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Herói

INDIANA JONES AND THE KINGDOM OF THE CRYSTAL SKULL

Indiana Jones

É a síntese de um herói que possui vida dupla. Durante o dia leciona como professor, mas nas horas de folga deixa o terno pra trás.  E depois se veste  com seu famoso e inseparável chapéu, junto com chicote e revolver para nos envolver em suas aventuras atrás do passado de civilizações antigas.

Uma curiosidade é que o chapéu do herói ao qual podemos considerar uma parte de suma importância em sua representação (como fosse parte de sua alma). É produzido aqui no Brasil pela empresa Curry Chapéus, que existe desde 1920.

Um dos produtores era cliente da empresa, mas eles só souberam que seu acessório foi parar no filme quando estreou Os Caçadores da Arca Perdida no cinema (fazendo mais sucesso desde então). Atualmente a empresa comercializa o chapéu vendido com o nome do personagem.

Um fato que vale lembrar  que o papel de Indy foi originalmente destinado para Tom Selleck, mas o ator teve que desistir (é que na época havia assinado o contrato para fazer a série Magnum). Outros dois atores estavam cogitados também para o papel Nick Nolte e Peter Coyote, mas graças a Deus ficou com Harrison Ford.

O ator também tem outro personagem clássico na carreira o mercenário espacial Han Solo, da franquia Star Wars.

Bom, dizem que Indiana Jones teve uma grande inspiração nas aventuras de Tintim, de Hergé. Eu prefiro ir mais além a influência do personagem veio dos livros pulp e dos serials dos anos 30 e 40.

O herói é descendente direto do ZorroDoc Savage, Jim das Selvas, Flash Gordon e outros aventureiros clássicos. Eram heróis perfeitos que combatiam soldados nazistas, criaturas de outros planetas e salvavam mocinhas indefesas.

Basta conferir também belas imagens de lugares exóticos, cenas de luta aonde o enquadramento faz parecer que você está participando dela e principalmente resolver diversas questões usando a parte mais importante do corpo humano o cérebro (e quando não dá certo resolve com os punhos mesmo).

A parte interessante é que a saga de Indiana Jones reinventou este tipo de aventureiro, pois ele não é um homem perfeito como seus predecessores. A grande diferença era que Tarzan e cia. eram do tipo invencíveis (destemidos e sempre se davam bem no final).

Enquanto com Indy tudo mudava de figura apanhou diversas vezes de seus inimigos, levava tapas no rosto dados pela mocinha e principalmente tinha medo de cobras.

Só o que sempre chamou mais minha atenção era sua vida dupla de professor e arqueólogo nas horas vagas. Seja fugindo de armadilhas mortais ou roubando relíquias arqueológicas com a desculpa de entrega-las pra algum museu (que eu me divertia).

Antes de assistir a Caveira de Cristal estava pensando que seria apenas mais do mesmo, porque qual seria a novidade numa franquia consolidada há anos atrás?

E claro que não apresentaram algo de diferente do que já estamos acostumados e adoramos assistir. Afinal de contas é Indiana Jones não precisa mudar nada, mas o fato interessante é sobre a tal caveira.

Esta história de caveira de cristal remonta até ao século passado. Há pessoas que acreditam que sejam de alguma civilização antiga, outras que foram feitas por extraterrestres  e outros acreditam que podem curar doenças (o que é verdade não sei, mas na ficção temos algumas histórias sobre estas caveiras).

Isto acabou me lembrando, “A Casa do Espanto 2”, que conta a história de Jesse (Ary Gross). Ele recebeu a mansão como herança e volta pra casa que seus pais foram assassinados. Junto com Jesse está sua namorada Kate (Lar Par Lincoln) e seu melhor amigo Charlie (Jonathan Stark).

Aventura só começa quando desenterram o seu tataravô que foi um fora-da-lei no velho oeste, pois buscavam um tesouro escondido. Pra surpresa de todos ele estava vivo de posse de uma caveira de cristal asteca que proporciona imortalidade.

Deste momento em diante temos muita confusão quando surgem mortos-vivos, feiticeiros e zumbis que também querem se apossar da caveira. E se não me falha a memória a casa possui portais para outras realidades (é um filme muito doido).

Voltando, Henri Jones Júnior, nasceu na Escócia, em 1° de julho de 1889. Quando criança decidiu adotar, o nome “Indiana”, que era o mesmo de seu cachorro (apenas por detestar ser conhecido como Júnior).

Seu gosto por aventura vem de família, pois seu pai também é um arqueólogo que levou o filho desde cedo em suas viagens.

A Série

Aproveitando o auge do sucesso da saga cinematográfica tivemos a série, O Jovem Indiana Jones, produzida pela  Rede ABC (entre 1992 a 1996).

Criação de George Lucas e nela temos a infância e juventude do nosso herói narradas por ele mesmo. Só que mais velho com 93 anos de idade (interpretado pelo ator George Hall).

A ideia surgiu durante A Última Cruzada, pois há uma sequência que temos River Phoenix como um jovem Indy. Então o autor desenvolveu todo histórico do personagem, partindo de seu nascimento, passando pela infância até a fase adulta (nos filmes estrelados por Harrison Ford).

Na parte da infância que acontece pelos 10 anos idade quem fez foi o ator Corey Carrier. Enquanto na adolescência, entre 16 e 21 anos, temos a vez de Sean Patrick Flanery, como curiosidade neste período Indy adotou o nome de Henry Defense (lutando na 1° Guerra Mundial).

A série tinha uma previsão de mostrar 70 episódios e infelizmente só tiveram 28, pois ABC cancelou a produção.

Filmes Clássicos

Indiana Jones e os Caçadores da Arca Perdida – 1981

A história acontece, em 1936. E nosso herói arqueólogo está numa busca desenfreada  contra  os nazistas atrás da arca da aliança. Na Bíblia diz que Moisés guardou os dez mandamentos dentro dela e seus poderes são incomensuráveis. Não poderia deixar de comentar que a cena inesquecível é aquela do templo em que Indy escapa de ser esmagado de uma pedra enorme (um clássico).

Indiana Jones e o Templo da Perdição – 1984

Indy foge da China de avião e ao cair na Índia decide ajudar as pessoas dum vilarejo cujas crianças foram escravizadas. O nível de adrenalina continua ao máximo, no entanto o tom ficou mais sombrio. Destaco as comidas exóticas, besouros, sopa de  olhos, carne de cobras e o pior de todos cérebro de macaco (legal qualquer dia eu provo!).

Indiana Jones e a Última Cruzada – 1989

Desta vez o ator River Phoenix interpreta um jovem Indy e ficamos sabendo como surgiram suas marcas registradas (seu nome, chapéu e o chicote). Voltando  a ter os nazistas como vilões principais que queria obter o Santo Graal, cálice que foi usado por Jesus Cristo na última ceia.

A parte engraçada são as discussões entre filho e pai Dr. Henri Jones, vivido pelo ex-James Bond, Sean Connery. A cena em que o Dr. Jones espanta os pássaros na praia se não me engano tem algo semelhante num 007 feito por ele (só não lembro qual).

Indy é forçado a encontrar o Santo Graal quando um nazista atira em seu pai. E nosso herói precisa encarar armadilhas mortais para salvá-lo, pois o tempo é curto. Usando o diário do Dr. Jones Indy enfrenta o Hálito de Deus, a Palavra de Deus e o Caminho de Deus (cada uma contendo um enigma mais difícil e muito diferente).

E pra piorar no final quando consegue passar por todas as armadilhas ainda precisa encontrar o cálice sagrado em meio a diversos outros (se escolher o errado era morte na certa).

O carisma de Harrison Ford quando fez, Indiana Jones, ajudou a redefinir os filmes de ação durante os anos 80. George Lucas e Steven Spielberg deram a definição de algo que não existia antes (a expressão  “blockbuster”).

Indiana Jones é um herói que o realismo fantástico em que vive nos fascina e faz querer estar ao seu lado curtindo as mesmas aventuras. Só pra fechar, Indiana Jones serviu de inspiração pro surgimento da belíssima Lara Croft.

Veja na galeria abaixo algumas imagens que consegui do nosso querido aventureiro.

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Falando Sobre

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Superman

Os irmãos Fleischer nos presentearam com duas animações importantes Betty Boop e o Marinheiro Popeyemas ficaram marcados na história quando trabalharam na primeira animação do Super-Homem.

Toda vez que revejo não consigo deixar de pensar que conseguiram realizar numa época tão longínqua uma série com uma qualidade técnica muito avançada tornando-a praticamente atemporal.

A introdução apresentando a origem clássica do herói é uma das melhores ideias que tiveram. Tanto que a Filmation  fez a mesma coisa anos depois (copiou descaradamente pra dizer a verdade).

O famoso seriado televisivo com George Reeves (1950) também tinha o mesmo tipo de abertura. É importante lembrar que o Homem do Amanhã (da Era de Ouro dos gibis) não voava, pois somente podia dar longos saltos.

A parte interessante é que seus superpoderes  desde aquela época já tinham uma explicação científica para torna-la plausível, porque sua força física era baseada nas formigas e os saltos nos gafanhotos (depois vieram acrescentando mais coisas).

Na animação o Super também não podia galgar os céus, porém isto foi mudado ao longo dos episódios. Podemos notar que a introdução também vai mudando.

Nos primeiros temos: “olhem lá no céu!” em outros há variações do mesmo tema como: “capaz de voar mais alto que qualquer avião”; “mais rápido que um raio”; “mais forte que a arrebentação do mar” ou ainda “mais poderoso que um veloz furacão”.

Outra coisa interessante foi o uso de rotoscopia (uma técnica que consiste em redesenhar quadros de um vídeo seguindo uma referência filmada).

A tecnologia da década de 1940 era bastante simples se compararmos com a atual, porém é mostrada de maneira notável tanto nos carros, aviões, máquinas á válvula ou transistores e até máquina de escrever.

O uniforme de Kal-El é azul escuro com o escudo amarelo, preto e o “S” vermelho  que virou referência para Alex Ross na HQ “O Reino do Amanhã”, de 1996. Porém o melhor desta animação é sua forma estilizada, repleta de contrastes e sombras.

Em Superman: A Série Animada (1996) podemos notar que  Bruce Timm trouxe este estilo de volta, pois sua versão não difere em nada dos irmãos Fleischer. Basta prestar atenção nas similaridades. O kriptoniano é forte, mas sofre em alguns momentos para concretizar sua tarefa.

A grande diferença está na abordagem de histórias por conta do espaço de décadas entre elas e a já citada mudança na tecnologia. Podemos ver isso claramente nos vilões enfrentados, porque enquanto na versão de 1941 o Super enfrenta cientistas malucos, bandidos, robôs, chuva de meteoros, esfria um vulcão em erupção ou detém um enorme dinossauro.

Enquanto que em 1996 temos Lex Luthor, Brainiac, Darkseid, Metallo,Mxyzptlk, Live Wire e Vulcana (que foram criadas exclusivamente para animação e depois entraram pra continuidade). Lembrando que Vulcana apareceu na animação da Liga da Justiça.

Lois Lane é uma das minhas musas dos quadrinhos preferidas e aqui em Terra Tupiniquim no período Pré-Crise era chamada de Miriam Lane (não sei explicar porque era assim).

A intrépida repórter  tinha um ótimo faro pra notícia e também seu azar era justamente proporcional para cair numa encrenca. A Lois de Fleischer tinha um ar de pin-up fascinante, porque seu gestual é lânguido e sensual sem ser forçado (agindo de maneira natural).

E quem escreve a maioria das matérias sobre o herói é ela (e não Clark Kentcomo foi mostrado na versão de John Byrne). A melhor parte é que Clark não tem nada de bobo ou atrapalhado. Este tipo foi muito bem aproveitado pelo saudoso Christopher Reeve pro filme,  de 1978.

O Clark Kent de Fleischer é calmo, discreto e troca de roupa em diversos locais. Tanto que numa cabine telefônica fez isso apenas uma única vez (e ficou marcado pra sempre). Ele também troca na sala de limpeza forma que foi imortalizada por George Reeves.

Superman: Recomeço

Quando a Saga Ponto de Ignição terminou a DC Comics trouxe os Novos 52. Uma referência a um novo Multiverso com 52 Terras Paralelas (aonde tinham 52 revistas para vender). Reformulando e reiniciando todo seu panteão com novas histórias e uma nova cronologia.

E uma das principais atrações foi esta nova abordagem do kriptoniano que ficou bastante diferente da versão criada por John Byrne, pois além da cueca vermelha ter desaparecido (já estava na hora mesmo) o herói era motivo de muitas piadinhas por conta disso.

Vindo de um enorme histórico de queda na popularidade, de baixas vendas ao longo dos anos, pois perdeu até para o Morcegão neste quesito.

O Azulão voltou a crescer aos olhos do público nesta volta ás origens clássicas de  sua origem, de 1938. Com todos aquelas frases interessantes do período: mais forte que uma locomotiva, capaz de pular prédios num único salto e mais rápido que uma bala.

Poucos superpoderes como: superforça, invulnerabilidade, superaudição e visão de raio-x. Clark Kent mora num prédio de apartamentos velhos e tem problemas para pagar o aluguel.

Sabemos que detém outra referência marcante deste período inicial ao lutar pelos fracos e oprimidos. Trajando uma calça jeans, botas e uma capa pequena e indestrutível demonstrando um  forte senso de moral entre certo e errado. E agindo contra qualquer pessoa que se opor em seu caminho.

Misturando fatos da cronologia tradicional e trazendo alguns elementos novos (como o traje nano-tecnológico) acabou despertando a atenção dos fãs. E consolidando esta fase no aumento da venda de suas edições.

Os Novos 52 mostrou ser uma grande ideia inicialmente, mas com o tempo revistas foram canceladas, pois o mercado editorial americano é muito concorrido. E pra ser sincero trabalhar com tantas edições assim é história demais pra  manter o nível de qualidade por um bom tempo.

Porém tudo isto irá culminar em Superman: O Homem de Aço filme dirigido por Zack Snyder o famoso diretor de 300 e Watchmen. Mais que também exibe em seu currículo o terrível Sucker Punch (tendo de bom apenas a beleza de suas atrizes) que poderia ter tido um final bem melhor do que foi mostrado. Eu realmente tinha medo se este reinicio nas telonas tivesse apenas a mão deste diretor.

Contudo para alívio geral dos fãs ainda temos  na produção Chris Nolan que demonstrou na recente trilogia do Morcegão a adaptação á altura do herói de Gotham City (acredito que veremos uma boa dose da criatividade dele nisto tudo).

A situação cinematográfica do Homem do Amanhã não é uma das melhores, pois o fracasso de Superman: O Retorno, de 2006 (ainda repercute em nossas memórias).

Posso dizer que  pelos trailers que tenho visto na web O Homem de Aço veio pra confirmar sem sombra de dúvidas que o Superman é o maior herói de todos os tempos (não só dos gibis, mas também do cinema).

A abordagem está mostrando que Kal-El se questiona por ter superpoderes e a grande ameaça do General Zod  fará o herói definitivamente escolher seu caminho.

Falando em Zod notamos que será o mais cruel vilão da história recente de filme de quadrinhos. E pensando que pelo sucesso deste longa haverá sim uma franquia pra Liga da Justiça qual seria o vilão?

Sinceramente não poderia deixar de pensar em Darkseid sendo que o vilão não daria as caras logo de primeira (ficando apenas manipulando alguma marionete) para depois realmente cair na porrada com o kriptoniano.

Fato que demonstra seu M.O. Sendo que  ainda temos o monstro Apocalypse visto que a forma abordada na animação da Liga da Justiça ficou ótima. E você qual vilão gostaria de ver no filme da Liga?

Pra fechar,  será que Superman: O Homem de Aço irá realmente consolidar esta nova imagem do herói kriptoniano? Só o tempo poderá nos responder.

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