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Crítica

James-Bond-007-Skyfall

007- Operação Skyfall

Nestes 50 anos de história do agente secreto mais famoso de todos os tempos Skyfall demonstrou ser um filme mais psicológico do que de ação realmente.

É claro que as cenas de ação desenfreada aonde a adrenalina corre solta continuam lá como uma marca registrada da franquia, porém neste longa há algo muitíssimo diferente.

Logo no início temos uma perseguição de motos pelos telhados de Istambul (Salve Jorge, novela brasileira da autora Glória Perez que acontece nesta cidade), mas apesar da bela voz de Adele na música tema  eu não gostei desta abertura ficou obscura demais. Ficou claro que ela está conectada com o resto da trama mais pra mim estava muito estranha.

A missão de James Bond (Daniel Craig) era interceptar um agente inimigo que está com os nomes de todos os agentes do Serviço Secreto Britânico. E durante esta missão “M” (Judi Dench) manda atirar no inimigo, mas é Bond quem leva o tiro “supostamente” morrendo.

Enquanto “M” é cordialmente (pra não dizer encostada contra a parede) convidada a se aposentar por Gareth Mallory (Ralph Fiennes).

Após sua quase morte James não está mais tão apto para voltar ao batente, porém no filme não é mostrado por quanto tempo ficou ausente. Ficou parecendo um erro de edição, mas seu retorno foi uma necessidade própria. Deixando entender que ele poderia ter largado pra sempre o Serviço Secreto se fosse de sua vontade.

O vilão Rauol Silva, de Javier Bardem estava num misto de Lex Luthor com Coringa. Do Coringa havia um sorriso estranho e a inteligência de Luthor o deixava sempre um passo a frente de tudo.

Silva era um agente do MI-6 anterior a chegada de Bond. Demorou bastante ele aparecer mais suas ações eram orquestradas desde o início do filme.

Silva é inteligente, insano, sagaz e age de maneira totalmente assustadora. Ele é um gênio da informática suas intenções são sádicas, sinistras e imprevisíveis.

Um dos temas de Skyfall é o uso da tecnologia como uma arma para o mal em prol dos próprios interesses sendo isso que Silva faz com maestria.

A parte interessante é a presença de velhos conhecidos nossos como o “novo” Agente Q, pois é um rapaz realmente jovem que fala dos gadgets como a caneta explosiva numa conversa com Bond entre o antigo e o atual.

Aliás isto ocorre quase que durante boa parte do longa conectando Skyfall com os filmes antigos do agente secreto falando pelas entrelinhas que com o tempo tudo muda.

Outra homenagem aos primeiros filmes de 007 é a aparição do fantástico e clássico carro Aston Martin DB5 sendo usado  numa fuga por Bond e “M” e a inclusão também de uma nova e belíssima versão da Senhorita Moneypenny (Naomi Harris).

Não sabemos se Daniel Craig estará no próximo longa do agente 007, pois há a todo momento nota-se que Bond diz estar ficando velho para as missões.

Skyfall consegue mais uma vez renovar a franquia mesclando de forma eficaz o antigo e  atual disto não tenho dúvidas. Eu adorei esta volta ás origens que assisti durante o filme sendo uma bela homenagem aos 50 anos do agente secreto James Bond.

Eu quase ia me esquecendo Bond é o nome de uma família na Escócia e não uma designação para quem tem permissão para matar como quem usa o número 007. Não sei se isso é bom ou ruim ou desvirtua muito o conceito do agente, mas do meu ponto de vista achei interessante. Skyfall fechou um ciclo e veremos o que o futuro nos trará.

Até a próxima missão…

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