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Batman: Terra Um

A história do mito é antiga e todos nós já estamos carecas de conhece-la (foi mal Charlie Brown), mas o roteirista Geoff Johns conseguiu reinventar um cânone que parecia eterno.

Sinceramente parece até que estamos num universo ao estilo Elseworlds, pois modificou de uma forma tão crível quanto entusiasmante.

Um fato interessante é que a HQ bebeu na fonte de diversas adaptações do universo do Homem-Morcego que a precederam como as HQs: Ano Um e O Cavaleiro das Trevas. É claro que há também influências das versões cinematográficas de Tim Burton e Christopher Nolan.

Na história temos como a lenda teve inicio, Bruce Wayne, é apenas um homem com um ódio interminável e vive obcecado (seu maior desejo é punir os assassinos de seus pais).

Um policial corrupto é a única pista para encontra-los numa cidade extremamente sombria.

A arte de Gary Frank é um deleite a parte, pois demonstra ser detalhada e rápida conseguindo estruturar bem características reias que tornam nossa aventura visual prazerosa.

O status quo dos personagens principais foi levemente modificado, pois Harvey Dent tem uma irmã (Jessica Dent).

Instigante foi a forma como foram representados os pais de Bruce, pois Thomas além de ser médico tornou-se candidato a prefeitura da cidade.

Só que a infância de Martha não deve ter sido nada fácil já que ela veio da família Arkham (me deixou muito perplexo o fato dela pedir ao Bruce que jurasse nunca entrar na Mansão Arkham).

Seus principais aliados estão aqui como Alfred, um ex-militar aposentado que serviu na Guerra da Coréia ao lado de Thomas Wayne.

Thomas contratou Alfred para cuidar de sua segurança, pois está em campanha para a prefeitura de Gotham. Sua entrada na vida de Bruce como “mordomo” foi o aspecto mais emocionante da história (a convivência inicial entre ambos foi difícil e sofrida).

Alguém notou que Alfred teve uma semelhança incrível com Race Bannon parecendo uma versão mais velha do personagem do antigo desenho Johnny Quest (misturado ao Dr. House).

Absurdamente diferente de sua versão tradicional Alfred depois de cair na “porrada” com Bruce incentiva-o a se tornar o protetor de sua cidade.

Ainda temos Lucius Fox, um perito em tecnologia está confinado numa pequena sala. E Jim Gordon, policial cansado de viver a sombra da criminalidade em Gotham City (o assassinato dos Wayne teve uma influência direta em sua vida).

A grande diferença está na presença de Harvey Bullock magrinho que se tornou o alívio cômico da trama. Formando uma dupla dinâmica com Gordon num estilo que me lembrou o filme Showtime.

Enquanto o Pinguim tornou-se prefeito de Gotham numa referência direta a Batman: O Retorno.

O realmente me pegou no roteiro de Geoff Johns foram os detalhes, porque seu Batman é um homem capaz de cometer falhas. Enquanto todos os personagens tem motivações pessoais plausíveis e concretas.

A HQ é emocionante li cada página de maneira voraz (me deliciando a cada cena da narrativa). No final me deu uma imensa vontade de ler muito mais e se não me engano o roteirista deixou pontas soltas para uma possível continuação.

Batman: Terra Um é uma história pra quem gosta do Morcegão, mas também para qualquer pessoa que apreciei uma aventura inteligente e dinâmica.

HQ: Batman: Terra Um

Arte: Gary Frank

Roteiro: Geoff Johns

Arte-final: Jonathan Sibal

Editora: DC Comics/Panini Comics

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Lanterna Verde – A Saga Esmeralda

Antes de Lanterna Verde Origem Secreta houveram três edições que ajudaram a definir e também  odiar o modo que víamos o herói.

Amanhecer Esmeralda

Logo após vermos a épica Crise nas Infinitas Terras chacoalhar e assassinar milhões de pessoas no UDC. No final todo o Multiverso da editora foi destruído restando apenas uma Terra (com novas histórias para serem contadas).

Seus personagens foram ganhando novas adaptações recomeçando do zero. Fato que possibilitou inúmeros leitores a acompanharem suas edições (eu sou um deles).  E aqui temos o cativante reinicio de Hal Jordan em Amanhecer Esmeralda de 1990.

Se em Showcase # 22 a famosa HQ original de 1959 (com arte de Gil Kane e roteiro de John Broome) que mostrava a introdução ao conceito do herói sendo bastante rápida. Desta vez no pós-Crise o desenrolar foi muito mais aprazível nos envolvendo realmente nos acontecimentos que o tornaram um dos maiores Lanterna Verdes de todos os tempos.

Destacando que se antes Hal foi mostrado como alguém destemido desta vez seu aspecto humano ao sentir medo foi o mote principal e também a capacidade de conseguir superar o próprio medo foi sua melhor abordagem.

Amanhecer Esmeralda destacou-se ao contar os primeiros passos do herói  utilizando o anel de poder, pois teve que aprender sozinho a usa-lo.

Hal havia atropelado um homem e seu amigo Andy (irmão de Carol Ferris) estava hospitalizado, mas havia um inimigo que estava perseguindo Abin Sur e decidiu ir atrás do novo Lanterna  destruindo a cadeia aonde tentava redimir sua culpa.

Legião é um ciborgue que usa a cor amarela e sua origem é de um ser  plasmático que reuniu mortos de um planeta que explodiu por culpa dos Guardiões (por isso persegue, caça e mata todo LV que encontra).

O herói quase morre esmagado mais de repente o anel expira sua carga de energia salvando-o por um triz.

Legião deixa um rastro de destruição por onde quer que vá procurando o LV, pois conseguia rastrear sua assinatura de energia. O vilão destruiu todos os lugares em que Hal apareceu uniformizado (matando todos que estavam no hospital incluindo seu amigo).

Como Hal ainda estava “verde” (no sentido de novato) não sabia ainda utilizar o anel direito e somente quando recarregou pode aprender que até que podia falar (usando suas informações a seu favor).

Então o herói decidiu partir pra vingança aprendendo tudo que podia sobre a ameaça que enfrentava.

Quando foi convocado para Oa, Hal recebeu um árduo treinamento com Kilowog (que não foi nada fácil) para poder tornar-se o guardião do setor espacial 2814. Na luta final temos a clássica entrada do herói na bateria central fato que se tornou histórico e algo recorrente algum tempo depois  (na animação da Liga John Stewart faz a mesma coisa).

O filme de Martin Campbell até adota um pouco desta HQ principalmente no trauma que Jordan apresenta sobre seu pai (só que ficou tudo muito diluído e foi mal aproveitado). Mais em Amanhecer Esmeralda temos a rara oportunidade de notar que Jordan não é uma pessoa perfeita.

Hal estava completamente no fundo do poço e sem esperanças para conseguir sair até que encontra em Abin Sur (um bote salva vidas pros problemas que vinha passando).

O  seu medo diante do que estava em sua frente era aparente, mas como sua vida ficou totalmente destruída. Decidiu aproveitar a sorte e usar o anel para encarar um novo futuro.

Amanhecer Esmeralda é a melhor história sobre Hal Jordan até aquele momento, pois diante dos problemas que encontrou conseguiu superar dando uma guinada radical em sua vida. E lançando uma nova perspectiva ao que já havia sido proposto sobre o Lanterna Verde.

Eu não sei porque deixaram a arte com Mark D. Bright, pois importância de Hal merecia alguém de renome maior. Seu estilo é simples e não consegue demonstrar toda carga dramática nas cenas que vimos.

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Amanhecer Esmeralda 2

Se na primeira parte a ação se concentrava apenas em mostrar como Jordan adquiriu  o anel e tornou-se um Lanterna Verde (nesta edição as coisas estão ligeiramente diferentes).

Hal deseja pagar seus erros diante a sociedade e se entrega as autoridades sem a ajuda de um advogado. O juiz que mandou trancafiar Jordan deveria existir aqui no Brasil, pois as leis quanto acidentes automobilísticos deveriam ser mais pesadas.

A História conta como foram os tumultuados 90 dias em que o herói esteve “preso”, pois além de encarar um dos ladrões que prendeu na edição anterior (foi reconhecido por causa de uma frase).

Só que teve mais, porque Hal ainda precisou conter uma rebelião no presídio, entrar numa briga para evitar um acordo comercial entre khundios, dominions e a cidadela (raças alienígenas que aparecem na saga Milênio).

Era pra ser um simples acordo diplomático, mas o almofadinha do Sinestro acabou transformando a situação numa briga fenomenal e ainda colocou a culpa em Hal.

E desta vez também temos a trama enfocando no término do treinamento de Hal quando os Guardiões escalaram Sinestro para instrui-lo.

Sinestro era o protetor do setor espacial 1417 e sem os anõezinhos azuis perceberem comandava com extrema firmeza. Era tão obsessivo que tudo deveria estar na mais perfeita ordem, pois sua cólera era radical.

Quando Sinestro convida Jordan a ir em Korugar (seu planeta natal). A situação fica muito pior.

Sua ausência culminou numa rebelião que estava sendo secretamente orquestrada por Katma Tui. A “bagunça” ocorrida no planeta chama atenção dos anões azuis que convocam “os punhos dos Guardiões” (robôs enviados pelos anões a fim de corrigir seus subordinados).

A ação ocorre em dois lugares com Hal se dividindo para “ficar” na prisão na Terra e viajando pelo espaço ao lado de Sinestro. Se em Korugar houve uma rebelião aqui também tivemos outra no presídio. E Guy Gardner fora usado de refém (aliás ele apareceu como assistente social e estava praticamente irreconhecível).

A edição é repleta de reviravoltas como a promoção de Katma Tui ao posto de LV, Guy mostrando o temperamento explosivo que lhe rendeu fama e Sinestro  caindo do pedestal pra virar o grande vilão que conhecemos.

O argumento de Keith Giffen não é maravilhoso (só que prende nossa atenção).  Infelizmente a arte de M. D. Bright é bastante ruim, mas a edição reúne elementos que se tornaram clássicos na história de Jordan.

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Crepúsculo Esmeralda

Essa história acontece logo após o Retorno do Super-Homem quando Coast City foi destruída por Mongul e o Superciborgue. O gibi até que começa bem com arte de Dan Jurgens onde temos o Super-Homem cabeludo em Gotham City, mas Bruce estava ausente e quem protegia a cidade era Azrael (durante a Queda do Morcego).

Bruce estava numa cruzada pessoal a fim de se recuperar dos problemas que Bane havia lhe causado (já que havia quebrado sua coluna). O clone cabeludo de Lex Luthor estava na cidade-motor  querendo pegar kriptonita e também usar a tecnologia alienígena do lugar para usa-la em Metrópolis.

Só que a presença de vários heróis estragou seus planos (nesta época a Super-Moça era apaixonada pelo vilão). A heroína era Matrix uma versão em protoplasma de Lana Lang oriunda da dimensão compacta da qual tornou-se sua única sobrevivente.

Quando todos foram embora Hal ficou consumido pela dor de não poder salvar sua cidade e aquelas pessoas que tanto amava. Tentando entender todo  seu passado recriou seu pai para confronta-lo sobre suas divergências (uma conversa franca e conflituosa).

Se por um lado Hal tentava entender o que acontece trazendo seu pai e sua mãe para dizer algo reconfortante. Por outro ao reconstruir totalmente a cidade sua ruína já estava mais do que evidente (remexendo em suas memórias até o anel se esgotar).

A ira de Hal era tão grande que decidiu voltar pra Oa recarregando seu anel numa projeção holográfica de um anão azul. O que vemos então é odioso, pois Hal enveredou numa cruzada insana em busca de poder para recriar o próprio universo.

Os Guardiões mandaram Lanternas para detê-lo, mas cada um que se opusesse em seu caminho era derrotado matando-os sem dó e nem piedade (e perdendo seus anéis). Um a um todos vão tombando e Hal derrota até Kilowog a cena é simples e rápida (nem parece que o grandão é tão poderoso como dizem).

Então os Guardiões num ato de puro desespero para derrotar o outrora mais poderoso LV da Tropa (lançam mão de sua última jogada).  Libertando Sinestro de sua prisão na Bateria Central e concedendo ao koruganiano um anel para enfrentar Jordan.

Sinistro deixa claro que não venceria Hal diante daquele monte de anéis e incita-o num declarado mano a mano. A luta entre os dois é brutal e acaba com Hal matando Sinestro (a cena é forte e poderia até ser chocante mais a arte ruim não ajuda em nada). A conclusão é que conseguiu novamente entrar na Bateria assumindo o poder de um “deus”.

Eu odeio o que fizeram com Hal, porque foi imperdoável jogarem no lixo toda sua glória de herói. Além de dizimarem toda a Tropa, destruiram seus amigos e transformaram-no num vilão que desejava mudar a catástrofe que ocorreu em Coast City.

E o pior é que não deram nenhuma  importância devida para essa catástrofe, pois só havia Dan Jurgens como artista de peso trabalhando na  edição. O restante eram todos de segundo escalão como Bill Willingham, Fred Haynes e Darryl Banks (quem são estes caras?).

O único saldo relativamente “positivo” desta palhaçada toda foi a ascensão de Kyle Rayner como último Lanterna Verde do universo que ganhou de Ganthet o seu anel (que afinal de contas acho bastante fraco também).

Crepúsculo Esmeralda foi umas das piores edições que já tive a infelicidade de ler na minha vida. Não só pelo que fizeram ao Hal, mas também pelos artistas ridículos que trabalharam na HQ.

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Cosplay Girl

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Marvel Girls

Gwen Stacy é inesquecível não somente por que foi namorada de Peter, mas também pela forma carinhosa que demonstrava seu amor por ele.

Na clássica HQ “Marvels” até o fotógrafo Phil Sheldon fica encantado por sua simpatia na cena da invasão atlante.

Confira na galeria abaixo algumas modelos que não só homenageiam Gwen, mas também Tempestade, Encantor, Emma Frost, Miss Marvel, Sharon Carter, Viúva Negra, Dominó, X-23 entre outras.

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22

Super-Homem contra Homem-Aranha: O Encontro do Século

Há alguns anos atrás assim que comecei a colecionar gibi eu ia a pé pra Pavuna (subúrbio do Rio). Havia um jornaleiro de revistas usadas em São João de Meriti, na Praça da Matriz.

Na época influenciado pelos livros de faroeste do meu pai colecionei Tex (o ranger do velho oeste personagem do universo Boneliano) e Fantasma (herói que logo abordarei).

E num belo dia encontrei esta edição, fiquei estupefato, pois ainda estava sob a influência daquela tosca série televisiva do Aracnídeo. Este é o primeiro Crossover entre as editoras que já eram rivais naquela época (nos anos 70). Não vá esperar grande coisa do argumento de Gerry Conway, pois é bem simples com aquela velha história básica de herói que estranha herói.

E depois descobrem que foram enganados para então se unirem para combater seus rivais. Vendo por este prisma não te induz a pensar muito, pois é bastante previsível. Não há nada de mirabolante explicando porque os heróis compartilham o mesmo universo (eles simplesmente estão lá e pronto).

É até engraçado notar que num momento estamos em Metrópolis e simplesmente no outro vemos Nova York de forma “normal”. Interessante é a arte de Ross Andru que teve o mérito de trabalhar com ambos os personagens.

Seu trabalho é limpo, detalhado e as expressões faciais demonstram o sentimento dos personagens. Ficou impressionante os planos aéreos aonde vemos a cidade pela ótica dos heróis. Vemos os aspectos principais de cada personagem, pois o Super é um herói bonachão, usa sua força quando não consegue mais reverter na conversa. Nesta época Clark estava na TV Galáxia trabalhando para Morgan Edge.

Já o Homem-Aranha fica sem teia quando mais precisa e J. Jonah continua no seu pé (Mary Jane era só uma “amiga”, pois estavam apenas saindo). E ainda menciona aquele seu bizarro Aranha-Móvel, pois o Dr. Octopus aparece com uma aeronave (Octopus Voador).

Na parte em que vemos o laboratório submarino de Lex, Super-Homem menciona o período em que foram amigos.  A série Smallville ressuscitou este aspecto da trajetória de ambos (se não me engano nos quadrinhos foi nos anos 60). Lex também usa o termo: “velho amigo!” e isto me lembrou que Charles e Magneto se tratam desta maneira.

Eu só não entendi o fato de mostrarem a origem de ambos os heróis, pois foi apenas perda de tempo (algo que nós leitores já estamos cansados de saber). Primeiro somos ambientados com cada personagem e temos seus principais coadjuvantes Morgan Edge, Lois Lane, Jimmy Olsen e até o chato do Steve Lombard (no lado do Super).

Enquanto na parte do Cabeça de Teia temos Mary Jane, J. J. Jameson, Betty Brant e o meu preferido Joe Robertson, pois ele sempre defendeu o Aranha. No presídio de segurança máxima Lex e Octopus cansados de serem derrotados. Resolvem mudar de oponentes para destruir o mundo e acabar com seus inimigos.

Numa conferência Mundial de Jornalismo em Nova York encontramos Peter e Mary Jane e logo temos a chegada de Clark e Miriam Lane. Nesta época Lois era chamada assim por aqui (só não sei explicar por qual motivo).

Então Lex disfarçado de Super-Homem sequestra Lois e MJ. Assim que Peter se troca encontra o Homem de Aço nos céus. Acusando-o de raptar as moças, muito puto exige explicações e a luta começa.

O vilão careca dispara radiação do Sol vermelho no Aranha possibilitando-o a dar um belo soco no Super (devo comentar que o Azulão ficou enfraquecido). O próprio Cabeça de Teia nem acredita no que conseguiu fazer, pois o Super tem a fama de ser “durão”. Enquanto isso os vilões comemoram assistindo de longe (o roteiro é bastante ingênuo mesmo).

A viagem é grande demais, porque se não fosse tal apelo o kriptoniano acabaria com o Aranha bem rápido e fácil. Como isso nunca havia acontecido antes o Super fica cabreiro, mas o Aranha ainda tira onda com a frase: “não dá pra acreditar! Esse cara é uma piada”.

Quando o Azulão revida somente o deslocamento de ar do soco que ele não deu joga o Aranha bem longe (putz!). Ao voltar o Aranha está mais bravo ainda esmurrando de novo seu oponente e nota que não deu em nada. Na verdade o efeito do raio se dispersou e o Aranha decide que é melhor “conversar” com o Super (deu pra notar que a coisa ia ficar feia pro seu lado).

Então decidiram unir forças para combater um inimigo em comum. É engenhosa  a forma como o Super dá carona pro Aranha pra voar sendo puxado por uma corda e esqui (feitas de teia). De todas as viagens vistas na edição a maior foi ver Jameson e Edge reclamando sobre Clark e Peter ambos são bons mais desaparecem de repente.

Nós já sabemos por qual motivo, mas é muito doido ver esta situação. No final conseguem deter os vilões, salvar a Terra de uma iminente destruição e sair sorrindo com sua garotas. É uma daquelas aventuras simples na qual temos o bem contra o mal como era vista nos velhos tempos.

HQ: Super-Homem contra Homem-Aranha:  O Encontro do Século

Arte: Ross Andru

Argumento: Gerry Conway

Arte-Final: Dick Giordano

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de volta a era de prata

Flash & Lanterna Verde: De Volta a Era de Prata

A Era de Prata surgiu com a intenção de modernizar os heróis da década de 1940 (Sociedade da Justiça). A grande diferença está em usarem elementos da ficção científica algo muito influente naquela época.

Quem pensa que o primeiro a surgir foi Barry Allen está imensamente enganado. Pode até parecer estranho mais várias pessoas comentam errado tal afirmação.

Na verdade o precursor desta era foi Ajax, o Caçador de Marte que surgiu em 1955 (enquanto o Flash 2 começou a correr somente em 1956).

O destemido Hal Jordan  estabeleceu uma ligação espacial a sua origem em 1959, pois anteriormente Allan Scott usava apenas a magia para manifestar seus poderes.

A renovação destes heróis desencadeou no surgimento da Liga da Justiça a equipe mais adorada pelos fãs de quadrinhos (quero assistir um filme com roteiro consistente).

Eu já havia lido dezenas de vezes que Hal e Barry eram grandes amigos, mas nunca havia visto nenhuma edição que mostrasse algo deste tipo. Se na vida heroica Flash e Lanterna Verde agiam como uma dupla formidável na vida pessoal as coisas não eram tão fáceis assim.

A HQ parte da premissa que ambos queriam descobrir se continuariam a se dar tão bem quanto no combate ao crime. Sendo justamente esta intimidade da vida dos heróis que me chamou mais atenção.

Enquanto Barry apesar de usar a alcunha de “Homem mais rápido do Mundo” no cotidiano queria tentar ser alguém normal. Marcando viajar de avião pra encontrar Hal (algo realmente sem necessidade) e não conseguindo nem sair de seu escritório, pois estava cheio de trabalho pra terminar.

Estranho era notar que Allen sempre se atrasa pra chegar aos seus compromissos e sinceramente não dá pra compreender (devido aos seus poderes dizerem justamente o contrário).

Barry já estava tendo um relacionamento com Íris e em contrapartida Hal é muito mulherengo desfilando com algumas namoradas durante a narrativa.

Mais a história não mostra apenas boas situações, pois há um vilão que se aproveita das sombras das pessoas para poder influencia-las a virarem psicopatas assassinos. Para depois libertar de sua manipulação e mata-las (seria assustador se a abordagem dada não mostrasse a situação de forma mais branda).

De volta a Era de Prata serve como uma homenagem não apenas para Barry e Hal, mas também para seus predecessores (Joel Ciclone e Alan Scott) as verdadeiras lendas dos quadrinhos.

Eles viajam para um mundo distante a fim de estenderem a amizade criada nos encontros entre a Liga  e a Sociedade (tudo não passava de uma encenação de Alan para testar Hal como LV).

É quando vi outro aspecto da personalidade de Hal que mais gostei, pois apesar de trocar empregos com frequência. Essa capacidade de recomeçar sempre do zero me chamou a atenção sendo algo extremamente difícil de fazer.

A HQ abre até espaço para mostrar várias passagens da vida de Hal quando virou vendedor de brinquedos. E na fase dos anos 70 em que  Neal Adams e Dennis O’Neal trabalharam com o personagem.

O enfoque era tirar Hal do espaço e fazê-lo perambular pelos Estados Unidos ao lado de Oliver Queen na tentativa de se redescobrirem. Este momento ficou marcado também por mostrar  Ricardito parceiro-mirim do Arqueiro Verde como usuário de drogas (e por iniciar a Era de Bronze).  Um clássico que é apenas sugestivamente mencionado na ação.

Nesta história Barry e Oliver batem de frente, mas o vilão é um prefeito que estava “limpando” a cidade dos marginais. Sua intenção era criar um estado fascista empregando super tiras para coibir a ação dos meliantes e até dos heróis.

Podemos ver no gibi Íris Allen, Safira Estrela, Kid Flash, Sinestro, Canário Negro entre outros personagens importantes da mitologia de ambos. Ao final temos Tom Kalmaku narrando as aventuras, pois era de suas memórias que vimos os acontecimentos (uma despedida singela na morte de Barry e Hal).

O que me fez viajar em De Volta a Era de Prata foi esta homenagem a cronologia de ambos os heróis. Esmiuçando fatos nos quais aprendemos a entender porque se tornaram tão importantes no mundo dos gibis.

HQ: Flash & Lanterna Verde: De Volta á Era de Prata

Arte: Barry Kitson e Tom Grindberg

Arte-final: Barry Kitson

Roteiro: Mark Waid e Tom Peyer

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Batman: Através dos Tempos

DK

Batman: O Cavaleiro das Trevas – parte 1

De abril de 1985 a março de 1986, todo o Universo DC foi recriado da estaca zero. A maxissérie de 12 números Crise nas Infinitas Terras lançou as bases para a total reformulação das centenas de personagens da editora (e Batman não foi exceção).

Em junho de 1986, foi lançada Batman: O Cavaleiro das Trevas (Batman: The Dark Knight Returns), um dos mais significativos acontecimentos das HQs na década de 80, não só pela qualidade, mas pelas mudanças que impôs ao perfil da indústria dos Comics.

Após essa minissérie de quatro números, escrita e desenhada por Frank Miller, e editada num formato luxuoso sem precedentes, Batman e os quadrinhos, em geral, nunca mais seriam os mesmos.

Nas suas páginas, o herói não era mais o personagem idealizado dos tempos antigos, e seus inimigos – o Coringa, em particular – jamais foram tão letais.

Quando li BCT pela primeira vez, em 1986. Eu estava com 14 anos, e iniciando no mundo dos quadrinhos. Foi como se algo surpreendente fosse mostrado pra mim, pois a série cômica de 1966, ainda era algo recente em minha memória afetiva (visto que aqui no Brasil havia sido veiculada, em 1982).

Bruce estava com quase 60 anos e era psicologicamente atormentado pela fera que  inutilmente queria trancafiar dentro de si “Batman”tentou levar uma vida comum, mas Ghotam City é assolada por uma onda de crimes que faz o Morcego reerguer-se abruptamente.

O Morcego volta á ativa e a notícia se espalha indo parar em acalorados debates  vistos pela TV.  Há dez anos o  governo norte-americano havia proibido os super-heróis de agir em público e Batman não está nem aí pra isso. Agindo brutalmente para retomar as rédeas de sua cidade.

A parte mais incrível era algo que seria inconcebível um embate ideológico e titânico entre Batman e Superman, pois haviam deixado de ser os grandes amigos das décadas anteriores. Simplesmente foi algo magnífico e sem precedentes.

Um dos fatores mais importantes da HQ é resgatar as origens sombrias do herói original, aonde era visto como um temido vigilante que a polícia combatia. Essa revisão influenciou tudo que foi feito com o personagem nas décadas seguintes repercutindo até nos dias de hoje.

Depois de tantos anos esta HQ ainda continua a ser maravilhosa e pra mim a pergunta  que não quer calar é como um homem que quase no declínio de sua vida consegue

combater o crime daquela forma? A explicação não surgiria de forma tão fácil, mas é do Batman que estamos falando, e ele é imprevisível.

Batman é um herói fascinante, porque ao longo das décadas já foi reinventado diversas vezes, mas sempre conseguiu de maneira implacável amedrontar a mente e a alma dos malfeitores.

E quem poderia imaginar que depois de mais de 20 anos iriamos ter um longa animado desta graphic novel?

Nesta primorosa animação o Homem Morcego consegue ser  tão assustador quanto em sua concepção original, de 1939. Quando Gordon liga para mansão e o telefone vermelho toca lembrei da série de 1966 que também tinha um contato direto com a chefatura de polícia.

A melhor coisa nisto tudo é ver os fatos da referida história e de como ela continua a ser tão instigante e atraente.

O longa animado consegue manter toda a carga psicológica da HQ, principalmente, na parte em que Batman entende  profundamente a dualidade perturbada da existência de Harvey Duent.

Eu notei algo curioso quando o mutante entra na loja de conveniência para assaltar, na estante de HQs mostra rapidamente três edições. Uma do Monstro do Pântano, uma do Sandman e outra de V de Vingança. Se não me engano foi uma homenagem para Alan Moore e Neil Gaiman, dois artistas que também revolucionaram o mundo da nona arte.

Outro fato foi a cena que foi retirada é aquela em que o General do exército que vendia armas para os mutantes comete suicídio e Batman segura seu corpo inerte envolto pela bandeira americana.

É estranho notar que a sequência da narrativa não está totalmente igual a da HQ, pois foi alterada drasticamente, pois eu não gostei de algumas mudanças. Talvez seja para angariar ao público infanto-juvenil. Sinceramente os fãs mais xiitas vão torcer o nariz pro que foi feito.

Infelizmente já deu pra notar que estão querendo ser politicamente corretos nesta adaptação será que vão mostrar todos os aspectos da Guerra Fria como havia na HQ?

Dark-Knight-Returns-Part-2

Batman: O Cavaleiro das Trevas – parte 2

Acho que praticamente tudo já foi dito no comentário anterior, pois não há nada muito de relevante para acrescentar (mais vou fazer assim mesmo).

A animação continua com a temática original de tudo ser mostrado em conjunto com a TV. A Gangue Mutante foi dividida na facção Os Filhos do Batman que marcham sobre a égide do Morcego.

Mas o fato principal é o reaparecimento do Coringa que volta de um estado catatônico (por causa do retorno do Morcegóide).

O presidente ainda continua a ser Ronald Reagan que convoca o Homem do Amanhã para cuidar da baderna em Gotham City e no caminho amansar um certo roedor alado.

Quando o Azulão passa voando por um jornaleiro podemos ver as edições de Flash de Dois Mundos e a original da Liga da Justiça dos anos 1960.

A parte engraçada foi a batata quente chamada Batman sendo jogada do Presidente para o Governador, do Governador para o Prefeito e do Prefeito para a Comissária Yendell.

Logo em seu primeiro ato de posse ela sai a caça do vigilante. É interessante lembrar que Jim comentou com ela que há homens grandes demais para se deter (fato que estava falando claramente do Morcegão).

Na conversa entre Kal e Bruce a águia pega entre suas garras um rato formando uma alusão a batalha que logo haveria entre os heróis.

Enquanto Batman destrói o esquadrão inteiro da Comissária o Sr. C. tem uma memorável noite de estreia num programa de TV matando todas as pessoas no auditório. Mostrando que mesmo velho ainda é um perigoso serial killer (sinistro demais).

A segunda parte da animação consegue prender nossa atenção do início ao fim (trazendo o grande e esperado clímax). Ainda mais na luta entre Superman e Batman  no Beco do Crime, pois quando a guerra entra numa das casa há um quadro na parede homenageando Christopher Reeve.

A cena de luta foi extendida, pois o Morcego não aguentaria uma luta desenfreada e poderosa daquele jeito contra o Escoteiro Azulado.

Sinceramente é na luta contra o Coringa que vemos notadamente que esta animação (mesmo tendo sido baseada numa das HQs mais importantes da história dos gibis) manteve alto nível de violência e grandes sacadas políticas fazendo nossa viagem ser muito mais interessante e nostálgica (para os fãs mais antigos).

Mesmo mantendo a mudança injustificável que havia sito feita no status quo da Mulher-Gato (transformando-a numa prostituta). Ou ainda vendo Alfred morrer (algo que foi marcante e triste pra mim).

Afirmo que  todo fã  que seja do Batman ou de quadrinhos em geral deve assistir esta animação, pois aborda de maneira satisfatória a grande e clássica HQ.

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Lordes da Justiça

Um Mundo Melhor

Neste episódio inicia com a LJA lutando contra Lex Luthor aonde o Morcegão descobriu suas antigas versões no que ficou estabelecido como uma “outra Terra”.

O Ajax deles contata nossos heróis dando uma rápida explicação da Crise nas Infinitas Terras enganando a Liga (da nossa realidade) levando-os para uma emboscada.

Nisso ficamos sabendo que no mundo dos Lordes da Justiça Lex Luthor, então presidente dos Estados Unidos assassinou friamente o Flash. Lembrando que o fato de Lex tornar-se presidente também aconteceu nos gibis durante os anos 2000.

Em retaliação o Superman após ser esculachado matou o vilão careca no Salão Oval e exatamente dois anos depois eles tomaram as rédeas do mundo. Podemos dizer que será um futuro alternativo aonde “talvez” estes acontecimentos possam vir á tona e não uma Terra Paralela como se acreditava antes.

O planeta ficou controlado, pois Kal-El tornou-se um controlador fascista.

Em, Superman: A Série Animada algo muito similar também aconteceu no episódio Admirável Metrópolis Nova quando numa realidade alternativa Lois morreu e Superman num uniforme negro é enganado por Lex Luthor que administra tudo com mãos de ferro.

Quando a Lois Lane de nosso mundo foi transportada para aquela realidade foi que o Homem de Aço acordou pro que estava acontecendo (foi um episódio memorável).

Voltando, no episódio todo o restante da Liga seguiu seu exemplo mudando seus uniformes ficando mais sombrios para demonstrar esta nova fase. A amizade que havia entre Hal e Barry é reeditada nesta versão animada, pois John Stewart sente falta de Wally.

Quando a nossa Liga ficou presa  na “outra realidade” o vilão Apocalypse surge destruindo toda a vida que encontra em seu caminho. Em alguns episódios mais á frente notamos que a explicação para a origem do monstro ficou melhor do que a dos quadrinhos.

Os Lordes da Justiça entram em nosso mundo por um beco (fato que me lembrou o filme Exterminador do Futuro). A luta dos Lordes contra Apocalypse é grandiosa e termina com Superman lobotomizando a criatura.

Não poderia deixar de lembrar que temos aqui uma síntese de tudo que Batman representa, pois Bruce quando luta contra ele mesmo na Batcaverna fala que deseja um mundo aonde uma criança não sofra o trauma que o tornou um herói sombrio (é simplesmente demais).

Dividido em duas partes e ramificações em outros episódios (quando o Questão descobre sobre tudo isso e Superman luta contra o Capitão Átomo) “Um Mundo Melhor” é uma das melhores aventuras das várias que existem na série animada.

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Mais uma coisa bastante interessante é que encontrei algo similar numa edição antiga da minha coleção. Em Super Powers n° 34, temos “A Mão do Destino”, com arte e argumentos de Dan Jurgens.

Neste gibi que se situa justamente após a morte do Homem do Amanhã. A Liga da Justiça estava enfraquecida, pois sofreu um massacre nas mãos do vilão Apocalypse. Encontramos a equipe nesta situação o Besouro Azul (Ted Kord) em coma, a Fogo  temporariamente sem seus poderes, o Gladiador Dourado perdeu seu traje que havia sido totalmente destruído e a Gelo havia saído do grupo.

Na história somos inicialmente apresentados a Safira-Estrela e ao Mago vilões que tentavam deter uma Liga da Justiça fascista que estava começando a controlar o mundo (podemos então notar que Um Mundo Melhor não surgiu por acaso).

Tudo começou com Eléktron que teve um sonho aonde seus amigos da fase Satélite estavam controlando o mundo. O vilão Doutor Destino se aproveitou deste sonho e forçou a se tornar realidade.

É uma história cheia de reviravoltas, porque os papéis foram invertidos enquanto a Liga age de forma severa. Os vilões se unem para tentar deter  a LJA, mas não conseguem triunfar.  Pra se ter uma ideia Ajax  quebrou o braço de Sinestro e executa friamente a Safira Estrela com uma rajada óptica.

O Falcão da Noite (era assim que o Gavião Negro era chamado aqui) é extremamente mais violento que o marciano, pois quebrou o nariz de Sinestro e mandou arrancar seus braços. Este gibi é tão bom que há espaço para as antigas discussões acaloradas que haviam entre o Arqueiro Verde e o Gavião Negro.

Outra coisa interessante foi que descobrimos a identidade do misterioso Bloodwynd (que na verdade era Ajax sendo dominado por aquela jóia em seu peito) isto foi mostrado em outra edição Batman e Liga da Justiça se não me falha a memória.

Também havia uma crise nesta história com aumento do desemprego e caos econômico como aconteceu na realidade, em 2008.

A parte mais interessante foi quando a Liga formada por Máxima, Guy Gardner (de posse de um anel amarelo), Mulher-Maravilha, Condor Negro (que quase morreu nas mãos do Falcão da Noite), Ray, Bloodwynd e Agente Liberdade acabam indo parar neste universo-sonho criado por Eléktron.

Parecia que tudo iria terminar mal, pois o Falcão exterminou friamente o Arqueiro Verde e o vilão Doutor Destino invadiu o QG da Liga tentando numa vingança insana assassinar Eléktron. É  umas das aventuras mais emocionantes que já tive o prazer de ler e guardo-a com carinho em minha coleção.

Lembrando que Super Powers foi uma coleção de action figures da empresa Kenner Toys dos anos 80. Sendo lançada aqui em terra brasilis durante o ano de 1985.

Eu era doido pra ter um bonequinho desta coleção, mas meu pai infelizmente nunca comprou pra mim. É justamente por este período que acontece a melhor e última versão dos Superamigos (Hanna-Barbera) aonde o vilão Darkseid tenta a qualquer custo sequestrar a Mulher-Maravilha, pois queria casar com ela.

São desenhos que ficaram marcados pela fidelidade que havia nos gibis que tempo bom (só nostalgia).

HQ: Super Powers n° 34

Título: Liga da Justiça da América versus Liga da Justiça da América

Argumento e arte: Dan Jurgens

Arte-final: Rick Burchett

Editora: Abril Jovem

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Batman: O que Aconteceu ao Cavaleiro das Trevas

Logo na introdução temos uma carta de amor escrita por Neil Gaiman contando como foi que conheceu o Morcegão. É importante salientar que todos nós fãs temos um primeiro contato (seja com qualquer personagem) que abre as portas para o abrangente e infinito universo dos gibis.

Eu me sinto exatamente como ele, pois gostar do Batman pra mim é apreciar “quase” toda sua trajetória desde 1939 até a fase atual. São diversos editores, escritores, artistas, atores e diretores que devotaram uma parte de suas vidas para dar continuidade a existência do mito.

É claro que como qualquer fã há alguma coisa que não apreciamos na extensa e longa trajetória do Cruzado Embuçado, mas não influi em nada em continuar adorando Batman.

Eu nunca imaginei que depois de adulto, casado e com filho estaria escrevendo num blog sobre aquilo que mais gosto na vida Batman, Superman e cia. A narrativa de Neil Gaiman aliada a arte de Andy Kubert entrelaça todos os mais de 70 anos do Homem Morcego mostrando fatos conhecidos e outros que podemos ir pesquisando para aprender mais.

Esta edição veio pra se igualar a já mítica homenagem ao kritptoniano: O que Aconteceu ao Homem de Aço? Que conta como seria a última edição do Azulão.

Escrita por Alan Moore e com arte de Curt Swan é uma singela homenagem ao herói no período da Era de Prata. Encerrando um momento histórico no pré-Crise, pois logo após veio a clássica reformulação por John Byrne. É uma edição que vale a pena ser lida e guardar na estante.

Bom, o Beco do Crime é o local aonde nós sabemos que os pais de Bruce foram assassinados e nesta HQ será o lugar de morte. Foi como se fechasse um ciclo onde o fim faz parte do princípio.

Logo no início a Mulher Gato chega num Gatomóvel um carro não utilizado pela ladra há muito tempo. Podemos notar que isto acontece no passado pelo guardador que pede 50 centavos para tomar conta do carro, porque este preço não faz parte da realidade atual.

Ao entrar no boteco Selina se depara com Joe Chill o clássico assassino dos Wayne e fica perplexa ao notar que ele já morreu. Quando o Duas Caras e o Coringa chegam também estão com carros personalizados mais a história flutua mistura presente e passado do personagem.

Nesta história você pode prestar atenção nela diversas vezes e encontrar algo diferente em todas que reler. Batman morreu ao sessenta anos de idade e mesmo assim não é uma coisa fácil de provar, pois a única personagem que é um constante flutuante é a Mulher Gato que muda de idade ao longo da narrativa.

Voltando, em seu funeral temos seus amigos mais próximos e todos seus inimigos mortais que combateu para defender Gotham City. É aí que a história tornasse muito peculiar, porque podemos ver cada um de todos os presentes contando como foi que conheceram o Morcegão e presenciaram  seu último momento.

A Mulher-Gato nos anos 40 deixando de ser ladra para tornar-se dona de uma loja de animais (como a personagem original), Alfred inventando disfarces e criando vilões para ajudar o patrão a desvendar crimes.

Na verdade Alfred foi um ator antes de virar mordomo da família Wayne. E por incrível que pareça o próprio Alfred virou o Coringa o pior inimigo do Batman para ajuda-lo em sua insana cruzada contra o crime.

E depois notamos Betty Kane a primeira Batgirl (que ao longo dos anos tornou-se Labareda, dos Novos Titãs) contando sua versão e neste momento a arte muda para o estilo de Dick Sprang (aquele adotado na série animada Batman: Os Bravos e Os Destemidos).

E por falar em estilo Andy Kubert homenageia os mestres anteriores que desenharam o herói: Bob Kane, Jerry Robinson, Neal Adams entre outros trazendo o modo deles desenhar é incrível.

Ainda temos o Sr. C, Dick Grayson, R’as Al Ghul, Cara de Barro e até Superman um de seus maiores amigos e que mantem ideias totalmente diferentes no modo de combater o crime. Contando como foi o seu último momento ao lado do Batman.

Mais quando  Batman está conversando com Martha (sua mãe) temos uma cena linda com todas  as melhores HQs do personagem: Ano Um, A Queda do Morcego, Asilo Arkham, O Filho do Demônio e uma contra o Morcego Humano que infelizmente ainda não conheço simplesmente demais.

E aí que temos a verdadeira definição do  Morcegão um homem que não se detém por nada e nem ninguém. Sempre atrás daquilo que almeja não importa como para defender os inocentes a quem jurou proteger mesmo que isso possa custar a sua própria vida.

Assim que acaba o encadernado ainda somos brindados com outras HQs que contam com o roteiro de Neal Gaiman: Um Mundo em Preto e Branco, da série Black and White, com arte de Simon Bisley;  Pavana com arte de Mark Buckingham; Pecados Originais com arte de Mike Hoffman e “Quando” é uma Porta por Bernie Mireault.

Na verdade não histórias tão importantes assim, mas demonstram o quão versátil é nosso herói. Elas contam mais do universo do Morcegão e algumas eu nunca havia lido. Tenha uma boa leitura.

HQ: Batman: O que Aconteceu ao Cavaleiro das Trevas?

Editora: Panini Comics

Texto: Neil Gaiman

Desenhos: Andy Kubert

Arte-final: Scott Williams

Cores: Alex Sinclair

Mês/Ano: Abrirl/2013

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Turma da Mônica n° 50

O Casamento do Século

Maurício de Souza criou uma gama enorme de personagens carismáticos para o universo infantil e a Turma da Mônica são os mais famosos.

Mais além deles temos o simpático dinossauro Horácio, o cãozinho Bidu, Piteco que se não me engano sua namorada é a Thuga que está esperando há milhares de anos para casar.

O Rolo e a Pipa que têm uma amiga chamada Tina. Aliás sou um fã declarado da Tina, pois quando era mais novo fiquei admirado pela sua maneira de ser.

Ainda temos a Turma do Penadinho,  o Astronauta é o meu personagem preferido de todos aonde eu viajava com suas histórias por entre os planetas da imensidão do espaço. E também temos o Chico Bento que mais parece  homenagem sendo uma versão infantil do Mazzaropi.

Há algum tempo atrás fizeram duras críticas ao adorável caipira pelo seu modo de falar, pois afirmavam que influenciava as crianças a falar errado. Pra mim é um ledo engano, pois já tinha lido diversas HQs do Chico Bento e eu não havia trocado as letras (e afinal de contas quem fala elado é o Cebolinha que troca o “R” pelo “L”).

Chico Bento é um personagem que reconta as origens, a vida e o jeito simples de ser do pessoal do interior vale a pena ler suas histórias.

Apesar da minha sobrinha ter algumas edições confesso que nunca havia parado pra ler Turma da Mônica Jovem. Até que vi sobre o assunto na internet e fiquei curioso para ver como seria o tal casamento dos personagens. Para minha grata surpresa fui saber que ela tinha logo esta edição e peguei emprestado para saciar minha curiosidade.

 Cebolinha e Mônica têm várias brigas em seu histórico infantil por causa dos planos infalíveis ao lado do Cascão e as coelhadas com o Sansão ao final de tudo.

Foi, justamente, com Pato Donald, Tio Patinhas, Zé Carioca que meu pai comprava pra mim e Turma da Mônica para minha irmã que eu também lia que inicie no mundo dos quadrinhos.

Lembro que meu pai lia muito livro de faroeste e espionagem que acabei também lendo e colecionando posteriormente quando ia a pé lá na Pavuna (subúrbio do Rio de Janeiro).

E desta época colecionei Tex, Zagor, Martin Mistére (personagens do Universo Bonelli) e Perry Rhodan que era livro de um aventureiro espacial muito bom e que hoje  não vejo mais nada infelizmente. O tempo passa rápido parece até que foi ontem (1985).

Acredito que o título, “O Casamento do Século”, tenha sido feito de propósito, pois pertence ao casal real Príncipe William e Kate Middleton.  Fora isso outros personagens do mundo dos super-heróis também juntaram as escovas.

Lembro que o Super-Homem  teve um enlace divulgadíssimo fora dos gibis pelos veículos de comunicação, em 1996. E muito antes disso, Fantasma e Homem-Aranha já haviam subido ao altar. Além do mais o Cabeça de Teia têm sempre a sua vida virada de ponta a cabeça ficou chato pra caramba.

Como leitor antigo digo que é muito estranho mesmo vê-los casando.  É claro que a HQ passa pelos momentos clichês mais isso não estraga a leitura.

Os personagens migraram para um mundo mais adulto ou adolescente (se quiser levar ao pé da letra) foi um fato inovador e que ficou bom do meu ponto de vista.

Interessante foi notar as referências quanto aos Beatles e do filme Homens de Preto que, sinceramente, ficou hilário. A aventura é uma das mais engraçadas que já pude ler e acertadamente tem o  estilo mangá  como influência.

Não poderia deixar de falar que a capa me chamou atenção pela beleza da Mônica com seu vestido de casamento, pois afinal de contas é o momento em que a noiva deve  estar radiante em seu dia mais marcante.

A HQ têm um nível acertado de mostrar o futuro, presente e passado dos ícones infantis. Não consegui segurar o riso em determinadas cenas sendo uma grata surpresa do início ao fim.  O Casamento do Século é uma leitura leve, instigante e envolvente que gostei demais.

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Loki – Edição Encadernada

É mais do que sabido que o Thor dos quadrinhos não é exatamente igual ao que há descrito na mitologia nórdica.

Mas Loki, o trapaceiro tem várias passagens e personalidade tal qual é dito na Edda Poética tornando o vilão mais interessante ainda.

Será que alguém seja homem ou deus poderá fugir do seu destino?

Esta HQ levanta essa questão até onde podemos seguir tudo que está escrito no livro do destino?

Vemos Loki conquistar o tão almejado trono de Asgard e todos estão subjugados diante do desprezado vilão. Mais o posto outrora sonhado não é visto da mesma maneira  que antes por ele.

E aí consiste uma das mais impressionantes partes desta obra escrita por Robert Rodi.

Loki tornou-se o maior soberano de Asgard, mas não está contente com isso. O foco do roteiro não se concentra só na eterna luta entre os irmãos, mas também  na jornada pessoal do deus da trapaça.

Eu li a edição toda de uma vez, porque não pude desgrudar os olhos dela. Temos uma  narrativa intimista aonde somos inseridos na mente distorcida do Loki e isso foi muito impactante.

Os sentimentos do vilão são demonstrados de maneira primorosa em toda a sua ambiguidade. Por mais incrível que possa parecer o Loki desta edição é o mesmo visto no filme dos Vingadores a essência não difere em nada.

É exatamente por isso que o longa é tão bom, pois podemos reconhecer os personagens das telas no mundo da nona arte.

Das inúmeras histórias que já lemos sobre a eterna luta entre Thor e Loki está é a melhor de todas que já pude ler. Estamos cansados de saber que Loki odeia e antagoniza com Thor, pois são como as trevas e a luz respectivamente.

Mais aqui temos o prazer de ver o ponto de vista de Loki Laufeyson,  até onde vai a sua insaciável sede de poder e principalmente seus conflitos internos.

As ilustrações de Esad Ribic nos brindam com um majestoso passeio pela linda Asgard, além de palácios, bosques e outros reinos incríveis.

No final temos as capas das 4 edições com o trabalho do artista citado acima e uma demonstração da versão original de quem é o verdadeiro Loki na mitologia nórdica de onde surgiu a inspiração para o personagem das HQs.

Nunca gostei do Loki, pois ele sempre será mesquinho, trapaceiro e invejoso, mas desta única vez  fiquei compadecido pela triste e inclemente sina pela qual o vilão está fadado a ter sobre si.

HQ: Loki

Editora: Marvel

Artista: Esad Ribic

Roteiro: Robert Rodi

Ano: 2012

 

 

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