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Batman: Através dos Tempos

adam west and burt ward

Batman & RobinAdam West and Burt Ward -1966 a 1968

A série do Homem-Morcego pode ser definida como ame-a ou deixe-a, pois há diversas pessoas que odeiam esta adaptação do herói. Eu adoro até hoje, pois confesso que sou um nostálgico de coração.

Geralmente leio  comentários ruins sobre este saudoso seriado, mas não vejo desta forma. É justamente por sua roupagem cômica e por estar na longínqua década de 1960 (uma época de grandes mudanças culturais e experimentações), que considero uma das melhores adaptações do Batman até aquele momento.

A série têm o mérito de popularizar ainda mais o Cruzado Embuçado, pois mesmo com recursos tecnológicos fracos e cenários paupérrimos o fato crucial é que fizeram um seriado com o que tinham na época.

Eles conseguiram construir uma série que deu ao Morcegão o status de ícone pop. E somente isso é o que se pode dizer que foi importante.

Lembro que logo na abertura tinha uma animação ao estilo de Dick Sprang com a Dupla Dinâmica sorridente aonde tinha as onomatopéias (Pow, Soc e Crash!), cores fortes, enquadramentos tortos e fortes traços do movimento Pop Art.

Havia diversas  participações especiais de celebridades como Sammy Davis Jr., Jerry Lewis, Joan Collins, Dick Clark, Liberace, Don Ho entre outros  que prestigiaram o seriado aparecendo nos episódios.

Quando os heróis escalavam o prédio pela batcorda  as capas eram puxadas por um fio para ficarem retas. E na verdade estavam andando inclinados no chão que foi caracterizado para ficar parecendo um prédio.

E em cada final de episódio havia um gancho aonde os heróis estavam á beira da morte nos incentivando a continuar vendo o próximo para saciar a curiosidade sobre qual seria o desfecho da Dupla Dinâmica.

Parece até que assisti ontem um episódio da série de tanta recordação boa que tenho.

A coisa mais nostálgica deste seriado era a Tia Harriet (Madge Blake) uma adorável e simpática senhora que não sabia da identidade secreta de Bruce e Dick. Harriet foi criada por Bill Finger e Sheldon Moldoff e surgiu no quadrinhos apenas para afastar a suposta homossexualidade dos personagens fomentada pelo livro “A Sedução do Inocente”, de Frederick Wertham.

Aliás até Alfred Pennyworth (Alan Napier) migrou para o seriado, pois na época era considerado morto nos quadrinhos. Porém com o sucesso da série ressuscitaram o personagem das HQs.

Estranho era constatar que o Comissário Gordon tinha uma linha direta com a Batcaverna e nas HQs que li não havia nada disto. Desde pequeno lembro que não gostava do Robin com aquela expressão: santa-não-sei-o-que pra lá e pra cá a todo momento.

Ainda mais depois de um episódio em que a Mulher-Gato ia beijar o Morcegão e o Garoto-Prodígio atrapalhou o romance. Mas  Burt Ward sofreu para poder interpretá-lo dizem as lendas que o ator sofria diversos acidentes, porque não tinha duble nas cenas de ação.

Outro fato curioso é que ele foi perseguido pela Liga da Decência, grupo que cuidava da censura na TV, por ser bem dotado e aquilo ficava aparecendo pelo uniforme. Uma das soluções que arranjaram foi dar remédios pro rapaz para resolver o problema só que não surtiu efeito nenhum.

E para acabar de vez com a perseguição decidiram filmar o Robin apenas da cintura pra cima nos episódios seguintes, coitado!

A série também introduziu um dos maiores sonhos de consumo de todo fã ao redor do mundo e também deste que vos escreve o Ford Impala customizado que virou o Batmóvel movido por uma turbina de foguete. O Batmóvel de 1966 é dos carros do mundo de ficção mais lindos e sensacionais que conheço.

Rei Tut

Vilões

Os vilões do Morcegão nesta série são os mais escabrosos possíveis, pois temos o Rei Tut (William Omoha MacElroy) que na verdade era um professor de egiptologia que ao cair uma pedra em sua cabeça pensava ser a reencarnação do tal rei.

Outro vilão surreal era o Face Falsa que foi criado por Bill Finger, em 1958.   Aonde especulavam que quem  estava por trás da máscara era Frank Sinatra, Cary Grant ou Sammy Davis Jr.  tudo mentira, pois quem atuava era Malachi Throne (que interpretou o Commodore José Mendez em Star Trek, a série clássica). Diga-se de passagem um episódio muito bom.

O Cabeça de Ovo (Vicent Price) um dos homens mais inteligentes do mundo que possuía um grande ego. Vivia falando sobre si mesmo e do seu brilhantismo e pretendia escrever um livro intitulado “Como ser o melhor criminoso do mundo“.

E ainda haviam os vilões mais conhecidos como o Coringa, de Cesar Romero que mais parecia  um palhaço do que um maluco psicótico como estamos  acostumados a vê-lo atualmente. O Pinguim interpretado pelo saudoso Burguess Meredith aonde dizia Quack, Quack, Quack com seu guarda-chuva  pra cada tipo de coisa. E que ficou marcado anos depois como treinador do Rocky Balboa no filme de 1974.

Neste seriado gosto dos vilões clássicos: Coringa, Pinguim, Charada e Mulher-Gato, pois são os melhores o resto são nonsense demais pro meu gosto, pois nunca achava graça neles.

Na verdade a melhor parte deste batseriado não é ver Batman e Robin esmurrando os bandidos ou fugindo das armadilhas que os vilões aprontavam. E sim ver desfilando de malha colante a linda Yvonne Craig a Batgirl e a sensualíssima Mulher- Gato de Julie Newmar.

Figuras femininas que povoam a mente de milhares de fãs tanto masculinos  como femininos, porque notamos  diversas modelos cosplayers que nos eventos  dão o ar de sua graça vestidas destas personagens.

Bom, ao longo dos anos estamos assistindo diversas releituras do Batman e Superman atualizando-os para a sociedade da época mantendo os mitos renovados.

Diga-se que ambos os heróis tinham um rígido código moral durante a Era de Ouro que até matavam seus oponentes. As atitudes violentas de Batman não são obras da mente criativa de Frank Miller, pois em várias HQs do Homem-Morcego original era visto portando arma de fogo. Fato que foi drasticamente mudado algum tempo depois.

Hoje em dia prezam a vida humana acima até da deles próprios. Não existe nada mais impactante do que isto. Eu vou ficar velho e os heróis continuaram sendo imortais mantendo acessa a chama nos corações dos fãs eternamente.

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Meu Texto

gilmar -tv colosso

A Televisão e Eu

Minhas recordações- parte 1

Quando estou em casa e se não estiver dormindo (que é na maioria das vezes), escrevendo pro blog, ouvindo alguma música (de preferência antiga anos 60, 70 ou 80) devo estar assistindo TV.

Hoje em dia está difícil para acompanhar algo na telinha aberta, pois são raros os programas que apresentam assuntos que sejam do meu interesse ( pra dizer a verdade eu não tenho TV a cabo). Alguns especialistas reclamam muito da vida na internet (vivemos cada vez mais próximos da “Matrix”), mas o que há de bom na telinha, seja sincero, hein?

Apesar de que gosto não se discute, até certo ponto, discordo com o que a mídia nos impinge goela abaixo. Me lembro que há pouco tempo atrás eu assistia ao Casseta e Planeta com os personagens Massaranduba e o Montanha e me divertia pra caramba, mas infelizmente o humorista Bussunda foi pra um patamar mais alto e parte do programa perdeu a graça pra mim.

Quando passava a TV Colosso eu já não era mais nenhum garotinho, mas aquele programa era tão maneiro que fiquei chateado quando acabou.

As novelas colossais: Os Vegetais não Mentem, Os Filhos da Cadela, e Inimigos para Sempre foram muito engraçadas. Isto pra não falar dos personagens como o Gilmar, Capachão, Acredite se puder e o tradicional final: “Atenção pessoal tá na hora de matar a fome…”

Me lembro pouco de o Globinho lá no início dos anos 80 com a apresentadora Paula Saldanha foi aonde eu assistia família Barbapapa (desenho que eu nem me lembrava mais) revi um pedaçono Youtube.

Na verdade até estranhei o desenho, mas faz parte da minha infância, meu amigo Jansen comentou sobre este desenho comigo há algum tempo atrás e eu não me lembrava. Minha mãe disse uma vez que eu gostava ( fazer o que, né?) todos fomos criança um dia (todos temos o direito de errar, não é?).

Minhas recordações- parte 2

Eu era “fissurado” em A Super Máquina uma das melhores séries dos anos 80, quem cresceu naquela época sabe do que estou falando, K.I.T.T um carro que fala. Bom hoje em dia já é normal carro com computador de bordo falar, mas naquele tempo não era.

Eu me divertia assistindo as aventuras de Michael Knight, meu pai comprou um K.I.T.T. de brinquedo pra mim. Foi um de fricção, mas eu queria o de controle remoto fiquei arrasado, porém brinquei pra caramba.

Até que quebrou uma roda do carro e minha mãe jogou fora sem eu saber, putz! Que raiva que me deu por conta disso.

Na TV Bandeirantes tinha Os Banana Splits, o grupo de atores fantasiados era formado por um cão Fleegle, o leão Drooper, o gorila Bingo e o elefante Snorky aonde em meio a trapalhadas e clipes musicais apresentavam os desenhos Cavaleiros das Arábias, Os Três Mosqueteiros e o seriado A Ilha do Perigo (este não me lembro mais).

E o Clube do Mickey aonde eu adorava o Pateta e suas trapalhadas com aqueles desenhos dos Jogos Olímpicos, no trânsito, construindo sua casa entre outros maneiros pra caramba. Eu viajava com o Pato Donald ele sempre foi um dos meus preferidos com seu temperamento estourado.

Apesar de gostar um pouquinho do Mickey, pois eu lia as HQs aonde ele bancava o detetive e o Pateta era uma versão do James Bond.

Tenho grandes lembranças do seriado O Incrível Hulk aonde David Bruce Banner(Bill Bixby- nos quadrinhos é Robert Bruce Banner) transformava-se no Hulk (Lou Ferrigno) quando perdia o controle em momentos de aflição, desespero, perigo e nervosismo.Era só os olhos dele começarem a esverdeare a transformação iniciava, pra mim foi sempre a melhor parte.

Banner sempre procurava de cidade em cidade uma cura pro monstro no qual se tornava, mas ajudou a todos que encontrava em seu caminho.

Era perseguido por um repórter chato. Terminava sempre sozinho na estrada pedindo carona com uma mochila nas costas e uma música melancólica marcante.

O filme O Incrível Hulk (2008) com Edward Norton é uma homenagem gratificante a quem teve coragem de encarar os personagens fazendo-nos acreditar em suas histórias. Bom está rolando na internet que haverá um novo seriado do Hulk para TV. A série deverá ir ao ar depois do lançamento do filme dos Vingadores.

 

Minhas recordações- parte 3

Um belo dia em 1985 iniciou um desenho que os habitantes de Thundera abandonavam o planeta em naves antes de seu planeta explodir. E uma delas ao pousar no Terceiro Mundo revelava um Lion-O adulto, mas com a responsabilidade que precisava amadurecer rapidamente. Em momentos de perigo ele empunha a Espada Justiceira e gritava: “Thunder, thunder, thundercats…hoooo!!!”

Os vilões eram o Mumm-ra uma múmia que vive numa pirâmide mística, mas que não consegue ver o próprio reflexo e os Mutantes que são muito atrapalhados. Ficava impressionado quando o Jaga aparecia e dava conselhos ao Lion-O. Tudo nesta animação arrebentava a Toca dos Gatos, o Thundertanke só o Snarf enchia o saco.

Recentemente houve o remake desta série em estilo anime e me parece estar ótima. Há chance de estar na grade de programação do SBT pra 2012 (Os Jovens Titãs também).

Ainda me recordo de Se Meu Bug Falasse que antes de tocar a buzina mágica era um ferro-velho caindo aos pedaços e depois ficava novinho e podia até falar. Quanto tempo tem isso? Eu sentava e perdia a noção do tempo até o programa terminar.


Danger Mouse é um agente secreto inglês ao estilo James Bond. Ele tinha um ajudante chamado Ernesto Penaforte e enfrentava o vilão Silas Costa-Verde esse eu gostaria de ter em dvd.

O desenho dos Jackson 5 tinha algumas de suas canções com um visual psicodélico, repleto de cores e formas. E o Michael Jackson tinha animais de estimação: Ray e Charles um casal de ratinhos e a cobra cor-de-rosa Rosie (essa eu não gostava). Sempre em clima de aventura Michael se metia em confusão e o resto dos irmãos ia ajudá-lo.

Minhas recordações-parte final

Jerry Lewis foi o maior comediante americano das décadas de 50 e 60. Junto com seu parceiro Dean Martin fizeram minha alegria na sessão da tarde nos anos 80. O Bagunceiro Arrumadinho, O Professor Aloprado, Artistas e Modelos, O Terror das Mulheres entre outros que não consigo lembrar o nome agora.

Uma das cenas de um filme do Jerry Lewis que mais me lembro foi que ele estava com uma mangueira aonde era levantado e empurrado pra todos os lados (só não me lembro de qual) eu me divertia pra caramba.

O desenho do Rei Arthur é um dos quais eu não consigo retirar da memória, é por causa dele que eu gosto tanto da lenda e tenha posto o nome do meu filho de Arthur.

Arthur filho de lady Igraine e do Rei Uther, após retirar a espada Excalibur da rocha luta contra tirania do Rei Levik em seu reino montando seu cavalo Pegassus ao lado dos “Cavaleiros da Távola Redonda”. É lá na década de 80 que estão algumas das séries, desenhos e filmes que mais gosto. Trazendo sonhos pra mente da criança que fui e cultura pro homem no qual me tornei.

A grande graça de ser criança é a imaginação poder voar pra bem longe (por qualquer motivo, brincadeira ou programa de TV). Mesmo depois de adulto tento manter este aspecto intacto comigo. Sentar e viajar no que me proponho assistir, pois assim faz valer a pena.

Fonte de pesquisa: InfanTV.

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