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Batman: Através dos Tempos

DK

Batman: O Cavaleiro das Trevas – parte 1

De abril de 1985 a março de 1986, todo o Universo DC foi recriado da estaca zero. A maxissérie de 12 números Crise nas Infinitas Terras lançou as bases para a total reformulação das centenas de personagens da editora (e Batman não foi exceção).

Em junho de 1986, foi lançada Batman: O Cavaleiro das Trevas (Batman: The Dark Knight Returns), um dos mais significativos acontecimentos das HQs na década de 80, não só pela qualidade, mas pelas mudanças que impôs ao perfil da indústria dos Comics.

Após essa minissérie de quatro números, escrita e desenhada por Frank Miller, e editada num formato luxuoso sem precedentes, Batman e os quadrinhos, em geral, nunca mais seriam os mesmos.

Nas suas páginas, o herói não era mais o personagem idealizado dos tempos antigos, e seus inimigos – o Coringa, em particular – jamais foram tão letais.

Quando li BCT pela primeira vez, em 1986. Eu estava com 14 anos, e iniciando no mundo dos quadrinhos. Foi como se algo surpreendente fosse mostrado pra mim, pois a série cômica de 1966, ainda era algo recente em minha memória afetiva (visto que aqui no Brasil havia sido veiculada, em 1982).

Bruce estava com quase 60 anos e era psicologicamente atormentado pela fera que  inutilmente queria trancafiar dentro de si “Batman”tentou levar uma vida comum, mas Ghotam City é assolada por uma onda de crimes que faz o Morcego reerguer-se abruptamente.

O Morcego volta á ativa e a notícia se espalha indo parar em acalorados debates  vistos pela TV.  Há dez anos o  governo norte-americano havia proibido os super-heróis de agir em público e Batman não está nem aí pra isso. Agindo brutalmente para retomar as rédeas de sua cidade.

A parte mais incrível era algo que seria inconcebível um embate ideológico e titânico entre Batman e Superman, pois haviam deixado de ser os grandes amigos das décadas anteriores. Simplesmente foi algo magnífico e sem precedentes.

Um dos fatores mais importantes da HQ é resgatar as origens sombrias do herói original, aonde era visto como um temido vigilante que a polícia combatia. Essa revisão influenciou tudo que foi feito com o personagem nas décadas seguintes repercutindo até nos dias de hoje.

Depois de tantos anos esta HQ ainda continua a ser maravilhosa e pra mim a pergunta  que não quer calar é como um homem que quase no declínio de sua vida consegue

combater o crime daquela forma? A explicação não surgiria de forma tão fácil, mas é do Batman que estamos falando, e ele é imprevisível.

Batman é um herói fascinante, porque ao longo das décadas já foi reinventado diversas vezes, mas sempre conseguiu de maneira implacável amedrontar a mente e a alma dos malfeitores.

E quem poderia imaginar que depois de mais de 20 anos iriamos ter um longa animado desta graphic novel?

Nesta primorosa animação o Homem Morcego consegue ser  tão assustador quanto em sua concepção original, de 1939. Quando Gordon liga para mansão e o telefone vermelho toca lembrei da série de 1966 que também tinha um contato direto com a chefatura de polícia.

A melhor coisa nisto tudo é ver os fatos da referida história e de como ela continua a ser tão instigante e atraente.

O longa animado consegue manter toda a carga psicológica da HQ, principalmente, na parte em que Batman entende  profundamente a dualidade perturbada da existência de Harvey Duent.

Eu notei algo curioso quando o mutante entra na loja de conveniência para assaltar, na estante de HQs mostra rapidamente três edições. Uma do Monstro do Pântano, uma do Sandman e outra de V de Vingança. Se não me engano foi uma homenagem para Alan Moore e Neil Gaiman, dois artistas que também revolucionaram o mundo da nona arte.

Outro fato foi a cena que foi retirada é aquela em que o General do exército que vendia armas para os mutantes comete suicídio e Batman segura seu corpo inerte envolto pela bandeira americana.

É estranho notar que a sequência da narrativa não está totalmente igual a da HQ, pois foi alterada drasticamente, pois eu não gostei de algumas mudanças. Talvez seja para angariar ao público infanto-juvenil. Sinceramente os fãs mais xiitas vão torcer o nariz pro que foi feito.

Infelizmente já deu pra notar que estão querendo ser politicamente corretos nesta adaptação será que vão mostrar todos os aspectos da Guerra Fria como havia na HQ?

Dark-Knight-Returns-Part-2

Batman: O Cavaleiro das Trevas – parte 2

Acho que praticamente tudo já foi dito no comentário anterior, pois não há nada muito de relevante para acrescentar (mais vou fazer assim mesmo).

A animação continua com a temática original de tudo ser mostrado em conjunto com a TV. A Gangue Mutante foi dividida na facção Os Filhos do Batman que marcham sobre a égide do Morcego.

Mas o fato principal é o reaparecimento do Coringa que volta de um estado catatônico (por causa do retorno do Morcegóide).

O presidente ainda continua a ser Ronald Reagan que convoca o Homem do Amanhã para cuidar da baderna em Gotham City e no caminho amansar um certo roedor alado.

Quando o Azulão passa voando por um jornaleiro podemos ver as edições de Flash de Dois Mundos e a original da Liga da Justiça dos anos 1960.

A parte engraçada foi a batata quente chamada Batman sendo jogada do Presidente para o Governador, do Governador para o Prefeito e do Prefeito para a Comissária Yendell.

Logo em seu primeiro ato de posse ela sai a caça do vigilante. É interessante lembrar que Jim comentou com ela que há homens grandes demais para se deter (fato que estava falando claramente do Morcegão).

Na conversa entre Kal e Bruce a águia pega entre suas garras um rato formando uma alusão a batalha que logo haveria entre os heróis.

Enquanto Batman destrói o esquadrão inteiro da Comissária o Sr. C. tem uma memorável noite de estreia num programa de TV matando todas as pessoas no auditório. Mostrando que mesmo velho ainda é um perigoso serial killer (sinistro demais).

A segunda parte da animação consegue prender nossa atenção do início ao fim (trazendo o grande e esperado clímax). Ainda mais na luta entre Superman e Batman  no Beco do Crime, pois quando a guerra entra numa das casa há um quadro na parede homenageando Christopher Reeve.

A cena de luta foi extendida, pois o Morcego não aguentaria uma luta desenfreada e poderosa daquele jeito contra o Escoteiro Azulado.

Sinceramente é na luta contra o Coringa que vemos notadamente que esta animação (mesmo tendo sido baseada numa das HQs mais importantes da história dos gibis) manteve alto nível de violência e grandes sacadas políticas fazendo nossa viagem ser muito mais interessante e nostálgica (para os fãs mais antigos).

Mesmo mantendo a mudança injustificável que havia sito feita no status quo da Mulher-Gato (transformando-a numa prostituta). Ou ainda vendo Alfred morrer (algo que foi marcante e triste pra mim).

Afirmo que  todo fã  que seja do Batman ou de quadrinhos em geral deve assistir esta animação, pois aborda de maneira satisfatória a grande e clássica HQ.

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Batman: Através dos Tempos

frank miller

Frank Miller

Nascido em 1957,  Frank Miller mudou-se de Vermont para Manhattan aos 22 anos, onde realizou vários trabalhos para revistas em quadrinhos na década de 70, entre as quais Peter Parker, The Spetacular Spider-Man, antes de começar a desenhar Demolidor para a Marvel. Logo, ele começou a escrever para a série também.

Em 1982, já consagrado por sua versão do Demolidor, desenhou a minissérie Wolverine. Um ano depois, escreveu e ilustrou Ronin, uma série em seis partes para a DC Comics, sobre samurais numa sociedade futurística e decadente.

Seu primeiro trabalho para Batman foi o lápis de “Wanted: Santa Claus Dead or Alive” (DC Special Series 21, de 1980). No entanto, sua obra mais conhecida para o Morcegão, foi o roteiro e o lápis de Batman: O Cavaleiro das Trevas (Batman: The Dark Knight Returns, no original), uma graphic novel lançada em março de 1986.

A história foi arte-finalizada por Klaus Janson e colorida por Lynn Varley.

Ambientada num futuro próximo e desolado com um Bruce Wayne de 50 anos, esta série, aclamada pela crítica, estabeleceu os tons sombrios para Batman que persistem até hoje. Miller, DC e Batman receberam na época, cobertura nacional e internacional dos meios de comunicação, tornando Dark Knigth tanto um sucesso criativo quanto comercial.

A série teve inúmeras reimpressões na sua forma original, bem como compilado de capa mole e dura. Gerou também paródias e homenagens de outras editoras. Miller deu sequencia a Dark Knight com o roteiro de Batman: Ano Um (Batman 404-407, 1987) também outra série de sucesso que contava os primeiros passos de Batman no combate ao crime. Mais tarde, os trabalhos Santas Claus, Dark Knight e Year One foram reunidos num único volume.

O autor escreve, em 1987 Elektra Assassina, uma minissérie em oito partes para a Marvel. Colaborou com Geof Darrow em Hard Boiled de 1990 e, com Dave Gibbons, Give me Liberty, ambos para a Dark Horse. Também para essa editora, escreveu e desenhou a graphic novel em preto e branco Sin City e sua continuação Sin City A Dame to Kill For.

Participou da realização do roteiro dos filmes Robocop 2 e Robocop 3. E também trabalhou no argumento da minissérie Demolidor: O Homem sem Medo. Em 1993, formou, com John Byrne, Mike Mignola, Dave Gibbons, Arthur Adams e outros artistas de renome, o selo Legend, cujos títulos foram lançados em co-edição pela Dark Horse.

Veja na galeria abaixo algumas imagens do artista  que consegui na web

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Fonte de pesquisa: Batman Magazine

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