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Batman: Através dos Tempos

Batman Forever 1995 RŽal : Joel Schumacher Nicole Kidman

Batman Eternamente – Batman Forever – 1995

Esqueça o que havia sido bem feito por Tim Burton nos dois primeiros filmes e prepare-se pra tomar um assusto no que aconteceu neste longa.

Infelizmente, Michael Keaton não quis retornar ao personagem e também Burton ficou apenas como produtor. Na verdade os executivos da Warner acharam seu personagem violento, muito sombrio e pesado demais para o público infantil.

Então tomaram a decisão de reiniciar com um novo diretor só que a emenda funcionou pior do que o soneto. O que não dá pra entender se Joel Schumacher havia feito bons filmes como Tempo de Matar, Os Garotos Perdidos, Por Um Fio entre outros, porque detonou com Batman?

Pra mim posso apenas supor que os executivos da Warner realmente atrapalham quando se metem em algum filme (já que não entendem nada de super-heróis mesmo).

A introdução ao filme é até boa, pois logo nas primeiras cenas temos Bruce (Val Kilmer) vestindo o uniforme e pegando suas batquinquilharias. No momento em que anda pela caverna podemos ver a nova versão do Batmóvel. Eu detestei este carro, pois ficou colorido demais mostrando como seria a maior parte do longa.

Voltando, ao vermos Batman inteiro na tela logo aparece Alfred (Michael Gough) perguntando ao herói se queria um lanchinho.

Aliás é justamente nesta parte que tentaram demonstrar que tratava-se de uma versão diferente de Tim Burton. Gotham City estava colorida com fachadas em neon e repleta de luzes (vemos isso até no figurino de uma gangue que Dick enfrenta).

Então Batman pega seu carro e parte rápido em direção a cidade. Não entendi, porque surge de repente pulando dos céus para deter o Duas Caras que estava mantendo um refém no banco de Gotham. E ao ser recebido pelo Comissário Gordon (Pat Hingle) a Dra. Chasey Meridian (Nicole Kidman), uma especialista em dupla personalidade dá descaradamente encima do Morcegão.

O herói sai de repente, deixa a moça falando sozinha e vai se engalfinhar com o vilão (vai entender). A grande diferença do Batman de Val Kilmer para o anterior é a agilidade nas cenas de combate (que sinceramente ficaram “só” um pouco melhores).

A mudança de atores quanto a Harvey Dent ficou estranha, pois antes havia o ator  Billy Dee Williams que até teve participação na série animada usando sua aparência. Sendo substituído por Tommy Lee Jones que demonstrou a dualidade do personagem mesmo o roteiro não ajudando.

Só que não dá pra aturar seus risos que parecia querer imitar o Coringa de algum modo, pois nos gibis ele não dá risadas é totalmente sério (doentio mesmo).

Quando Bruce faz uma visita de inspeção em sua empresa conhece o outro futuro vilão da trama Edward Nigma (Jim Carrey) e deu logo pra notar que era um gênio, porém intelectualmente instável.  O filme todo vemos Carrey fazendo suas caras e bocas roubando a cena do Morcego e infelizmente sua atuação cansa de tão repetitiva.

Num momento a Dr. Meridian aciona o batsinal apenas pra chamar a atenção do herói. Fato que até consegue, mas Gordon aparece pra atrapalhar o clima (ô cara chato).

Após o Duas Caras invadir o circo e fazer de reféns todos na platéia aconteceu um fato muito estranho enquanto rolava a apresentação dos Grayson Voadores.

Bruce Wayne diante de várias pessoas e tomado pelo desespero disse que era o Batman e ninguém ouviu. Não sei se pra mim o absurdo maior era ele contar abertamente sobre sua identidade secreta ou notar que “ninguém” ouviu aquilo (me deu uma raiva).

Principalmente, porque Bruce nos quadrinhos não revelaria sua identidade assim tão fácil (foi imperdoável pensarem numa besteira tão grande).

Não vou negar que a perda trágica de Dick mostrando como seus familiares morreram (a cena é até impactante). Só que nos quadrinhos o vilão era um tal gangster chamado Zucco que mandou sabotar o circo e aqui temos o Duas Caras que simplesmente atirou pro alto.

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A única coisa de relevante mesmo neste filme foi mostrar a queda de Bruce na caverna (fato que também temos em Batman Begins) e sua reconstituição da perda dos pais como foi vista na edição Batman: Ano Um.

Não deu pra aturar também a Dr. Chasey Meridian ficar num chove não molha entre Bruce e Batman parecendo uma cópia inferior de Lois Lane e sua antiga paixão platônica pelo Super.

É engraçado constatar que Batman pula de alturas grandes,  desce sem problema algum de lugares altos sem se machucar e não planando como vinha acontecendo na franquia de Chris Nolan.

Não consegui aturar estas mentiras brabíssimas, pois são furos que infelizmente não deu pra deixar passar estragando nossa aventura pelo filme. E pra piorar ainda teve a infelicidade de mostrar o bumbum do herói na tela, blarg!!!

Algo que havia me esquecido era presença de Drew Barrymore que participou desta canoa furada (toda sexy vestida de branco). Ela era Sugar uma das belas ajudantes do Duas Caras enquanto a outra Spice foi interpretada por Debi Mazar.

Em Batman Eternamente os vilões novamente conseguiram se sobressair mais do que o ator principal. Já que Val Kilmer não conseguiu demonstrar nenhuma expressão diferente  em todas as suas aparições.

A única salvação deste longa foi ver Nicole Kidman que estava linda e provocante sendo lançada ao estrelato de forma merecida por sua beleza.

A história é ruim por não ser consistente, os efeitos são razoáveis, porque em muitos momentos podemos notar que soam falsos e as interpretações são péssimas deixando muita saudade do que vimos anteriormente.

O resultado final é um filme horrível demonstrando que supostamente quiseram fazer uma história do Morcegão. Eu ia até me esquecendo deste detalhe Chris O’ Donnell tinha dado uma entrevista dizendo que não conhecia o Robin.

Sua participação serviu apenas pra chamar atenção do público feminino (seria melhor que nem participasse sua versão bad boy é chata pra caramba).

Se você quiser se arriscar assista por sua conta e risco (depois não diga que não avisei).

O que era ruim nesta produção só ficou pior no que veio depois Batman & Robin (dá dor de cabeça só em lembrar).

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Crítica

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Homens de Preto 3

Eu conheço Homens de Preto apenas da franquia cinematográfica, mas na verdade a história original surgiu nas HQs criada por Lowel Cunningham e publicada pela Aircel Comics (que depois virou Malibu Comics e recentemente foi comprada pela Marvel).

Ainda me lembro do primeiro longa, de 1997 ao qual fui assistir no cinema e fiquei bastante envolvido com sua visão de ficção científica misturada com ação e altas doses de humor. E a música-tema Men in Black que toda vez que revejo não sai da minha memória.

Depois teve Homens de Preto 2, em 2002 aonde havia apenas mais do mesmo, pois o roteiro não foi tão inspirado quanto ao filme original. As piadas não conseguiam realmente empolgar, por que pareciam uma piada morna do primeiro filme.

E depois de 10 longos anos será que valeria a pena um outro filme da franquia?

Sim digo que valeu á espera, por que  Barry Sonnenfeld manteve com perfeição a mistura de ação e comédia. E mesmo o tema de viagens no tempo ser batido e recorrente foi muito bem aproveitado, principalmente, na forma engraçada como J (Will Smith) tem que dar um salto para ir ao passado.

A trama inicia quando o vilão Boris, O Animal  viaja 40 anos  no passado e apaga  o agente K (Tommy Lee Jones) da existência. O futuro da humanidade está nas mãos do agente J, pois só ele se lembra de K e têm que viajar também no tempo para salvar seu amigo.

O pano de fundo desta vez foi o ano de 1969 quando o homem pisou na Lua pela primeira vez. Ainda hoje temos discussões de que este fato realmente não aconteceu, pois há uma certa teoria da conspiração dizendo que o renomado diretor Stanley Kubrick fez um vídeo sobre a suposta ida á Lua.

Deixando a teoria de lado destaco o colorido da ambientação da época. Pra mim  o que ficou bem legal era como as pessoas enxergavam os monstros de ficção científica que ficaram exatamente bem caracterizados.

Outra coisa que me chamou a atenção foi colocarem Andy Harhol (Bill Hader) e sua Factory repleta de hippies aonde misturavam humanos e aliens. Neste momento  fiquei na duvida quem era quem afinal de contas?

Só achei que faltou um choque cultural maior da parte de J por estar naquela período.  Foi algo pouco explorado, mas que não ficou tão importante no que foi mostrado.

Josh Brolin fez um agente K jovem memorável, sinceramente, esteve na medida certa com os aspectos  de quem vivia na época e mantendo todas as características de sua versão futura.

Jemaine Clement (Boris, O Animal) fez um vilão assustador que achei que poderia até distoar naquele contexto, mas sua atuação ficou dentro da temática leve do  filme.

De tudo que aconteceu em Homens de Preto 3 a parte mais interessante foi o carismático personagem Griffin (Michael Sthulbarg) que explicava como funciona as viagens no tempo e como ele enxerga  a conexão de tudo que acontece ao nosso redor. Estamos todos conectados num nível impressionante e isso foi dito de maneira inteligente e simples no filme.

Quase no final  temos uma passagem pra saber como “tudo começou”  tornando a cena forçada tipo água com açúcar e um tanto piegas, porém não estraga o que foi proposto até ali.

Homens de Preto 3 pode fechar com maestria a franquia se assim desejarem é lógico. A impressão deixada quando cheguei ao final do filme era tão boa que dava vontade de vê-lo de novo, justamente, como no primeiro longa.

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