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Crítica

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Uma História de Amor e Fúria

É o mais surpreendente relato sobre a história do Brasil (sem esconder nada). Mostrando de forma clara que quem está no poder massacra a população sem dó e nem piedade.

Esqueça todas as mentiras lidas nos livros oficiais, pois o sangue de muita gente humilde foi derramado no chão do “gigante pela própria natureza”.

Basta notar que as atrocidades ainda continuam acontecendo, seja em Eldorado dos Carajás ou na Candelária. Somos nós o cidadão comum que sempre perdemos (ou um ente querido ou a própria vida).

No enredo temos o guerreiro tupinambá que tem a sina de sempre lutar  e acabar morrendo, mas  toda vez que morre assume a forma de um pássaro. Ele é um imortal que atravessa os séculos na busca incessante do grande amor de sua vida Janaína (e cada reencontro se dá num contexto histórico diferente).

Os índios tupinambás viviam no litoral brasileiro, haviam diversas tribos que possuíam uma língua em comum, o tupi. Os tupinambás eram canibais e acreditavam que ao consumir a carne do adversário ganhavam suas habilidades.

Eles participaram da Confederação dos Tamoios, entre 1556 a 1567, lutando contra os colonizadores portugueses.  A tribo está entre as várias nações indígenas que foram dizimadas ao entrar em contato com os portugueses.

Bom, deixando o belo relato de amor de lado. O que realmente chamou minha atenção foi o pano de fundo histórico, pois estamos tão acostumados a ver somente animação infantil sendo lançada por aqui. E de repente surgiu esta animação que narra da forma mais fiel que já pude ver a verdadeira história do Brasil.

A trama nos ambienta em alguns períodos distintos. Desde a época da colonização do país, em 1500; passando durante a escravidão, em 1800; ou durante a ditadura militar nos anos 60 e mostrando até a ascenção do crime organizado nas favelas (no início dos anos 80). E  partindo pra um futuro apocalíptico distante, em 2096. No Rio de Janeiro aonde haverá guerra pela água (que “talvez” até possa tornar-se realidade).

O roteiro é muito consistente, a animação é rápida, repleta de referências que conhecemos. E os personagens tem um toque de realidade que eu jamais havia visto antes numa produção nacional.

Estamos tão acostumados a prestigiar as produções americanas e nipônicas que desta vez surgiu algo que me deixou perplexo.

A dublagem de Selton Mello, Camila Pitanga e Rodrigo Santoro está sensacional. Os atores já fizeram diversos filmes nacionais e são engajados em divulgar a “cultura” brasileira.

Depois de assistir Uma História de Amor e Fúria não consegui pensar em outra coisa a não ser em seu enredo que destaca as minorias que sempre foram esquecidas (e massacradas através dos anos).

Aqui você verá o mais completo relato do que realmente aconteceu ao nosso povo e isto nunca estará nos livros que lemos.

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Desenho Antigo

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Papa-Léguas

A ideia era bastante simples, pois no deserto americano um coiote perseguia uma ave para poder matar sua fome. O Papa-Léguas era muito veloz deixando o apalermado coiote com cara de bobo toda vez que saia em disparada pela estrada (dizendo somente beep-beep).

Em sua busca incessante para pegar a ave nosso querido coiote sempre comprava engenhocas da ACME, uma empresa que fabricava de tudo que necessitava.

Não sei de onde retirava toda aquela grana pra comprar tanta tralha, mas pra nossa alegria geralmente seus planos davam errados.

Seja terminando com ele caindo num canyon,  preso em sua própria armadilha, explodindo algo em seu rosto ou sendo atropelado por um caminhão. É nas placas que eu me divertia, pois o coiote não falava nada.

É impossível não gostar do Papa-Léguas, porque na maioria dos episódios ele consegue passar a perna em seu arqui-inimigo (contando simplesmente com muita sorte e um pouco de inteligência).

Por mais que suas sucessivas tentativas de tentar agarrar o pássaro veloz “nunca” se concretizem, Willie E. Coiote sempre acha que conseguirá seu intento sem desistir (é muita paranoia).

Na verdade a essência do desenho nós já havíamos visto antes com Tom & Jerry e também com Frajola e Piu-Piu. Ou seja aquele clima de perseguição aonde o perseguido na maioria das vezes consegue se dar bem.

Enquanto seu algoz sofre prejuízos danosos, mas sempre no outro episódio está tramando alguma para pegar seu oponente.

Outro fato interessante é que o Papa-Léguas existe de verdade sendo de onde veio a inspiração de Chuck Jones para a famosa animação.

Seu nome é como no original, Road Runner, e vive no deserto norte-americano, na Califórnia. A ave mede 50 centímetros se alimenta de insetos, lagartos, escorpiões e cobras venenosas.

Ela pode voar, mas por ser um desastre absoluto nisso prefere ficar no chão e alcança a impressionante velocidade de 30 KM/H. Isto tudo apenas para fugir de seus maior predador, adivinha quem é?

Bom, pelo menos na realidade o coiote consegue saciar sua fome, porém há outros predadores naturais como falcões, corvos e guaxinins.

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No desenho O Show dos Looney Tunes que conta as aventuras de Pernalonga com Patolino, morando na mesma casa (é muito fantástico e surreal). A grande diferença e também seu  maior atrativo é que transportaram os personagens pro “mundo real”, pois foi feita visando no público adulto (enganou-se quem pensou que era pra criança).

Então vemos Pernalonga e cia. exibindo problemas financeiros, ou de relacionamentos com namoradas, mas mesmo assim num clima que leva aos antigos desenhos que fizeram tanto sucesso durante décadas.

Nele temos duas coisas interessantes uma é Merrie Melodies aonde os personagens clássicos cantam músicas relacionadas ao episódio do desenho.

E a segunda  são pequenas participações da dupla Papa-Léguas e Coiote em forma de CGI. As confusões continuam sendo as mesmas e a única diferença é que Willie compra seu material pela internet (através de um laptop). Infelizmente o SBT cortava os dois segmentos quando exibia na telinha (e somente no DVD conseguimos assistir).

A gente fica torcendo pro Coiote se dar bem, mas ele é tão azarado que geralmente o Papa-Léguas consegue se safar daquelas armadilhas. E mesmo que nós saibamos como será o desfecho manjado de toda aquela perseguição (no outro dia) estamos sentados novamente para nos deliciar com aquelas trapalhadas, correrias e explosões.

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Superman: Através dos Tempos

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Superman – Bob Holiday – 1966

Dos vários atores que já interpretaram o herói este eu não conhecia. E para reparar este erro pesquisei rapidamente na internet. Pena que infelizmente não havia muita coisa.

Ele foi o protagonista da peça “É um pássaro, é um avião … é o Super-Homem!”, de 1966 que estreou na Broadway e teve 129 apresentações.

Foi um musical bem humorado, onde Superman passa por várias sessões com um psiquiatra, que diagnosticou um complexo de inferioridade enorme no super-herói.

O ator e cantor Bob Holiday nasceu em 1933, e realizaria ainda várias apresentações relacionadas ao ídolo dos quadrinhos.

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