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O Fim do Universo

A história saiu em Marvel Apresenta edições 12 e 13 e nela temos roteiro e desenhos do consagrado artista Jim Starlin.

O vilão Thanos é quem narra a aventura e logo somos transferidos pro Egito Antigo, pois naquela época havia o reinado do faraó Akhenaton. Sua presença na Terra foi retirada dos livros de história, propositalmente, por seu sucessor (não sei se essa parte é verdade).

Akhenaton foi abduzido há séculos atrás pela Ordem Celestial e seu retorno será catastrófico. Os primeiros a perceberem que algo estranho já estava acontecendo foram Jean Grey e o Professor, mas a presença de Adam Warlock. Unido a da pequena e poderosa Atleza indicam que o perigo é na escala do nível cósmico.

Thor durante este período era o regente de Asgard, e assim possuía o poder de seu pai, a força Odin (foi ameaçado e sentiu-se impotente diante daquilo).

O roteiro se preocupa em nos guiar pro lado fantástico do assunto, pois a presença de Thor (da mitologia nódica) e Zeus da mitoligia grega.

E também Eternidade, Infinito, Lorde Caos e Lorde Ordem as personificações que representam o tempo e o espaço do Universo Marvel que estão perplexas sem saber o que fazer.

É impressionante o momento quando Zeus e Thor convocam um reunião entre as divindades da mitologia mundial. Temos Vishnu, Hórus e outros que nunca tinha lido nada sobre eles (provando que a ameaça deixou a todos preocupados).

Até o Surfista Prateado ficou atônito ao encontrar o Gladiador, que luta pelo Império Shiar, que estava bastante ferido e sua frota fora destroçada facilmente.

Enquanto o Visão alerta Reed é na mansão Xavier que o problema começa, pois tanto Jean quanto Charles tentam contato psíquico com a força invasora. A conclusão é a destruição total da mansão numa explosão monumental.

Akhenaton abduziu os líderes do mundo e notificou-os sobre seu plano real (a total submissão da humanidade ao seu poder).

Jim Starlin mostrou os heróis se reunindo em páginas duplas. Tanto os X-Men, quanto Vingadores (como na abdução dos líderes mundiais). Podemos notar que as expressões de todos sem exceção é de preocupação sobre o que estaria por vir.

Somente o Dr. Destino procurava obter alguma vantagem da iminente catástrofe. O faraó parecia ter um poder de nível incompreensível, porque era capaz de exterminar as maiores doenças que assolam o homem (o câncer e a aids).

A situação só piora quando Akhenaton surge de repente no QG dos Vingadores e mata todos junto com o Quarteto Fantástico.  Enquanto isso o Dr. Destino tenta de maneira furtiva conhecer o passado do faraó para descobrir umeio de roubar o poder que possui.

E Thanos convocou o Capitão Marvel, Genis-Vell (filho do herói original) junto com os Defensores, uma das formações de heróis mais inusitada da Casa de Ideias. Formando a última ofensiva em defesa não apenas da Terra, mas também do universo.

O roteiro tenta ser explícito quanto ao fato que o poder de Akhenaton supera qualquer um dos seres mais poderosos que conhecemos.

A intenção do artista não é apenas mostrar aquele embate entre o bem eo mal, pois vai muito além. Ilustrando a teoria de que tudo no universo está conectado seja a humanidade, um peixe no mar, um leão na floresta ou uma partícula no espaço infinito.

Notamos isso diante da onipotência de Thanos que conseguiu o poder que tanto almejava e que demonstrou a compreensão de “toda” a realidade que está ao nosso redor.

É neste momento que a HQ ganha contornos de poesia e física quântica (algo que Stephen Hawkins deve compreender melhor). O poder absoluto que Thanos absorveu foi logo combatido com a união de todos os heróis, panteão de deuses e seres cósmicos do Universo Marvel.

A conclusão como diz o título é o fim do universo da editora absorvido pela onipotência e fúria insana do vilão. E depois de destruir a tudo e a todos que temos o melhor momento da narrativa.

A conversa franca com Adam Warlock (que vive fora desta realidade) é tão impactante que ambos parecem ser reflexos distorcido um do outro.

A única coisa chata é que a arte de Jim Starlin “tentou” imitar a de George Pérez com vários personagens numa cena só. E a tentativa foi em vão, porque ficou parecendo forçada demais.

O roteiro apesar de ter balanceado mudando de direção, não conseguiu definir se era uma aventura de super-heróis ou se ia imprimir o conceito filosófico que pretendia mostrar. Outro erro foi dizer que não haveria mais mortes no universo da editora e quando acontecesse seriam definitivas, mas mesmo assim vale a pena dar uma conferida.

HQ: Marvel Apresenta: O Fim do Universo Marvel

Roteiro/desenhos: Jim Starlin

Arte-Final: Al Milgron

Editora: Panini Comics

Ano: 2004

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OS-MAIORES-CLÁSSICOS-DO-PODEROSO-THOR-VOL5

Os  Maiores Clássicos do Poderosos Thor: Volume 5

Esta é uma boa chance de conferir de onde veio a inspiração pro filme do Loirão.

Contamos com a arte e roteiro de Walter Simonson que ajudou a consolidar na época a melhor versão pro herói. E há também a arte de Sal Buscema nomes consagrados no Universo Marvel.

Então contemplamos a história que ocorre pouco tempo após a Saga de Surtur “Sombras do Passado” e temos um Loki diferente no visual que nos acostumamos a ver atualmente, pois em vez dos enormes chifres no elmo possui algo parecido com asas.

Neste período Thor estava enfraquecido por uma maldição de Hela, a deusa do Inferno que é filha de Loki (ambos não valem nada mesmo). E aproveita-se deste infortúnio para forçar a morte de seu meio-irmão enviando por meio de magia vários vilões para dar cabo de seu maligno intento.

Desfilando pelo belo reino de Asgard, ou em Midgard mais precisamente em Nova York com histórias sobre heroísmo traição amor e guerra sendo demonstrados num ótimo trabalho gráfico.

Aqui vemos alguns vilões conhecidos como Encantor, o Homem Absorvente ou outros que nem me lembrava mais como Destruidor, Titânia e Grendell.

Aliás tanto a bela Encantor, quanto o Homem Absorvente e o Destruidor aparecem na série animada dos Vingadores infelizmente cancelaram este bom entretenimento.

O ponto alto desta trama foi a ferrenha batalha contra seu maior arqui-inimigo Jormungand, a serpente da Terra. Segundo a mitologia nórdica Thor e a serpente lutarão durante o Ragnarok, o Crepúsculo dos Deuses. Thor vence a batalha matando a serpente, mas  ao final  tomba sem vida devido ao veneno que escorrerá dela.

Bom, nesta HQ algo similar acontece e também temos várias histórias paralelas aonde Bob Drake, vulgo Homem de Gelo ( membro do X-Factor neste período) é capturado por Loki num maquinário para produzir um frio mais intenso que o normal.

Ou ainda uma estranha doença que varre o reino de Asgard deixando a todos os deuses fracos e indefesos transformados em pedra. E aí todos os amigos asgardianos conhecidos do herói aparecem como: Lady Sif, Hemdall, Balder, Volstagg e Hogun. Desta vez Kurse  um inimigo vira um aliado valoroso e silencioso.

São tantos momentos gloriosos que me perco só de lembrar  esta edição é uma daquelas que  valem a pena só pelo prazer de ler e viajar junto ao Deus do Trovão é imperdível.

O encadernado reúne os as edições de número 375 a 382 da revista Migthy Thor contendo ao todo 212 paginas de pura ação em cenas memoráveis.

HQ: Os Maiores Clássicos do Poderoso Thor – volume 5

Editora: Marvel-Panini

Mês/Ano: Janeiro de 2012.

Artistas: Walter Simonson e Sal Buscema

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Loki – Edição Encadernada

É mais do que sabido que o Thor dos quadrinhos não é exatamente igual ao que há descrito na mitologia nórdica.

Mas Loki, o trapaceiro tem várias passagens e personalidade tal qual é dito na Edda Poética tornando o vilão mais interessante ainda.

Será que alguém seja homem ou deus poderá fugir do seu destino?

Esta HQ levanta essa questão até onde podemos seguir tudo que está escrito no livro do destino?

Vemos Loki conquistar o tão almejado trono de Asgard e todos estão subjugados diante do desprezado vilão. Mais o posto outrora sonhado não é visto da mesma maneira  que antes por ele.

E aí consiste uma das mais impressionantes partes desta obra escrita por Robert Rodi.

Loki tornou-se o maior soberano de Asgard, mas não está contente com isso. O foco do roteiro não se concentra só na eterna luta entre os irmãos, mas também  na jornada pessoal do deus da trapaça.

Eu li a edição toda de uma vez, porque não pude desgrudar os olhos dela. Temos uma  narrativa intimista aonde somos inseridos na mente distorcida do Loki e isso foi muito impactante.

Os sentimentos do vilão são demonstrados de maneira primorosa em toda a sua ambiguidade. Por mais incrível que possa parecer o Loki desta edição é o mesmo visto no filme dos Vingadores a essência não difere em nada.

É exatamente por isso que o longa é tão bom, pois podemos reconhecer os personagens das telas no mundo da nona arte.

Das inúmeras histórias que já lemos sobre a eterna luta entre Thor e Loki está é a melhor de todas que já pude ler. Estamos cansados de saber que Loki odeia e antagoniza com Thor, pois são como as trevas e a luz respectivamente.

Mais aqui temos o prazer de ver o ponto de vista de Loki Laufeyson,  até onde vai a sua insaciável sede de poder e principalmente seus conflitos internos.

As ilustrações de Esad Ribic nos brindam com um majestoso passeio pela linda Asgard, além de palácios, bosques e outros reinos incríveis.

No final temos as capas das 4 edições com o trabalho do artista citado acima e uma demonstração da versão original de quem é o verdadeiro Loki na mitologia nórdica de onde surgiu a inspiração para o personagem das HQs.

Nunca gostei do Loki, pois ele sempre será mesquinho, trapaceiro e invejoso, mas desta única vez  fiquei compadecido pela triste e inclemente sina pela qual o vilão está fadado a ter sobre si.

HQ: Loki

Editora: Marvel

Artista: Esad Ribic

Roteiro: Robert Rodi

Ano: 2012

 

 

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