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Arma X:  A Origem de Wolverine

Vista aqui em Grandes Heróis Marvel n° 35, com arte, roteiro e arte-final do mestre Barry Windsor-Smith (bastante conhecido nosso da época que trabalhou em Conan).

A história surgiu originalmente em Marvel Comics Presents (72-84, em 1991) como uma maxi-série dividida em doze capítulos nos EUA. Nós tivemos a sorte de acompanhar a história na integra de uma vez só.

Os acontecimentos vistos aqui ocorrem durante o início dos anos 1960.

A HQ  tornou-se uma leitura obrigatória para sabermos a origem do baixinho (algo que nunca havia sido feito antes), pois mostra como conseguiu a inserção de adamantium e as garras que se tornaram seu maior atrativo.

Estes aspectos transformaram-se na forma definitiva de mostrar a origem de Wolverine definindo conceitos de seu universo que são abordados até hoje (tanto que foram mostrados também no filme X-Men Origens: Wolverine).

Quando começamos a ler o gibi somos apresentados ao Dr. Cornelius que estava lendo a ficha de Logan (parece que se conheciam).

Wolverine está numa grande fossa que não sabemos por qual motivo, mas nota-se que é um policial aposentado precocemente.  Passando suas noites no Profecia um hotel para cristãos que caíram em desgraça (sua vida era apenas beber e brigar).

Então foi sequestrado num estacionamento de bar de estrada por agentes do Programa Arma X (não sem uma grande resistência diga-se de passagem). O Programa Arma X era um projeto secreto para transformar mutantes em armas de guerra.

Na história não é mostrada aonde este lugar fica localizado. Preso no laboratório Wolverine é tratado como uma  simples cobaia pela equipe do Dr. Cornelius que trabalham de uma forma cruel e impiedosa usando  tortura física e mental.

Mostrando noites frias ao relento lutas contra uma alcateia de lobos e um enorme urso transformando-o numa impiedosa máquina de matar. E principalmente têm sua mente manipulada com memórias falsas.  Apagando sua memória para não revelar futuramente dados confidenciais.

Então tudo que havíamos lido anteriormente poderia não ter sido “memória falsa”.

Tanto que durante os anos seguintes este era o mote principal de qualquer roteirista que trabalhasse nas edições do herói (repetindo e trazendo novos acontecimentos ao passado nebuloso).

Quando inseriram o adamantium em seu corpo a dor foi tão grande que devido ao processo Logan voltou a um estado de selvageria e natureza sombria (evocando o carcaju animal de onde surgiu seu nome Wolverine).

Quando os cientistas achavam que Logan estava completamente controlado ele se liberta e causa um derramamento de sangue total na base (matando a todos que estavam lá). No final temos Logan perambulando pela floresta conectando ao momento em que James Hudson e sua esposa o encontram.

Barry Windsor-Smith nos mostra uma narrativa que nos instiga a ler como se participássemos da história, pois seus diálogos com cores diferentes e a ausência de balões nos induzem a isso.

Mesmo que saibamos de tudo que aconteceu em parte do passado do herói a HQ ainda se permite em deixar um assunto não revelado (como quem financiou o projeto).

Outra coisa interessante é que foi lançada (quase ao mesmo tempo) por aqui Wolverine n° 1, da Editora Abril com capa de John Byrne.

É nesta fase que ocorrem as aventuras na ilha de Madripoor e nosso herói é conhecido como Caolho, pois andava com um estranho tapa-olho.

Arma X é uma HQ obrigatória para ficar na estante de qualquer fã do baixinho canadense.

HQ: Grandes Heróis Marvel n° 35: Arma X: A Origem do Wolverine

Editora: Abril Jovem

Ano: 1991

 

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Lordes da Justiça

Um Mundo Melhor

Neste episódio inicia com a LJA lutando contra Lex Luthor aonde o Morcegão descobriu suas antigas versões no que ficou estabelecido como uma “outra Terra”.

O Ajax deles contata nossos heróis dando uma rápida explicação da Crise nas Infinitas Terras enganando a Liga (da nossa realidade) levando-os para uma emboscada.

Nisso ficamos sabendo que no mundo dos Lordes da Justiça Lex Luthor, então presidente dos Estados Unidos assassinou friamente o Flash. Lembrando que o fato de Lex tornar-se presidente também aconteceu nos gibis durante os anos 2000.

Em retaliação o Superman após ser esculachado matou o vilão careca no Salão Oval e exatamente dois anos depois eles tomaram as rédeas do mundo. Podemos dizer que será um futuro alternativo aonde “talvez” estes acontecimentos possam vir á tona e não uma Terra Paralela como se acreditava antes.

O planeta ficou controlado, pois Kal-El tornou-se um controlador fascista.

Em, Superman: A Série Animada algo muito similar também aconteceu no episódio Admirável Metrópolis Nova quando numa realidade alternativa Lois morreu e Superman num uniforme negro é enganado por Lex Luthor que administra tudo com mãos de ferro.

Quando a Lois Lane de nosso mundo foi transportada para aquela realidade foi que o Homem de Aço acordou pro que estava acontecendo (foi um episódio memorável).

Voltando, no episódio todo o restante da Liga seguiu seu exemplo mudando seus uniformes ficando mais sombrios para demonstrar esta nova fase. A amizade que havia entre Hal e Barry é reeditada nesta versão animada, pois John Stewart sente falta de Wally.

Quando a nossa Liga ficou presa  na “outra realidade” o vilão Apocalypse surge destruindo toda a vida que encontra em seu caminho. Em alguns episódios mais á frente notamos que a explicação para a origem do monstro ficou melhor do que a dos quadrinhos.

Os Lordes da Justiça entram em nosso mundo por um beco (fato que me lembrou o filme Exterminador do Futuro). A luta dos Lordes contra Apocalypse é grandiosa e termina com Superman lobotomizando a criatura.

Não poderia deixar de lembrar que temos aqui uma síntese de tudo que Batman representa, pois Bruce quando luta contra ele mesmo na Batcaverna fala que deseja um mundo aonde uma criança não sofra o trauma que o tornou um herói sombrio (é simplesmente demais).

Dividido em duas partes e ramificações em outros episódios (quando o Questão descobre sobre tudo isso e Superman luta contra o Capitão Átomo) “Um Mundo Melhor” é uma das melhores aventuras das várias que existem na série animada.

super-powers-34

Mais uma coisa bastante interessante é que encontrei algo similar numa edição antiga da minha coleção. Em Super Powers n° 34, temos “A Mão do Destino”, com arte e argumentos de Dan Jurgens.

Neste gibi que se situa justamente após a morte do Homem do Amanhã. A Liga da Justiça estava enfraquecida, pois sofreu um massacre nas mãos do vilão Apocalypse. Encontramos a equipe nesta situação o Besouro Azul (Ted Kord) em coma, a Fogo  temporariamente sem seus poderes, o Gladiador Dourado perdeu seu traje que havia sido totalmente destruído e a Gelo havia saído do grupo.

Na história somos inicialmente apresentados a Safira-Estrela e ao Mago vilões que tentavam deter uma Liga da Justiça fascista que estava começando a controlar o mundo (podemos então notar que Um Mundo Melhor não surgiu por acaso).

Tudo começou com Eléktron que teve um sonho aonde seus amigos da fase Satélite estavam controlando o mundo. O vilão Doutor Destino se aproveitou deste sonho e forçou a se tornar realidade.

É uma história cheia de reviravoltas, porque os papéis foram invertidos enquanto a Liga age de forma severa. Os vilões se unem para tentar deter  a LJA, mas não conseguem triunfar.  Pra se ter uma ideia Ajax  quebrou o braço de Sinestro e executa friamente a Safira Estrela com uma rajada óptica.

O Falcão da Noite (era assim que o Gavião Negro era chamado aqui) é extremamente mais violento que o marciano, pois quebrou o nariz de Sinestro e mandou arrancar seus braços. Este gibi é tão bom que há espaço para as antigas discussões acaloradas que haviam entre o Arqueiro Verde e o Gavião Negro.

Outra coisa interessante foi que descobrimos a identidade do misterioso Bloodwynd (que na verdade era Ajax sendo dominado por aquela jóia em seu peito) isto foi mostrado em outra edição Batman e Liga da Justiça se não me falha a memória.

Também havia uma crise nesta história com aumento do desemprego e caos econômico como aconteceu na realidade, em 2008.

A parte mais interessante foi quando a Liga formada por Máxima, Guy Gardner (de posse de um anel amarelo), Mulher-Maravilha, Condor Negro (que quase morreu nas mãos do Falcão da Noite), Ray, Bloodwynd e Agente Liberdade acabam indo parar neste universo-sonho criado por Eléktron.

Parecia que tudo iria terminar mal, pois o Falcão exterminou friamente o Arqueiro Verde e o vilão Doutor Destino invadiu o QG da Liga tentando numa vingança insana assassinar Eléktron. É  umas das aventuras mais emocionantes que já tive o prazer de ler e guardo-a com carinho em minha coleção.

Lembrando que Super Powers foi uma coleção de action figures da empresa Kenner Toys dos anos 80. Sendo lançada aqui em terra brasilis durante o ano de 1985.

Eu era doido pra ter um bonequinho desta coleção, mas meu pai infelizmente nunca comprou pra mim. É justamente por este período que acontece a melhor e última versão dos Superamigos (Hanna-Barbera) aonde o vilão Darkseid tenta a qualquer custo sequestrar a Mulher-Maravilha, pois queria casar com ela.

São desenhos que ficaram marcados pela fidelidade que havia nos gibis que tempo bom (só nostalgia).

HQ: Super Powers n° 34

Título: Liga da Justiça da América versus Liga da Justiça da América

Argumento e arte: Dan Jurgens

Arte-final: Rick Burchett

Editora: Abril Jovem

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