Os Croods
Grug (Nicolas Cage) mantém sua família escondida na caverna após todos os seus vizinhos terem sumido (aparentemente comidos por algum animal ou sofreram algum tipo de tragédia). Isto o tornou um pai super protetor impondo a regra do confinamento para todos sobreviverem.
A intenção é boa, pois todo pai deseja proteger sua família, mas seu medo de enfrentar qualquer situação nova com medo que seja perigoso provoca conflitos com sua filha mais velha.
Eep (Emma Stone), é uma adolescente muito curiosa e que gosta realmente de uma boa aventura e as aventuras da família Crood são contadas pelo seu ponto de vista ( o interessante é que tanto ela quanto seu pai são muito fortes).
Eep desobedece ao pai indo explorar o mundo fora da caverna. É aquele inevitável conflito de gerações entre pais e filhos. Porque é geralmente nesta fase da adolescência que nós estamos querendo dar nossos próprios passos (e nossos pais ainda nos “enxergam” como crianças).
A situação piora quando a caverna é destruída e a família precisa encontrar um novo lar pra morar. E então surge Guy (Ryan Reinolds), um adolescente que não é tão forte quanto Grug ou Eep, mas muito inteligente inventando várias “palavras” que conhecemos.
Quando Eep se apaixona pelo rapaz e conhece o fogo a aventura ganha outra dimensão. Há vários momentos engraçados, mais eu gostei do bicho-preguiça Braço que serve de cinto, cozinheiro, conversador e navedor (cativante).
O mundo como os Croods conheciam estava ruindo e não era de forma literal. É que há milhões de anos atrás havia apenas um só continente no mundo todo a Pangéia que foi se dividindo até formar o mundo de hoje (sendo justamente neste período que animação acontece).
Só que nós já vimos algo semelhante na própria Dreamworks, pois na Era do Gelo 4 é o esquilo Scrat quem provoca a separação dos continentes, não entendi, porque repetiram o tema.
Voltando, Os Croods não mostra nada além do tradicional, pois trata do aspecto humano dos personagens. Eles precisam viver num mundo com o qual não sabem lhe dar ( é justamente nesta questão que torna a animação interessante).
O roteiro é previsível, mas o cenário é belíssimo com plantas e animais exóticos que lembram o filme Avatar.
O que vemos é um homem que se limita por estar confortável na rotina (e gosta de viver desta forma). Quando surge Guy todos precisam encarar o medo e prosseguir para encarar o que está por vir.
Podemos notar como uma analogia aos tempos atuais com a tecnologia moderna que muda tão rapidamente e nós temos que aprender coisas novas de repente.
As cenas da família na chuva e nadando são simplesmente demais. No momento em que Grug se perde no labirinto e todos se separam é quando cai sua ficha. Notando que precisa mudar (antes eles estavam sempre juntos e ali se descobriram como indivíduos).
Mesmo a animação acontecendo na pré-história somos conectados ao aspecto família que há no enredo. Tanto Grug com seu jeito durão, Ugga uma mãe zelosa, Sandy que mais parece um animal feroz e mesmo o idiota do Thunk, até Gran aquela velhinha chata e engraçada (são personagens cativantes).
As cenas são bem feitas e não há nada de mirabolante no enredo que varia pela aventura e comédia, mas é uma ótima animação feita para agradar tanto as crianças quanto aos adultos.