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Superman: Através dos Tempos

Smallville: As Aventuras do Superboy – Tom Welling – (2001 a 2011)

Confesso que no início eu nem ligava muito pra série, mas um colega de trabalho me alertou para Smallville e quando assisti fiquei viciado naquele formato de Clark usar os poderes e ao mesmo tempo ter que esconde-los ( pra mim isto era incrível).

Então quando me acostumei eu ficava empolgado já com a música-tema, Save Me, da banda francesa Remy Zero que tocou em todas as temporadas.

A trama de Smallville gira em torno da chuva de meteoros que atingiu a cidade em 1989 causando efeitos prolongados das rochas de meteoros na cidade em alguns de seus cidadãos. Foi também durante a chuva de meteroros que a nave do bebê Kal-El caiu no Kansas.

O grande trunfo desta série é que pegaram parte dos elementos originais do mito e deram uma modernizada no conteúdo como se tudo acontecesse no século XXI.

Engana-se quem nunca parou para ver, porque perdeu a oportunidade de assistir a melhor renovação feita sobre o mito até aquele momento.

Todo nós sabemos quem é Superman, mas pouca vezes nos gibis sua vida em Smallville foi tão bem esmiuçada. Na série temos a  vida de Clark Kent (Tom Welling), um típico adolescente do Kansas sendo contada (com a exceção dos superpoderes, é claro!).

Dizem as lendas que a intenção era fazer um programa sobre a adolescência de Bruce Wayne antes de tornar-se o Homem-Morcego, mas o projeto foi cancelado por causa de que havia algo semelhante pro herói na telona.

Os roteiristas Alfred Gough e Milles Millar desenvolveram as aventuras baseadas na juventude de Clark em Smallville.

Deixaram de lado a intenção de mostrar o Azulão de uniforme voando e se concentraram no aspecto de mostrar a vida de Clark passando pela adolescência até a fase adulta. Tivemos toda a influência pela descoberta de seus poderes e como resolve usa-los a maneira que vão se desenvolvendo.

Eles recuperaram um conceito antigo que havia nos gibis da Era de Prata, período que durou de 1956 a 1970. Diferente do conceito que Superman nunca foi Superboy criado por John Byrne durante a reformulação em meados da década de 1980 (quando o Superboy já voava pelos céus de Smallville).

Trazendo desta época a amizade que havia entre Lex Luthor e Clark Kent em Pequenópolis (a cidade foi chamada assim aqui no Brasil por muitos anos).

A inimizade entre os dois surgiu depois que um experimento científico de Lex deu errado e responsabilizou o Superboy por ter ficado careca.

Bom, consta ainda neste período aparições tanto de Lois Lane quanto do Arqueiro Verde e também do Aquaman em Smallville (acontecimentos aproveitados depois pelos roteiristas).

Smallville começou tímida, mas com a sequencia de temporadas os redatores acrescentaram personagens bastante conhecidos nossos como: Impulso, Aquaman, Canário Negro, Sociedade da Justiça, Arqueiro Verde,  Legião dos Super-Heróis, Zan e Jayna  e principalmente a lindíssima Supergirl (Laura Vandervoort)  entre tantos outros que fez a série crescer exponencialmente.

Enriquecendo a trama e mostrando que uma adaptação de HQ é viável na telinha desde que seja trabalhada de forma correta.

A melhor parte foi explorar de maneira ímpar os coadjuvantes, pois era muito difícil deixar de simpatizar com Martha e Jonathan Kent (eles conseguiram moldar a personalidade de Clark para torna-lo o herói que todos admiram).

Em contra partida aquele amor e carinho que Clark teve vimos seu antagonista Lex Luthor (Michael Rosenbaum) brigar diversas vezes com seu pai Lionel Luthor.

Divergências estas que beiram a loucura de tão estranhas, mas tinha um grande significado no passado da família Luthor.

Então temos um LL inteligente, cínico e dissimulado sempre tramando na surdina e querendo tomar para si Lana Lang (Kristin Kreuk) de seu suposto melhor amigo (era algo assustador ver isso).

Aliás a mudança na etnia tanto de Lana Lang quanto na de Pete Ross (Sam Jones III) foi algo marcante, pois os fãs chiaram muito. Pra mim desde que seja feito de uma forma que não estrague tudo fica válido.

A série inseriu dois personagens que não existiam nos gibis Chloe Sullivan (a bela Allison Mack), uma amiga de Clark que inicialmente curtia uma paixão secreta por ele.

E Lionel Luthor (John Glover), o ator havia trabalhado antes na franquia do Batman como Jason Wodrue, nos quadrinhos é o vilão Homem-Florônico.

Outro grande mérito que Smallville teve foram as participações especiais de diversos atores que ao longo dos anos trabalharam no universo do Superman (cinema e TV).

Desde Christopher Reeve, o Superman mais carismático das telonas que interpretou o Dr. Virgil Swann, Terence Stamp (o eterno General Zod), Margot Kidder (a Lois Lane do cinema), Marc McClure (o Jimmy Olsen do cinema).

Também tivemos, Helen Slater (a Supergirl do cinema), Dean Cain (o Superman da TV), Teri Hatcher (a Lois Lane da TV) e Annette O’Toole que interpreta Martha Kent também participou como Lana Lang no filme de 1983.

Uma curiosidade é que Lynda Carter, a eterna Mulher-Maravilha do seriado televisivo que não tinha nada haver com o herói ( ganhou uma merecida homenagem também participando da série).

O sucesso da série é inegável, porque foram utilizados os melhores efeitos especiais que eram os mais modernos naquela época conseguindo transmitir toda ambientação que podiam realizar.

Durante os anos que esteve no ar ganhou diversos prêmios televisivos como Emmy Awards e Teen Choice Awards, mas acabou influenciando diversos spin-offs indo desde uma seriado do Aquaman que ficou apenas no piloto (também gerando livros, HQs, discos e outras quinquilharias pra vender).

A série durou longas dez temporadas, pois o nível dos efeitos especiais estavam ficando cada vez mais caros. E por causa da sua extensa jornada com altos e baixos,  a audiência estava diminuindo.

Apesar do episódio final emocionante que teve cena de voo, trilha sonora de John Williams e diversas cenas em homenagem ao filme de 1978. O clímax foi frustrado pelo orçamento apertado da série.

Depois de esperar 10 anos para ver Tom Welling com o icônico uniforme azul, os fãs tiveram que se contentar com tomadas distantes, um modelo em computação gráfica e closes no rosto do ator, que nunca chegou a colocar a vestimenta.

 Smallville mesmo não conseguindo agradar a gregos e troianos é de longe a melhor versão feita pra telinha com o Superman, um fato que conseguiu dar mais longevidade ao mito do Último Filho de Krypton que já teve tantas releituras na cultura pop.

Fonte de Pesquisa: Mundo dos Super-Heróis.

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Superman: Através dos Tempos

O Melhor Superman – Christopher Reeve

Em 1978 , foi lançado no cinema Superman- O Filme, estrelado por Christopher Reeve com o slogan “ Você vai acreditar que um homem pode voar.” Com direção de Richard Donner e história de Mario Puzo, o mesmo de O Poderoso Chefão, com a colaboração do quadrinhista Carmine Infantino- essa colaboração ás vezes é confirmada e ás vezes é negada.

O filme foi um grande sucesso e é ainda considerada a melhor adaptação de quadrinhos para o cinema. No elenco estão grandes nomes como Marlon Brando (Jor-El), Glenn Ford (Jonathan Kent) e Gene Hackman (Lex Luthor). Margot Kidder dava vida a uma determinada Lois Lane.

Kirk Alyn e Noel Neill, antigos Clark e Lois, interpretam numa breve cena os pais de Lois Lane. Bom,o Último Filho de Krypton que todos de minha geração e eu aprendemos a gostar começa com ele, pois Chris Reeve é o Superman definitivo.

Simplesmente é um fato que não há como negar, sua atuação como o atrapalhado Clark Kent, a mudança de personalidade, as diferenças nos gestos e atitude quando transformava-se no herói são um deleite á parte.

Sua atuação é tão marcante que tornou-se uma referência de como fazer o personagem na telona. Vários artistas dos quadrinhos desenharam o Super com o rosto do Chris, é impossível falar do kriptoniano e não associá-lo a Christopher Reeve o eterno Superman.

Meu sonho de criança era conhecer Christopher Reeve, apertar a mão dele, pedir um autógrafo. Pra dizer a verdade na época, eu nem sabia que ele não falava português, porque tudo que eu entendia vinha da TV. É um sonho que infelizmente nunca irá ser realizado.

Desconhecido antes de vestir o uniforme azul e vermelho, Reeve virou símbolo de perseverança e até tema de debate nos Estados Unidos.

“O que faz o Superman um herói não é o fato de ele ter o poder, mas de ter a sabedoria e a maturidade para usar o poder sabiamente. De um ponto de vista da atuação, foi assim que eu abordei o papel”, disse em entrevistas.

Reeve era filho de uma jornalista e um professor que teria ficado desapontado ao descobrir que o filho seria o Superman dos quadrinhos, e não o da obra do escritor Bernard Shaw. “ Vi como o Superman transforma a vida das pessoas. Eu vi crianças morrendo de tumor no cérebro, cujos últimos pedidos eram falar comigo.

E elas foram para seus túmulos com a crença nesse personagem intacta. Percebi que o Superman importa”, disse Reeve.

Em 12 de outubro de 2004 aos 52 anos perdemos Chris Reeve vítima de um ataque cardíaco, estava tetraplégico desde 1995 quando sofreu um acidente em prova de hipismo (esporte que ele adorava), mas lutou como ninguém pela pesquisa de células-tronco virando ainda mais um símbolo do herói que ficou para nós.

A morte de Christopher foi noticiada de uma forma a homenagear aquele que foi a síntese do herói em carne e osso para todos nós “Morre o Superman”.

Superman- O Filme (1978)

Jor-El, envia seu único filho á Terra para ser salvo da destruição iminente de Krypton.

O foguete parte enquanto o planeta explode.Ao Cair na Terra é adotado por Martha e Jonathan Kent um bondoso casal de agricultores do meio oeste americano, pois Smallville fica próximo ao Kansas (Tótó aonde está você?). Eles o ensinam a ser uma pessoa justa, honesta e simples, mas com valores éticos firmes.

Após a morte do pai adotivo Clark viaja para o sul com o fragmento de cristal que Jor-El lhe deixou, indo pro lugar onde surgirá a Fortaleza da Solidão. Já adulto ruma para Metrópolis, se apaixona por Lois Lane, fica conhecido como Superman, após salvá-la de morrer num acidente de helicóptero, desperta a inveja de Lex Luthor ( “a mente criminosa mais brilhante de nosso tempo”).

E gira o mundo ao contrário ( mentira braba, mas a gente releva, não é?) para salvar Lois da morte.

Superman II- A Aventura Continua (1980)

Três criminosos kriptonianos são exilados na Zona Fantasma por Jor-El e o conselho. O General Zod (TerenceStamp) jura vingança. Superman salva Lois e a cidade de Paris de uma explosão nuclear.

No espaço a detonação liberta o trio de vilões que são atraídos para á Terra, pois com a proximidade com o sol amarelo vão ganhando superpoderes. Enquanto isso Clark expõe sua identidade secreta e declara seu amor por Lois se livrando de seus superpoderes para ser uma pessoa comum.

Seus inimigos procuram vingança destruindo Metrópolis e também a Casa Branca.

Arrependido por deixar tal coisa acontecer. Clark volta pra Fortaleza, recupera seus poderes e tem uma luta memorável na cidade.

Fingindo medo volta pra Fortaleza e lá lançando raios pelas mãos e destacando o emblema (fazer o quê,né?), derrota o trio de vilões (“Luthor sua cobra venenosa”) Alex, Dênis, Jansen e eu adorávamos falar esta frase.

No final apaga a mente de Lois com um beijo (outra mentira horrível.) E promete ao presidente dos Estados Unidos que nunca os abandonará ( bom no Superman: O Retorno vemos acontecer outra coisa.)

Fora essas licenças poéticas com poderes ridículos, ainda continua sendo uma das melhores adaptações do kriptoniano mantendo o ótimo nível do primeiro filme.

Superman 3 (1983) e Superman IV –Em Busca da Paz (1987)

No terceiro o Superman luta contra uma versão má de si mesmo e no quarto contra armas nucleares. Sem mais comentários.

Supergirl – 1984

Os produtores ingleses Alexander e Ilya Salkind resolveram filmar “Supergirl” baseado na criação de Otto Binder e MortWeisinger, de 1958, para a DC Comics.

Foi dirigido por Jeanot Szwarc com a atriz Helen Slater interpretando a Supergirl e ainda tinha Faye Dunaway como a vilã Selena.

A única e melhor coisa neste filme é a beleza de Helen Slater, pois o resto não vale a pena comentar.

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