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Crítica

henry cavill

Superman: O Homem de Aço

Em 2006 após 10 longos anos de boatos de filmes que nunca aconteceram tivemos Superman: O Retorno, de Bryan Singer. Quem envergou a capa foi Brandon Routh que infelizmente ficou marcado por uma atuação muito fraca. A parte ruim foi colocar um filho existente apenas nas histórias do selo Elseworlds (Túnel do Tempo aqui no Brasil).

E então começaram a surgir boatos de um novo filme do herói que iria recomeçar tudo como se não tivéssemos visto nada anteriormente. Fiquei apreensivo pela direção de Zack Snyder, mas em compensação temos Christopher Nolan e David S. Goyer para ajuda-lo.

Pra mim não há como assistir ao Homem de Aço e deixar de notar as HQs que serviram de referência de boa parte da trama. Temos Superman: Origem Secreta na escola Clark descobre a visão de raio x.

Superman: O Legado das Estrelas mostrando Clark que viaja pelo mundo em busca de sua identidade. Superman: Terra Um onde um alienígena do planeta Dheron que ameaça a humanidade para que entreguem o kriptoniano que se esconde na Terra.

O Homem de Aço está abordando a mitologia do herói de uma forma bastante diferente da que vimos na versão anterior. Kal-El se questiona sobre seus poderes mais precisamente porque nasceu tão diferente. E porque não pode usa-los para o bem das pessoas.

Podemos notar que tudo tem significado e explicação definida mostrando que houve preocupação na abordagem que seria feita.

Uma coisa que nunca haviam feito antes era explicar o famoso “S” no uniforme que em kriptonês significa esperança (lembrando que o herói significa justamente isso nos gibis).

Quando Jonathan (Kevin Costner) diz pro Clark que precisa decidir no homem que se tornará e a discussão no carro onde Clark fala que Jonathan não é seu pai. Me lembrou do Homem-Aranha (2002), porque Tio Ben havia dito exatamente isso para Peter da mesma maneira (será que não prestaram atenção nisto ou foi de propósito?)

Só faltou dizer: “com grandes poderes vem grandes responsabilidades Clark”.

Na história temos toda a concepção do herói como estamos acostumados a conhecer nos gibis. O nascimento de Kal-El é algo inusitado na sociedade kriptoniana que manipula geneticamente as crianças ( tornando-se fria e estéril lembrando a versão de John Byrne).

O parto de Lara (Ayelet Zurer) é natural e isto não acontecia há anos em Krypton. Então entendemos a dor de Jor-El (Russell Crowe) e Lara ao ter que envia-lo pra Terra. Aliás Jor-El protagoniza ótimas cenas de ação mostrando vários lugares de Krypton (nas HQs pós reboot o cientista aventureiro desempenhou  o mesmo papel).

O filme mostra de forma bem clara que um ser de posse dos superpoderes que o Superman possui seria tratado da maneira que vimos. Apesar de sua herança kriptoniana Kal cresceu aqui tornando-se um misto dos dois mundos.

Tanto que não nenhuma menção a kryptonita, mas o Azulão fica fraco na nave demonstrando efeito parecido a exposição da pedra (momento que fica numa atmosfera similar do seu planeta natal). Foi algo bem colocado, pois esta história de pedrinha verde está batida demais.

Deu pra notar que Lois Lane ficou com a cor dos cabelos diferente, mas isso ficou irrelevante. Amy Adams está surpreendente mostrando Lois  inteligente e perspicaz. Ela vai atrás de pistas sobre o homem misterioso através dos locais que trabalhou demonstrando ser uma verdadeira jornalista ganhadora do Pulitzer que vemos nos gibis.

Apesar de não gostar dele notei a ausência de Jimmy Olsen e confesso que não fez falta nenhuma pra mim. Já Perry White (Laurence Fishburne) demonstrou ser mais um paizão do que aquele editor durão (mostrando uma outra face do personagem).

Jonathan Kent (Kevin Costner) define o caráter de Clark e na cena do ciclone faz algo impossível pra mim. Eu fiquei consternado naquele momento por causa de sua firmeza de caráter em pensar na vida do filho acima de tudo (foi chocante).

O Homem de Aço é impressionante, pois ver Superman voando foi magnífico ainda mais que Kal estava se divertindo demais com aquilo. E na parte onde o herói luta contra Faora (Antje Traue)  e o grandão na rua em Smallville me lembrou Superman 2 (cena que os vilões chegam numa cidadezinha).

General Zod (Michael Shannon) é um militar determinado que não poupa nenhum esforço para conseguir reerguer a glória perdida de Krypton.

Zod e Kal antagonizam por terem pontos de vista e vivencias totalmente diferentes. Enquanto Zod quer a qualquer custo rever Krypton com vida (Clark cresceu na Terra aprendendo nossos costumes).

Superman: O Homem de Aço te introduz na vida de Kal-El desde seu nascimento conturbado no planeta condenado, passando por sua infância, descoberta de poderes, educação e formação moral dada por Jonathan.

E sua caminhada pessoal em busca de si mesmo num mundo que desconfia de sua presença nele. Até que sua decisão de lutar não só por seu lar adotivo, mas pela mulher que ama mostra o verdadeiro herói que há em seu coração.

É bom enfatizar que a trilha sonora composta por Hans Zimmer torna nossa apreciação maior da aventura, pois acerta em harmonia em momentos primorosos da ação.

Afirmo que o mito está de volta, pois esta é a melhor adaptação cinematográfica do Superman de todos os tempos.

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Imagens

jim lee

Superman

O Finado Sr. Kent  é o nome de um episódio do desenho Superman: A Série Animada.

O desenho começa com o enterro de Kent e nas sombras Superman assiste a tudo pesaroso. Em flashback ficamos sabendo que Clark Kent “morre” supostamente após sofrer um atentado quando estava investigando um caso.

O réu que iria para a cadeira elétrica alegava ser inocente e Clark foi atrás averiguar os fatos para não deixar que nada ficasse de fora. Na verdade o culpado era o Detetive Bowman.

O episódio não é um dos melhores da animação mais me lembrei dele, porque aconteceu algo praticamente semelhante nas HQs atuais. O fato não é algo novo, pois aconteceu outras vezes. Algo que também tivemos na edição especial A Morte de Clark Kent.

Nesta história quando o vilão Conduíte descobre a identidade secreta do herói  passa a infernizar a vida de Clark num plano para matar não só ao Superman, mas todos os seus amigos e familiares.

Tudo começa com Kent recebendo um boneco do Superman de óculos, com uma  faca enfiada no peito. O vilão Conduíte é Kenny Braverman que estudou com Clark, em Smallville.

Eles eram amigos e rivais no esporte, pois Kenny sempre perdia pro Clark e o pai de Kenny dizia que desejava ter um filho como Kent. Isto gerou uma inveja e ódio enorme em Kenny que algum tempo depois descobriu que Superman e Clark Kent eram a mesma pessoa.

Conseguindo superpoderes derivados de uma kriptonita, Kenny decidiu derrotar e matar seu ex-amigo/rival e também no processo assassinar todos os seus amigos e familiares. Mais além destas duas “mortes” temos uma outra mais recente (que me deu a ideia para este texto).

Depois de mais de 70 anos usando a identidade secreta mais conhecida do mundo inteiro Kal-El vulgo Superman teve que deixar seu alter ego morrer “de novo”.

O Azulão voltou a crescer aos olhos do público nesta volta ás origens clássicas, de 1938. Com todos aquelas frases interessantes do período: mais forte que uma locomotiva, capaz de pular prédios num único salto e mais rápido que uma bala.

Poucos superpoderes como: superforça, invulnerabilidade, superaudição e visão de raio-x. Clark Kent mora num prédio de apartamentos velhos e tem problemas para pagar o aluguel.

Sabemos que detém outra referência marcante deste período inicial ao lutar pelos fracos e oprimidos. Trajando uma calça jeans, botas e uma capa pequena e indestrutível demonstrando um  forte senso de moral entre certo e errado. E agindo contra qualquer pessoa que se opor em seu caminho.

Desta fase destaco algo que vi no próximo longa Superman: O Homem de Aço, pois Henry Cavill está preso conduzido por militares e nos gibis acontece fato semelhante na HQ “Acorrentado” quando o herói é aprisionado pelo governo e torturado por Lex Luthor.

Na edição Superman n° 11 somos apresentados “A Nova Identidade Secreta do Superman”, seu nome é Johnny Clark, um bombeiro que salvou o editor Sr. Taylor do Estrela Diária de morrer quando uma bomba explodiu no prédio.

O tal Sr. Taylor na verdade é uma referência a George Taylor o editor do jornal Estrela Diária original de 1938 quando o Homem de Aço surgiu nos gibis.

Superman acaba pedindo conselhos ao Batman por ter acabado com a vida de seu alter ego e perdido todos os seus amigos e vida própria neste processo.

Felizmente esta perda de identidade secreta não durou muito, pois na edição Superman n° 12 trouxeram o velho Clark Kent de volta do reino dos mortos.

Eu sinceramente não gostei de duas coisas nesta história. Uma foi o Superman Esquecido (um ser tão extraordinário quanto Kal-El). E segunda que estranhei foi o acidente gravíssimo que Lois sofreu, porque Superman aprendeu tudo sobre medicina lendo livros no hospital em apenas alguns segundo salvando-a de morrer.

Claro que é do Super que estou falando e em termos de quadrinhos sei que pode ser possível, mas detestei tal argumento (pra mim seria melhor que Lois não tivesse ferimentos sérios).

Voltando, Johnny Clark foi o rapaz que veio  de Keystone e passou a integrar o Corpo de Bombeiros de Metrópolis sua existência foi meteórica, mas  mostrou algo inusitado a mudança de identidade secreta do kriptoniano.

Aliás o fator mais importante neste assunto é que Kal-El ao não usar uma máscara faz todos pensarem que não precisa de uma identidade secreta para esconder sua vida privada (e este sempre foi seu grande trunfo).

Veja na galeria abaixo algumas imagens do Homem de Aço

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Superman: Através dos Tempos

The Adventures of Superman – Rádio – Bud Collyer – 1940 

A primeira aparição do Super-Homem fora dos quadrinhos foi numa rádio novela que começou a ser transmitida no dia 12 de fevereiro de 1940 pela Mutual Network, que durava apenas 15 minutos.

O herói foi personificado pelo ator Clayton “Bud” Collyer, grande sucesso nas rádios da época que falava “Para o alto e avante!” para demonstrar que estava voando e que conseguia criar uma voz para Clark e outra para Superman de forma inconfundível.

No programa de rádio foi que surgiu as frases clássicas: olhem lá céu, é um pássaro, é um avião, é Superman… Alguns anos mais tarde, os desenhos animados e a primeira adaptação para a TV mantiveram a frase.

Essa série de rádio foi responsável pelo surgimento de personagens e conceitos muito importantes para a mitologia do personagem.

Foi aqui que surgiram Jimmy Olsen, Perry White, o inspetor Henderson e até mesmo a kriptonita que era conhecida como Metal-K. O Metal-K foi incorporado na série para dar folga a Bud Collyer, enquanto outro ator de voz ficava grunhindo fingindo ser o Super sobre o efeito do metal.

Foi nela também que surge o jornal Planeta Diário , já que nas HQs o repórter Clark Kent trabalhava, então no Estrela Diária.

O show continuou até 1951 e, durante estes anos, mostrou Superman lutando com os mais diversos tipos de inimigos, embora os mais comuns fossem cientistas loucos. O herói ainda contou com a ajuda de Batman e Robin.

Para muitos Bud Collyer é considerado o primeiro ser humano a representar Superman, outros no entanto acham que Ray Middleton foi o primeiro. Ele apareceu vestindo a fantasia de Superman em uma feira chamada “Dia do Superman” em 1939, para promoção e venda da DC Comics, em Nova York.

Fonte de pesquisa: Wikipédia e HQ Maníacs.

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