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Desenho Antigo

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Papa-Léguas

A ideia era bastante simples, pois no deserto americano um coiote perseguia uma ave para poder matar sua fome. O Papa-Léguas era muito veloz deixando o apalermado coiote com cara de bobo toda vez que saia em disparada pela estrada (dizendo somente beep-beep).

Em sua busca incessante para pegar a ave nosso querido coiote sempre comprava engenhocas da ACME, uma empresa que fabricava de tudo que necessitava.

Não sei de onde retirava toda aquela grana pra comprar tanta tralha, mas pra nossa alegria geralmente seus planos davam errados.

Seja terminando com ele caindo num canyon,  preso em sua própria armadilha, explodindo algo em seu rosto ou sendo atropelado por um caminhão. É nas placas que eu me divertia, pois o coiote não falava nada.

É impossível não gostar do Papa-Léguas, porque na maioria dos episódios ele consegue passar a perna em seu arqui-inimigo (contando simplesmente com muita sorte e um pouco de inteligência).

Por mais que suas sucessivas tentativas de tentar agarrar o pássaro veloz “nunca” se concretizem, Willie E. Coiote sempre acha que conseguirá seu intento sem desistir (é muita paranoia).

Na verdade a essência do desenho nós já havíamos visto antes com Tom & Jerry e também com Frajola e Piu-Piu. Ou seja aquele clima de perseguição aonde o perseguido na maioria das vezes consegue se dar bem.

Enquanto seu algoz sofre prejuízos danosos, mas sempre no outro episódio está tramando alguma para pegar seu oponente.

Outro fato interessante é que o Papa-Léguas existe de verdade sendo de onde veio a inspiração de Chuck Jones para a famosa animação.

Seu nome é como no original, Road Runner, e vive no deserto norte-americano, na Califórnia. A ave mede 50 centímetros se alimenta de insetos, lagartos, escorpiões e cobras venenosas.

Ela pode voar, mas por ser um desastre absoluto nisso prefere ficar no chão e alcança a impressionante velocidade de 30 KM/H. Isto tudo apenas para fugir de seus maior predador, adivinha quem é?

Bom, pelo menos na realidade o coiote consegue saciar sua fome, porém há outros predadores naturais como falcões, corvos e guaxinins.

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No desenho O Show dos Looney Tunes que conta as aventuras de Pernalonga com Patolino, morando na mesma casa (é muito fantástico e surreal). A grande diferença e também seu  maior atrativo é que transportaram os personagens pro “mundo real”, pois foi feita visando no público adulto (enganou-se quem pensou que era pra criança).

Então vemos Pernalonga e cia. exibindo problemas financeiros, ou de relacionamentos com namoradas, mas mesmo assim num clima que leva aos antigos desenhos que fizeram tanto sucesso durante décadas.

Nele temos duas coisas interessantes uma é Merrie Melodies aonde os personagens clássicos cantam músicas relacionadas ao episódio do desenho.

E a segunda  são pequenas participações da dupla Papa-Léguas e Coiote em forma de CGI. As confusões continuam sendo as mesmas e a única diferença é que Willie compra seu material pela internet (através de um laptop). Infelizmente o SBT cortava os dois segmentos quando exibia na telinha (e somente no DVD conseguimos assistir).

A gente fica torcendo pro Coiote se dar bem, mas ele é tão azarado que geralmente o Papa-Léguas consegue se safar daquelas armadilhas. E mesmo que nós saibamos como será o desfecho manjado de toda aquela perseguição (no outro dia) estamos sentados novamente para nos deliciar com aquelas trapalhadas, correrias e explosões.

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Superman: Através dos Tempos

Super-Homem – Fleischer Studios – Cinema – 1941

Feito pelos criadores de Betty Boop e Popeye está é a primeira versão animada do Azulão. E mesmo tendo sido feita numa época atualmente tão antiga é sem sombra de dúvidas uma das melhores versões do herói.

No desenho dos Irmãos Fleischer temos fielmente transposto pra telona as aventuras do Super-Homem como eram nos gibis, de 1938.

Vemos toda premissa original do foguete saindo de Krypton antes de explodir, mas não há nada mencionando a sociedade do planeta ou os nomes de Jor-El e Lara.

Outro detalhe importante é quando o foguete aterrissa na Terra, porque também não temos Jonathan e Martha Kent, os pais adotivos do herói (ele cresce num orfanato e desenvolve seus poderes secretamente).

É neste desenho que surgiram as famosas frases clássicas: mais rápido que uma bala, mais forte que uma locomotiva e capaz de saltar prédios num único pulo.

Sempre quando Clark vai se trocar diz seu bordão: “este parece um trabalho para o Super-Homem”.

Aqui temos o kriptoniano original que era mais baixo e seu uniforme tinha o “S” envolto num triângulo. Outras características de seu uniforme eram a capa curta (e indestrutível), a sunga parecida com short, a bota era bastante diferente e não possuía tantos poderes (apenas super força e visão de raio x).

No inicio o Super não podia voar, porém ao longo dos episódios os produtores alteraram isso. Essa versão do herói foi homenageada na minissérie Marvel, do artista Alex Ross.

O Superman que aparece na HQ “A Nova Fronteira” com arte de Darwyn Cooke também foi inspirado neste desenho.

Voltando, as aventuras sempre giravam em torno de algum tipo de salvamento pra evitar grandes catástrofes.

E a bela Lois Lane é uma repórter inteligente e astuta, mas  que sempre está se metendo e alguma confusão. Ora sendo sequestrada por bandidos ora caindo algo sobre ela no que o herói prontamente surge pra salvá-la (era a típica mocinha indefesa que precisava de ajuda).

Outro fato interessante é temos o jornal Planeta Diário sendo o editor Perry White, mas a cidade não é Metrópolis. Fica até difícil de acreditar mais a cidade escolhida aqui chama-se Nova York.

Bom, o fato é que antigamente nas primeiras histórias a cidade protegida pelo herói surgiu como uma adaptação da cidade real de Nova York. A parte mais legal é que o filme Metrópolis, de Fritz Lang serviu como inspiração pra nomear a cidade homônima dos gibis.

O herói era dublado pelo ator Bud Collyer, o mesmo que havia emprestado sua voz pro personagem na versão radiofônica. O que realmente impressiona neste desenho foi o uso da rotoscopia, uma técnica que utiliza referências reais  trazendo a qualidade num nível altíssimo.

Seja pela personalidade marcante de Clark, seja pela Lois comportando-se de maneira intrépida ou por termos nosso herói salvando o dia de maneira incansável. Estas aventuras tornaram-se clássicas por terem mostrado o Super-Homem da maneira como foi imaginado por Joe Shuster Jerry Siegel (recomendo pra qualquer fã do kriptoniano).

Superman – Kirk Alyn

Ele foi o primeiro ator a encarnar nosso herói. E como curiosidade interpretou outro personagem da DC Comics Falcão Negro, no filme Black Hawk: Fearless Champion of Freedom.

O seriado pra cinema foi produzido pela Columbia Pictures, em 1948. Foram feitos 15 episódios com apenas 15 minutos de duração (algo bastante normal neste período).

Temos a destruição de Krypton sendo representada em desenho e a presença de outros personagens dos gibis como: Lois Lane (Noel Neill) e Jimmy Olsen (Tommy Bond).

As histórias giravam em torno da luta contra sua arqui-inimiga a Lady Spider (Carol Forman), porém no filme O Homem Atômico contra Super-Homem (Atom Man vs. Superman – 1950) temos a presença do principal vilão do gibis Lex Luthor, interpretado pelo ator Lyle Talbot.

No seriado quando o Super-Homem começava a voar era substituído por uma versão animada. Infelizmente após sua passagem atuando como herói Kirk Alyn nunca conseguiu nenhum papel de destaque (reclamando que isso arruinou sua carreira).

Talvez isto tenha ajudado a contribuir com a famosa “maldição” que existe a cerca do personagem, porque com a grande maioria dos atores que o personificam acontece algo semelhante.

Kirk Alyn participou do filme de Chris Reeve (1978) fazendo o pai de Lois Lane e infelizmente veio a falecer aos 89 anos de idade, em 1999.

Ficará eternamente guardado no coração dos fãs por ter sido um dos homens a dar vida ao maior herói de todos os tempos.


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