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Herói

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Zorro

O que muita gente não deve saber é que o famoso herói de capa e espada surgiu nos pulps sendo criado pelo escritor Johnston McCulley, em 1919.

Sua primeira história estava na revista All Story Weekly  sendo intitulada “The Curse of Capistrano” (ou A Maldição de Capistrano) alcançando grande sucesso e lançando seu autor ao estrelato, porém o mais interessante que o famoso nome a Marca do Zorro veio primeiro do cinema na época ainda mudo.

Esta primeira versão de nosso herói foi estrelada por Douglas Fairbanks, em 1920. Servindo de fonte de inspiração para o surgimento de um outro personagem muito conhecido nosso o Homem-Morcego, pois foi justamente após este filme que houve o assassinato dos pais de Bruce Wayne.

Em minhas pesquisas para o Zorro tive que dar uma folheada em O Cavaleiro das Trevas e a reprise em que Bruce assiste A Marca do Zorro na TV o ator principal é Tyrone Power sendo que este ator interpretou o personagem 1940.

Soou pra mim muito estranho porque o certo é Douglas Fairbanks, pois Bruce tinha só oito anos quando aconteceu a tragédia e passou a agir como Morcegão apenas quando adulto. Simplesmente a HQ está errada demonstrando um Zorro que não coincide com a idade cronológica de Bruce nas revistas.

Zorro é um herói antigo e ao longo das décadas teve diversas releituras e talvez não sei se pela tradução ou pela falta de atenção deva ter ocorrido este erro.

O que sempre me chamou atenção neste herói eram a máscara, chapéu e roupas todas pretas. Davam um ar de mistério aliado ao tom de deboche ao lutar com a espada em punho deixando a letra “Z” como marca registrada ou nos inimigos ou nos lugares.

Algo que trouxe muita confusão aqui no Brasil antigamente era o Lone Ranger que por um grave erro dos tradutores da época foi inicialmente chamado de Zorro Americano enquanto o original era o Zorro Espanhol. Por um bom tempo eu acreditava nesta baboseira até que lendo em revistas especializadas descobri a verdade que suas origens e histórias eram muito diferentes.

Só pra lembrar Lone Ranger é o herói que anda na companhia do índio Tonto nos EUA sempre acabando com encrencas ou alguns malfeitores quando necessário.

Minha versão preferida do Zorro é a que foi produzida pela Disney aonde Guy Williams  interpretava Don Diego/Zorro. Sua tradução do herói foi marcante pra mim por ser leve e divertida. Ainda tínhamos seu fiel mordomo Bernardo que era mudo e se fingia de surdo para ouvir tudo indo contar para seu patrão e amigo.

E ainda trocava de lugar se vestindo de Zorro para Don Diego poder preservar sua identidade secreta. Guy Williams faz parte de minha memória cativa por conta de Simbad que assisti quando garoto na Sessão da Tarde inesquecível.

O grande vilão da história era o Capitão Monastério e não poderia esquecer o glutão do Sargento Garcia (Henry Calvin) que além de atrapalhado era um grande dorminhoco. Mas o Sargento tinha um ajudante o Cabo Reyes que em alguns momentos demonstrava ser mais esperto que o próprio Sargento guardando dinheiro para beber vinho escondido.  Tivemos aqui a chance de ver esta série colorizada por computador algo que gostei demais.

A última versão de Zorro teve como protagonistas Anthony Hopkins, Antonio Banderas e a bela Catherine Zeta Jones. Mostrando um roteiro controverso e inusitado, mas mesmo assim envolvente aonde Don Diego (Anthony Hopkins) está idoso e têm que passar a diante o manto de Zorro.

Quando sua esposa é morta e sua filha é levada Don Diego ficou preso por 20 anos. E e quando consegue fugir da prisão trama uma grande vingança contra o homem que roubou sua família.

Encontrando um aliado no ladrão Alejando Murrieta (Antonio Banderas) ensina a ele tudo que sabe sobre esgrima. Os ensinamentos passam de forma rápida na tela, mas suponho que levou algum tempo para alguém que não sabe nada sobre empunhar uma espada virar um mestre no assunto.

Na época quando os filmes do Morcego sofreram um hiato por conta da decepção na direção de Joel Schumacher falaram que Zorro era  tudo aquilo que Batman desejava ter sido e não aproveitaram.

Além das tiras engraçadas e da boa química entre Catherine e Banderas numa luta sensual de espadas é um filme memorável enaltecendo o mito do herói e atraindo o precedente que pode haver um Zorro por detrás da máscara transmitindo um legado.

A continuação levou praticamente sete anos para acontecer e elevou o nível de ação, mas não conseguiu trazer novamente o glamour do primeiro longa. Desta vez encontramos Zorro (Antonio Banderas) envergando o manto há dez anos e sua esposa Helena  deseja que ele encerre a carreira para cuidar do filho e família.

Em falar em seu filho o pequeno rouba a cena mostrando ser uma versão mirim do herói trazendo encrencas ao seu encalço e fazendo bagunça divertindo-nos com suas aparições. Uma curiosidade é que Martin Campbell diretor dos dois filmes sobre Zorro também dirigiu o Lanterna Verde um fiasco sem precedentes da DC Comics.

Zorro é dono de diversas versões no cinema, na TV aonde teve até uma novela colombiana chamada A Espada e a Rosa que gostei demais , no Teatro, quadrinhos e desenhos.

E por falar em desenhos tivemos três versões da Raposa. Na primeira da Filmation chamada aqui simplesmente de Zorro tínhamos as aventuras de nosso herói ao lado de Miguel ao invés de Bernardo.

Miguel também se vestia com uma máscara e auxiliava o herói combatendo o Capitão Ramon que era auxiliado pelo Sargento Gonzales. Houveram algumas mudanças mas a Filmation foi uma empresa que trouxe animações marcantes para a época e esta era apenas uma das várias delas.

A segunda versão de Zorro que encontrei foi um anime. Numa história bem diferente da habitual aonde temos um Diego com 18 anos, sendo  loiro e Bernardo é um garotinho falante, saltitante chato. O  grande vilão continua sendo o Capitão Monastério além do Sargento Garcia e outros dois marmanjos que não valem anda Gabriel e Raymond. Não lembro de nada desta versão mais falei sobre ela apenas para constar.

E a terceira versão pra mim é a pior delas Zorro: Generation Z, pois desta vez Diego luta contra um governo corrupto de Pueblo Grande num “futuro próximo”.

Diego quer dizer Zorro se locomove numa moto chamada Tornado em homenagem ao cavalo do herói, mas talvez a função deste desenho era querer inovar ou vender os aparatos tecnológicos que o herói usava. Em sua aventuras Zorro é auxiliado por Bernardo numa versão nerd do famoso ajudante dos livros. E têm a companhia de Maria Matinez a filha do prefeito que transforma-se na vingadora The Whip Scarlet.

A parte interessante é que um não sabe a identidade secreta do outro, mas fora isso eu detestei esta animação. Por acha-la bem abaixo da média de tudo que já vimos.

Zorro é um herói ao qual estamos a costumados a ver nas mais variadas versões lembrando que há até uma cômica. Na qual o ator George Hamilton interpreta Diego e seu irmão gêmeo gay Ramón.

As Duas Faces de Zorro é muito engraçado, pois quando Diego se acidenta seu irmão assume o “manto” usando os mais variados e coloridos uniformes em cada situação para salvar a cidade.

Zorro é assim um herói de variadas interpretações com milhares de fãs tornando eterna a famosa marca Z do personagem através dos anos.

Fonte: TV Sinopse, Jbox e Wikipédia.

Confira na galeria abaixo algumas imagens do Zorro que garimpei na web

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HQ

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Superman n° 9

Em, Segredos & Mentiras, contamos com a arte do grande Dan Jurgens a história não me animou nem um pouco. Victor Barnes um blogueiro sensacionalista “diz” saber qual a identidade secreta do Homem de Aço.

É aquela velha máxima mostrada, pois o maior trunfo do herói é parecer que não se esconde por trás de um alter ego. Mais além da vilã da vez a personagem Angústia nota-se que Lois Lane ficou com a pulga atrás da orelha sobre este assunto.

Ficou um suspense quanto qual era a carga do submarino russo e futuramente descobriremos. Confesso que de todas as edições que venho acompanhando esta foi a história que menos gostei.

Em, Uma Garota no Mundo, a Supergirl temos a arte do mestre George Pérez. E após derrotar as Arrasa-Mundos na edição anterior que pra mim foi uma das melhores dela neste Novos 52.

Encontra uma “amiga” que a salva do exército, no entanto soa muito estranho a Supergirl desfilar com um uniforme igual ao do primo e o exercito sair atirando nela por nada á toa.

Shioban é mais conhecida como Banshee Prateada,  uma inimiga de Kal-El que conheci nos anos 80. Parecia que Shioban assim como Kara estava procurando um lugar no mundo e suponho que nesta versão elas serão amigas. Estou curioso para ler mais sobre isto.

Calvin Ellis

O que mais gostei nesta edição foi  A Maldição do Superman com arte de Gene Há e roteiro de Grant Morrison. Só pra citar logo no título há uma maldição pros atores que envergam o manto do herói que não conseguem decolar na carreira ou morrem de maneira trágica assim como aconteceu com George Reeves e depois Christopher Reeve.

 Se a lenda é verdadeira ou não eu não posso afirmar, mas que todos os atores não fazem  sucesso depois de interpretar o azulão isto já me parece um fato verídico. Simplesmente  tanto Dean Cain  quanto Brandon Routh andam mal das pernas desde que protagonizaram algo referente ao Azulão.

Bom, voltando desta vez temos uma Terra Paralela aonde o Superman é negro, presidente dos EUA e suas feições pra mim lembram o Barack Obama.

O mais interessante nesta versão é que Krypton parece um tipo de África e além de Jor-El e Lara serem negros ainda temos os pais adotivos de Calvin Ellis, vulgo Kalel/Superman também negros. Como sempre Grant Morrison sabe muito bem explorar o universo ficcional da DC inserindo de forma magistral o Multiverso e tudo que possa existir nele.

As mudanças no status quo que conhecemos ficaram ótimas, pois está tudo lá. Desta vez Clark, Lois e Jimmy idealizaram o Superman num tipo de máquina que solidifica pensamentos aonde há citações de Nietzsche e Bernard Shaw. Este herói pode-se dizer que foi o Superman original, de 1938.

Infelizmente venderam a máquina para uma grande corporação e notaram que estavam sendo enganados. Qualquer tipo de alusão á triste realidade que aconteceu a Jerry Siegel e Joe Shuster não é mera coincidência. Há também versões robóticas do Presidente Ellis, uma Mulher Maravilha afro-descedente e LJA formada por quase todos os integrantes negros e uma versão da Zona Fantasma.

E por incrível que pareça um comentário sobre as pessoas no mundo real usarem a camisa do Superman. Nesta curta e primorosa história foram explorados diversos elementos da mitologia do kriptoniano e eu adorei cada pedaço dela. Quero ver como será na próxima edição.

HQ: Superman n° 9

Editora: Panini Comics

Mês/Ano: fevereiro de 2013

Artista da capa: Ivan Reis

 

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