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As Aventuras do Superman

Esta HQ é claramente influenciada pela ótima e inesquecível série animada de mesmo nome, com arte de Bruce Timm, de 1996. Quero destacar que todas as histórias são boas, pois os personagens que participam em sua grande maioria fazem parte da mitologia do herói. Aqui comento as histórias de cada edição que mais gostei.

Na edição n° 1, O Homem do Amanhã … ontem,  Mxyzptlk  cansado de ser derrotado pelo herói a cada 90 dias volta ao passado para atormentar a versão adolescente de Clark quando ele nem sonhava em ser Superman.

Mxyzptlk  conta uma mentira pro rapaz  jurando que ele ao se transformar em Superman  irá subjugar o mundo tornando-se um ditador. E até os maiores inimigos do Super como Lex Luthor, Metallo, Darkseid e o Parasita formam uma Liga da Justiça comandada por Mxyzptlk que não conseguiu impedir os planos  de dominação do Superman.

Acreditando nessa mentira o Clark Kent do passado abandona a Terra e vive na Lua em reclusão. De volta ao presente Mxyzpltk apronta das suas traquinagens, mas vê  como o mundo mudou sem a presença do Super.

Claro que ele volta ao passado e tenta convencer o jovem a retomar seu lugar na Terra. Naquela linha temporal que o Super deixou de aparecer Lois Lane morre na queda de helicóptero sendo uma referência ao filme do incomparável Christopher Reeve.

Assim que tudo volta ao normal Jonathan depois de um sonho a noite faz esboço de um uniforme pra Clark usar como disfarce futuramente, mas o desenho se assemelha com um uniforme antigo do Super. Bom não preciso dizer que gostei de graça desta história. Com roteiro de Mark Millar e arte de Aluir Amancio.

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Na edição n° 2, Reunião de Família, o Superman é jogado numa outra linha temporal após jogar um gerador de antimatéria no espaço.

Ao voltar pra outra Terra ele descobre que sumiu por um ano, que seus pais morreram num incêndio, que Lex Luthor é o homem mais poderoso de Metrópolis e que Lois  está noiva de outro homem.

Nesta realidade Jor-El e Lara estão vivos com mais alguns milhares de kriptonianos numa cidade flutuante que sobrou de Krypton (igual a Argos a cidade da Supergirl).

Como nem tudo são flores Lara é a vilã desta história, pois ela deseja conquistar a Terra e exterminar toda a raça humana  para se beneficiar do Sol amarelo ficando com superpoderes.

É interessante notar que Jor-El continua a ser o mesmo cientista altruísta, pois nesta realidade ele conseguiu salvar uma parte de Krypton e também  como a humanidade se comporta sem o Superman para tomar conta dela. Com roteiro de Mark Millar e arte de Aluir Amancio.

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Na edição n° 3, Este é um trabalho para o Superman, vemos o herói em várias situações de salvamento diferentes. A história começa com um garotinho triste, porque seu cachorrinho de estimação sumiu e ele pede ao Superman que o salve. O pai do menino fala que o Superman é ocupado demais para procurar um simples bichinho.

Logo o Super  frusta um assalto a banco, leva uma ambulância pro hospital, detém o sequestro de um avião, entrega um órgão para ser transplantado, salva um grupo de jovens de serem soterrados numa caverna, retira um inocente da cadeira elétrica, salva astronautas de uma chuva de meteoros e no final arranja tempo de encontrar o cãozinho do garoto.

Com roteiro de Mark Millar e arte Aluir Amancio. Temos o aspecto mais característico do herói a sua imensa vontade de ajudar a todos e não medir esforços de estar em quase todos os lugares para fazer isto.

A minha pergunta mais frequente sobre o Super é porque alguém tão poderoso capaz de fazer quase qualquer coisa devota sua vida a ajudar a humanidade?

Os kriptonianos são uma raça conquistadora por natureza será que foi só a criação de Jonathan e Martha Kent que moldaram os valores pessoais de Clark?

Superman faz da humanidade uma criança que precisa ser auxiliada a cada passo que dá e isto talvez nos torne muito dependentes dele. Lex Luthor odeia o Superman por causa dele ser um alienígena ou por causa dele não ter a mesma atenção que o herói tem?

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Superman: Através dos Tempos

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Lois & Clark: As Novas Aventuras do Superman, (Lois & Clark: The New Adventures of Superman) -1993 a 1997

A série foi produzida pela Rede ABC e foi ao ar nos anos 90, tendo um total de 88 episódios distribuídos em 4 temporadas.

Eu não consigo esquecer sua música tema, pois era simplesmente maravilhosa tornando nossa expectativa maior para poder assistir o episódio.

Apesar dos efeitos especiais estarem bem fraquinhos e soarem falsos mesmo pra época (atualmente tenho certeza que isto ficaria em segundo plano).

A verdade é que o grande charme desta versão não é a presença do Azulão diga-se de passagem. Eu me divertia demais em presenciar as constantes discussões entre Clark Kent (Dean Cain) e Lois Lane (Teri Hatcher).

É claro que o herói agia pra salvar o dia, porque isso não poderia faltar. Sinceramente o que me prendia no seriado era Teri Hatcher, pois sua performance mostrando uma Lois feminina, inteligente, nojenta, sensual e ao mesmo tempo cheia de neuras me encantou de imediato.

Lembrando que no quesito sensualidade quem roubava a cena era Tracy Scoggins (Cat Grant), uma devoradora de homens que sempre dava encima do coitado do Clark. Depois a atriz trabalhou na série Babylon 5, interpretando a capitã Elizabeth Lochley.

Voltando, além de Cat outros coadjuvantes do Planeta Diário tiveram suas personalidade bem exploradas como Perry White (Lane Smith) que era muito engraçado com seu bordão: “pelas costeletas do Elvis”.

Sua fixação pelo rei do rock rendia bons momentos ainda mais quando dava conselhos sentimentais relacionados ao Elvis tanto pra Lois quanto pro Clark.

Perry fazia uma boa dupla com Jimmy Olsen que ganhou até relevância quando o ator Michael Landes fora substituído por Justin Whalin. Dizem as lendas que Landes era muito parecido com Dean Cain e a produção o retirou da série.

Era legal ver Jonathan Kent (Eddie Jones) e Martha Kent (K Callan) dando conselhos na vida de Clark, principalmente pelas conversas com ambos pelo telefone (isto demonstrava que realmente se importavam com ele).

Lex Luthor também teve uma boa interpretação do ator John Sea mostrando um vilão que apesar de ter cabelo. Nos conectava ao personagem dos gibis como um executivo metido em falcatruas, mas que na verdade a maior parte da cidade achava que era um grande bem feitor.

Na série Lex ainda contava com seu fiel mordomo Nigel (Tony Jay) que apoiava seu patrão em tudo.

A série ainda mostrou outros vilões importantes como: Metallo, Galhofeiro, Sr.Mxyptlk e a Intergangue. Houve um destaque significativo pro vilão Tempus, um viajante do tempo que nos gibis é um herói (e também a importante invasão da Terra por Nova Krypton).

O mérito desta versão da telinha foi ter sido baseada na reformulação feita por John Byrne pros gibis do Homem de Aço, em 1986. Fora isso outro aspecto mais interessante foi Lois e Clark terem pretendentes formando um novo triângulo amoroso (fora aquele manjado Super, Lois e Clark).

Para Lois tínhamos o agente do governo Dan Scardino e também a linda Drake Mayson (Farrah Forke), uma advogada que demonstrava afeição apenas por Clark (enquanto odiava o Superman).

Infelizmente quando ela estava investigando a Intergangue acabou sendo assassinada numa explosão de carro. Clark tentou salva-la e no último momento Mayson acaba descobrindo que ambos são as mesma pessoa, pois sua camisa estava rasgada mostrando o “S”. E o segredo se foi com a morte dela (triste, porque realmente gostava do Clark).

A presença dos pretendentes nos deixava naquela torcida para que os relacionamentos dessem errado (e então Clark e Lois finalmente ficariam juntos).

A série também é lembrada por ter mostrado ao mesmo tempo o histórico casamento dos personagens na TV e nas HQs. Pra mim foi exatamente  isso que acabou com toda graça que havia no seriado (algo que causou o naufrágio dela).

Lois & Clark não consegue agradar a gregos e troianos, mas seus  episódios recheados de aventura, drama e romance foram marcantes e inesquecíveis pra mim.










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Superman: Através dos Tempos

Super-Homem – O Homem de Aço (The Man of Steel) John Byrne – 1986 

Pra mim na época não fazia ideia da dimensão da importância desta HQ, mas gostei da arte de John Byrne e todo mês passei a comprar um gibi do Super-Homem. Antes disso meu primeiro contato com o Super nos quadrinhos foi numa HQ aonde ele era dividido em dois por um casal de feiticeiros se não me engano com arte de Gil Kane.

John Byrne é um grande escritor e desenhista, na época um dos mais prolíferos contadores de histórias (e ainda tinha como arte-finalista Dick Giordano).

Byrne sempre teve a fama de fazer mudanças radicais nos personagens que punha as mãos e com o Super não foi diferente. Apesar de descartar a existência do Superboy e da Supermoça e outros personagens da mítica do herói. 

Foi com Byrne surgiu a afirmação de que “Superman nunca foi Superboy”, pois em sua versão Clark Kent vestiu o uniforme somente quando adulto.

Algo complicado pra mim que começava minha carreira de leitor nesta época, porque logo depois de Crise nas Infinitas Terras (uma série bombástica aonde conheci vários heróis), comecei com este renovado Superman.

Nesta época eu já conhecia um pouco do Super Pré-Crise, que podia voar ultrapassando a barreira do tempo, ficar sem respirar no espaço por um longo período entre outras coisas clássicas e conhecia o Superboy também.

O Superman Pré-Crise era praticamente um deus e Byrne humanizou o kriptoniano tornando-o mais aceitável. Foi com a influência do Superman de Chris Reeve e do Super de John Byrne que passei a me tornar um fã de quadrinhos e hoje em dia tenho orgulho.

Ao final da maxi-série Crise nas Infinitas Terras, todo o Universo DC, agora “condensado” em uma só Terra (antes haviam várias delas), foi totalmente reformulado, alterando origens e as recontando para uma nova geração de leitores.

A edição já começa em Krypton com Jor-El descobrindo o motivo que levou a sociedade kriptoniana a entrar em colapso. Então Lara e ele acabam constatando a terrível verdade e tendo como único recurso enviar Kal-El para o longínquo planeta Terra (Lara estava horrizada).

Enquanto o planeta exlpode o foguete do pequeno Kal-El singra pelo espaço (logo há um lapso de tempo).

É quando vemos Jonathan contar pro Clark que foi encontrado num foguete e o rapaz fica atônito com a revelação.

Outra parte importante é que a medida que Clark ia crescendo seus poderes ao mesmo tempo iam se desenvolvendo.

Nesta época Smallville ainda era conhecida por Pequenópolis (aqui no Brasil).

Martha fez o traje, enquanto Jonathan inventou o visual nerd do novo Clark Kent.

O primeiro encontro com Lois Lane foi na comemoração do aniversário  da cidade de Metrópolis. Houve um acidente durante a apresentação do ônibus espacial e como Clark estava na multidão agiu de impulso (ele fica encantado com Lois e o sentimento é recíproco).

Lois Lane tenta uma entrevista com o Superman, mas é Clark quem começa a trabalhar no jornal Planeta Diário. Há até uma certa inveja de Lois por causa desta matéria sempre lembrando-o que roubou dela.

Como curiosidade é aqui que adotam o nome original da jornalista, pois no pré-Crise seu nome era Miriam Lane.

Lex Luthor é o maior empresário e o homem mais poderoso de Metrópolis. Até o surgimento do Homem de Aço na cidade deixando o careca furioso de tanta raiva.

Lex tenta transformar o Azulão em seu empregado e põe a nata da cidade como refém numa situação de risco de propósito (apenas pra chamar a atenção do herói). O empresário é preso, mas logo em seguida sai da cadeia começando seu ódio para destruir de qualquer maneira o Super-Homem.

O cientista Doutor Teng clona o Azulão e a experiência sai pela culatra e temos como resultado temos uma nova versão pro vilão Bizarro,um clone mal feito do herói. Ao usar algumas lembranças de Clark, Bizarro vai atrás de Lois e o confronto de ambos faz retornar a visão de Lucy Lane, irmã de Lois.

O primeiro encontro de Batman e Superman aonde resolvem um caso no museu (aparecimento da vilã Magpie). Os Melhores do Mundo estabelecem um respeito mútuo, algo bastante diferente da amizade que existia no período Pré-Crise.

E por último o Super-Homem descobre sua herança kriptoniana (sendo através de um holograma que Jor-El lhe revela a verdade). Tudo faz parte de suas lembranças, pois ao decidir deixar Pequenópolis contou toda a verdade pra Lana (que sonhava casar com ele).

 O grande êxito da passagem do artista pelas páginas do Azulão. Foi reconstruir seu status quo de uma maneira que tornasse o Homem de Aço mais acessível pra geração de leitores que a editora queria angariar.

Foi assim que em 1986,John Byrne  recriou a mitologia do Superman para uma nova DC e, logo depois criou uma nova série mensal (Superman) que durou até 2006, com 226 números publicados.

Alguns elementos desta reformulação tornaram a ser alterados com o passar dos anos, principalmente na mini-série O Legado das Estrelas, que recontou mais uma vez a origem do herói.

Mas a grande maioria dos leitores adotaram a versão de John Byrne como a oficial, considerada por muitos, a melhor reformulação do herói produzida até hoje.

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