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Memória Brasil

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Bozo

O palhaço surgiu em 1946 quando uma gravadora de discos americana, a Capitol Records, lançou um disco de música com o personagem. Seu dublador era o  ator P. Colvig que  fez a primeira voz do Pateta para Disney.

Quando surgiu a TV em 1949, Bozo migrou pra telinha e  Larry Harmon foi o primeiro ator a interpretar o palhaço (ele também comprou os direitos sobre o personagem transformando-o numa franquia).

Dizem as lendas que juntou-se com alguns estilistas de Hollywood inventando o visual do personagem. Devido ao sucesso o programa do Bozo foi produzido para diversos países no mundo inteiro (e nós tivemos a nossa versão).

Alguém aí se lembra desta música: “alô criançada, o Bozo chegou trazendo alegria pra você e o vovô”.

Era o começo da diversão pra nos sentarmos diante da telinha e ficar de bobeira assistindo Popeye, Pica-Pau e principalmente Spectreman. Ou ainda ficar curtindo as estripulias daquela turma maravilhosa.

Eu me divertia com as palhaçadas do Papai Papudo (Gibe), achava carrancudo demais o  Salsi Fufu (Pedro de Lara que infelizmente faleceu), e me amarrava na gentil Vovó Mafalda (que era interpretada pelo saudoso Valentino Guzzo) e desejava ficar no lugar do Garoto Juca.

Bozo estreou aqui no Brasil em 1980, na TVS (atual SBT) e toda criança que tinha um telefone naquela época ligava pra poder participar do quadro Bozo-memória ao vivo (lembro que aqui em casa não tínhamos telefone e eu ficava triste porque não podia ligar).

Depois que atingiu um sucesso considerável o palhaço tinha alguns interpretes que se revezavam: Wandeko Pipoca (o primeiro), Luís Ricardo (o melhor de todos), Arlindo Barreto (que dizia palavrões), Décio Roberto e Marcos Pajé.

Haviam boatos que um Bozo era usuário de drogas, mas pra mim isto era só lenda. Só que ao pesquisar fiquei sabendo que a história foi verídica (e ainda bem que Arlindo Barreto superou o vício virando pastor evangélico).

Luís Ricardo continua na emissora até hoje participando do sorteio da Tele-Sena,  vende produtos eletrônicos pela telinha durante o Programa Silvio Santos.

Retirando lá do fundo baú temos a voz do Luís Ricardo cantando a versão nacional da abertura do desenho Duck Tales, Os Caçadores de Aventuras (nostalgia pura!)

O Programa do Bozo durou dez anos (indo de 1980 a 1991), mas seu sucesso foi tão grande que marcou várias gerações de crianças pelo país.

Então de repente o Yudi sumiu do Bom Dia & Cia. (o motivo de sua saída foi uma desavença com a filha do Sílvio Santos que é diretora).

E Bozo veio apresentar ao lado da Priscila o programa infantil, mas pouco tempo depois ao sábados. Tivemos uma nova turma de atores a representar os mesmos personagens de antes, pois voltaram Salsi Fufu, Vovó Mafalda e Papai Papudo (e sinceramente ficou fraco demais).

Estava soando forçado e sem graça, porque o carisma da galera anterior era tão contagiante, leve e engraçado que não dava nem pra comparar. Tanto que foi verdade que logo retiraram do ar (já que a audiência estava baixa).

E ainda tiveram a coragem de exibir aquele desenho mequetrefe do palhaço. Quando revi passei mal da qualidade ser tão ruim (não sei como eu gostava daquilo).

Seja cantando a música do chuveiro, lendo cartas das crianças ou fazendo brincadeiras o Bozo ficará guardado no coração de quem teve a alegria de vê-lo quando jovem eternamente.

Fonte de Pesquisa: Wikipédia e InfanTV.

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Super Séries

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O Super-Herói Americano

É uma óbvia paródia ao Superman misturando super-herói,  comédia e drama. A série  foi criada pelo lendário produtor Stephen J. Cannell.

Sendo lançada em 1981 pela rede americana ABC e por incrível que pareça aqui no mesmo ano nós assistimos pela TVS (atual SBT).

Dizem as lendas que a DC Comics processou a Stephen J. Cannell Productions por causa do uniforme ser uma cópia do Superman e do Flash, mas a editora perdeu a causa.

Durante a segunda temporada houve um outro processo no qual alegaram que os poderes do professor eram idênticos aos do kriptoniano e a editora ganhou a causa (a solução foi criar novos poderes para Ralph).

Algo muito significativo pra mim é a música “Believe it or not”, interpretada por Joey Scarbury que tornou-se inesquecível conectando minha memória afetiva a série.

Na história o professor Ralph Hinkley (William Katt) estava com problemas em sua vida pessoal. Porque além do recente divórcio ainda lutava pela guarda de seu filho Kevin nos tribunais.

Então em seu primeiro dia de aula resolveu levar um grupo de alunos problemáticos para um passeio que tinha como tema geologia no deserto. Só que durante a viagem o ônibus quebra no meio da estrada e Ralph decide descer para buscar ajuda.

No meio do deserto depois de muito andar consegue encontrar um carro no qual estava o agente especial do FBI Bill Maxwell (Robert Culp), pois teve que parar ao atropelar o professor.

Felizmente Ralph sofreu ferimentos leves, mas Bill ficou desacordado. Um fato estranho aconteceu já que o carro do agente parecia ter força própria e não funcionava mais.

Exatamente pouco tempo depois aparecem luzes no céu e eles queriam deixar o carro e fugir, mas as portas são travadas deixando-os presos no carro.

Em seguida descobrem que as luzes eram de uma nave alienígena que se comunica com eles através do rádio incumbindo-os de uma missão para salvar o planeta Terra ( de uma destruição causada pelos próprios seres humanos).

E então Ralph recebe uma caixa com o uniforme vermelho e a capa preta que lhe concederia superpoderes, mas o professor perde o manual de instruções. Sendo a partir desta infelicidade que a série tornou-se memorável pra mim.

Ao vestir o uniforme Ralph podia voar, ter super força, visão de raio x, ser imune a balas, invisibilidade, telecinese, supervelocidade  entre outras habilidades. Mais teve que aprender a utiliza-los com muita força de vontade e de forma atrapalhada.

Nos primeiros dias após ganhar a roupa Ralph estava com  receio quanto seu uso para assumir uma identidade heroica. Então uma vez preso no trânsito Ralph encontrou-se atrasado para estar na audiência da guarda de seu filho.

E num ato de puro desespero criou coragem vestindo o uniforme notando que estava cometendo uma loucura e ao sair voando todo estabanado bateu de cabeça num prédio.

Conclusão acabou ficando desacordado, foi preso pela polícia e pior perdeu a guarda do filho para sua ex-mulher. Isto era o que me deixava mais triste, pois dava pra perceber que Ralph fazia de tudo pelo garoto, mas como era desajeitado demais sempre se encrencava.

Uma vez ao tentar voar não estava  conseguindo nada e um menino que assistia a tudo tranquilamente pede para que faça igual ao Superman dar três passos e saltar. Então Ralph aproveita a dica conseguindo galgar os céus , mas se enrolou todo voando desequilibrado e sem controle nenhum.

Aliás a graça era realmente essa, pois ao tentar usar seus poderes Ralph batia num muro, parede ou até outdoors. Geralmente o herói era um desastre absoluto, mas conseguia resolver os problemas que surgiam.

Quando Max descobriu os poderes do “pijaminha” pede a Ralph que o auxilie nas suas investigações só que de maneira discreta. Isto acabou consagrando o agente que não tinha uma fama muito boa com seus superiores antes do professor surgir.

A parte interessante eram as constantes discussões entre Ralph e Max para qual seria a forma ideal de usar o uniforme. Enquanto Ralph queria realmente ajudar as pessoas em contrapartida Max desejava obter um lucro pessoal e isto acabava gerando algumas brigas, mas ao decorrer das aventuras eles tornaram-se grande amigos.

Outra coisa boa era nos momentos em que Ralph precisava se “transformar” em super-herói, pois demorava um tempão para trocar de roupa. Sendo num beco,  banheiro ou atrás de alguma coisa sempre surgia alguém para pega-lo no flagra (tendo que  justificar de qualquer maneira aquela roupa vermelha).

Ralph ganhou uma namorada a bela advogada Pam Davidson (Connie Selleca) que estava cuidando de seu divórcio (formando um trio no combate ao crime). E mais tarde eles romperam o relacionamento, mas acabaram reatando e casando.

Seu filho Kevin (Brandon Williams) reaparece a partir da segunda temporada já como adolescente, mas ele não sabe de nada quanto ao uniforme. Permanecendo o segredo guardado entre Pam e o agente Bill.

O Super-Herói Americano é uma série que deixou muita saudade por abordar um tema aonde os heróis sempre são mostrados como altivos e poderosos. Mais Ralph era uma pessoa comum que de repente viu sua vida se transformar drasticamente ao ganhar o uniforme alienígena. E pra piorar ainda mais situação sem o manual de instruções teve que penar se esborrachando várias vezes para aprender a usar seus poderes especiais.

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 Em 1986, o produtor Stephen J. Channell criou uma continuação da série a rede ABC aprovou o projeto, mas William Katt recusou voltar ao papel que o tornou famoso.

Surgiu a ideia de substitui-lo por uma protagonista mulher na nova série Greatest American Heroine e teve até um episódio piloto gravado. Só que o projeto não foi aprovado pelos executivos da emissora sendo infelizmente engavetado.

A série teve um total de 43 episódios divididos em três temporadas que foram exibidos de 1981 até 1983 nos Estados Unidos. Stephen J. Cannell é famoso por produzir algumas séries televisivas de muito sucesso da década de 80 como Esquadrão Classe A e Anjos da Lei.

Na web há vários sites que disponibilizam a venda desta saudosa série clássica que deixou saudade no coração dos fãs.

Fonte de pesquisa, InfanTV e MSH.

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Super Séries

BJ

As Aventuras de BJ

Era uma série que misturava comédia e aventura, produzida por Glen Larson e Michael Sloan sendo apresentada aqui pela TVS (atual SBT) na década de 80.

O caminhoneiro Billy Joe McKay (Greg Evigan) andava pelas estradas norte-americanas ao lado de seu animal de estimação o chimpanzé Urso num enorme caminhão vermelho e branco. Bom, se prestarmos atenção este veículo serviu de base para o Líder Optimus do antigo desenho dos Transformers.

BJ era um caminhoneiro independente que usava seu caminhão para poder ganhar a vida e geralmente enfrentava caminhoneiros rivais, bandidos de todo tipo e policiais corruptos.

O herói tinha sempre na sua cola o terrível Xerife Lobo que arranjava de todas as maneiras uma forma de prendê-lo. Felizmente BJ não estava sozinho nesta luta, pois ao seu lado estavam a policial estadual Wilhemina Johnson enviada para vigiar o Sargento Wiley, e Tommy outra caminhoneira.

Claude Akins devido ao sucesso de sua interpretação do Xerife Lobo teve que deixar as Aventuras de BJ para estrear sua própria série. Em seu lugar entrou dois policiais corruptos Sargento Beauregard Wiley e seus dois xerifes, Masters e Cain.

E quando não estava metido em alguma confusão BJ divertia-se no Country Comfort Truck Stop (uma parada de descanso) do seu amigo Bullets.

Na segunda temporada BJ se instalou na Califórnia abrindo sua empresa que batizou de Urso (ou Bear no original), o nome de seu chimpanzé. Só que agora enfrentava o político corrupto Rutherford Grant sócio da maior firma de transportes do estado.

Ele não queria qualquer forma de concorrência que atrapalhasse seus negócios, então arranjava qualquer coisa para atrapalhar a empresa do herói. Grant com sua influência amedrontava todo caminhoneiro que trabalhasse para BJ.

A solução foi arranjar uma equipe composta só por mulheres que incluía as lindas gêmeas Teri e Geri Garrisons, Cindy (filha de Grant). Também foram incluídas outras personagens como Angie Cartwright (caminhoneira), Sam, Stacks e Callie Smith.

Mais infelizmente o time de belas caminhoneiras não foi suficiente para segurar a audiência e a série foi cancelada.

BJ era um grande namorador e a parte interessante é que estava sempre na companhia de belas mulheres.

Fonte de Pesquisa: Wikipédia e InfanTV.

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