Liga da Justiça: Xogum de Aço
É uma edição especial do estilo Elseworlds ou Túnel do Tempo como chamavam por aqui. No inicio há até um glossário para poder nos conectar melhor ao enredo.
O roteiro de Ben Raab é consistente e bem desenvolvido com reviravoltas que não surpreendem totalmente, mas é bastante perspicaz. Enquanto a arte de Justiniano é fluida, com expressões faciais marcantes, mostrando um belo contraste entre luz e sombra (mantendo várias características da bela arte nipônica).
Seus personagens são interessantes e a aventura torna-se envolvente por causa de suas personalidades distintas (cada suposto herói tem um motivo para ser rebelde).
Desta vez a nave de Kal-El cai no Japão Feudal na época dos samurais, no século XIV, e o bebê é resgatado por um humilde pescador.
A medida que foi crescendo seu pai ensinou-lhe o Caminho do Buda e com sua morte tornou-se alguém muito solitário (Hoshi entra relutante na guerra contra o cruel Xogum, porque não conseguia confiar em ninguém).
Os rebeldes são versões da Liga da Justiça: Dokuya (Arqueiro Verde), o arqueiro que não erra, Manzo (Gavião Negro), um homem capaz de conversar com os pássaros, Inazuma (Flash), mais veloz que o próprio vento.
Komori (Batman), uma guerreira ninja sombria como morcego e também Rikichi, um gorducho muito engraçado que não possui poder algum.
E Kal que virou Hoshi ganhando a alcunha de Tekkohito, o Homem de Aço.
A formação da Liga da Justiça é que chamou minha atenção, pois mesmo que já estejamos cansados de saber quem são (mudaram drasticamente suas características inserindo-as no contexto de forma genial).
O Xogum de Aço, que na verdade é Brainiac, que veio no encalço da nave de Kal e durante os anos estava “quase” dominando todo Japão. Todos sem exceção tiveram uma perda trágica e uniram-se para libertar seu país do domínio cruel de Lorde Zunou.
A intervenção dos rebeldes sempre atrasava seus planos, porém eles partem pra uma última ofensiva contra o tirano na Fortaleza da Solidão (aqui a moradia do Senhor Feudal).
Aqui temos uma inusitada história de amor entre Batman e Superman, pois o Morcegão é uma linda mulher. A entrada definitiva de Hoshi para o lado dos rebeldes foi devido a personalidade marcante dela.
O melhor de tudo é a luta final entre Kal e Braniac ou seja Hoshi e o Lorde Zunou com dragões simbolizando cada antagonista a cena é de uma beleza ímpar (o embate é brutal e surpreendente).
A arte de Justiniano nos faz passear pela história de uma maneira tão agradável que seus personagens ficam guardados em nossa lembrança.
HQ: Liga da Justiça: Xogum de Aço
Editora: Mythos
Ano: 2002