Arquivo da tag: mago

Desenho Antigo

Os Smurfs

Les Schtroumpfs foram criados pelo cartunista belga Peyo (Pierre Culliford – 1928-1992).

Dizem as lendas que Peyo quis colocar a cor deles de verde, mas como os leitores iriam confundir com plantas da floresta na história desistiu.

Também tinha optado por colocar os personagens vermelhos (iria ser horrível). Mas a melhor decisão foi mudar pra azul algo que ficou bem melhor.

Os personagens surgiram como coadjuvantes na revista em quadrinhos Johan e Peewit (1958) que fazia bastante sucesso e contava histórias sobre dois heróis medievais.

Les Schtroumpfs ganharam uma série própria de gibis em 1965 e foram adaptados pro cinema na animação Les Aventures des Schtroumpfs que foi feito em preto e branco (só que infelizmente não fez sucesso).

Algum tempo depois outra animação foi produzida La Flûte á Six Sctroumps, feita em  1976.

O produtor americano Stuart R. Ross adquiriu os direitos da animação lançando-a nos Estates (e mudando seu nome para Os Smurfs e a Flauta Mágica).

Então, em 1981 a Hanna-Barbera estreou a série animada dos anõezinhos azuis que se tornaram sucesso garantido entre a garotada do mundo todo.

Os Smurfs moram numa pequena vila em formato de cogumelos escondida no meio da floresta. Seu principal inimigo é o mago Gargamel que anda na companhia de seu gato de estimação Cruel.

Apesar de toda sua maldade o mago é muito burro, porque Cruel sempre fala o que ele deve fazer. Pra nós entendemos apenas os miados, no entanto Gargamel compreende tudo que seu gato diz.

A vila é comandada pelo Papai Smurf que afirma ter 542 anos e seus filhos possuem cem anos. A única menina da vila é a Smurfete que foi criada pra ser má pelo Gargamel, porém graças a mágica do Papai Smurf transformou-se numa duende de boa índole.

Um aspecto interessante é que cada Smurf possui uma característica. O Gênio é o mais inteligente, pois sempre bola um plano de fuga quando precisam. Devido ao fato de ser muito chato todo episódio era lançado pra longe.

Joca gosta de pregar peças (distribuindo caixas explosivas), Ranzinza é bastante pessimista (reclamando de qualquer coisa), Vaidoso (narcisista), Fominha (nem precisa explicar), Poeta (gosta de escrever), Habilidoso (ótimo construtor), Robusto (esportista), na verdade existem cem deles. Estou considerando somente o desenho clássico.

Como curiosidade ainda temos o Bebê Smurf, Vovô Smurf, Vovó Smurf (ambos vivem juntos), Sassete, uma menina que surgiu pra ser tipo irmã da Smurfette e os Smurfinhos.

Apesar do gênero masc. e femin. Os Smurfs são assexuados e são levados pra vila através da cegonha.

Só pra constar, na década de 80 comentaristas políticos disseram que os Smurfs eram uma refência ao Comunismo. Já que a comunidade divide igualmente tudo que produz, não há classes sociais e a grande maioria se veste da mesma forma.

Outro fato que mantém essa ideia é que o Papai Smurf está ligado ao Marxismo, por causa de sua roupa na cor vermelha. Em contrapartida Gargamel e Cruel são exemplos do imperialismo querendo dominá-los por serem mais frágeis.

Bom, deixando isso de lado a série animada dos Smurfs durou até 1989, com 9 temporadas, num total de 457 episódios.

Em 2008 foi feita uma moeda comemorativa de 5 euros cunhada com a imagem de um Smurf (pra festejar o aniversário de 50 anos dos personagens).

Depois em 2011 foi pra telona o primeiro filme feito em CGI. Na trama um grupo formado por Papai Smurf, Desastrado, Arrojado, Smurfette, Ranzinza e Gênio vão parar em Nova York.

Bom, o primeiro ficou muito divertido e o segundo ficou melhor ainda, pois Gargamel (Hank Azaria) transformou-se num mágico ilusionista de sucesso.

Outro personagem que gostei bastante foi o engraçadíssimo Victor (Brendan Gleeson), padrastro do Patrick (Neil Patrick Harris) que roubava a cena toda vez que aparecia.

Por último, em 2017 foi a vez de Os Smurfs e a Vila Perdida uma animação que tem o estilo do desenho da HB lá dos anos 80. Nessa aventura Smurfete percebe que todos os garotos tem uma função (menos ela).

Triste com essa situação parte atrás de alguém misterioso e descobre uma outra vila.

Devido ao fato de ter sido criada pelo Gargamel, o vilão tenta ludibria-la de várias formas afirmando que ela continua firme no propósito de ser má.

E pra piorar a situação o mago mantém sua intenção de capturar os Smurfs com direito a diversas armadilhas pra conseguir isso.

É uma animação simples, mas ao mesmo tempo agradável e divertida que foca principalmente na Smurfette. Há no desenho uma afirmação da personagem de ser uma mulher atual podendo decidir quem ela quiser.

Esse fato pra mim ficou sensacional, pois conecta a Smurfete as heroínas princesas da Disney.

Deixe um comentário

Arquivado em Desenho Antigo

Meu Texto

crise-de-identidade

As Eternas Crises da DC – parte 5

Crise de Identidade

Inicialmente eu iria abordar somente as crises cósmicas, mas esta abalou o universo dos heróis. Demonstrando algo num nível que nunca havia sido imaginado antes.

Tudo começou em “A Grande Crise de Identidade” em 1975. O Doutor Luz disfarçado num gigante de gelo é levado para Fortaleza da Solidão. E lá dentro acaba usando um metal chamado AMNÉSICO  extraiu as identidades secretas dos  integrantes da Liga: Lanterna Verde (Hal Jordan), Arqueiro Verde (Oliver Queen), Batman (Bruce Wayne), Eléktron (Ray Palmer), Flash (Barry Allen) e Superman (Clark Kent).

Aquaman (Arthur Curry) também participa mais o vilão achava que ele não tinha identidade secreta.  O vilão devolve as memórias trocadas enquanto Oliver pensa que é Ray Palmer. Bruce pensa ser Ollie. A Liga vence graças a astúcia de Arthur e Kal destrói o metal.

No final todos concordam em sempre contar suas identidades secretas para os membros da equipe (para não haver mais problemas).

Outra história que serviu de base foi “A Liga que Derrotou a Si Mesma” aonde a Sociedade Secreta dos Supervilões um grupo composto pelo Mago, Safira Estrela, Homem-Florônico, Professor Zoom e Arrasa-Quarteirão. Troca de lugar com a LJA: Superman, Zatanna, Mulher-Maravilha, Batman e Lanterna Verde.

O Mago utilizou um artefato fenício trocando heróis e vilões de corpos. E depois Zatanna no corpo de Safira Estrela consegue reverter o processo (na época a história poderia até ter sido legal, porém atualmente achei fraca).

No entanto é nelas que encontramos a base para Crise de Identidade, pois trata-se da Liga na famosa fase dos anos 70. Numa noite o Doutor Luz invade o Satélite da Liga pra procurar sua pistola de luz só que encontra Sue Dibny sozinha de plantão no monitor e a estupra.

Nesse meio tempo ela havia acionado o botão de emergência, mas quando Flash chega o ato já havia sido consumado. Pouco tempo depois chegam Oliver, Hal, Dinah, Zatanna e Carter derrubando-o.

Luz conheceu a fraqueza de um herói (seu ente querido) então  o Arqueiro pediu a Zatanna que fizesse o vilão esquecer do que aconteceu. A Liga se dividiu em opiniões uns a favor outros contra mais no final concordaram em lobotomizar o vilão.

Daí então Luz virou um ser patético e essa foi a primeira de várias outras, pois praticamente todos os vilões receberam o mesmo tratamento .  Sendo que até Batman havia tido suas lembranças reprimidas. O roteiro de Brad Meltzer conseguiu sintetizar a essência definitiva do Morcegão (daí então vem a explicação de porque Bruce prefere agir sozinho).

Na HQ  Liga da Justiça n° 46 (2006) com arte de Chris Batista e roteiro de Geoff Johns e Allan Heinberg. Temos “Crise  de Consciência” – parte dois  aonde o Cavaleiro das Trevas havia descoberto o que fizeram com ele, pois na hora da primeira votação sabiam que seria totalmente contra.

Todos os vilões que foram lobotomizados estavam revoltados após descobrirem a verdade.  No embate  o Gavião Negro e a Mulher-Gato estavam bastante feridos, pois era realmente uma luta de vida e vida.

O Tornado Vermelho havia sido destruído e a Liga Satélite foi a Batcaverna “pedir desculpas” ao Morcego (fato que não adiantou nada) a intenção era manter todos unidos pra saber quem deflagrou as antigas memórias dos supervilões. A raiva de Bruce era tão grande que deu um soco no rosto do Carter (imagem estampada na capa) ao final sabemos que Despero havia feito isto de propósito. Isto desencadearia  outra saga Vilões Unidos que infelizmente não acompanhei.

Voltando,  Sue Dibny foi assassinada sem qualquer evidência física ou química de quem cometeu o crime. Só pra constar o apartamento era bem protegido (com tecnologia alienígena).

Sue e Ralph Dibny são os queridinhos da Liga, pois mesmo diante das aventuras demonstravam abertamente seu carinho um pelo outro. Sue era de uma personalidade encantadora e também grande amiga da maior parte dos integrantes da Liga (e por isso era muito querida).

Então depois de sua morte todos os entes queridos são procurados e a Liga junto com toda comunidade heroica promovem uma caça de informações. Primeiro uma corrida desesperada atrás do Doutor Luz é quando vemos que há uma “Liga” dentro da própria Liga (e depois de vários vilões).

A melhor parte na HQ não é ver os medalhões principais da editora, porque a trama se concentra nos personagens de segundo escalão trabalhando-os de uma maneira inigualável.

Mais quando o Doutor Luz paga para que o Exterminador o proteja vemos uma das melhores lutas que já pude ver. Slade havia se preparado para a eventualidade derrotando cada componente da equipe de maneira eficaz e inteligente.

A história te envolve mostrando as relações interpessoais da equipe, pois se na SJA há uma preocupação constante em ser um herói. A Liga demonstra como ser um combatente pro que der e vier.

A Liga da Justiça não é só uma equipe que luta, porque se juntaram apenas pra defender a Terra (nesta história vemos que são uma família).

A HQ nasceu clássica por natureza, pois num dado momento Ollie revela a verdade pro Wally e mostra que Kal-El só escuta aquilo que deseja ouvir (uma revelação estarrecedora sobre o componente mais poderoso da equipe).

É neste contexto com reviravoltas a todos os momentos que vemos uma morte que ninguém imaginaria. Batman segue para a casa de Tim Drake, pois Jack pai do rapaz estava num embate contra o Capitão Bumerangue (no final da quinta edição vemos os corpos de ambos estendidos no chão).

Bruce se desespera por não ter condições de poder fazer absolutamente nada pra ajudar seu pupilo. Vendo novamente uma morte na qual lembra sua tragédia pessoal.

A HQ nos conduz pela trama pela similaridade dos conflitos pessoais nas relações que vemos entre os personagens são maridos, mulheres, pais e filhos (qualquer pessoa faria tudo que estivesse ao seu alcance para proteger seu familiar).

Crise de Identidade é uma trama policial de suspense que te prende com a pergunta quem se beneficia? As expressões faciais de Rags Morales demonstram toda carga dramática necessária a situação.

Eu gostei, porque tudo que eu aparentemente conhecia sobre os heróis foi jogado por terra, pois os segredos escusos poderiam abalar toda confiança nos membros da equipe (ficava apreensivo para poder ler outra edição).

O diferencial foi mostrar que todos os heróis por mais poderosos que possam ser (ou não) ainda tem fraquezas nas quais podemos encontrar em qualquer pessoa.

Ficamos sabendo que todos sem exceção não estão acima do bem e do mal, pois na verdade também são seres humanos. Lembrando que as capas são do saudoso artista Michael Turner.

Os acontecimentos vistos em Crise de Identidade desencadearam as histórias do Projeto Omac no qual Batman cria o satélite Irmão-Olho e Contagem Regressiva  culminado na Crise Infinita (o próximo post).

Relembre da quarta parte aqui.

Deixe um comentário

Arquivado em Meu Texto

Batman: Através dos Tempos

batman & robin

Batman & Robin- A Volta do Homem-Morcego- (1949)

A segunda versão do seriado do Cruzado de Capa também foi lançada pela Columbia Pictures (mostrando 15 capítulos).

Bruce Wayne era interpretado por Robert Lowery e Dick Grayson por Johnny Duncan. Como curiosidade foi a primeira vez que vimos o Bat Sinal nos céus de Gotham City.

Na trama o Professor Hammil (William Fawcett) criou um controle remoto capaz de controlar todos os veículos da cidade. Infelizmente, o Mago, um misterioso criminoso rouba esse aparelho.

Então, Batman e Robin são enviados numa missão pelo Comissário Gordon (Lyle Talbot) pra captura-lo. Além disso os heróis precisam salvar Vicki Vale (Jane Adams) de vários perigos.

Infelizmente a produção foi marcada por um orçamento inferior ao serial de 1943. Pra piorar houveram diversas críticas quanto ao traje do Batman com seu capuz mal ajustado. E sobro até pro Robin que precisou usar uma calça cor-de-rosa (pra cobrir suas pernas que eram muito cabeludas).

Como se tudo isso não bastasse não havia cinto de utilidades deixando algumas situações muito ruins. Outro fato curioso foi a utilização de um Mercury conversível 1949 como Batmóvel.

Somente a atuação de Robert Lowery foi elogiada como Homem-Morcego, pois parecia ser mais durão.

Só pra fechar, a única coisa estranha que o nome do ator que interpretou Alfred Pennyworth (Eric Wilton) não foi creditado nesta versão.

Deixe um comentário

Arquivado em Batman: Através dos Tempos