos ver o que acontece no futuro.

Em “Todo Fim tem um Começo”, temos uma aventura de Jor-El no centro de Krypton constatando sua descoberta científica de que o planeta irá morrer.

A parte mais intrigante é que já havia kriptonianos sabendo da iminente destruição do planeta e que não queriam que a descoberta de Zor-El tivesse êxito.  E que Lara além de uma cientista também lutava bastante bem é algo totalmente novo na personagem.

Vemos também Kal-El presenciando os últimos momentos da existência de seu planeta (e se não me engano não é a primeira vez que isso acontece).

Não sei se alguém reparou no cientista kriptoniano Kra-Hu, pois suas feições me pareceram ter sido baseadas no ator Morgan Freeman (está parecido demais com ele).

A quinta história “Protetor das Estrelas”, conta com o roteiro de Fabian Nicieza e arte de vários desenhistas (que sinceramente não gostei da maioria). Mostrando o planeta DEM e contando a origem do vilão espacial Hellspont.

Um enredo que envolve sete escolhidos para concretizar uma antiga profecia que ao longo dos séculos transformou-se numa fábula infantil espacial. A única coisa que gostei mesmo foi a participação da Estelar que estava linda demais.

E a citação ao planeta Marte (MA’ALECA’NDRA como  descrito no livro John Carter de Marte). Fora isso fica evidente que haverá uma batalha espacial envolvendo todos os heróis e que não será nada fácil (dado ao nível de poder incomensurável de Hellspont).

Apesar da arte que pra mim não ficou legal, mas demonstrou que algo muito ruim está para acontecer. Porque vemos o Caçador de Marte, Gavião Negro, Estelar  e o Bandoleiro além do próprio Homem de Aço que até se questiona se estará á altura do problema cósmico que irá enfrentar.

Em “Amigos Ausentes”, com arte de Cafu (não confundir com o jogador de futebol) e roteiro de Sholly Fisch. Vemos todos os amigos de Clark prestando uma homenagem após sua morte.

Clark “supostamente” morreu depois de salvar seu editor George Taylor de morrer soterrado numa explosão. Temos depoimentos de como era o caráter e de como Clark Kent realmente se importava com as pessoas.

Tudo sendo dito por Jimmy Olsen, Perry White, Lois Lane e George Taylor (e no final Superman estava ouvindo tudo do lado de fora entristecido). Foi uma das poucas histórias que eu realmente gostei.

Pra terminar em “Encontros Têxteis”, temos novamente a arte de Cafu e roteiro de Sholly Fisch. Voltamos ao início quando dois turistas vão numa loja para comprar uma camiseta do Superman.

O dono da loja conta que o próprio Homem de Aço compra suas camisas lá, mas os clientes saem incrédulos. Ficou no ar que talvez sua história possa ter sido verdadeira, porém há diversas lojas na rua alegando a mesma coisa (é uma história que não tem importância nenhuma).

Esta edição n° 0 ficou bem sugestiva deixando em aberto que virão arcos de história que deverão ser bons.

Eu pretendo acompanhar na medida do possível e creio que Bernardo Santana estava certo ao comentar para esperarmos o inesperado.

HQ: Superman: Os Novos 52! – n° 0

Editora: Panini Comics/ DC Comics

Mês/Ano: Jun/2013

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Superman n° 9

Em, Segredos & Mentiras, contamos com a arte do grande Dan Jurgens a história não me animou nem um pouco. Victor Barnes um blogueiro sensacionalista “diz” saber qual a identidade secreta do Homem de Aço.

É aquela velha máxima mostrada, pois o maior trunfo do herói é parecer que não se esconde por trás de um alter ego. Mais além da vilã da vez a personagem Angústia nota-se que Lois Lane ficou com a pulga atrás da orelha sobre este assunto.

Ficou um suspense quanto qual era a carga do submarino russo e futuramente descobriremos. Confesso que de todas as edições que venho acompanhando esta foi a história que menos gostei.

Em, Uma Garota no Mundo, a Supergirl temos a arte do mestre George Pérez. E após derrotar as Arrasa-Mundos na edição anterior que pra mim foi uma das melhores dela neste Novos 52.

Encontra uma “amiga” que a salva do exército, no entanto soa muito estranho a Supergirl desfilar com um uniforme igual ao do primo e o exercito sair atirando nela por nada á toa.

Shioban é mais conhecida como Banshee Prateada,  uma inimiga de Kal-El que conheci nos anos 80. Parecia que Shioban assim como Kara estava procurando um lugar no mundo e suponho que nesta versão elas serão amigas. Estou curioso para ler mais sobre isto.

Calvin Ellis

O que mais gostei nesta edição foi  A Maldição do Superman com arte de Gene Há e roteiro de Grant Morrison. Só pra citar logo no título há uma maldição pros atores que envergam o manto do herói que não conseguem decolar na carreira ou morrem de maneira trágica assim como aconteceu com George Reeves e depois Christopher Reeve.

 Se a lenda é verdadeira ou não eu não posso afirmar, mas que todos os atores não fazem  sucesso depois de interpretar o azulão isto já me parece um fato verídico. Simplesmente  tanto Dean Cain  quanto Brandon Routh andam mal das pernas desde que protagonizaram algo referente ao Azulão.

Bom, voltando desta vez temos uma Terra Paralela aonde o Superman é negro, presidente dos EUA e suas feições pra mim lembram o Barack Obama.

O mais interessante nesta versão é que Krypton parece um tipo de África e além de Jor-El e Lara serem negros ainda temos os pais adotivos de Calvin Ellis, vulgo Kalel/Superman também negros. Como sempre Grant Morrison sabe muito bem explorar o universo ficcional da DC inserindo de forma magistral o Multiverso e tudo que possa existir nele.

As mudanças no status quo que conhecemos ficaram ótimas, pois está tudo lá. Desta vez Clark, Lois e Jimmy idealizaram o Superman num tipo de máquina que solidifica pensamentos aonde há citações de Nietzsche e Bernard Shaw. Este herói pode-se dizer que foi o Superman original, de 1938.

Infelizmente venderam a máquina para uma grande corporação e notaram que estavam sendo enganados. Qualquer tipo de alusão á triste realidade que aconteceu a Jerry Siegel e Joe Shuster não é mera coincidência. Há também versões robóticas do Presidente Ellis, uma Mulher Maravilha afro-descedente e LJA formada por quase todos os integrantes negros e uma versão da Zona Fantasma.

E por incrível que pareça um comentário sobre as pessoas no mundo real usarem a camisa do Superman. Nesta curta e primorosa história foram explorados diversos elementos da mitologia do kriptoniano e eu adorei cada pedaço dela. Quero ver como será na próxima edição.

HQ: Superman n° 9

Editora: Panini Comics

Mês/Ano: fevereiro de 2013

Artista da capa: Ivan Reis

 

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Superman n° 1 –   Os Novos 52!

Após a clássica maxissérie Crise nas Infinitas Terras tivemos a chance de conhecer o UDC reformulado na década de 80. Agora quase 30 anos se passaram e depois de Ponto de Ignição vemos a DC Comics reiniciar seus personagens novamente atualizando-os para o século 21.

Em “Superman Contra a Cidade do Amanhã”, temos um Super mais urbano trajando calça jeans e botas e usando seus poderes como o herói clássico da “Era de Ouro”: capaz de saltar arranha-céus com um simples pulo, mais rápido que uma bala, mais forte que uma locomotiva, capa mais curta entre outras características.

Referências a esta época estão recheadas nesta HQ: como superforça, invulnerabilidade e defender uma mulher que apanhava do marido. E nesta nova versão temos a característica mais básica do “Superman clássico”, o fato de ter o seu próprio senso de justiça e ser o defensor dos fracos e oprimidos.

Além de trabalhar pra um Sr. Taylor, é lógico que só pode ser George Taylor, editor do Estrela Diária, onde Clark Kent trabalhou na Era de Ouro.

O General Lane está no encalço do herói como em “Origem Secreta”, o arco de histórias que recentemente atualizou o personagem. Vemos o Super da Era de Ouro  sendo apresentado com as influências do mundo moderno. Com  arte de Rags Morales e roteiro de Grant Morrison.

Em “Qual é o Preço do Amanhã?”, o prédio do Planeta Diário (se parece com o do filme de Chris Reeve) sendo demolido e um novo foi construído por Morgan Edge (que tornou-se afro-americano), Lois Lane é agora produtora executiva de telejornal e continua ganhadora do prêmio Pulitzer.

O fato surpreendente é que Lois e Clark não estão juntos desta vez, pois Jonathan Carroll é o namorado de Lois. Um dos casais mais famosos das HQs foi desfeito, talvez  pelo menos por enquanto.  A modernidade é uma parte importante da narrativa, pois Jimmy Olsen e Miko atualizam a notícia para Lois on line na internet.

O que menos gostei foi este novo uniforme, pois parece uma armadura e acho que possa estar em sincronia com o uniforme do filme  Superman : O Homem de Aço para 2013. A sunga por cima da calça sempre foi e é motivo de chacota para os super-heróis, mas era como os uniformes surgiram na época de ouro dos quadrinhos. Esta talvez seja uma forma de também atualizar o personagem, porém só o tempo irá dizer se foi bom ou ruim.

Uma coisa interessante é Superman lutar contra um ser de fogo. Este fato remonta a clássica HQ “A Origem da Liga da Justiça”, de 1982. Em que sete alienígenas concorrentes a um trono usam a Terra como campo de batalha, mas são combatidos pelos heróis: Ajax, Aquaman, Mulher Maravilha, Flash e Lanterna Verde.

Enquanto Superman e Batman combatem um último vilão alienígena feito de cristal. Após derrotarem os invasores, os heróis decidem se juntar e formar a equipe.

Esta HQ de 1982 teve sua história modificada na revista Os Melhores do Mundo n° 21, “Liga da Justiça Ano Um”,  aonde a Mulher Maravilha é substituída pela Canário Negro e Superman  aparece  mais não como membro ativo da equipe.

A diferença em “Qual é o Preço do Amanhã?”, é que Superman combate um ser de fogo e deve ser um prelúdio para a  Liga da Justiça destes Novos 52! Agora é o momento de novos leitores conhecerem o UDC e nós mais antigos notarmos as diferenças desta cronologia.

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