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Os Piores Filmes de HQ – Primeira Parte

Desde que Brian Singer adaptou com exatidão e sucesso Os X-Men para as telonas vivemos sob uma nova onda de filmes de quadrinhos. Seu novo apogeu se deu com Os Vingadores, Batman: O Cavaleiro da Trevas Ressurge e O Espetacular Homem-Aranha, pois suas bilheterias são uma prova incontestável disso.

Vingadores se iguala ao Superman, de Chris Reeve  por traduzir fielmente o colorido das HQs pras telas de cinema, pois agora as adaptações ganharam notoriedade e credibilidade. Tudo começou em 1978 quando Richard Donner fez um excelente trabalho com o kriptoniano. A partir deste filme os produtores tiveram um olhar diferente para os seres de capa, collant e cueca por sobre as calças.

Donner consegue nos fazer acreditar que um homem pode realmente voar e dali em diante houveram várias outras adaptações umas pouquíssimas boas e várias outras ruins.

Todo mundo fala sempre dos melhores filmes de quadrinhos que já assistiram, até mesmo eu já citei alguns, mas que tal lembrar dos piores? Não vou falar de todos mais apenas os quais me lembro. Então vamos a eles?

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Spawn – 1997

Quando fui assistir no cinema haviam somente 6 pessoas na sala de exibição contando comigo e o personagem estava no auge nos EUA. O longa contava com os efeitos especiais da Industrial Light and Magic tornando o visual espetacular e só.

Na HQ, Al Simmons é um agente da organização governamental A-6, que dedica sua vida á  bela namorada Wanda Blake e deseja ter ao lado dela um estilo de vida mais pacato. Na sua última missão, ele é traído e assassinado pelo líder da agência, Jason Wynn.

Mas Simmons, desejando estar de novo com Wanda, fez um pacto com o demônio Malebólgia e volta pra Terra cinco anos depois, sem saber que foi destacado pra liderar o exercito do Inferno com os poderes de Spawn.

Bom, pelo menos no período em que foi adaptado os efeitos especiais são de primeira, isto é inegável, Martin Sheen é o único ator de renome e representa bem o vilão Jason Wynn.  A perversa e bonita agente Priest (Melinda Clark) não existia nos quadrinhos sendo ela quem mata Al Simmons.

O único personagem que gostei foi Cogliostro (Nicol Williamson) um mendingo misterioso que ajuda Spawn a descobrir o que aconteceu a ele ensinando-o a usar seus poderes.

Suponho que Cogliostro (que nos quadrinhos parece ser imortal) já tenha sido um Spawn e conseguiu fugir desta sina. Só não sei como e quando, pois eu lia as revistas e nunca vi nada relevante sobre tal assunto.

Nos gibis,  Al é atormentado pelas memórias de sua antiga vida, mas precisa aprender a sobreviver sob sua condição atual. Acaba sendo acolhido pelos mendigos que nem ligam pro seu rosto deformado e protegendo-os por se tornar mais um dos excluídos.

Além do Spawn eu gostava bastante dos detetives Sam e Twitch que mais pareciam uma versão do Gordo e o Magro (Stan Laurel e Oliver Hardy). Sinceramente o filme é uma bomba e foi mal na bilheteria, porque simplesmente é uma perda de tempo assisti-lo.

Apesar de vermos as características do Spawn o roteiro é muito fraco e os efeitos especiais mesmo sendo legais não conseguiram segurar tanto assim nossa atenção e temos péssimos atores interpretando. Se você quiser ver é por sua conta e risco depois não diga que eu não te avisei.

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Demolidor – O Homem Sem Medo – 2003

Ben Affleck já foi muito criticado em Hollywood, mas conseguiu levar a estatueta do Oscar, 2013 com o filme Argo. E recentemente houve um boato sobre um filme da Liga da Justiça sendo dirigido por ele. Sinceramente ainda bem que não rolou, pois eu acho que seria um fiasco absoluto.

Não pela direção dele, mas porque a DC está querendo fazer a adaptação correndo sem preparar nada de consistente para vermos. Bom, mas vamos falar de um deslize que todo ator têm em sua carreira e o de Ben Affleck é Demolidor.

Condensando 40 anos de história do herói cego numa tacada só somos apresentados a trajetória trágica grega de Matt Murdock. Um menino que perdeu seu pai numa luta forjada e que também perdeu a visão ao ter material radioativo banhado em seu rosto.

Matt Murdock ficou sem sua visão, mas seus outros sentidos foram ampliados a níveis fora do comum. Apesar de ser muito querido pelos fãs de quadrinhos em geral o Demolidor nunca foi um herói top da Marvel, mas atingiu um certo auge durante a clássica Queda de Murdock e só.

Recentemente na web esteve rolando a notícia do gibi a Morte do Demolidor. Bom, já foram tantos heróis que já morreram e voltaram que eu detesto este assunto. A morte nos quadrinhos tornou-se algo corriqueiro e um grande caça níqueis.

Voltando, todo mundo chiou ao saber que Ben Affleck iria interpretar o personagem, pois sua má fama de canastrão e inexpressivo o precedia. Mais pra mim vi uma boa apresentação de Matt Murdock sendo muito bem caracterizado.

O universo do herói cego estava todo ali, mas o roteiro pecou pelo excesso. Aliás Jennifer Garner estava realmente linda como Elektra seu maior e melhor par romântico das HQs. E eu adoro a cena em que Matt “vê” o rosto de sua amada na chuva é muito poética.

A parte ruim é aquela câmara de imersão que Matt usa para dormir e ter dois vilões no seu pé o infame Mercenário (Collin Farel) e o desprezível Rei do Crime que ficou ótimo vivido pelo saudoso ator Michael Clark Duncan.

O fato é que Matt no mesmo filme conhece Elektra e a perde sendo morta pelo Mercenário numa cena igual das HQs, pois poderiam ter feito isso num segundo ou terceiro longa. É um bom filme do Demolidor com belas cenas de ação principalmente no final quando vemos o herói pulando por entre os prédios, mas o roteiro estragou tudo pecando pelo excesso.

E recentemente ainda teve todo este rebuliço na web, porque Affleck irá interpretar o Homem-Morcego. Eu sou contra e pra dizer a verdade se nós que assistimos e damos bilheteria não somos respeitados é porque eles estão apenas interessados em ganhar dinheiro (não sou nenhum inocente).

Sei que há uma grande indústria por trás dos filmes, mas pra mim fazer uma adaptação atualmente deve ir de encontro ao que os fãs querem (respeito como foi feito na trilogia de Chris Nolan).

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Geração X – 1996

Houve uma época anterior ao sucesso de X-Men aonde Geração X também fazia um grande estardalhaço nas HQs da Marvel então resolveram adaptar para a telinha. O filme conta com o diretor Jack Sholder, o mesmo do ótimo A Hora do Pesadelo 2: A Vingança de Freedy.

Na história temos as aventuras de um grupo de adolescentes com superpoderes, desenvolvidos por mutação (condição genética anormal que aparece na puberdade, causada pelo Fator X, localizado na glândula pienal do cérebro, como aparece explicado no filme).

Por não dominar suas habilidades, os garotos são recrutados para aprimorar seus poderes na escola Xavier, instituição criada pra receber apenas adolescentes especiais. Os escolhidos são Arlee (Suzanne Davis), que tem como alter ego Buff, garota com sérios problemas por achar seu corpo muito feio, devido as constantes transformações; Jubilation Lee (Heather McComb) como Jubileu, que emite fogos de artifícios por suas mãos.

Mondo (Bumper Robinson), com poder de assimilar qualquer tipo de material; Agnelo Espinosa (Agustin Rodriguez), ou Derme, que pode transformar a estrutura de seu corpo; Kurt Pastorius (Randall Slavin), ou Refrax, que emite possantes raios através dos olhos (lembrando muito um outro mutante famoso dos X-Men); e Monet (Amarilis), que supera, tudo e todos por sua inteligência.

E os males de ordem moral e intelectual que abalam os jovens heróis são sanados por dois adultos mutantes. Emma Frost (Finola Hughes), a Rainha Branca com fantásticos poderes telepáticos  e Sean Cassidy (Jeremy Hatchford),  mais conhecido no mundo mutante como Banshee, irlândes que usa como arma seu grito sônico.

O vilão é Russel Trask (Matt Frewer), um cientista louco e egomaníaco que ganha dinheiro preparando campanhas subliminares pra produtos que não são tão bons quanto parecem. Quando descobre que sua arquirrival Rainha Branca é a professora desta equipe, decide sequestrar um mutante pra usar em seus experimentos.

Geração X  é um filme que não consegue adaptar com precisão o grande sucesso que havia nos quadrinhos, porque os efeitos especiais são ruins e o roteiro é pior ainda.

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Superman 3 – 1983

A franquia do Azulão até que são filmes bem dirigidos, pois continuam o padrão iniciado com Richard Donner, mas os roteiros ficaram fraquíssimos.

Em Superman 3 temos a ilustre presença do saudoso Richard Pryor que foi um dos melhores comediantes da década de 1980. A história deste longa é toda ruim, pois há um vilão convincente Ross Webster (Robert Vaughn) que por azar ficou muito parecido com Lex Luthor.

Temos uma linda e sexy  assistente Lorelei Ambrosia (Pamela Stephenson) que obviamente era uma versão da Senhorita Teschmacher.

Nesta história temos Gus Gorman (Richard Pryor), um gênio da informática que não tem sorte na vida. Até conhecer o Sr. Webster que usa seu intelecto para construir um supercomputador para então destruir o Homem de Aço, mas nesse meio tempo por conta da exposição a kriptonita nosso herói se torna arrogante e egoísta.

E sinceramente foi incrível vermos o Super dividido em dois a personalidade ruim de Kal-El ficou aterrorizante aonde até seu uniforme estava mais escuro. E o embate psicológico entre  Superman e Clark Kent no ferro-velho é inesquecível pra mim.

Infelizmente este filme é muito ruim, mas vale a pena por causa da presença de Christopher Reeve (também da bela Lorelei Ambrosia e só).

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Superman 4: Em Busca da Paz – 1987

Após receber uma carta de um menino pedindo pra acabar com a guerra nuclear, Superman decide destruir as ogivas nucleares do mundo inteiro. Só que neste meio tempo nós temos o vilão careca, Lex Luthor de volta que consegue um fio de cabelo do herói.

Quando o Super joga as ogivas no sol acaba criando um  ser movido a energia solar praticamente similar a ele o Homem-Nuclear (Mark Pillow). A parte engraçada e sinistra era que toda vez que o Homem-Nuclear ficava no escuro desligava como se fosse um robô, blargh!

Esta história do Homem-Nuclear me lembrou quando John Byrne reintroduziu o Bizarro nas revistas do kriptoniano. Nela Lex  manda um cientista japonês replicar o herói, pois eles achavam que Kal era humano. O clone surge perfeito, mas depois muda tornando-se a criatura conhecida como Bizarro.

E dali em diante nasce o ódio de Luthor pelo Super-Homem por saber que ele não era humano é memorável.

Bom, voltando as cenas de destaque em Superman IV são as lutas contra o Homem-Nuclear e se há alguma outra coisa interessante não me lembro mais.

Gostou? Logo trarei a segunda parte.

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Crítica

O Espetacular Homem-Aranha

Depois do estrondoso sucesso de Os Vingadores a Marvel volta seus olhos para o Amigo da Vizinhança. Um dos personagens mais adorado pelos fãs.

O grande atrativo do herói além dos poderes é ele ter os problemas de uma pessoa comum como: um chefe chato e mal-humorado (J J Jameson), contas pra pagar geralmente sem dinheiro nenhum.

Isto nos torna próximos ao herói fatos demonstrados em Homem-Aranha 2. O Aranha teve em seu terceiro longa da franquia anterior uma grande bilheteria, mas o roteiro infelizmente foi uma porcaria.

A coisa mais difícil de fazer numa adaptação de HQ pro cinema é agradar aos fãs, pois cada um tem seu período do personagem preferido. Não dá pra agradar a gregos e a troianos.

Sinceramente eu não queria estar na pele de Marc Webb, pois sua tarefa não é nada fácil. A trilogia de Sam Raimi ainda é bastante recente na memória afetiva dos fãs e comparações infelizmente não vão faltar.

Em O Espetacular Homem-Aranha  vemos a trajetória de Peter Parker desde sua infância quando abruptamente seus pais fogem até se tornar o herói que todos gostamos. Há toda uma preocupação para sabermos quem é Peter Parker (Andrew Garfield). O filme  acaba sendo um pouco psicológico e lento demais em algumas partes.

O roteiro é baseado tanto na época da origem do herói em 1962, quanto no universo Ultimate em 2000. Referências é o que não faltam, pois temos Peter Parker magro e adolescente,  os lançadores de teia inventados por ele, a inteligência acima do normal são fatos característicos das HQs.

Parker confecciona o próprio uniforme como no original, mas senti falta do lema que é a marca registrada do Aracnídeo: “com grandes poderes vem grande responsabilidade.” A palavra responsabilidade é dita mais de uma vez, porém a famosa frase unida a trágica morte do Tio Ben (Martin Sheen ) definem  toda a psicologia do herói.

O fato que chamou mais minha atenção foi colocar a minha linda Gwen Stacy, porque bela Emma Stone ficou bem caracterizada. Bom, não vou dizer que não gosto da Mary Jane, porém Gwen está marcada em minha lembrança em dois momentos.

O primeiro:  foi na HQ “A Noite em que Gwen Stacy morreu”, que simplesmente me deixou perplexo quando li e  o segundo: foi em “Marvels”, com a arte de Alex Ross aonde ela sorri durante a chuva quando os atlantes invadem Nova York.

Esta cena na revista me lembrou o momento do filme do Demolidor em que Elektra (Jennifer Garner) sorri  também na chuva diante de Matt Murdock que consegue “enxergar” o rosto de sua amada. Essa Gwen Stacy do cinema é diferente da versão das HQs, porque ela nunca demonstrou ser tão inteligente assim nem no universo Ultimate.

As imagens dos movimentos do herói são ótimas feitas no estilo parkour e lembrando a fase do artista Todd MacFarlane, pois diferente da franquia anterior ficaram mais reais e impactantes. É como se estivéssemos acompanhando o Aranha se balançar pela cidade. Ele se comporta como o herói dos gibis, porque até as piadinhas estão presentes.

Como não poderia deixar de acontecer a participação surpresa de Stan Lee é sempre hilária. Fico sempre esperando este momento engraçado, pois é uma ótima forma de homenagear ao homem que idealizou e criou personagens que fazem parte das nossas vidas.

Quanto ao vilão acho que o Lagarto não é um dos melhores do Aranha, mas as cenas de lutas ficaram angustiantes.  Apesar de serem rápidas demais, pois quase não dava pra acompanhar. Todos nós sabemos que o  Duende Verde é o maior inimigo do Aranha, mas eu gostaria de ver o Abutre voando por Nova York.

Um fato interessante é que Peter se machucava muito durante as lutas e fica subentendido que a Tia May (Sally Field) desconfia que seu sobrinho seja o Homem-Aranha.  Gostei da atuação do ator Denis Leary como o Capitão Stacy deu um excelente antagonista quanto ao Aranha, pois é um personagem de pouca duração nas HQs.

Como eu já disse O Espetacular Homem-Aranha não vai conseguir agradar a gregos e a troianos, mas cumpre bem seu papel de reapresentar o herói. Gostei dessa mesclagem de elementos mostrados no filme deu uma enriquecida no personagem, pois abre um novo leque de roteiros futuramente e espero que sejam bem aproveitados.

E no final dos créditos quem aparece será Norman Osborn ou o Doutor Octopus? Será que a resposta sairá só no próximo filme?

 

 

 
 
 
 
 

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