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Musas de Tinta

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Gwen Stacy

Seu verdadeiro nome é Gwendolyne, mas todos a conhecem carinhosamente como “Gwen”. Ela foi criada por Stan Lee e Steve Ditko, surgindo pela primeira vez na edição The Amazing Spider-Man # 35, em 1965.

Gwen era considerada a garota mais linda da universidade onde Peter estudava, mas fora isso também era inteligente e estudiosa. Além de sua beleza Gwen me deixava encantado por ser muito educada.

Tudo começou quando Peter passou pra turma de amigos de Harry Osborn e assim que  avistou Gwen logo ficou interessado nela. O problema era que eles pertenciam a classes diferentes. Enquanto Peter era humilde ela vinha de uma classe mais elevada. Flash Thompson era um rival declarado na conquista, mas Gwen preferiu Peter.

E mesmo com essa diferença gritante, com problemas de grana que Peter tinha pra sair o tempo foi a favor e o amor surgiu entre eles.

Ela é filha do Capitão de Polícia George Stacy e sua mãe infelizmente havia morrido.  Nos gibis quando Peter e Gwen passaram a namorar. O Capitão aprovou o relacionamento acolhendo de braços abertos ao Peter. Eles viraram amigos (tanto que George tornou-se uma espécie de pai pra PP).

A parte mais interessante é que o Capitão descobriu a identidade secreta do herói e passou a defendê-lo quando outros acusavam. A fatalidade veio quando o George morreu num confronto entre o Homem-Aranha contra o Doutor Octopus (protegendo uma criança de morrer esmagada).

Antes de morrer o Capitão conta ao Cabeça de Teia que sabia seu segredo numa cena emocionante e marcante. O que mais me chamou atenção em Peter Parker é que sua  história de vida sempre foi marcada por tragédias que ajudam a moldar seu caráter.

A culpa da morte do Capitão foi do Octopus, mas Gwen  passou a odiar o Aracnídeo fato que nos anos 90 abriu o precedente para o escritor J. Michael Straczynski fazer o pior retcon que ninguém poderia imaginar.

Devido a este fatídico acontecimento Gwen foi morar na Europa com seus tios, mas como estava distante de Peter e fragilizada. Norman Osborn a seduziu e conseguiu engravida-la (dando a luz a duas crianças). Porém ao voltar escondeu o fato de Peter querendo um momento melhor para contar a verdade.

Então ao voltar para os Estados Unidos foi sequestrada pelo Duende Verde e jogada de uma ponte. A Noite em que Gwen Stacy Morreu é uma história chocante que me marcou de uma maneira que eu nunca havia visto antes.

O Duende Verde após sequestrar Gwen a joga do alto da ponte do Brooklyn e o Aranha  num ato de desespero a segura com sua teia. Na versão original seu pescoço quebrou por esta tentativa, mas depois refizeram contando que já estava morta (tentando diminuir a culpa do herói no acidente).

Tomado pelo ódio o Cabeça de Teia parte pra vingança e temos uma luta feroz que culmina na morte do vilão. As consequências da morte de Gwen causaram um impacto muito grande tanto na vida de PP (quanto na de seus leitores).

A história marca o fim da Era de Prata da Marvel Comics sendo considerada uma das melhores de todos os tempos da editora.

Conseguiram acabar com a mulher que PP mais amava, o relacionamento deles parecia mesmo real e depois veio aquele desastre de retcon. Jogando na lama a memória de Gwen (fiquei com ódio desta  besteira toda). Não é a toa que leitores na web criticam o herói chamando-o de corno.

No primeiro Homem-Aranha de 2002 vemos a cena da ponte novamente só que Mary Jane (Kirsten Dunst) é jogada, mas o herói consegue salva-la a tempo.

As edições “What if…?” são histórias de realidades alternativas aonde o rumo dos acontecimentos do universo 616 tradicional ficaram diferentes.  Então temos O Que Aconteceria se Gwen Stacy Não Tivesse Morrido?

Aonde o Vigia após ver  Peter tristonho pela morte de Gwen nos apresenta uma outra dimensão na qual ela está viva. Ao invés de lançar sua teia o herói pulou usando seu corpo para amortecer a queda no rio de ambos.

A expectativa ficou ao saírem do rio e após uma respiração boca a boca Gwen demorar a acordar, mas ela abre seu olhos. E se espanta com Peter vestido de uniforme já que odiava o Aranha pela morte do pai. Peter conta toda a verdade e pede Gwen em casamento.

Na trama ainda disposto a ter uma vingança contra o Duende o Aranha vai até sua cobertura na decisão de mata-lo para não revelar sua identidade ao mundo (só que Osborn havia se precavido enviando pelo correio para alguém).

Quando o Cabeça de Teia ia acabar com a raça de Osborn Harry interveio e conseguiu reverter a insanidade do pai. Só que não terminou aí instantes após se casarem J. J.Jameson invade a igreja com policiais que tentam prender Parker. Como consequência a Tia May passa mal sofrendo um ataque cardíaco (tendo que ser hospitalizada).

Robbie Robertson esculacha Jameson por ter destruído a vida do herói que já havia salvado a dele várias vezes (se demitindo e prometendo contar toda a verdade pra outro jornal).

E Peter termina sozinho, acuado e foragido sem poder voltar pra casa para pegar seu uniforme (já que a polícia e os repórteres estavam lá esperando ele). O herói fica impossibilitado ver sua esposa e tia (uma história sinistra e interessante que até eu gostaria de ver mais sobre aquele universo).

Na Telona

Em Homem-Aranha 3 surgiram com os personagens do nada (retirando da cartola como se fosse num passe de mágica). O ator James Cromwell interpreta o Capitão Stacy numa versão calcada nos quadrinhos que apoia o herói.

Enquanto a atriz Bryce Dallas Howard nos mostra uma Gwen  muito fraca e apagada. O equivoco é que não deram ênfase na personagem, pois foi apenas pra criar um triângulo amoroso (entre ela, Peter e Mary Jane).

Em O Espetacular Homem-Aranha temos Denis Leary como George Stacy que trata o herói como uma afronta as autoridades. Um vigilante que precisa ser preso (nada a ver com o que havia sido estabelecido nos quadrinhos antes). Pra mim foi uma pena terem mostrado tão rápido um personagem tão importante.

Estranho foi notar que neste filme eles são uma família normal (algo totalmente diferente dos gibis clássicos).

Emma Stone foi uma grata surpresa que parece estar conectada a querida Gwen dos anos 60 (sua atuação é leve, divertida e cativante). Na web  já estão especulando que a sequência trará sua famosa morte ( estou curioso pra ver como irão abordar isto).

Gwen Stacy aparece no desenho O Espetacular Homem-Aranha no qual o herói é um adolescente que ganhou seus poderes recentemente.

Misturando todas as versões tanto a original com a ultimate é divertido vê-lo em ação com suas piadinhas. Gwen é inteligente e trabalha no laboratório do Dr. Curt Connors junto com Peter e Eddie Brock (misturaram todos os conceitos dos quadrinhos de várias épocas diferentes nesta animação).

Na versão Ultimate é mostrada como uma adolescente rebelde. E quem morre é apenas o Capitão Stacy (vítima de alguém disfarçado de Homem-Aranha). Sua mãe Ginger não quer saber da menina que acaba indo morar com Tia May e Peter.

Mary Jane sentia ciúmes dela por morar com os Parker, mas tiveram uma conversa franca sobre o assunto deixando-a tranquila (ela nunca foi apaixonada por Peter vendo-o apenas como irmão).

Infelizmente esta Gwen também morreu pelas mãos do vilão Carnage que estava a procura de Peter.

Gwen Stacy é uma das namoradas mais importantes na vida de Peter Parker e ficará marcada pra sempre por ter uma personalidade cativante.

Veja na galeria abaixo algumas imagens da inesquecível Gwen Stacy

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Homem-Aranha – Em Memória das Vítimas do 11 de Setembro

O ataque terrorista que culminou com a queda das torres do WTC foi uma das tragédias mais marcantes da história americana e por consequência da humanidade.

Os americanos sempre tiveram uma influência cultural muito grande sobre o resto do mundo seja em filmes, na música, desenhos ou séries disso não há dúvidas.

E nos quadrinhos não poderia ser diferente contando com roteiro de J. Michael Straczynski e arte de John Romita Jr., temos o mais icônico personagem de Nova York, o Homem- Aranha, mostrando que nem sempre o herói consegue resolver tudo.  

Uma versão surpreendente sobre este fatídico dia. O foco principal da trama foram os heróis da vida real como bombeiros, médicos, voluntários e policiais que agiam num esforço monumental para salvar vidas.

Infelizmente foi um momento fatídico não só para os americanos, mas também pro mundo. O pior disso tudo é saber que quem não tem nada a ver com isso paga perdendo a vida de maneira estúpida.

Quem sofre numa hora dessas são as pessoas inocentes que só querem continuar suas vidas. Depois de um dia extenuante de trabalho querendo voltar pra casa e rever sua família (algo que infelizmente não ocorreu pra todos).

O terror nos olhos das pessoas questionando o Homem-Aranha porque não estava lá pra salvá-los doeu em minha alma. E mesmo sob a máscara o herói está desolado, perplexo e perdido, mas mesmo assim age fazendo o que pode.

A HQ é curta, porém o roteiro de J. Michael Straczynski é denso, pesado e muito triste. Ficou sendo uma resposta pras pessoas que até mesmo os super-heróis com todos os seus poderes ainda são seres humanos (e apenas por conta disso não podem fazer tudo).

No meio dos escombros o Capitão, Thor, Logan, Cíclope, Coisa e Demolidor estão todos ajudando a procurar sobreviventes.

É uma história simplesmente tão humana que até os piores vilões como Magneto, Rei do Crime e Fanático deixaram as divergências de lado e estão presentes em sinal de solidariedade aos que perderam suas vidas.

Então temos um close nos olhos do Dr. Destino que de maneira tocante está chorando.

Em outra cena o Cabeça de Teia encontra um garoto esperava o pai voltar do WTC e vemos o corpo dele sem vida sendo carregado pelos bombeiros (o desespero do garoto foi tão grande que logo depois Peter desaba).

A arte de John Romita Jr. é tão detalhada que nos envolve combinando com o roteiro deixando-nos com um sentimento de amargura no coração pelas perdas naquela tragédia (caiu um cisco no meu olho).

É uma das histórias mais impressionantes que pude ler e demonstra o sentimento de perda que maculou o coração dos americanos.

Esta HQ especial foi publicada originalmente em dezembro de 2001, nos Estados Unidos, a história esgotou em vendas e sua renda foi para um fundo de ajuda ás vítimas.

Título original: The Amazing Spider-Man 36

Ano: 2001

História: J. Michael Straczynski

Arte: John Romita Jr.

País: EUA

Editora: Marvel

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