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Superman: Através dos Tempos

O Melhor Superman – Christopher Reeve

Em 1978 , foi lançado no cinema Superman- O Filme, estrelado por Christopher Reeve com o slogan “ Você vai acreditar que um homem pode voar.” Com direção de Richard Donner e história de Mario Puzo, o mesmo de O Poderoso Chefão, com a colaboração do quadrinhista Carmine Infantino- essa colaboração ás vezes é confirmada e ás vezes é negada.

O filme foi um grande sucesso e é ainda considerada a melhor adaptação de quadrinhos para o cinema. No elenco estão grandes nomes como Marlon Brando (Jor-El), Glenn Ford (Jonathan Kent) e Gene Hackman (Lex Luthor). Margot Kidder dava vida a uma determinada Lois Lane.

Kirk Alyn e Noel Neill, antigos Clark e Lois, interpretam numa breve cena os pais de Lois Lane. Bom,o Último Filho de Krypton que todos de minha geração e eu aprendemos a gostar começa com ele, pois Chris Reeve é o Superman definitivo.

Simplesmente é um fato que não há como negar, sua atuação como o atrapalhado Clark Kent, a mudança de personalidade, as diferenças nos gestos e atitude quando transformava-se no herói são um deleite á parte.

Sua atuação é tão marcante que tornou-se uma referência de como fazer o personagem na telona. Vários artistas dos quadrinhos desenharam o Super com o rosto do Chris, é impossível falar do kriptoniano e não associá-lo a Christopher Reeve o eterno Superman.

Meu sonho de criança era conhecer Christopher Reeve, apertar a mão dele, pedir um autógrafo. Pra dizer a verdade na época, eu nem sabia que ele não falava português, porque tudo que eu entendia vinha da TV. É um sonho que infelizmente nunca irá ser realizado.

Desconhecido antes de vestir o uniforme azul e vermelho, Reeve virou símbolo de perseverança e até tema de debate nos Estados Unidos.

“O que faz o Superman um herói não é o fato de ele ter o poder, mas de ter a sabedoria e a maturidade para usar o poder sabiamente. De um ponto de vista da atuação, foi assim que eu abordei o papel”, disse em entrevistas.

Reeve era filho de uma jornalista e um professor que teria ficado desapontado ao descobrir que o filho seria o Superman dos quadrinhos, e não o da obra do escritor Bernard Shaw. “ Vi como o Superman transforma a vida das pessoas. Eu vi crianças morrendo de tumor no cérebro, cujos últimos pedidos eram falar comigo.

E elas foram para seus túmulos com a crença nesse personagem intacta. Percebi que o Superman importa”, disse Reeve.

Em 12 de outubro de 2004 aos 52 anos perdemos Chris Reeve vítima de um ataque cardíaco, estava tetraplégico desde 1995 quando sofreu um acidente em prova de hipismo (esporte que ele adorava), mas lutou como ninguém pela pesquisa de células-tronco virando ainda mais um símbolo do herói que ficou para nós.

A morte de Christopher foi noticiada de uma forma a homenagear aquele que foi a síntese do herói em carne e osso para todos nós “Morre o Superman”.

Superman- O Filme (1978)

Jor-El, envia seu único filho á Terra para ser salvo da destruição iminente de Krypton.

O foguete parte enquanto o planeta explode.Ao Cair na Terra é adotado por Martha e Jonathan Kent um bondoso casal de agricultores do meio oeste americano, pois Smallville fica próximo ao Kansas (Tótó aonde está você?). Eles o ensinam a ser uma pessoa justa, honesta e simples, mas com valores éticos firmes.

Após a morte do pai adotivo Clark viaja para o sul com o fragmento de cristal que Jor-El lhe deixou, indo pro lugar onde surgirá a Fortaleza da Solidão. Já adulto ruma para Metrópolis, se apaixona por Lois Lane, fica conhecido como Superman, após salvá-la de morrer num acidente de helicóptero, desperta a inveja de Lex Luthor ( “a mente criminosa mais brilhante de nosso tempo”).

E gira o mundo ao contrário ( mentira braba, mas a gente releva, não é?) para salvar Lois da morte.

Superman II- A Aventura Continua (1980)

Três criminosos kriptonianos são exilados na Zona Fantasma por Jor-El e o conselho. O General Zod (TerenceStamp) jura vingança. Superman salva Lois e a cidade de Paris de uma explosão nuclear.

No espaço a detonação liberta o trio de vilões que são atraídos para á Terra, pois com a proximidade com o sol amarelo vão ganhando superpoderes. Enquanto isso Clark expõe sua identidade secreta e declara seu amor por Lois se livrando de seus superpoderes para ser uma pessoa comum.

Seus inimigos procuram vingança destruindo Metrópolis e também a Casa Branca.

Arrependido por deixar tal coisa acontecer. Clark volta pra Fortaleza, recupera seus poderes e tem uma luta memorável na cidade.

Fingindo medo volta pra Fortaleza e lá lançando raios pelas mãos e destacando o emblema (fazer o quê,né?), derrota o trio de vilões (“Luthor sua cobra venenosa”) Alex, Dênis, Jansen e eu adorávamos falar esta frase.

No final apaga a mente de Lois com um beijo (outra mentira horrível.) E promete ao presidente dos Estados Unidos que nunca os abandonará ( bom no Superman: O Retorno vemos acontecer outra coisa.)

Fora essas licenças poéticas com poderes ridículos, ainda continua sendo uma das melhores adaptações do kriptoniano mantendo o ótimo nível do primeiro filme.

Superman 3 (1983) e Superman IV –Em Busca da Paz (1987)

No terceiro o Superman luta contra uma versão má de si mesmo e no quarto contra armas nucleares. Sem mais comentários.

Supergirl – 1984

Os produtores ingleses Alexander e Ilya Salkind resolveram filmar “Supergirl” baseado na criação de Otto Binder e MortWeisinger, de 1958, para a DC Comics.

Foi dirigido por Jeanot Szwarc com a atriz Helen Slater interpretando a Supergirl e ainda tinha Faye Dunaway como a vilã Selena.

A única e melhor coisa neste filme é a beleza de Helen Slater, pois o resto não vale a pena comentar.

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Superman: Através dos Tempos


reeves

O Estigma do Superman

Mais rápido que uma bala!

Mais forte que uma locomotiva!

Capaz de saltar sobre os prédios mais altos com um simples pulo.

Olhem! Lá no céu!

É um pássaro! É um avião!

Não! É o Super-Homem!

Sim, é o Super-Homem – estranho visitante de outro planeta, que veio á Terra, com poderes e habilidades superiores ás de qualquer mortal.

Super-Homem- pode mudar o curso do rio mais caudaloso, dobrar o aço com as mãos, ele que na vida real é Clark Kent, um discreto repórter de um grande jornal de Metrópolis, trava uma batalha sem fim pela Verdade, pela Justiça e pela América.

Esta era a abertura da clássica série do primeiro Superman da TV. Se eu não estiver enganado na época do programa de rádio e também do cinema com Kirk Alyn também usaram esta abertura.

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Superman – George Reeves

Em 1951 , foi exibido nos cinemas o filme Superman and The Mole-Man, com George Reeves. O filme na verdade era um piloto para a série de TV “As Aventuras do Super-Homem”, que só iria estrear dois anos depois. Originalmente em preto e branco, a série começou a ser exibida em cores em 1954. Boa parte das tramas tinha início nas investigações jornalísticas de Lois e Clark.

Quando a série era rodada em preto e branco, as cores do uniforme do Super não davam o contraste necessário na tela. Por isso, o azul e o vermelho foi substituído pelo cinza e marrom. Quando finalmente chegou a fase colorida, os produtores trataram de arranjar um novo uniforme para George, desta vez com as características fidedignas do personagem das histórias em quadrinhos.

O programa durou seis temporadas. Houve duas Lois Lane neste seriado: Philis Coates e a partir da segunda temporada Noel Neill, que apenas voltava ao papel que havia protagonizado nas produções estreladas por Kirk Alyn.

Muitos profissionais que na época trabalhavam nos quadrinhos do herói também foram responsáveis pelos roteiros da série, capitaneados por Mort Weisinger. Foram 104 episódios produzidos dos quais 26 em preto e branco.

George Reeves foi encontrado morto em 16 de maio de 1959. Até hoje as circunstâncias de sua morte não foram esclarecidas. O ator foi encontrado baleado e logo se levantou a suspeita de suicídio para mais tarde ser levada em consideração a hipótese de assassinato motivado por ciúmes.

O filme Hollywoodland-Bastidores da Fama, dirigido por Allen Cutler e estrelado por Ben Affleck trata sobre este assunto resgatando a carreira de Reeves.

George Reeves foi o mais perfeito Super-Homem até então. Ele conseguia convencer tanto como o tímido Clark Kent quanto seu alter ego de capa vermelha. De todos os homens que interpretaram o kriptoniano ele é lembrado como um dos mais favoritos pelos fãs.

Mais do que qualquer outro ator até então, Reeves se viu profundamente identificado com o personagem no inconsciente coletivo. Embora isso tenha feito sua estrela ascender, com o tempo, mostrou ser um veneno para a sua carreira. Isso porque ele passou a não ser mais bem aceito em produções, digamos assim, sérias, já que o público reagia invariavelmente com risadas estridentes toda vez que ele dava as caras nas telas.

Sua única cena em A Um Passo da Eternidade (1953), em que aparecia ao lado do astro Burt Lancaster, por exemplo, teve de ser eliminada porque a plateia presente á exibição-teste do filme começou a gargalhar no mesmo instante em que o avistou.

Reeves ainda interpretou o Super em outro programa, num episódio da série cômica I Love Lucy.

A história de George Reeves tem pontos, quase em comum com a de Christopher Reeve, que além de terem interpretado o mesmo super-herói, tem sobrenome parecido, e também, cada um a sua maneira, um fim trágico.

Em 1958, curiosamente, foi filmado o bizarro episódio piloto de um seriado chamado “As Aventuras de Superpup”, onde pessoas usando fantasias de cachorro interpretavam personagens semelhantes ao de Superman. Era interpretado por Billy Curtis, ainda bem que somente o episódio-piloto foi ao ar.

As Novas Aventuras do Super-Homem – Filmation – 1966

O nome original era The New Adventures of Superman detalhe sinistro é que a introdução  era uma cópia mal feita daquela dos irmãos Fleischer.

A produção era bem pobre, pois usavam cenas de fundo repetidas e também havia pouca movimentação do Azulão. O desenho foi transmitido pela Rede NBC durando de 1966 a 1970.

Além de aparecer em sua identidade secreta de Clark Kent essa versão contava com a presença do pessoal da redação do Planeta Diário: Lois Lane, Perry White e também o chatinho do Jimmy Olsen.

Super-Homem/Clark Kent era dublado por Bud Collyer, o ator da icônica versão radiofônica dos anos 40.

Infelizmente era um desenho muito fraquinho, mas teve a presença de alguns vilões dos gibis como: Lex Luthor, Sr. Mxypltk, Homem-Brinquedo entre outros.

O principal atrativo são as frases clássicas tipo: “para o alto e avante” e “Este é um trabalho para o Super-Homem!”, bordões ditos em todos os episódios.

A primeira mudança aconteceu quando estenderam o desenho pra duração de 30 minutos. Quando tivemos a inclusão de aventuras do Superboy ao lado de Krypto, o supercão e depois terminava com outra sequência do Homem de Aço.

Depois em 1967 o kriptoniano dividiu o programa com Aquaman, mudando o nome para The Superman/ Aquaman Hour. E por último o programa seria novamente mudado, para The Batman/ Superman Hour durando até 1978.

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Superman: Através dos Tempos

Super-Homem – Fleischer Studios – Cinema – 1941

Feito pelos criadores de Betty Boop e Popeye está é a primeira versão animada do Azulão. E mesmo tendo sido feita numa época atualmente tão antiga é sem sombra de dúvidas uma das melhores versões do herói.

No desenho dos Irmãos Fleischer temos fielmente transposto pra telona as aventuras do Super-Homem como eram nos gibis, de 1938.

Vemos toda premissa original do foguete saindo de Krypton antes de explodir, mas não há nada mencionando a sociedade do planeta ou os nomes de Jor-El e Lara.

Outro detalhe importante é quando o foguete aterrissa na Terra, porque também não temos Jonathan e Martha Kent, os pais adotivos do herói (ele cresce num orfanato e desenvolve seus poderes secretamente).

É neste desenho que surgiram as famosas frases clássicas: mais rápido que uma bala, mais forte que uma locomotiva e capaz de saltar prédios num único pulo.

Sempre quando Clark vai se trocar diz seu bordão: “este parece um trabalho para o Super-Homem”.

Aqui temos o kriptoniano original que era mais baixo e seu uniforme tinha o “S” envolto num triângulo. Outras características de seu uniforme eram a capa curta (e indestrutível), a sunga parecida com short, a bota era bastante diferente e não possuía tantos poderes (apenas super força e visão de raio x).

No inicio o Super não podia voar, porém ao longo dos episódios os produtores alteraram isso. Essa versão do herói foi homenageada na minissérie Marvel, do artista Alex Ross.

O Superman que aparece na HQ “A Nova Fronteira” com arte de Darwyn Cooke também foi inspirado neste desenho.

Voltando, as aventuras sempre giravam em torno de algum tipo de salvamento pra evitar grandes catástrofes.

E a bela Lois Lane é uma repórter inteligente e astuta, mas  que sempre está se metendo e alguma confusão. Ora sendo sequestrada por bandidos ora caindo algo sobre ela no que o herói prontamente surge pra salvá-la (era a típica mocinha indefesa que precisava de ajuda).

Outro fato interessante é temos o jornal Planeta Diário sendo o editor Perry White, mas a cidade não é Metrópolis. Fica até difícil de acreditar mais a cidade escolhida aqui chama-se Nova York.

Bom, o fato é que antigamente nas primeiras histórias a cidade protegida pelo herói surgiu como uma adaptação da cidade real de Nova York. A parte mais legal é que o filme Metrópolis, de Fritz Lang serviu como inspiração pra nomear a cidade homônima dos gibis.

O herói era dublado pelo ator Bud Collyer, o mesmo que havia emprestado sua voz pro personagem na versão radiofônica. O que realmente impressiona neste desenho foi o uso da rotoscopia, uma técnica que utiliza referências reais  trazendo a qualidade num nível altíssimo.

Seja pela personalidade marcante de Clark, seja pela Lois comportando-se de maneira intrépida ou por termos nosso herói salvando o dia de maneira incansável. Estas aventuras tornaram-se clássicas por terem mostrado o Super-Homem da maneira como foi imaginado por Joe Shuster Jerry Siegel (recomendo pra qualquer fã do kriptoniano).

Superman – Kirk Alyn

Ele foi o primeiro ator a encarnar nosso herói. E como curiosidade interpretou outro personagem da DC Comics Falcão Negro, no filme Black Hawk: Fearless Champion of Freedom.

O seriado pra cinema foi produzido pela Columbia Pictures, em 1948. Foram feitos 15 episódios com apenas 15 minutos de duração (algo bastante normal neste período).

Temos a destruição de Krypton sendo representada em desenho e a presença de outros personagens dos gibis como: Lois Lane (Noel Neill) e Jimmy Olsen (Tommy Bond).

As histórias giravam em torno da luta contra sua arqui-inimiga a Lady Spider (Carol Forman), porém no filme O Homem Atômico contra Super-Homem (Atom Man vs. Superman – 1950) temos a presença do principal vilão do gibis Lex Luthor, interpretado pelo ator Lyle Talbot.

No seriado quando o Super-Homem começava a voar era substituído por uma versão animada. Infelizmente após sua passagem atuando como herói Kirk Alyn nunca conseguiu nenhum papel de destaque (reclamando que isso arruinou sua carreira).

Talvez isto tenha ajudado a contribuir com a famosa “maldição” que existe a cerca do personagem, porque com a grande maioria dos atores que o personificam acontece algo semelhante.

Kirk Alyn participou do filme de Chris Reeve (1978) fazendo o pai de Lois Lane e infelizmente veio a falecer aos 89 anos de idade, em 1999.

Ficará eternamente guardado no coração dos fãs por ter sido um dos homens a dar vida ao maior herói de todos os tempos.


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